sábado, 16 de setembro de 2017
MENTIRAS VERMELHAS NA CIÊNCIA - TERÇA LIVRE - ABORTO, DROGAS
"A proposição de que o marxismo é um método universal, proposição que os comunistas têm obrigação de defender, leva na prática a uma tirania em todos os campos de atividade intelectual. O que pode fazer o infeliz físico, se os átomos não agem segundo deveriam, pelas leis hegelianas e marxistas, ou segundo a identidade dos contrários e sua evolução para formas mais altas? Ou o astrônomo, se o cosmo é indiferente à dialética comunista? Ou o biólogo, se as plantas não procedem segundo a teoria lisenko-stalinista sobre a harmonia e a cooperação das classes numa sociedade "socialista"? Como esses cientistas não podem mentir, devem sofrer as consequências das suas heresias. Para que suas descobertas sejam aceitas, devem "confirmar' as fórmulas do marxismo-leninismo. Os cientistas vivem num constante dilema para saber se suas teorias e descobertas afetarão o dogma oficial." (Milovan Djilas)
*
"No fim o Partido haveria de anunciar que dois mais dois são cinco, e você seria obrigado a acreditar. Era inevitável que mais cedo ou mais tarde o Partido fizesse tal afirmação: a lógica de sua posição o exigia. Além da validade da experiência, a própria existência da realidade externa era tacitamente negada por sua filosofia. A heresia das heresias era o bom senso." "Liberdade é a liberdade de dizer que dois mais dois são quatro." - 1984, GEORGE ORWELL
http://conspiratio3.blogspot.com.br/2017/09/1984-de-george-orwell-e-karl-marx.html
CIÊNCIA COMUNISTA, IDEOLÓGICA, FAKE - Ciência" do Consenso
http://conspiratio3.blogspot.com.br/2017/05/ciencia-comunista-ciencia-do-consenso.html
A CORRUPÇÃO DA INTELIGÊNCIA http://conspiratio3.blogspot.com.br/2017/09/a-corrupcao-da-inteligencia-flavio.html
#TerçaLivreCiências - Escola Sem Partido e o ensino de Ciências http://conspiratio3.blogspot.com.br/2017/09/tercalivreciencias-escola-sem-partido-e.html
MENTIRAS VERMELHAS NA CIÊNCIA - TERÇA LIVRE - ABORTO, DROGAS
http://conspiratio3.blogspot.com.br/2017/09/mentiras-vermelhas-na-ciencia-terca.html
A crescente censura e ocultação dos fatos estão lançando uma sombra protetora sobre atos governamentais criminosos como este:
CIÊNCIA SECRETA "uma política de longa data que permitia que os reguladores ambientais confiassem em dados científicos secretos para elaborar regulações. Estas regulações custaram aos contribuintes e empresas norte-americanos o total de 344 bilhões de dólares durante os 8 anos da administração Obama, de acordo com dados do American Action Forum."
https://www.epochtimes.com.br/administracao-trump-deixara-usar-ciencia-secreta-elaborar-regulamentos-ambientais
#TerçaLivreCiências - Escola Sem Partido e o ensino de Ciências
https://conspiratio3.blogspot.com/2017/09/tercalivreciencias-escola-sem-partido-e.html
Chernobyl: o acidente como resultado
“In a true tyranny, everyone lies about everything all the time. And that’s why it’s hell” - Jordan Peterson
(...)
Porém, do ponto de vista simbólico, Chernobyl nos chama mais atenção do que Holodomor. O próprio Mikhail Gorbatchov reconheceu isso quando afirmou que o acidente da usina foi provavelmente a maior razão para a destituição do sistema soviético (o que não quer dizer a destituição do sistema socialista). Por que isso seria verdade? Pelo poder simbólico. Holodomor não foi motivo de propaganda. Chernobyl foi. A usina representava a perfeição do sistema soviético e a explosão do seu reator foi como a voz da realidade gritando contra as elucubrações da mentalidade revolucionária. O acidente provou que a ideologia é um castelo de cartas e quanto mais ela se desenvolve, mais estrondosa é sua queda. “Nosso poder vem da percepção do nosso poder” diz o personagem de Gorbatchev na série. O poder de uma ideologia é o poder das aparências. Ao passo que o poder da verdade é o poder em si mesmo. É um poder que não pode ser teatralizado. Como a força de uma usina nuclear que não pode ser mimetizada por nenhuma outra fonte de energia. É o olho do sol.
A série narra com profundidade a história de Chernobyl, mostrando como o acidente da usina foi resultado de uma série de mentiras escalares. Os operadores da sala de controle mentiram uns aos outros, aceitando a autoridade inconveniente do seu carrasco Anatoly Dyatlov, os superiores de Dyatlov mentiram no cronograma de testes da usina e, por fim, toda a concepção do projeto de usinas nucleares soviético era uma grande mentira. As usinas foram desenvolvidas de maneira insegura, sem possibilidade de desligar os reatores. Os cientistas responsáveis mentiram diante de toda comunidade científica internacional e por isso conseguiram aprovação para realização do seu projeto. É como a inversão dos arcos de uma catedral, que começam imensos e vão se reduzindo um após o outro na medida que a parede da igreja sobe verticalmente. As mentiras vão do microcosmo ao macrocosmo do sistema socialista. Seu resultado é a explosão do núcleo da usina. Valery Legasov, personagem principal da série, magistralmente interpretado por Jared Harris, foi um dos responsáveis pela mentira do projeto de usinas nucleares. Provavelmente movido pela culpa, também foi ele o responsável por investigar e reparar os danos em Chernobyl.
Chernobyl prova que o simplório caminho bidirecional entre a verdade e a mentira, tão bem defendido pelos nossos avós, nunca deixou de existir. Um homem diante desses dois caminhos tem não mais do que duas opções: aceitar ou se sacrificar. A aceitação levará também ao sacrifício inevitável – todos morreremos. Não há segunda opção. Já o sacrifício nos leva ao sofrimento consciente e, por assim dizer, amoroso. O sacrifício que optamos e carregamos como uma cruz. Esse é outro mérito da série. Ela prova que a única maneira de se salvar é aceitando o drama da realidade que grita a partir de seu núcleo.
(...)
O texto final de Legasov beira a perfeição. Seu início é memorável: “Nossos segredos e mentiras são praticamente o que nos define. Quando a verdade ofende, nós mentimos e mentimos, até que não nos lembremos mais que ela existe, mas a verdade ainda existe. Cada mentira que contamos gera uma dívida com a verdade. Cedo ou tarde essa dívida deve ser paga.”
Craig Mazin é um roteirista consciente de sua arte. Não podemos nos dar o luxo de acreditar que ele escolheu as palavras que fecham sua obra sem dar a devida atenção. “Quando a verdade ofende, nós mentimos”. Mas a série prova que a mentira é impossível. A mentira é somente o atraso de uma cobrança inevitável da realidade. Toda verdade que hoje acreditamos ser ofensiva, toda pergunta inconveniente que deixamos de fazer, tudo é somente o atraso de uma revolta do Real. Como não pensar em nossa civilização que cada vez mais constrói suas instituições, sua linguagem, seus símbolos de poder baseado no politicamente correto e nas mentiras ideológicas?
Em uma das últimas cenas, vemos uma pintura em uma parede da uma velha escola que está representando uma mulher com um bebê no colo. A parede está descascada e a boca da mulher está em ruínas. É como um alerta sobre o silêncio e sobre nossa passividade destrutiva. E se nossa rendição ao politicamente correto, à linguagem ideologicamente viciada, aos termos marxistas de descrição da realidade, aos pronomes de gênero indefinido quando isso é algo ainda amplamente discutido pela ciência, pela psicologia e pela filosofia, enfim, a todos os termos que achamos inconvenientes e ofensivos a determinadas minorias, e se tudo isso é apenas uma nova maneira de negligenciar o núcleo do reator? O desleixo e a irresponsabilidade com nossa linguagem podem gerar uma implosão civilizacional da mesma magnitude nuclear de Chernobyl. E se esse processo for conscientemente orquestrado por aqueles que não conseguimos nomear por estarem demasiadamente escondidos nas estruturas de poder? Eu não tenho a resposta para essas perguntas, mas viver sem perguntá-las seria ceder espaço à mesma espiral de silêncio que causou a morte de milhares de pessoas em Chernobyl.
O registro oficial russo ainda aponta somente 31 mortos no acidente de Chernobyl.
Artigo completo:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2471940786183877
Nenhum comentário:
Postar um comentário