sábado, 25 de março de 2017
A DITADURA PETISTA - HÉLIO BICUDO - 02/12/2015
Trecho da: Entrevista com Hélio Bicudo: “O Lula é um ditador personificado”
Senso Incomum: Não foi um fato apenas um fato que enseja este pedido de impeachment – foram vários fatos encadeados para constituir um esquema de poder tendendo a perenizar-se. A Dilma e o PT forçam o discurso de que precisamos respeitar as urnas. Uma das questões aventadas é justamente o uso do Estado para eleger políticos. Isto é o caráter ditatorial do PT de que o senhor fala?
Hélio Bicudo: Exatamente. Eu assisti a Dilma dizer: “Eu vou me eleger nem que a vaca tussa”.
Senso Incomum: E outra coisa que o senhor menciona na petição: “Eu vou fazer o diabo para me eleger”.
Hélio Bicudo: Exato, ela disse. Então, como é que ficamos? Vamos deixar essa coisa passar? O mundo jurídico, e fora do mundo jurídico, determinadas parcelas da população estão entendendo completamente o que se quer com o impeachment da Dilma: acabar com este sistema patrimonialista de governar o país. De governar para o próprio interesse, e não da população.
Senso Incomum: Também se levanta dúvidas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em relação ao ministro Dias Toffoli, que foi advogado do PT.
Hélio Bicudo: Eu tenho várias dúvidas sobre o Dias Toffoli. Ele saiu daí para ser ministro do Supremo [Tribunal Federal]. De repente, por vontade do próprio Lula, foi alçado a ministro do Supremo. Ora bolas, isso é brincar com as instituições. Aliás, as instituições brasileiras estão infestadas por este tipo de atitude do Lula e do partido em geral. Você pega hoje o poder Judiciário e o que ele é? PT. Você pega o eleitoral e o que é? PT.
Senso Incomum: Não se tem mais divisão de poderes no Brasil?
Hélio Bicudo: É tudo PT. Eles conseguiram monopolizar o país.
Senso Incomum: Não havendo mais esta divisão de poderes, parece que as instituições que restaram para a confiança do brasileiro são o Ministério Público, a Polícia Federal e as Forças Armadas. Esta é uma visão correta?
Hélio Bicudo: Eu acho que é mais ou menos correta. É verdade que as últimas manifestações do Procurador Geral não combinam com esta atitude, mas eu acho que o Ministério Público tem atuado no sentido de mostrar que existem ainda instituições que não se ligaram a este tipo de corrupção. O Poder Judiciário está nas mãos de quem? E o Poder Judiciário não é eleitoral. Está tudo mais ou menos enraizado no que os membros do PT querem fazer com o Brasil: transformá-lo numa sucursal do próprio Partido dos Trabalhadores.
Senso Incomum: O discurso do PT, nesse cenário, é muito mais focado em atacar o PMDB, que ocupa postos graças ao voto no PT, do que defender o próprio mandato.
Hélio Bicudo: Você não consegue defender o que é indefensável, então joga poeira em cima do problema para encontrar uma saída. Os tribunais estão minados pelo PT. Quem fez o Supremo Tribunal Federal até agora? A maioria dos cargos foram convalidados pelo PT. Eles conseguiram mobilizar a estrutura jurídica do país a favor deles. Você acredita que o Toffoli alguma vez vai falar na saída da Dilma? Não vai.
Senso Incomum: Ele foi o primeiro a falar em não se discutir mais eleição, logo que ela tomou posse.
Hélio Bicudo: De modo que eu acho que o PT tomou conta do sistema jurídico e da administração do país. Isto torna muito difícil recolocar o país em termos democráticos. O que o PT pretende não tem nada a ver com democracia, do uso do poder por um determinado partido, que é o PT. Infelizmente.
Senso Incomum: Podemos compreender o que o senhor diz através dos amigos do PT. A Venezuela, por exemplo, não é “oficialmente” uma ditadura, mas lá todo o aparato jurídico foi tomado da mesma forma. Argentina, Bolívia, Equador, Nicarágua…
Hélio Bicudo: …Brasil. (risos)
Senso Incomum: Podemos considerar que o Brasil faz parte das ditaduras bolivarianas?
Hélio Bicudo: Eu acho que faz parte porque o PT dominou todas as instituições do país. Por exemplo, no Tribunal Superior Eleitoral você pode encontrar um ministro que seja contra algo do PT, mas ele não vai encontrar caminho para a atuação necessária a fim de trazer as coisas para a realidade.
Senso Incomum: Muitas notícias recentes envolvem países cujos governos têm afinidade com o PT. Por exemplo, o navio boliviano apreendido transportando armas para o Estado Islâmico, o mesmo para o qual a Dilma pediu “diálogo”, e a mesma Bolívia para a qual Lula deu uma refinaria da Petrobras. Parece que o PT apenas é amigo de ditaduras – Irã, Rússia etc.
Hélio Bicudo: A maneira de o PT se sustentar no poder é se aliar àqueles que também atuam anti-democraticamente nos seus respectivos países.
Senso Incomum: A petição do senhor e da Dra. Janaína Paschoal alude a esta forma de corrupção, sustentando que o dinheiro que saiu daqui para Angola e para Cuba de alguma forma “voltou” para os mesmos que o colocaram para fora do país. Ao afirmar que o Lula e a Dilma na prática são a mesma figura…
Hélio Bicudo: E é ela quem diz isso! (risos)
Senso Incomum: Existe PT sem o Lula?
Hélio Bicudo: É preciso ver lulismo e petismo. Eu acho que pode haver, mas hoje não existe. Pelo que vejo, as pessoas exercendo cargos pelo PT são todas ligadas ao Lula. O Lula é o grande mestre do PT. Ele diz A, é A. Ele diz B, é B.
Senso Incomum: Isso vale também para aqueles partidos da base mais radical, como PSOL.
Hélio Bicudo: Sim, sempre obedecem.
Senso Incomum: O discurso do PT para se manter sempre foi calcado em defender os pobres, diminuir as desigualdades, como terem tirado milhões da miséria. Este discurso se esgotou ou ele nunca foi verdadeiro?
Hélio Bicudo: Ele nunca existiu. Isto é propagado pela imprensa. Esse negócio de tirar 15 milhões de pobreza é um dado que é jogado. Mas alguém verificou? A imprensa trata como verdadeiro. Essa questão do combate à fome é propaganda de jornal, eu quero saber o que está por baixo disso. Isto não tem como saber. É uma maneira de implantar a continuidade da política do PT através de propaganda sem nenhum conteúdo fático, mas que a imprensa trata como verdade.
Entrevista completa:
http://sensoincomum.org/2015/12/02/entrevista-helio-bicudo-2/
OLAVO DE CARVALHO Está mais do que claro que, no novo modelo de governo implantado no mundo ocidental nas últimas décadas, os mandatários eleitos têm cada vez menos poder do que os funcionários de carreira (na administração pública e no Judiciário), as associações de bilionários e a indústria das comunicações de massa (mídia e show business). É um processo que vai muito mais fundo e é muito mais grave do que qualquer "revolução cultural". Já estamos num novo regime, em que o processo eleitoral tem função cosmética e nada mais. Os movimentos que desejam exercer alguma influência positiva no curso das coisas têm de estudar muito profundamente as novas estruturas do poder e mudar COMPLETAMENTE a sua estratégia de ação ou condenar-se à total irrelevância. Digo isto sem a menor esperança de ser ouvido por aqueles mesmos cujo destino depende de compreenderem claramente o que estou dizendo.
EXCLUSIVO ANTAGONISTA - depoimento de Marcelo Odebrecht ao TSE - Mario Sabino x Madeleine Lacsko
https://youtu.be/SA4ZmjVg35Y
"O poder judiciário não vale nada, o que vale são as relações entre as pessoas" Lula
https://youtu.be/AJuAJPRlHLo
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