quarta-feira, 18 de junho de 2014

POR QUE TANTAS LEIS ABSURDAS?




Bene Barbosa

Cabe aqui, muito bem lembrado pelo Ricardo um trecho do livro "A revolta de Atlas":

"O senhor realmente pensava que a gente queria que essas leis fossem observadas? (...) Nós QUEREMOS que sejam desrespeitadas. É impossível governar homens honestos. O único poder que qualquer governo tem é o de reprimir criminosos. Bem, então, se não temos criminosos o bastante, o jeito é criá-los. E fazer leis que proíbem tanta coisa que se torna impossível viver sem violar alguma. Quem vai querer um país cheio de cidadãos que respeitam as leis? O que se vai ganhar com isso? Mas basta criar leis que não podem ser cumpridas nem objetivamente interpretadas, leis que é impossível fazer com que sejam cumpridas a rigor, e pronto! Temos um país repleto de pessoas que violam a lei, e então é só faturar em cima dos culpados. O sistema é esse (...)"

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LEIS ABSURDAS SÃO ENGENHARIA SOCIAL PARA MANIPULAR SUA MENTE - NOVA EDUCAÇÃO
http://youtu.be/zoyEZztVRhE

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POR QUE A CRIMINALIDADE CRESCE? ESTRATEGIA REVOLUCIONÁRIA PRESSÃO DE CIMA E DE BAIXO
http://youtu.be/0UShxradca0

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PROJETOS DE LEIS PARA NOS DESTRUIR - MAGNO MALTA, SILAS MALAFAIA
http://youtu.be/imveLtJQDko

VEJA PARA QUE SERVEM AS LEIS COMPRADAS COM SEU DINHEIRO - JAIR BOLSONARO
https://youtu.be/aijMxJx9Hio



 Notinhas horríveis
Olavo de Carvalho
15 de junho de 2014 
http://www.olavodecarvalho.org/semana/140615dc.html

Quando um governo protege abertamente os usuários de crack enquanto reprime por todos os meios os fumantes de tabaco, está claro que nem acredita nos benefícios do crack nem no poder assassino dos maços de cigarros: acredita apenas que é da sua conveniência adestrar a população para adaptar-se, calada e cabisbaixa, a qualquer situação absurda que ele lhe imponha. É a técnica do bullying repetido. De tanto ser provocado, humilhado, intimidado, você desiste de reclamar.

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A presidenta posando toda alegrinha ao lado da entubadora de crucifixos é bullying no mais alto grau. O exemplo vem de cima. Michele Obama movendo guerra às batatinhas fritas que as crianças adoram é exatamente a mesma coisa.
Idem, a escandalosa troca de cinco terroristas por um desertor. Idem, a proibição dos termos "pai" e "mãe". E assim por diante. Quanto mais absurdo, melhor. A idéia é sempre levar a plateia a desistir de fazer uso da razão.

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Quando a mentira oficial se torna sistêmica, as pessoas não são forçadas somente a repeti-la, mas a raciocinar de acordo com ela. O resultado é a destruição dos processos normais de funcionamento da inteligência humana. Daí ao império da bestialidade o passo é bem curto.

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O sinal mais patente do primarismo mental brasileiro é a confusão de categorias, da qual resulta que todos os julgamentos acabam ficando fora de foco, isto quando não estão completamente errados ou não têm nenhum sentido. Por exemplo, a crença pueril – um automatismo mental quase infalível hoje em dia – de que, diante de uma afirmação qualquer, lida ou ouvida, você sempre pode e sobretudo deve "concordar" ou "discordar".

Pessoas com alguma educação superior (coisa praticamente inexistente no Brasil) sabem que, em geral, concordar ou discordar não têm a mais mínima importância. Compreender, analisar, aprofundar, comparar, atenuar, ampliar, contextualizar – estas são as reações básicas do leitor culto. O idiota, ao contrário, imagina que tudo o que se escreve no mundo existe só para que ele o julgue, aplauda ou condene -- atividades às quais ele se entrega com uma presteza e uma volúpia incomparáveis.

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É assombroso constatar que justamente as pessoas que mais se gabam de "pensamento crítico" só conhecem e respeitam um único argumento: o argumento de autoridade. O que ouviram no colégio é "magister dixit" de uma vez para sempre."

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Thomas Piketty tem razão ao dizer que a desigualdade econômica aumentou nas últimas décadas. Ele só se omite de notar que isso aconteceu junto com um aumento ainda maior do poder de controle dos governos sobre a conduta da população – um objetivo em cuja conquista se irmanam a militância socialista e o capital monopolista que o subsidia.

Esses processos não são independentes. Olhando propositadamente só a metade econômica do cenário, é fácil atribuir o mal a uma abstração chamada "capitalismo". É assim que o bandido sai limpo, culpando a vítima. A revista Exame, fingindo inocência, raciocina nessa linha e pergunta: "Por que o capitalismo é tão injusto?" É injusto mesmo: persegue quem o defende e enche de dinheiro quem o denigre.

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Se há alguém cuja opinião sempre merece ser ouvida, é o filósofo australiano Harry Redner. No seu livro mais recente (Totalitarianism, Globalization, Colonialism. The Destruction of Civilization since 1914, London, Transaction Publishers, 2014), ele explica que a civilização está mesmo sendo destruída, mas que é errado supor que com isso entramos numa era de barbarismo. O barbarismo supõe a ausência de administração estatal e a desordem econômica incontrolável. O que vemos hoje, ao contrário, são sociedades racionalmente administradas no mais alto grau, onde ao mesmo tempo vão sendo suprimidos os valores morais e intelectuais da civilização. Ele chama esse estado de coisas de "pós-civilização" ou "decivilização". Está certíssimo.


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http://radiovox.org/



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