A REFORMA POLÍTICA DA CNBB, OAB E OUTROS. QUE OUTROS?
PERCIVAL PUGGINA
Esse projeto, foi divulgado em outubro do ano passado pelo movimento Eleições Limpas (www.eleicoeslimpas.com.br) e hoje é acionado por uma certa Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas (procure no Google por esse nome e clique em "Quem somos").
Vê-se, ali, que a coalizão é formada por 99 entidades - sim, você leu certo, 99! - contadas uma a uma. Entre as já mencionadas, ainda encontrei outros velhos conhecidos: FENAJ, UBES (estudantes secundaristas), CNTE ("trabalhadores" em educação), CONIC (aquele Conselho Nacional de Igrejas Cristãs que apoiou oficialmente o PNDH-3), o MMC (Movimento das Mulheres Camponesas, aquelas que invadiram os laboratórios da Aracruz em 2006), um certo Fórum Paulista de Participação Popular (cujo site é encimado por peça publicitária de um candidato do PT a deputado federal), a Via Campesina, a UBM (entidade de mulheres pró-aborto), RFS (Rede Feminista de Saúde, pró-aborto), a REBRIP (rede de ONGs e movimentos sociais com propostas "alternativas"), a Liga Brasileira de Lésbicas, o Movimento Evangélico Progressista, a Articulação Mulheres Brasileiras (pró-aborto e contra os direitos dos nascituros). E por aí vai. Sabe quando a oposição conseguirá reunir algo semelhante a esse formidável elenco de militantes ONGs, grupos, movimentos, uniões, conselhos, redes, ligas, associações, federações, centrais, etc.?
Encimando a lista, mas como fios da mesma meada, luzem os logotipos e as siglas da CNBB e da OAB. Isso mesmo. Mais uma vez, você leu certo. As duas entidades, juntam-se a estranhíssimas parcerias, revolucionárias umas, desrespeitadoras da lei outras, objetivamente criminosas outras mais, para propor à nação uma "reforma política" praticamente igual à que o PT sempre pretendeu.
Quem duvida, informe-se.
O 3º Congresso do PT, em 2007, definiu-se por uma reforma política que estabelecesse:
1) o financiamento público das campanhas;
2) o voto em listas fechadas;
3) a representação de gênero, raça e etnia. O projeto da Coalizão:
1) cria o financiamento público e proíbe o financiamento de empresas;
2) estabelece o voto em lista fechada;
3) gratifica com mais recursos públicos o partido que apresentar candidatos de segmentos sociais minoritários.
E faz dois adendos ao projeto do PT:
1) admite o financiamento de pessoas físicas até o limite de R$ 700;
2) acrescenta à proposta petista um segundo turno nas eleições parlamentares para o ordenamento final das cadeiras por voto nominal.
Nem uma palavra, nem um pio, sobre o que mais importa: delegar a chefia de Estado e a chefia de governo a pessoas distintas, impor o desaparelhamento partidário da administração pública e estabelecer o voto distrital misto.
Com esses apoiadores e tanta identidade de pontos de vista, eu não preciso saber mais para compreender a quem serve esse projeto.
E concluo: se ele serve a quem serve, não serve ao Brasil.
Texto de Percival Puggina
http://www.puggina.org/artigo/puggina/a-reforma-politica-da-cnbb-oab-e-outros-que-o/1693
http://www.cruzadapelaliberdade.org/home/reforma-politica-do-pt/
FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA É MAIS PODER PARA AS MÃOS DO PT - RACHEL SHEHERAZADE
https://youtu.be/_XBTmKBxN20
SE O PT SAIR, O BRASIL MELHORA.
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