sábado, 16 de julho de 2016

CONHECIMENTO É ANTÍDOTO PARA ENGAMBELAÇÕES IDEOLÓGICAS



O preço da verdade

Escrito por Olavo de Carvalho

Todo mundo tem algum senso instintivo do que é normal e são, mas não sabe expressá-lo em palavras, nem usualmente é desafiado a fazê-lo. O desafio aparece quando, em épocas de crise, sentindo afrouxar-se os freios do costume e da autoridade, os interessados na promoção de alguma anormalidade específica – a sua própria ou a do seu grupo de referência -- se erguem dos bas-fonds da sociedade e partem para o ataque frontal à própria noção de normalidade e sanidade. O defensor dos antigos costumes encontra-se então numa posição de extrema desvantagem: como experiências tão abrangentes e duradouras não se deixam facilmente traduzir em conceitos, ele se apega a definições nominais e símbolos corriqueiros que a crítica corrosiva destrói com a maior facilidade. É que, não contando com a proteção do costume e do senso comum, o militante da causa mórbida entra em campo armado dos mais sofisticados instrumentos da dialética -- o que hoje em dia corresponde ao relativismo cultural e ao desconstrucionismo --, comparados aos quais o discurso do seu oponente assume a aparência grotesca de um mero apelo irracional ao argumento de autoridade e à força do conformismo banal. Eis aí, num instante, o anormal e o doentio elevados à condição de valores culturais respeitáveis, e a sanidade reduzida ao estatuto de “construção cultural” e de “preconceito”.

Comprova-se assim novamente, pela milésima vez, a lição do Eutífron de Platão, segundo a qual aqueles que estão do lado certo só por tradição e hábito, sem revigorar suas crenças pela busca ativa da verdade, se tornam presas fáceis e colaboradores inconscientes do mal.

Acontece que a busca ativa da verdade exige uma exposição profilática à experiência do erro, algo como uma vacina ou auto-intoxicação homeopática, experiência que não é sem riscos e da qual a inteligência preguiçosa, que é a da maior parte da espécie humana, foge como quem evita o contágio de uma lepra incurável.

O simples fato de que não exista erro absoluto, de que mesmo as hipóteses mais rebuscadas e antinaturais contenham uma parcela de verdade, é profundamente repugnante àquele que espera poder ter razão sem ter de pensar no assunto, ou instalar-se no reconforto da certeza sem ter de pagar o preço da dúvida. Nem sempre os valores em que ele acredita são meros preconceitos, mas é por mero preconceito que ele acredita neles. Assim, a maioria tende irresistivelmente a imitar o velho anfitrião do diálogo platônico, que, entediado e confuso ante o debate dos convivas mais jovens empenhados na busca da verdade, vai dormir.

Contribui ainda mais para isso este segundo fator: para tirar proveito dos erros, apreendendo a sua verdade parcial e integrando-a numa verdade mais abrangente, não basta conhecê-los intelectualmente, é preciso vivenciá-los em imaginação, senti-los, impregnar-se deles pessoalmente sem assumi-los por completo, como o ator que se identifica temporariamente com o personagem sem precisar transformar-se nele na vida real.




É uma operação imaginativa das mais difíceis e problemáticas, que constitui, no entanto, a essência da educação humanística, a conditio sine qua non de todo ingresso no mundo da cultura superior. Em geral, e excetuadas certas situações incomuns que não vêm ao caso, ela só pode ser realizada sob o guiamento de um professor experimentado, que passou por todos os erros e, em vez de ser devorado por eles, emergiu fortalecido. Os Diálogos de Platão dão-nos o exemplo do destemor, da naturalidade, da abertura de alma, quase da singeleza com que Sócrates aceita e toma como suas as hipóteses mais hostis e aberrantes, para apreendê-las em profundidade e superá-las. Mas os Diálogos são apenas simplificações teatrais: resumem num debate de poucas horas aquilo que, na realidade, é uma experiência que pode se prolongar por muitos anos e comprometer a alma em situações bem mais difíceis do que um mero duelo de razões. Só as mentalidades superficiais imaginam que tudo na esfera da inteligência é uma questão de teorias, argumentos e provas. Se o conflito das cosmovisões não se transfigura em guerra de paixões dentro da nossa própria alma, não conhecemos realmente essas cosmovisões, só as suas expressões verbais, e tudo o que dissermos contra ou a favor delas não passará nunca de um flatus vocis, de uma filosofia de isopor. A filosofia genuína, como a educação efetiva, é, segundo o verso imortal, “um saber de experiência feito”.

No Brasil, onde se espera que aos dezoito anos o cidadão já tenha opinião formada sobre tudo, e onde a única função dos professores é recitar as opiniões tidas como corretas para que os alunos as repitam aos berros e apedrejem quem as negue, a educação superior, nesse sentido, é virtualmente impossível em qualquer instituição nominalmente destinada ao ensino.

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Eu havia prometido também completar a análise do caso Bolsonaro e explicar como podem os comunistas e seus amigos ser tão loucos ao ponto de acusar de estupro, sem apontar uma única vítima, justamente o algoz mais severo de todos os estupradores. Prometi, mas não é preciso um artigo inteiro para isso. Posso resumir a explicação em poucas linhas.

Os comunistas inventaram o uso do estupro como arma de guerra psicológica, ao invadir a Alemanha (leiam Antony Beevor, Berlin: The Downfall 1945, Penguin Books, 2002), cultuaram como heróis e gurus máximos pelo menos três estupradores, Stálin, Mao Dzedong e Fidel Castro (sobre este último, v. http://cuban-exile.com/doc_326-350/doc0343.html  e http://www.christusrex.org/www2/fcf/exwife.html ), e ainda recentemente, no Brasil, produziram um manifesto em favor de Kim Jung-Un, que instituiu o estupro como sistema, nas cadeias do seu país, para o tratamento e “reeducação” de prisioneiros políticos.

Ninguém, no mundo, carrega mais culpa pelo fenômeno hediondo dos estupros em massa do que os comunistas. Eles sabem disso, mas não querem pensar no assunto. Reprimem a culpa. Rejeitam-na para o fundo do inconsciente, de onde, em momentos de tensão, ela emerge sob forma invertida, camuflada de acusações projetivas, como já explicava o dr. Freud.

Poucas coisas, no universo, são tão sujas quanto a mente de um comunista. Qualquer comunista.

http://olavodecarvalho.org
http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/15634-2015-01-20-22-11-15.html


 
 
DEBATE COM DUGUIN II  Olavo de Carvalho
 
 "Ele emprega todos os instrumentos usuais da propaganda política: a simplificação maniqueísta, a rotulação infamante, as insinuações pérfidas, a indignação fingida do culpado que se faz de santo e, last not least, a construção do grande mito soreliano – ou profecia auto-realizável –, que, simulando descrever a realidade, ergue no ar um símbolo aglutinador na esperança de que, pela adesão da platéia em massa, o falso venha a se tornar verdadeiro. Eu, da minha parte, tudo o que posso fazer é usar os meios de esclarecimento analítico criados pela filosofia ao longo dos milênios – a começar pela própria distinção entre os discursos do agente e do observador –, aplicando-os a uma multidão de fatos colhidos nas mais variadas fontes, inclusive remotas e mal conhecidas do público, e não nas da mídia popular, que refletem antes o esforço persuasivo e manipulatório de um dos agentes do que um intuito sério de apreender a realidade. Não é coincidência que o meu oponente apele sobretudo à credibilidade dessa mídia, jogando com o poder magnético dos lugares-comuns consagrados – “o mundo unipolar”, “a agressividade americana”, “o imperialismo”, a “anarquia do livre mercado”, “o individualismo” etc. –, sem reparar em dois detalhes: (1) Esses topoi são postos em circulação pela mesma mídia pertencente à elite globalista ocidental, e ao usá-los como bases do seu esforço persuasivo o prof. Duguin aceita como juiz supremo da realidade aquele mesmo inimigo que ele próprio rotula de origem do mal e pai da mentira. (2) Ao respaldar o seu anti-americanismo no da mídia globalista, ele milita implicitamente, mas com a veemência explosiva das contradições reprimidas, contra a sua alegação explícita (a qual comentarei mais adiante) de que globalismo é americanismo, de que o objetivo da elite global é aumentar o poder e a glória dos EUA.
Não digo, é claro, que o prof. Duguin seja desonesto. Mas ele está se devotando honestamente a um tipo de combate que, por definição e desde que o mundo é mundo, é a encarnação da desonestidade por excelência. Em vista disso, não é de estranhar que ele tente remanejar a própria situação de debate para forçá-la a tomar partido dele no grande combate tal como ele o concebe.  Para tanto, ele tem de falsificar, em primeiríssimo lugar, a posição do seu contendor, fazendo de mim o porta-voz e adepto do globalismo ocidental, contra o qual, não obstante, tenho escrito páginas e mais páginas na mídia brasileira, ao ponto de ser acusado, por isso, de “teórico da conspiração”, o rótulo infamante padronizado que a elite globalista usa com mais freqüência para intimidar os que ousem investigá-la.       

DEBATE COM DUGUIN II  Olavo de Carvalho
 
 
 
 
"Graças à criatividade característica nessa área, a patocracia produz  uma massa de nomes sugestivos, preparados de modo a distrair a atenção das qualidades essenciais do fenômeno. Qualquer pessoa que tenha sido enlaçada por essa armadilha semântica, mesmo que somente uma vez, perde não somente a capacidade para a análise objetiva desse tipo de fenômeno, mas também parcialmente sua habilidade de utilizar seu senso comum. A PRODUÇÃO DE TAIS EFEITOS DENTRO DAS MENTES HUMANAS É A PROPOSTA ESPECÍFICA DESSA PATO-SEMÂNTICA. Deve-se primeiro proteger sua própria pessoa contra eles e então proceder para proteger a consciência social. "
PONEROLOGIA - PSICOPATAS NO PODER   
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PSIQUIATRIA APARELHADA PARA PERSEGUIR PESSOAS SAUDÁVEIS E INVERTER A NOÇÃO DE NORMALIDADE
Quando Andrew Lobaczewski chegou aos EUA, os americanos lhe perguntavam "O que os políticos têm a ver com psiquiatria?", pois não imaginavam que o estudo e a prática das ciências da mente eram extremamente controlados e censurados nos países comunistas. E a dificuldade maior para ele era explicar que uma das principais razões é a necessidade dessas ditaduras de ocultar sua própria natureza patológica e psicopática e a de seus líderes. Outra é a de ter à mão diagnósticos fabricados especificamente para perseguir opositores políticos e inverter a própria noção de normalidade.
 
 
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Andrew Lobaczewshi, o autor de PONEROLOGIA, insiste enfaticamente nisto: a mente humana normal não concebe a existência de um mundo psicopático e por isso ela é surpreendida por ele. Quando ela se depara com seu inacreditável maquiavelismo, perversidade e efeitos desastrosos, ela não só demora demais para compreender e reagir apropriadamente, mas, e sobretudo, ENTRA EM CHOQUE COM A REALIDADE.  Psicopatas sabem se aproveitar desse conhecimento e de outros a nosso respeito. Desenvolveram uma "ciência" que explora impiedosamente nossas fraquezas e nossa ignorância sobre eles. ”Então o valor prático da nossa visão de mundo natural termina geralmente onde a psicopatologia começa."  Trotsky expôs em "A Nossa Moral e a Deles" uma parte do ingrediente secreto do sucesso comunista: a total falta de escrúpulos mascarada de "outra moralidade".  E essa guerra contra nós é travada também em campos mais sutis, psicológicos, cognitivos, da destruição da mente.
 
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MANIPULAÇÃO COMPORTAMENTAL
"Graças ao seu conhecimento psicológico específico e à sua convicção de que as pessoas normais são ingênuas, uma patocracia é capaz de aprimorar as suas técnicas "anti-psicoterapêuticas" e, patologicamente egotística como de costume, insinuar seu mundo de conceitos deficientes para os outros em outros países, tornando-os suscetíveis à conquista e à dominação. Os métodos mais freqüentemente utilizados incluem os métodos paralógicos e conversivos, tais como a projeção das qualidades e intenção de uma pessoa sobre as outras, sobre grupos sociais ou nações, a indignação paramoral e o bloqueio reverso. Esse último método é o favorito dos patocratas, utilizado em larga escala, direcionando as mentes das pessoas medianas para um beco sem saída porque, como resultado, faz com que elas busquem pela verdade no meio termo entre a realidade e o seu oposto." (PONEROLOGIA: PSICOPATAS NO PODER)
 
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MANIPULAÇÃO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO
TERÇA LIVRE - Quem tem medo do Escola sem Partido?
 
Marxismo no Direito e a nossa insegurança
http://www.midiasemmascara.org/artigos/direito/16611-2016-07-14-16-31-55.html

A INTERNET NÃO ESTAVA NOS PLANOS GLOBALISTAS - ÍTALO LORENZON, JAY ROCKEFELLER
https://youtu.be/3e59pudMVqg

CENSURA E CONCENTRAÇÃO DE PODER A PRETEXTO DO POLITICAMENTE CORRETO
http://sensoincomum.org/2016/07/19/guten-morgen-5-mimimicracia/
 
   
 

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