terça-feira, 1 de outubro de 2013

O ENGODO DA PERESTROIKA - ANATOLIY GOLITSYN, PROFECIAS DE FÁTIMA E A NOVA ORDEM MUNDIAL



 O engano da Perestroika Actualizado!

por Cornélia R. Ferreira 


O que se segue é uma transcrição editada de um excerto de uma palestra muito poderosa e elucidativa, dada pela D. Cornélia Ferreira em 23 de Agosto de 2007 na Conferência “Fátima: O único caminho para a paz mundial” em Botucatu, Brasil. 

No seu livro de 1958, Masters of Deceit [“Mestres do engano”], o chefe do FBI, J. Edgar Hoover, reconheceu que o Comunismo é uma religião: “ O Comunismo é mais do que uma doutrina e conómica, política, social ou filosófica. É uma maneira de viver; uma religião falsa e materialista. Elimina no homem a sua crença em Deus, a sua ... liberdade. ... Sob o Comunismo, todos seriam ... escravos . ... A América é agora o alvo principal do comunismo internacional.”


O Comunismo anda junto com a Maçonaria

O Comunismo é a religião de Satanás, porque o comunismo é invenção da Maçonaria, e o Deus dos Maçons é o demônio. O Manifesto Comunista foi encomendado pelos Illuminati para exprimir idéias maçônicas. O objetivo da Maçonaria é uma república socialista mundial, adoradora de Lúcifer e totalmente controlada pela Maçonaria: por outras palavras, o reino de Satanás na terra. J. Edgar Hoover era maçom de grau 33, e por isso, quando disse que o Comunismo internacional estava a atacar a América, não revelou quem estava por detrás do Comunismo, visto que muitos americanos importantes estavam implicados. 

A Guerra Fria foi uma charada que ocultou o facto de que os erros da Rússia estavam a espalhar-se com a ajuda do Ocidente. Banqueiros americanos e europeus, ligados aos Illuminati, financiaram secretamente a Revolução Bolchevista e construíram a Rússia comunista e a União Soviética. E os Estados Unidos e os seus aliados colaboraram abertamente com os comunistas, como, por exemplo, durante a 2ª Guerra Mundial e por meio das Nações Unidas.

Porque é que Fátima é o único caminho para salvar todo o mundo  

Foi por isto que Nossa Senhora disse que o único caminho para salvar o mundo da escravatura era a conversão da Rússia; e esta só aconteceria através de uma Consagração colegial ao Seu Imaculado Coração. Como é óbvio, por “conversão” Nossa Senhora queria referir-se a uma conversão ao Catolicismo. Em Junho de 1929, Ela disse à Irmã Lúcia que tinha chegado o momento para se fazer a
Consagração. Mais uma vez, a escolha do ano de 1929 era significativa, porque foi precisamente nesse ano que Stalin deu início a “uma ofensiva socialista em todas as frentes.” Mas a conversão da Rússia é a última coisa que os Maçons querem, porque destruiria o seu principal instrumento de controlo mundial. Por isso, não é difícil descobrir quem é responsável pelo mito de que a Consagração está feita e que as mudanças na URSS e na Europa Oriental nas duas últimas décadas provam que a Rússia se “converteu.” Se a Igreja pode ser iludida de modo a pensar que se fez a Consagração correcta, então esta não se fará, e os Illuminati poderão continuar a servir-se da Rússia.  

2 Golitsyn revela a estratégia da Rússia para o domínio mundial Mas Nossa Senhora não pode ser bloqueada.  

Em 1961, um alto funcionário russo e espião do KGB , chamado Anatoliy Golitsyn, desertou para os Estados Unidos, para avisar o Ocidente para que não se deixasse enganar pelas mudanças no Bloco Comunista. Durante mais de 30 anos, forneceu à CIA com grande precisão análises e previsões de acontecimentos comunistas. Escreveu também dois livros para alertar o público. O primeiro, publicado em 1984, chamava-se New Lies for Old (NLFO) [“Mentiras novas no lugar da s velhas”]. O segundo, The Perestroika Deception (The PD) [“O engano da Perestroika”], foi publicado em 1995.

Em NLFO, Golitsyn descreveu a estratégia de Lenin para alcançar um governo comunista à escala mundial com a ajuda do Ocidente. Também previu as mudanças no Bloco Comunista, incluindo as reformas económicas e políticas, a criação do Solidariedade, a demolição do Muro de Berlim, a reunificação da Alemanha, e o “colapso” planejado da União Soviética. É interessante notar que, numa entrevista de 1990 à revista Time, Gorbachev, instigador da perestroika, predisse exactamente as mesmas mudanças, corroborando assim as alegações de Golitsyn em como estavam planeadas há muito tempo (embora ainda não tivessem acontecido), e não se deviam a levantamentos espontâneos ou aos esforços do Presidente Reagan, do Papa ou do obscuro electricista polaco Lech Walesa.  

O segundo livro de Golitsyn, The Perestroika Deception, trata sobretudo da fase final da estratégia a longo prazo do engano deliberado, planeada décadas antes. Golitsyn disse que queria ajudar as pessoas que acreditam na morte do Comunismo a “recuperar da sua cegueira.” O autor descreveu em grande pormenor a confusão e os erros criados no mundo e na Igreja pela perestroika. As suas análises denunciam os mesmos acontecimentos que Nossa Senhora de Fátima avisou que sucederiam se não se fizesse a Consagração colegial. Nossa Senhora disse que nações seriam aniquiladas. Golitsyn diz que a incapacidade do Ocidente de reconhecer que a
perestroika é um estratagema “traiçoeiro” que “ameaça a própria continuação da civilização ocidental,” porque a perestroika foi idealizada para alcançar a destruição política e física das democracias ocidentais. 

The PD contém documentação abundante que prova que as mudanças por detrás da Cortina de Ferro foram arquitectadas meticulosamente para seguir a estratégia de Lenin para se alcançar — com a cooperação do Ocidente — uma “Nova Ordem Mundial Social,” uma sociedade global socialista e ateia, supostamente dirigida pelos Russos e pelos Chineses, por volta do ano 2000. Bem, houve muitas actividades estranhas no ano 2000 que pareciam indicar que a Nova Ordem Mundial nasceu simbolicamente em 2000.
Actualmente, parece haver uma luta para decidir quem irá dominá-la: a América ou o monstro comunista que ela ajudou a criar? Estará a criatura a voltar-se contra o seu criador, ou será antes um psicodrama, uma peça de teatro, representada para gerar um medo internacional, para o qual a solução seja um aumento do totalitarismo?

Somos alvos directos da Psicopolítica  

Como parte da sua estratégia geopolítica, o Comunismo aperfeiçoou a arte do controlo das mentes chamada psicopolítica. Uma das suas técnicas é implantar um estímulo nas mentes de uma população cansada, de modo a produzir a resposta desejada, e em seguida activar esse estímulo quando seja necessário. O espectro do aniquilamento nuclear foi assim usado intermitentemente para manipular o mundo, de modo a que clame por uma cooperação e prevenção internacionais através de leis e policiamento globais, que é o caminho para o governo mundial.  

Segundo a doutrina psicopolítica: “Se um povo pode ser conquistado na ausência de uma guerra, ter-se-á obtido o objectivo da guerra sem a destruição da guerra. ... A expansão do Comunismo ... é pela conquista da mente. Pela psicopolítica, apurámos esta conquista ao grau mais elevado. ... Se a psicopolítica tiver sucesso na sua missão entre as nações capitalistas ..., nunca haverá uma guerra atômica, porque a Rússia terá subjugado todos os seus inimigos.”  

A psicopolítica tem por fim “mudar as fidelidades” ou “destruir as mentes” rapidamente. Procura também “produzir um máximo de caos” para que “uma população cansada acabe por procurar obter a paz através do Estado comunista que se lhes é oferecido, porque, por fim, só o Comunismo pode resolver os problemas das massas” (que ele mesmo criou*) e “trazer ao mundo”, por meio do seu “Estado mundial”, “a maior paz que o Homem alguma vez conheceu”.

Talvez o maior sucesso da psicopolítica tenha sido convencer o mundo de que o Comunismo afundou-se para o fim da década de 1980. Porém, Golitsyn tinha previsto em 1984 a maior parte desses acontecimentos dramáticos em New Lies For Old, com uma precisão de 94%. Estava a tentar convencer o Ocidente que tudo isso fazia parte do plano para se alcançar um governo mundial. 


A Perestroika estava planejada desde 1958

No seu livro de 1995, The PD, demonstrou que a perestroika não era uma invenção de Gorbachev de 1985, mas antes a fase final de um plano formulado durante os anos de 1958-1960. Perestroika quer dizer "restruturação,” não apenas do sistema soviético mas também de todo o mundo livre. É a estratégia soviética para uma “Segunda Revolução de Outubro”. Isto será uma revolução mundial TEMPORÁRIA e não-violenta, que utiliza uma falsa democratização controlada e desinformação. O plano é utilizar estas duas técnicas para alcançar a síntese do Comunismo e do socialismo com um capitalismo restruturado, a caminho de uma Ordem Mundial Comunista. Vinte e dois anos depois do começo da perestroika, vemos que o Comunismo, ou o seu primo socialista, fez grandes avanços em todos os países. Recordemo-nos de que Hoover disse que o Comunismo é uma maneira materialista de encarar a vida, que despoja o homem da sua fé em Deus e da sua liberdade. Nas últimas duas décadas, temos avançado rapidamente para este ponto.


Satanás, pai da Perestroika 

A chave da compreensão da psicopolítica e da perestroika é lembrarmo-nos de que a sua inspiração vem de Satanás, o pai das mentiras. O princípio operacional do Comunismo foi dado por Lenin: “A mentira é sagrada, e o engano será a nossa arma principal.” Golitsyn demonstra que, para iludir as populações ocidentais de modo que aceitem o conceito de convergência com o Comunismo, o estalinismo foi restruturado, ficando a ser uma “forma mais atraente” da "democracia Comunista,” em que o KGB desempenharia “um papel essencial na implementação da estratégia”. Trinta anos de ensaios e experiências da democracia controlada, realizados em países como a Checoslováquia, a Polónia e a Roménia. Isto preparou o terreno para a fase final — a reestruturação da perestroika e a falsa “democratização” controlada da própria URSS.  

A Perestroika implica, em primeiro lugar, a restruturação da mente, de uma atitude anti-comunista para uma pró-comunista. Logo que isto se consiga, os governos, leis e sistemas financeiros poderão ser reestruturados facilmente para se chegar ao controlo pelos comunistas. A Perestroika é, portanto, mais um jogo psicopolítico de controlo das mentes. A sua finalidade particular é fazer com que o Comunismo pareça tão benigno que dê idéia que se converteu ou morreu. Utiliza os princípios do comunista italiano Antonio Gramsci (1891-1937).
Gramsci concebeu um modelo novo, mais desenvolvido do Marxismo-Leninismo para iludir o ocidente. Gorbachev, que se considera marxista-leninista, foi escolhido para a lançar. 

Teatro global  

A Perestroika é a guerra psicológica (guerra cultural*). Uma das suas armas é a que Golitsyn chama “cooperação-chantagem.” É descrita desta maneira: Uma “exibição teatral de ‘democratismo’ [que é] feita para convencer o Ocidente de que teve lugar uma ‘Quebra com o Passado’ decisiva.” Isto encoraja o Ocidente a colaborar com os alegados “antigos” comunistas. Ao mesmo tempo, há uma ameaça de chantagem de “um ‘regresso à Guerra fria’ — ou pior ainda — se o Ocidente não colaborar.” É claro que este teatro serve para convencer o público de que houve realmente uma quebra com o passado; os governos ocidentais desempenham os papéis que lhes foram dados para esta peça.  

Golitsyn mostra como cada “crise,” desde a Praça de Tiananmen na China à falsa tentativa de estado na Rússia em Agosto de 1991, às guerras na Chechénia, seguem a fórmula de cooperação-chantagem. O esquema é sempre o mesmo: As “novas forças da democracia” estão aparentemente em combate mortal contra os "conservadores da linha dura”, e diz-se ao Ocidente que só a sua colaboração pode ajudar as “frágeis democracias” a sobreviver. O preço a pagar pela paz é, portanto, a restruturação do pensamento e das políticas
ocidentais para que obedeçam aos Comunistas.

Falsa democratização  

A forma como a falsa democratização controlada se concretiza varia de país para país, dependendo das circunstâncias que podem ser exploradas no referido país. Este era o plano de Lenine, como se demonstra pela citação que se segue. Note-se que, nesta citação, Lenin, pai do Comunismo moderno, faz equivaler a democracia ao socialismo e comunismo, isto é, a democracia é o socialismo/Comunismo. Lembremo-nos desta equivalência quando ouvirmos as potências ocidentais ou as Nações Unidas dizer que vão fazer guerra a uma nação para instalar nela a democracia. Isto é mais do que uma ideia arrogante. O que eles querem dizer é que vão instalar o Comunismo. “Segundo Lenin: ‘Todas as nações virão ao socialismo. ... Mas nem todas virão da mesma maneira. Cada uma delas trará as suas características próprias a uma ou outra forma de democracia, a uma ou outra variedade da ditadura do proletariado [isto é, o Comunismo], a um ou outro desenvolvimento da transformação socialista’.”  

Assim, na Polónia, diz Golitsyn, “as bases [que podiam ser exploradas] relacionam-se com a força da Igreja Católica e dos sindicatos. ... Na Alemanha Oriental, as bases [estão] na divisão da Alemanha em dois estados. ...” Na China “os estudantes têm uma velha tradição revolucionária como iniciadores de movimentos políticos e de ... mudanças.” O próprio Partido Comunista Chinês começou como um movimento de estudantes. Portanto, o Partido usou estudantes para fingir que até a China estava a introduzir a “democracia”.


* observação do blog


Mais em: 

FILMANDO A GRANDE FRAUDE
FILMANDO A GRANDE FRAUDE *




Jeffrey Nyquist * *    

O desmoronamento da URSS: Gorbachev combinou tudo com a KGB
    O cineasta Robert Buchar está tentando montar um documentário sobre o fim da Guerra Fria e o colapso do comunismo na Europa. O título provisório é “The Grand Deception — Uncertain History.” [A Grande Fraude — História Incerta]. Baseado em entrevistas com ex-agentes de inteligência do bloco comunista, funcionários graduados da CIA e estudiosos, o filme mostra que o colapso do comunismo não foi espontâneo. A diretiva para a mudança veio de Moscou.
     O “Poder do Povo” nada teve a ver com esse colapso. De acordo com Buchar, “ao longo dos últimos três anos não pude descobrir qualquer órgão da mídia interessado nesse tópico”. “Autoridades”, “especialistas” e âncoras de TV nos diziam, repetidas vezes, que as revoluções no Leste Europeu foram causadas pelo descontentamento popular. De acordo com os partidários do conservadorismo americano, a União Soviética caiu porque Ronald Reagan a derrubou. Não foi bem assim, diz Buchar: “A versão dos eventos apresentada ao público é bastante diferente daquilo que realmente aconteceu”.
     Sobre este tema, Buchar entrevistou vários insiders e analistas. O ex-chefe do departamento de contra-inteligência da CIA responsável pelo bloco soviético, Tennent H. “Pete” Bagley [1], contou a Buchar que havia uma obscura mão por trás do colapso do comunismo no Leste Europeu. Havia uma verdade diferente a esse respeito”, diz Bagley.  “[...] e essa é uma verdade que foi tão bem ocultada que eu não sei se um dia sequer virá à tona...”.
     De acordo com Ludvik Zivcak, um oficial da polícia secreta comunista cuja tarefa foi a de organizar a demonstração que serviu de gatilho à “Revolução de Veludo”[2] na Tchecoslováquia, “Muitas pessoas pensam ou acreditam que, em 1989, houve um levante em massa da nação. Considerando o que eu fiz, ou onde trabalhei, não houve levante algum. Hoje é difícil encontrar quem escreveu o script, mas este não foi escrito nos EUA. Os EUA simplesmente pegaram o bonde quase no final. Assim, o enredo foi escrito, muito mais provavelmente, no Leste Europeu”.    
Para Bukovsky, o Ocidente foi incapaz de compreender que a KGB montou a perestroika junto com Gorbachev
     De acordo com o pesquisador dissidente e ex-preso político soviético Vladimir Bukovsky, “a KGB foi parte integrante de toda a perestroika de Gorbachev.Bukovsky relatou a Buchar que o Ocidente “nunca entendeu o sistema soviético como tal”, falhando ao não compreender “porque era inerentemente agressivo” e perigoso. O Ocidente assinou tratados inúteis com a Rússia, “Como se um pedaço de papel pudesse algum dia deter o monstro.” O Ocidente não entendeu Stalin, nem Khrushchev ou Brezhnev e jamais compreenderia o lado sinistro da ofensiva de paz de Gorbachev. “Deste modo, acreditariam em qualquer nonsense”, enfatiza Bukovsky. “[Acreditariam] até no incrível nonsense de que havia uma disputa entre reformistas e a linha-dura no Politburo e na liderança do PCUS”.[3]
     No fim da Guerra Fria, durante a Cúpula de Malta, mantida entre o presidente Bush (pai) e Gorbachev, a seguinte troca de idéias ficou registrada para a posteridade: o então Secretário de Estado James Baker levantou a questão de defender os valores ocidentais e os russos ficaram perturbados e agitados. O presidente George H. W. Bush interveio com um comentário decisivo: “Vamos evitar palavras descuidadas e outras discussões sobre ‘valores’. Do fundo de nossos corações, saudamos as mudanças vindouras”. Isso era tudo que os russos queriam ouvir. Valores americanos e ajuda na queda do comunismo não eram bem-vindos porque a KGB estava montando a sua própria versão de democracia e a sua própria versão de capitalismo[4]. Bukovsky interpreta esse diálogo da seguinte maneira: Gorbachev simplesmente disse a Bush que mudaria completamente os regimes na Europa Oriental... e que pedia seriamente aos EUA e aos seus aliados ocidentais que não se envolvessem. Para não criar mais problemas, porque era uma transição muito frágil, um período muito delicado, etc. “Nós as faremos [as mudanças], não se preocupe, só não se meta. Não estrague tudo”. E Bush não se meteu.

O colapso do comunismo não foi obra de Reagan ou João Paulo II. Foi administrado pela KGB, afirma Nyquist
     Portanto, as mudanças foram iniciadas a partir de Moscou e aos EUA foi dito que ficassem de fora. Era um assunto da KGB administrar o colapso do comunismo, e agora vemos – mais claramente do que vimos em 1991 – para onde esse colapso nos levou. A atitude européia mudou para uma posição de confrontação à política externa americana. Para nossa consternação, um alto oficial da KGB é o presidente da Federação Russa. Ex-agentes e funcionários das polícias secretas comunistas são os líderes de muitos dos países “ex-membros” do Pacto de Varsóvia. A opressão da dissensão é levada a cabo ao estilo dos assassinatos entre gangues (tal como nas mortes de Anna Politkovskaya e Paul Klebnikov). O encarceramento de dissidentes é conduzido sob pretextos legais.
     O jornalista e político tcheco Jan Stetina disse a Buchar que: “Depois de alguns anos ficou claro que o termo ‘queda do comunismo’ não reflete a realidade. O entusiasmo não durou muito e eu diria que hoje estamos num estado de desilusão”. O dissidente e ex-prisioneiro político tcheco Petr Cibulka explicou: “Eu fui solto da prisão em 17 de novembro de 1989 e durante as duas primeiras semanas eu acreditei que estavam acontecendo mudanças. Mas bastaram apenas mais algumas semanas para que eu percebesse que as mudanças eram apenas cosméticas, mudanças de cenário; que o poder continuaria nas mãos dos comunistas e que eles não precisavam se preocupar quanto a perder o que quer que fosse”. Cibulka declarou ainda: Isto não é uma revolução, mas outra trapaça comunista”.
Cibulka: houve apenas mudanças cosméticas, os comunistas não perderam o poder. Foi uma trapaça
     O ex-prisioneiro político tcheco Vladimir Hucin relatou a Buchar: “Eu assinei a Carta 77[5] depois de solto da prisão em 1986. Quando mais tarde eu tive acesso a documentos dos arquivos da STB (polícia secreta comunista), descobri quantas pessoas da Carta 77 estiveram envolvidas com a STB, quantos agentes a STB tinha nesse grupo. Isso foi um grande desapontamento para mim”. Conforme o historiador tcheco Pavel Zacek confirmou a Buchar: “A STB funcionou com muita eficácia. Eles se infiltraram em todos os grupos regionais de oposição. Eles manobraram de modo a colocar seus agentes nas principais posições de liderança do Fórum Cívico, além de recrutarem novos agentes entre os quadros dos partidos social-democratas populares da Tchecoslováquia. Não foram encontrados documentos sobre como essa operação foi conduzida...”.

O trailer do filme O Colapso do Comunismo, do cineasta Robert Buchar
     Robert Buchar é um cineasta da Tchecoslováquia e que de lá fugiu em 1980, indo para os EUA em 1981. Trabalhou como operador de câmera para a rede de TV CBS e, desde 1990, ensina cinematografia no Columbia College, em Chicago.
     Em 1999 produziu o documentário Velvet Hangover [Ressaca de Veludo], que foi transformado em livro em 2003, sob o título Czech New Wave Filmmakers in Interviews [Novos Cineastas Tchecos em Entrevistas].
     Foi o trabalho que fiz para esse livro que me levou à idéia de rodar um filme”, explicou Buchar. “E foi o ex-dissidente e prisioneiro político tcheco Petr Cibulka quem me convenceu a fazê-lo quando me disse: ‘Se você não fizer o filme, ninguém mais o fará’. Assim, comecei a trabalhar neste documentário ‘The Grand Deception – Uncertain History’ em 2004 e finalizei a fotografia principal em junho de 2007. Estou editando entrevistas, mas está tudo parado, pois preciso levantar dinheiro para comprar imagens de arquivo de noticiários da época para terminar o filme. Talvez eu tenha de publicar o livro antes de acabar o filme”.
     Na qualidade de ex-cidadão da Tchecoslováquia comunista, o que Buchar aprendeu dessas entrevistas? “De antemão, você tem uma idéia desse evento”, diz Buchar, “e essa idéia muda quando você ouve todos os detalhes descritos por testemunhas oculares. E então, é claro, ao ligar os pontos de diferentes lugares, você é levado a um quadro terrificante e a uma conclusão que me preocupa. As pessoas normalmente me olham de um jeito estranho quando digo que decidi fugir do meu país, porque, lá pelo final dos anos 70, eu cheguei à conclusão de que o processo de mudança do sistema já estava em curso e quando acontecesse de verdade seria orquestrado desde dentro, com um resultado predeterminado e inaceitável para mim. Eu só não imaginava que aconteceria tão cedo. Eu imaginava mais uns dez anos para que acontecesse”.

Bill Gertz, do The Washington Times, especialista em defesa nacional, denunciou a presença de uma mentalidade contrária ao anticomunismo dentro da CIA
     Os leitores podem estar curiosos quanto ao que Buchar pensa a respeito da reação ocidental ao colapso do comunismo.
     Bem…”, diz ele, “uma coisa que eu aprendi e da qual eu não estava nada ciente antes – é o nível de incompetência da CIA no que diz respeito ao seu grau de compreensão do sistema comunista, do modo de operação nos países do Bloco Oriental; uma incompetência que ignorava a importância da ideologia e o nível da infiltração soviética na própria agência.
     É algo parecido ao que Bill Gertz chama de mentalidade ‘antianticomunista’ [contrária ao anticomunismo] na CIA. Isso foi realmente chocante para mim”.
     _________
     
     * Publicado nos Estados Unidos por Financialsense.com
     Publicado no Brasil e traduzido por Mídia Sem Máscara.
     * * Jeffrey Nyquist é formado em sociologia política na Universidade da Califórnia e é expert em geopolítica. Escreve artigos semanais para o Financial Sense, é autor de The Origins of The Fourth World War e mantém um website.
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     NOTAS:
    [2] NT: A expressão "Revolução de Veludo" foi cunhada por jornalistas após os acontecimentos, aceita pela mídia mundial e em seguida, usada pela própria Tchecoslováquia.
    [3] NT: Liderança do Partido Comunista da União Soviética, órgão colegiado e composto por muitos membros, dentre os quais eram escolhidos os membros do Politburo. O Politburo sempre contou, necessariamente, com membros da KGB e esteve sempre acima do comando das forças armadas soviéticas.    
    [4] Ou seja, captação de pesados investimentos estrangeiros, especialmente europeus, em petróleo e gás, e a máfia russa, desde sempre controlada pela KGB.
    [5] Charta 77 (em TchecoEslovaco) foi, nominalmente, uma iniciativa cívica informal na Tchecoslováquia, de 1977 a 1992, cujo nome deriva do documento Carta 77, de janeiro de 1977. Os seus membros fundadores e arquitetos foram Václav Havel, Jan Patočka, Zdeněk Mlynář, Jiří Hájek, e Pavel Kohout. Depois da “Revolução de Veludo” de 1989, muitos de seus membros desempenharam papéis importantes na política tcheca e eslovaca.
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     NOTAS DE SACRALIDADE:
     — Os destaques em negrito no artigo foram introduzidos pelo Editor deste site.
     — Robert Buchar foi cineasta na Tchecoslováquia e agora é professor e diretor de cinematografia no Columbia College de Chicago.
     — Este artigo foi aqui editado em razão de sua relação com a temática do caos, à qual remetemos o leitor:     
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