segunda-feira, 25 de setembro de 2017

1984 DE GEORGE ORWELL E KARL MARX



LIVRO "1984" de George Orwell
http://planetalibro.net/leerlibro/orwell-george-1984_pt/496
http://home.ufam.edu.br/edsonpenafort/GEORGE%20ORWELL%20-%201984.pdf

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 Há algum tempo, Stan Monteith, pesquisador pioneiro e pesquisador da NWO, encontrou uma cópia dactilografada dos "Protocolos dos Anciãos de Sião" nos artigos do Col. EM House da Universidade de Yale.
https://www.henrymakow.com/col_em_houses_protocols_of_zio.html

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"O objetivo da Novafala não era somente fornecer um meio de expressão compatível com a visão de mundo e os hábitos mentais dos adeptos do Socing (socialismo inglês), mas também inviabilizar todas as outras formas de pensamento. A ideia era que, uma vez definitivamente adotada a Novafala e esquecida a Velhafala, um pensamento herege — isto é, um pensamento que divergisse dos princípios do Socing — fosse literalmente impensável, ao menos na medida em que pensamentos dependem de palavras para ser formulados. O vocabulário da Novafala foi elaborado de modo a conferir expressão exata, e amiúde muito sutil, a todos os significados que um membro do Partido pudesse querer apropriadamente transmitir, ao mesmo tempo que excluía todos os demais significados e inclusive a possibilidade de a pessoa chegar a eles por meios indiretos. Para tanto, recorreu-se à criação de novos vocábulos e, sobretudo, à eliminação de vocábulos indesejáveis, bem como à subtração de significados heréticos e, até onde fosse possível, de todo e qualquer significado secundário que os vocábulos remanescentes porventura exibissem. Vejamos um exemplo. A palavra livre continuava a existir em Novafala, porém só podia ser empregada em sentenças como: “O caminho está livre” ou: “O toalete está livre”. Não podia ser usada no velho sentido de “politicamente livre” ou “intelectualmente livre”, pois as liberdades políticas e intelectuais já não existiam nem como conceitos, não sendo, portanto, passíveis de ser nomeadas. Por outro lado, embora fosse vista como um fim em si mesma, a redução do vocabulário teve alcance muito mais amplo que a mera supressão de palavras hereges: nenhuma palavra que não fosse imprescindível sobreviveu. A Novafala foi concebida não para ampliar, e sim restringir os limites do pensamento, e a redução a um mínimo do estoque de palavras disponíveis era uma maneira indireta de atingir esse propósito."

"1984" de George Orwell - Apêndice - Os Princípios da Novafala (novilíngua)
http://planetalibro.net/leerlibro/orwell-george-1984_pt/496
http://home.ufam.edu.br/edsonpenafort/GEORGE%20ORWELL%20-%201984.pdf

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"Todos os registros foram destruídos ou falsificados, todos os livros foram reescritos, todos os quadros foram repintados, todas as estátuas, todas as ruas, todos os edifícios renomeados, todas as datas foram alteradas. E o processo continua dia a dia, minuto a minuto. A história se interrompeu. Nada existe além de um presente interminável no qual o Partido tem sempre a razão.” George Orwell
http://home.ufam.edu.br/edsonpenafort/GEORGE%20ORWELL%20-%201984.pdf




"Winston deixou cair os braços e lentamente tornou a encher os pulmões de ar. Seu espírito mergulhou no mundo labiríntico do duplipensar. Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da democracia e que o Partido era o guardião da democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar - se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra "duplipensar" era necessário usar o duplipensar."

(...)

"O passado, refletiu, não apenas fora alterado, fora efetivamente destruido. Por que, como estabelecer até mesmo o fato mais patente, se não havia dele registro, além do da memória? Tentou recordar-se do ano em que ouvira pela primeira vez falar do Grande Irmão. Achou que deveria ter sido na década de 1960 a 70, mas era impossível ter certeza. Nas histórias do Partido, o Grande Irmão naturalmente figurava como chefe e guardião da Revolução, desde o princípio. Suas elocubrações tinham aos poucos recuado no tempo até atingir o mundo fabuloso de 1930 a 50, época em que os capitalistas, com estranhos chapéus cilíndricos, ainda rodavam pelas ruas de Londres em grandes e brilhantes automóveis ou carruagens com janelas de vidro. Não era Possível saber até onde essa lenda era verdade e até onde era invenção. Winston não podia lembrar-se nem da data em que o Partido viera à luz. Não acreditava ter ouvido a palavra Ingsoc antes de 1960, mas era provável que na sua forma antiga, em Antilíngua - "Socialismo inglês" - fosse corrente antes daquele ano. Tudo se fundia na névoa. As vezes, porém, podia colocar o dedo numa mentira definida. Não era verdade, por exemplo, como afirmavam os livros de história do Partido, que o Partido tivesse inventado o aeroplano. Lembrava-se de aviões desde a mais tenra idade. Mas não podia provar nada. Nunca havia prova. Apenas uma vez, em toda sua vida, tinha tido em mãos prova documental inconfundível da falsificação de um fato histórico."
http://home.ufam.edu.br/edsonpenafort/GEORGE%20ORWELL%20-%201984.pdf

VOCÊ VAI ACREDITAR EM MIM OU EM SEUS PRÓPRIOS OLHOS?
"No fim o Partido haveria de anunciar que dois mais dois são cinco, e você seria obrigado a acreditar. Era inevitável que mais cedo ou mais tarde o Partido fizesse tal afirmação: a lógica de sua posição o exigia. Além da validade da experiência, a própria existência da realidade externa era tacitamente negada por sua filosofia. A heresia das heresias era o bom senso."
"Liberdade é a liberdade de dizer que dois mais dois são quatro."
http://planetalibro.net/leerlibro/orwell-george-1984_pt/140
http://planetalibro.net/leerlibro/orwell-george-1984_pt/142

"Para entender qual é o verdadeiro sentido da obra de Eric Blair (a.k.a. "GEORGE ORWELL"), é preciso conhecer a história da vida dele. A foto abaixo foi feita em 1937, durante a Guerra Civil Espanhola; quando ele ingressou como voluntário nas tropas do grupo guerrilheiro Marxista P.O.U.M. (Partido Obrero de Unificación Marxista)." Kleber Verraes
https://www.facebook.com/kleber.verraes/posts/793072920884429




A DEFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
Trechos do livro de Emmanuel Goldstein dentro do livro 1984 de George Orwell

"Os membros do Partido passam a vida, do nascimento à morte, sob o controle da Polícia das Ideias. Mesmo quando sozinhos, nunca podem ter certeza de que estão sós. Onde quer que estejam, dormindo ou acordados, trabalhando ou descansando, no banho ou na cama, podem ser inspecionados sem aviso e sem tomar conhecimento de que estão sendo inspecionados. Nada do que fazem é indiferente. Seus amigos, suas distrações, seu comportamento para com esposa e filhos, a expressão de seus rostos quando estão sozinhos, as palavras que murmuram no sono, mesmo os movimentos característicos de seus corpos, são rigorosamente escrutinados. Não apenas seus delitos efetivos, mas toda excentricidade, por menor que seja, toda mudança de hábitos, todo maneirismo nervoso que apresente a possibilidade de ser sintoma de um conflito interno, não deixam de ser detectados. Eles não têm liberdade de escolha sobre coisa nenhuma. Por outro lado, seus atos não são regulamentados por lei nem por qualquer outro código de conduta claramente formulado. Na Oceânia não existe lei. Os pensamentos e os atos que, se descobertos, significam morte certa não são formalmente proibidos, e os infinitos expurgos, detenções, torturas, aprisionamentos e vaporizações não são infligidos na qualidade de castigo para crimes de fato cometidos, sendo apenas a obliteração de pessoas que talvez pudessem cometer um crime em algum momento futuro. De um membro do Partido exige-se que tenha não apenas a opinião certa, mas os instintos certos. Muitas das crenças e atitudes que se esperam dele jamais são expostas com clareza — e não poderiam sê-lo sem que as contradições inerentes ao Socing ficassem visíveis. Se esse membro do Partido for uma pessoa naturalmente ortodoxa (em Novafala um benepensante), em toda e qualquer circunstância saberá, sem precisar pensar, qual é a crença verdadeira e qual a emoção desejável. De qualquer forma, porém, um elaborado treinamento mental aplicado na infância e relacionado às palavras criminterrupção, negribranco e duplipensamento, em Novafala, o deixa sem desejo nem capacidade de pensar muito profundamente em qualquer assunto."
http://planetalibro.net/leerlibro/orwell-george-1984_pt/349
Criminterrupção significa a capacidade de estacar, como por instinto, no limiar de todo pensamento perigoso. O conceito inclui a capacidade de não entender analogias, de deixar de perceber erros lógicos, de compreender mal os argumentos mais simples, caso sejam antagônicos ao Socing, e de sentir-se entediado ou incomodado por toda sequência de raciocínio capaz de enveredar por um rumo herético. Em suma, criminterrupção significa burrice protetora. Mas burrice não basta. Ao contrário, a ortodoxia em sentido pleno exige um controle tão absoluto sobre os próprios processos mentais quanto o do contorcionista sobre o próprio corpo. A sociedade oceânica repousa, em última análise, na crença de que o Grande Irmão é onipotente e o Partido infalível. Mas, dado que na realidade o Grande Irmão não é onipotente e o Partido não é infalível, existe a necessidade de adotar-se o tempo todo uma flexibilidade incessante no tratamento dos fatos. A palavra-chave, no caso, é negribranco. Como tantas outras palavras em Novafala, ela tem dois sentidos mutuamente contraditórios. Aplicada a um adversário, alude ao hábito que esse adversário tem de afirmar desavergonhadamente que o negro é branco, em contradição com os fatos óbvios. Aplicada a um membro do Partido, manifesta a leal disposição de afirmar que o negro é branco sempre que a disciplina do Partido o exigir. Mas significa ao mesmo tempo a capacidade de acreditar que o negro é branco e, mais, de saber que o negro é branco, e de esquecer que algum dia julgou o contrário. Isso exige uma alteração contínua do passado, tornada possível pelo sistema de pensamento que realmente abrange tudo o mais e que é conhecido em Novafala como duplipensamento.
http://planetalibro.net/leerlibro/orwell-george-1984_pt/350
A modificação do passado é necessária por duas razões, uma das quais secundária e, por assim dizer, preventiva. A razão secundária é que o membro do Partido, tal como o proletário, tolera as condições vigentes em parte porque não dispõe de termos de comparação. Deve ser afastado do passado, assim como deve ser afastado de países estrangeiros, porque é necessário que acredite que está em melhor situação do que seus antepassados e de que o padrão médio de conforto material aumenta ininterruptamente. Mas, de longe, a razão mais importante para que se reajuste o passado é a necessidade de salvaguardar a infalibilidade do Partido. Não se trata apenas de atualizar constantemente discursos, estatísticas e registros de todo tipo para provar que as previsões do Partido se confirmam em todos os casos. Trata-se também de não admitir em hipótese nenhuma a ocorrência de alterações na doutrina ou no alinhamento político. Porque mudar de opinião, ou mesmo de atitude política, é uma confissão de fraqueza. Se, por exemplo, a Eurásia ou a Lestásia (conforme o caso) for o inimigo de hoje, então é necessário que esse país sempre tenha sido o inimigo. E se os fatos atestarem algo diferente, então é preciso alterar os fatos. Dessa forma, a história é constantemente reescrita. Essa falsificação diária do passado, levada a efeito pelo Ministério da Verdade, é tão necessária para a estabilidade do regime quanto o trabalho de repressão e espionagem realizado pelo Ministério do Amor
http://planetalibro.net/leerlibro/orwell-george-1984_pt/351
A mutabilidade do passado é o ponto central da doutrina do Socing. Afirma-se que os fatos passados não têm existência objetiva e que sobrevivem apenas em registros escritos e nas memórias humanas. O passado é tudo aquilo a respeito do que há coincidência entre registros e memórias. Considerando que o Partido mantém absoluto controle sobre todos os registros e sobre todas as mentes de seus membros, decorre que o passado é tudo aquilo que o Partido decide que ele seja. Decorre ainda que, embora seja possível alterar o passado, o passado jamais foi alterado em nenhuma instância específica. Isso porque nas ocasiões em que é recriado na forma exigida pelas circunstâncias, a nova versão passa a ser o passado, e nenhum outro passado pode ter existido algum dia. Esse sistema funciona inclusive quando — como acontece muitas vezes — o mesmo fato precisa ser profundamente alterado diversas vezes no mesmo ano. Em todas as ocasiões, o Partido detém a verdade absoluta, e fica evidente que o absoluto jamais poderia ter sido diferente do que aquilo que passou a ser. Veremos que o controle do passado depende acima de tudo do treinamento da memória. Garantir que todos os registros escritos estão de acordo com a ortodoxia do momento é um mero ato mecânico. Mas é necessário lembrar-se que os fatos se passaram da maneira desejada. E caso seja necessário reorganizar nossas memórias ou alterar os registros escritos, também será necessário esquecer que o fizemos. O modo como se produz isso pode ser aprendido, como qualquer outra técnica mental. E ele é aprendido pela maioria dos membros do Partido: certamente por todos os que são ao mesmo tempo inteligentes e ortodoxos. Em Velhafala isso recebe o nome muito direto de “controle da realidade”. Em Novafala é o duplipensamento, embora o termo duplipensamento também abranja muitas outras coisas.
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Duplipensamento significa a capacidade de abrigar simultaneamente na cabeça duas crenças contraditórias e acreditar em ambas. O intelectual do Partido sabe em que direção suas memórias precisam ser alteradas; em consequência, sabe que está manipulando a realidade; mas, graças ao exercício do duplipensamento, ele também se convence de que a realidade não está sendo violada. O processo precisa ser consciente, do contrário não seria conduzido com a adequada precisão, mas também precisa ser inconsciente, do contrário traria consigo um sentimento de falsidade e, portanto, de culpa. O duplipensamento situa-se no âmago do Socing, visto que o ato essencial do Partido consiste em usar o engodo consciente sem perder a firmeza de propósito que corresponde à total honestidade. Dizer mentiras deliberadas e ao mesmo tempo acreditar genuinamente nelas; esquecer qualquer fato que tiver se tornado inconveniente e depois, quando ele se tornar de novo necessário, retirá-lo do esquecimento somente pelo período exigido pelas circunstâncias; negar a existência da realidade objetiva e ao mesmo tempo tomar conhecimento da realidade que negamos — tudo isso é indispensavelmente necessário. Mesmo ao usar a palavra duplipensamento é necessário praticar o duplipensamento. Porque ao utilizar a palavra admitimos que estamos manipulando a realidade; com um novo ato de duplipensamento, apagamos esse conhecimento; e assim por diante indefinidamente, com a mentira sempre um passo adiante da verdade. Em última instância, foi graças ao duplipensamento que o Partido foi capaz — e, até onde sabemos, continuará sendo por milhares de anos — de deter o curso da história.
http://planetalibro.net/leerlibro/orwell-george-1984_pt/353
Nem é preciso dizer que os praticantes mais sutis do duplipensamento são aqueles que inventaram o duplipensamento e sabem que ele é um vasto sistema de logro mental. Em nossa sociedade, aqueles que estão mais informados sobre o que ocorre são também os que estão mais longe de ver o mundo como ele é. Em geral, quanto maior a compreensão, maior o engodo; quanto maior a inteligência, menor a saúde mental. (...) Esse estranho entrelaçamento de opostos — conhecimento com ignorância, cinismo com fanatismo — é um dos principais traços da sociedade oceânica. A ideologia oficial está impregnada de contradições, mesmo quando não há nenhuma justificativa prática para elas. Assim, o Partido rejeita e avilta cada um dos princípios originalmente defendidos pelo movimento socialista, e trata de fazê-lo em nome mesmo do socialismo. Exorta um desprezo pela classe operária sem equivalente nos últimos séculos e obriga seus membros a usar um uniforme que em outros tempos caracterizava os trabalhadores manuais e que por isso mesmo foi adotado. Erode sistematicamente a solidariedade da família e chama seu líder por um nome que é um apelo direto ao sentimento de lealdade familiar. Mesmo os nomes dos quatro ministérios que nos governam exibem uma espécie de descaramento na inversão deliberada dos fatos. O Ministério da Paz cuida dos assuntos de guerra; o Ministério da Verdade trata das mentiras; o Ministério do Amor pratica a tortura; e o Ministério da Pujança lida com a escassez de alimentos. Essas contradições não são acidentais e não resultam da mera hipocrisia: são exercícios deliberados de duplipensamento. Pois somente reconciliando contradições é possível exercer o poder de modo indefinido.
http://planetalibro.net/leerlibro/orwell-george-1984_pt/355


CRIANÇAS ESPIÃS ESTREGAM OS PAIS À POLÍCIA DO PENSAMENTO
"Com aquela s horrendas crianças, pensou, essa pobre mulher deve levar uma vida de terror. Dali a um ano, ou dois, começarão a observá-la dia e noite, à cata de sintomas de heterodoxia. Quase todas as crianças eram horríveis. O pior de tudo é que, com auxílio de organizações tais como os Espiões, eram sistemàticamente transformadas em pequenos selvagens incontroláveis, e no entanto nelas não se produzia qualquer tendência de se rebelar contra a disciplina do Partido. Ao contrário, adoravam o Partido, e tudo quanto tinha ligação com ele. As canções, as procissões, as bandeiras, as caminhadas. a ordem unida com fusis de madeira, berrar palavras de ordem, adorar o Grande Irmão - era para elas uma espécie de jogo formidável. Toda sua ferocidade era posta para fora, dirigida contra os inimigos do Estado, contra os forasteiros, traidores, sabotadores, ideocriminosos. Era quase normal que as pessoas de mais de trinta tivessem medo aos próprios filhos. E com fartos motivos, pois rara era a semana em que o Times não publicasse um tópico contando Como um pequeno salafrário - "herói infantil" era a expressão usada - ouvira alguma observação comprometedora e denunciara os pais à Polícia do Pensamento."
http://home.ufam.edu.br/edsonpenafort/GEORGE%20ORWELL%20-%201984.pdf

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NOVILÍNGUA
Esse processo de mundialização deverá se desenrolar até seu resultado lógico: a adoção de uma língua internacional, prelúdio da destruição das culturas e das mentalidades locais.
"Uma das questões que devem ser examinadas é a do desenvolvimento, para essa sociedade global, de uma língua internacional que reforce e promova uma cultura internacional. A Unesco deveria um estudo específico sobre este assunto." (Unesco - International symposium and round table)
Pascal Bernardin - Maquiavel Pedagogo
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A DEFORMAÇÃO DAS PALAVRAS E A INVENÇÃO DE NOVOS CRIMES
"a estratégia é sempre a mesma: quebrar as cadeias normais de associação de idéias, inverter o senso das proporções, forçar a população a negar aquilo que seus olhos vêem e a enxergar, em vez disso, aquilo que a elite iluminada manda enxergar." Olavo de Carvalho
http://www.olavodecarvalho.org/semana/120823dc.html

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"A doença mental mais disseminada na nossa "civilização científica" é a crença generalizada de que a dificuldade de definir uma coisa é um forte argumento contra a existência dessa coisa.
Essa idéia tem efeitos devastadores sobre a inteligência humana e sobre toda a sociedade. Desde logo, ela torna a experiência uma função da linguagem disponível, bloqueando o acesso a toda percepção que já não esteja catalogada no vocabulário admitido.
Com isso, ela confere à classe acadêmica o poder de censura sobre toda a experiência humana: "Afinal, você vai crer em mim ou nos seus próprios olhos?"
Olavo de Carvalho

https://www.facebook.com/olavo.decarvalho/posts/10155776701167192

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NOMINALISMO X REALISMO
"O projeto globalista é, em grande parte, um projeto nominalista. Aqui estou usando esses termos de maneira um pouco diferente da usada na filosofia medieval. Nominalismo no sentido de pegar as palavras e isolá-las da realidade, e transformá-las em instrumento de dominação. No fundo é isso. O que é a tolerância? Tolerância é vc, diante de uma realidade negativa, vc faz uma avaliação de valor e diz eu posso tolerar essa realidade em nome de um bem maior. Isso é que é tolerar. Durante um certo tempo vc convive com uma coisa negativa, porque tem um contexto onde isso é necessário para um resultado positivo. Isso é realismo, é vc ter um diálogo entre a palavra e a realidade. Nominalismo é pegar a palavra tolerância e transformá-la em algo absoluto. Então, vc tem uma realidade de crime, por exemplo, "ah não, vc tem de mostrar tolerância com o criminoso". Ou vc tem uma realidade onde qualquer conflito, se essa ideologia quer defender um dos lados, "não, vc tem de ter tolerância..." Isso para dar um exemplo de palavras que deixam de dialogar com a realidade.
Então, parte do nosso esforço é esse, trazer de volta... O pensamento humano é isso, precisa da linguagem, mas precisa da realidade. Essa coisa do achatamento do ser humano tem a ver com o nominalismo, vc isola as palavras e elas passam a ser coisas que estão no ar e se chocam assim, num éter onde nada faz sentido. É por isso que o conceito de realidade precisa voltar, o conceito de verdade, que verdade também é isso, no fundo é o diálogo interno entre linguagem e não linguagem. Então é essencial ter uma visão realista, nesse sentido de realismo, que não é também o absolutismo da realidade complexa, precisa ter a linguagem, o pensamento humano questionando isso. Hoje vc tem toda uma série de correntes que vivem num mundo puramente de palavras, simplesmente de jogos de palavras. Por isso que eu não gosto de Wittgenstein. Ele vê a realidade como jogo de palavras. Uma das fontes desse nominalismo atual é Wittgenstein."
Ernesto Araújo 
https://conspiratio3.blogspot.com/2019/03/entrevista-min-ernesto-araujo-denuncia.html
https://www.metapoliticabrasil.com/










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