sábado, 10 de setembro de 2022

VENERAÇÃO DE RELÍQUIAS - PADRE PAULO RICARDO

A veneração aos restos mortais dos santos não seria apenas um resquício de superstição pagã ainda impregnada no seio da Igreja Católica? Qual o sentido dessa veneração? O que a Igreja ensina acerca das relíquias? 

 

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Padre Paulo Ricardo explica o culto aos santos e a suas imagens - venerar os santos e suas imagens é uma forma de glorificar a Deus. E nos alerta ainda para o perigo de colocarmos criaturas ou coisas no lugar de Deus: a idolatria é o mal a ser combatido. https://youtu.be/5Ph9gsPsLV4

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 O santo que defendeu as imagens sagradas (Memória de São João Damasceno) https://youtu.be/YUVbblG6SEQ

 

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QUANDO PADRE PIO MORREU, OS ESTIGMAS DESAPARECERAM SEM DEIXAR CICATRIZ https://youtu.be/Tzre49O1YBs?t=616

 

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Para os cristãos, a veneração de relíquias é tão antiga quanto a veneração de santos. Como já vimos, o cuidado dos cristãos com os corpos de seus mártires chocava seus vizinhos greco-romanos como algo grotesco, porque para eles um corpo morto estava profanado e deveria ser  colocado à distância. Qualquer coisa que a imortalidade reservasse para os mortos pertencia apenas às almas, e a fama póstuma entre os vivos, era mais apreciada do que a vida desencarnada entre os mortos. 

Mas os cristãos acreditavam que Deus assumira a forma humana para que a humanidade decaída pudesse voltar, no final dos tempos, à intimidade com Deus desfrutada por Adão e Eva antes da queda. Na ressurreição de Jesus, o milagre fundamental do cristianismo, os fiéis encontravam sua própria esperança de renascer em um corpo glorificado, mas com a mesma identidade que tinham como indivíduos na Terra. 

Os primeiros mártires cristãos entregaram-se às feras nos coliseu romanos, imitando o próprio Cristo, e outros cristãos, com grande risco, juntavam os pedaços dos corpos, para serem venerados como relíquias sagradas. Por que? "Nós, cristãos, não abominamos um homem morto porque sabemos que ele viverá outra vez.", responde o Didascália dos Apóstolos, um texto siríaco do século IV. (Caroline Walker Bynum) Isto é, os cristãos acreditavam que aqueles mesmos corpos seriam reunidos às almas dos santos no céu. Além disso, faziam-se a associação entre os corpos dos santos  e o corpo de Cristo durante as missas cristãs. Lá, em catacumbas e depois em igrejas, os cristãos celebravam a Eucaristia sobre altares contendo relíquias, uma cerimônia que incluía a ingestão do pão e do vinho, corpo e sangue de Cristo. "A Eucaristia, como a ressurreição, era uma vitória sobre o túmulo."

 


No século VII, a esperança de ressurreição era poderosamente prenunciada na crença difundida de que a maior de todas as santas, a Virgem Maria, desfrutou da honra sem par de ser aceita fisicamente no Céu imediatamente após a sua morte. Em outras palavras, o corpo de Maria, o corpo que havia gerado o Filho de Deus pelo poder do Espírito Santo, era puro demais para sofrer a decadência e a deterioração reservadas a toda humanidade. 

Para os cristãos, portanto, as relíquias dos santos eram objetos sagrados capazes de produzir milagres. A elite intelectual da Igreja, contudo, nem sempre compartilhava dessa opinião. Agostinho de Hipona, por exemplo, acreditava em milagres e desenvolveu uma teoria elaborada para explicá-los. Mas ele também achava que prestar atenção demais às maravilhas desviava a atenção dos verdadeiros milagres  espirituais que ocorriam dentro da alma e, durante a maior parte de sua vida, opôs-se ao culto das relíquias. Santo Agostinho era contra incomodar os restos dos santos. Mas no fim da vida, mudou de opinião depois que os ossos de Estêvão, o primeiro mártir, serem descobertos em Jerusalém e levados para Hipona, em 416. Ele viu por si mesmo curas e outros milagres produzidos pelas relíquias de Estêvão e registrou-os cuidadosamente. Foram registrados 70 milagres nos primeiros 2 anos. O que Agostinho concluiu disso aparece em detalhes no último livro de seu monumental "Cidade de Deus". Se meros fragmentos do Corpo de Estêvão podiam efetuar tais milagres em Hipona, raciocinava ele, então o Estêvão inteiro deveria de algum modo estar presente em todas as partes do corpo. Em resumo, para Santo Agostinho, os milagres produzidos pelas relíquias de Estêvão vieram a ser provas vivas da ressurreição do corpo.

(Extraído de O Livro dos Milagres, Kenneth L. Woodward) 

 

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"São Francisco de Sales também ressuscitou dos mortos o seu cordeiro de estimação, Martinello, depois de ter sido comido por trabalhadores.

«Precisando de comida, os trabalhadores pegaram e mataram o cordeiro de estimação de Francisco, Martinello, assando-o num forno de lima. Estavam a comer quando o Santo se aproximou deles, procurando pelo seu cordeiro. Eles disseram que o tinham comido, por não ter outro alimento. Ele perguntou o que tinham feito com a lã e os ossos. Disseram que os tinham atirado ao forno. Francisco caminhou até o forno, olhou para o fogo e chamou “Martinello, saia!” O cordeiro saltou para fora, completamente intacto, balbuciando alegremente ao ver seu dono.»3

Vale ressaltar que São Francisco de Paula chamou os animais por seus nomes mesmo depois de as suas vidas terem terminado. Aparentemente, ele acreditava que estes continuavam a existir depois de suas mortes. https://www.igrejacatolica.org/animais-vao-para-ceu/

 

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"Então, o Senhor lhe ordenou: ‘Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa." Atos 7:33

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No mesmo instante, Jesus percebeu que dele havia saído poder, virou-se para a multidão e perguntou: "Quem tocou em meu manto? "

Marcos 5:30
No mesmo instante, Jesus percebeu que dele havia saído poder, virou-se para a multidão e perguntou: "Quem tocou em meu manto? "

Marcos 5:30

"No mesmo instante, Jesus percebeu que dele havia saído poder, virou-se para a multidão e perguntou: "Quem tocou em meu manto?" "  Marcos 5:30

 

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