segunda-feira, 23 de junho de 2014

DILMA QUER MUDANÇA? ISSO SIGNIFICA MUDANÇA PARA O NOSSO LADO - MAIS PERDAS DE DIREITOS, MAIS PODER NAS MÃOS DELA

 

 
 
Havia muita coisa que não se encaixava no lançamento da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff nesse último fim de semana em Brasília. O slogan era Mais Mudança e Mais Futuro, e também falou-se em paz, mas não havia nada disso, muito pelo contrário.

Para começar, como falar em mudança e defender a permanência de uma candidata e de um projeto de poder rejeitado por mais da metade da população? De acordo com o Ibope, chega a 52% o índice do eleitorado que não confia na presidente Dilma.

Falou-se na convenção de negar o ódio, de pregar a paz. Mas foram comuns as provocações, as vaias e a agressividade de sempre direcionadas a todos que não comungam com as ideias e projetos do Partido dos Trabalhadores.

A militância foi capaz de vaiar até um aliado, como foi o caso do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do PSD.

Como falar em conciliação quando o próprio presidente do partido, Rui Falcão, vê os adversários políticos como inimigos a serem dizimados e os atribuiu as seguintes características: "ódio, o rancor, o preconceito, o racismo, a violência, o machismo, a homofobia, o fundamentalismo".

E imaginar que Rui Falcão pode ser apenas uma engrenagem no processo de difamação. O próprio chefe-maior, o ex-presidente, Lula, assim se referiu aos adversários políticos: "Para eles mulher nasceu para ser objeto cama e mesa". Afora isso, Lula, sem citar nomes, fez as já tradicionais comparações com o ex-presidente FHC, que saiu do poder há 13 anos!

Além disso, sobraram ataques para a mídia que, segundo o ex-presidente Lula, "golpeia, falseia, manipula, distorce, censura e suprime fatos no intento de nos derrotar".
Ao fundo uma militância gritava de maneira estridente "mídia fascista, sensacionalista"!
Ao mesmo tempo, incoerentemente, a convenção tinha algo de farsesco, era muito produzida, muito rica, era para a "elite branca" de acordo com um militante histórico.

Ao mesmo tempo, um alto dirigente do PT redige um artigo em que condena o trabalho de jornalistas e humoristas brasileiros. Praticamente os condena a ser "inimigos da pátria".

Curioso que no final de tantas incoerências a própria candidata, em seu discurso, surja como uma espécie de coadjuvante de sua própria festa. Ironicamente, disse que não faz política com ódio. Acreditou quem quis.

E sobre o futuro? O futuro para Dilma é tentar concluir as obras prometidas ainda para 2010 que não conseguiu concluir.

A verdade é que todo o falatório de mudanças quando parte de quem está há tanto tempo comandando a máquina do poder soa falso. Mudança agora, só com um novo presidente. Paz de quem sempre foi beligerante não cola. E futuro de quem é obcecado pelo passado, não faz nenhum sentido.

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