LIVRO - DIÁRIO DE PAULINE ÉLISABETH ARRIGHI

Élisabeth Leseur

Diário e Pensamentos de cada dia 

Sinopse 

Pauline Élisabeth Arrighi (1866–1914) casou-se em 1889 com Félix Leseur, médico e jornalista ateu. Parte de um grupo social refinado, o casal Leseur freqüentava os jantares e reuniões da efervescente Paris; contudo, mesmo só em sua busca por Deus e naquele ambiente materialista, Élisabeth progredia continuamente na vida interior.

O esposo, em seu apostolado às avessas, esforçou-se muito por arrancar-lhe a fé. Élisabeth, porém, diante da apostasia, reagiu com vigor, intensificando sua ascese e estudos.

Sua alma contemplativa, enfrentando uma série de enfermidades devido à saúde frágil, oferecia orações e sofrimentos sobretudo pela conversão do tão amado marido, com quem desejava ter uma plena comunhão na fé. Após a morte da esposa, Félix leu seu diário, e uma verdadeira revolução moral se operou nele: em 1919, ingressou no noviciado da Ordem Dominicana, e quatro anos depois foi ordenado sacerdote.

Dedicou-se, então, a tornar conhecida a espiritualidade de Élisabeth, publicando seus escritos e preparando a causa de sua beatificação, iniciada em 1934.

Tradução: Christian Lesage

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Casou-se com Félix Leseur, materialista e colaborador de jornais anticlericais, que tudo fez para extinguir a fé da esposa; coagiu-a a ler obras de autores racionalistas, como “Les Origines du Christianisme” e “La Vie de Jésus”, de Ernest Renan. Elisabeth, porém, percebeu a fragilidade das hipóteses de Renan e dedicou-se intensamente ao estudo da fé católica, do Evangelho e de São Tomás de Aquino. Exerceu o apostolado entre os intelectuais e incrédulos, e praticou obras de caridade. Fez tudo pela conversão de seu marido, sem o conseguir, até o momento de sua morte, ocorrida em Paris em 1914.

Depois de sua morte, o viúvo Félix Leseur, descobriu o Diário deixado por ela: “Journal et Pensées pour chaque Jour” (Jornal e Pensamentos para cada dia). A leitura deste Diário impressionou Félix Leseur a tal ponto, que resolveu mudar de vida; e se converteu, fez-se frade dominicano e tornou-se grande propagandista das obras de sua esposa: além do Journal... publicado em Paris (1917), editou “Lettres sur la Souffrance” (Cartas a respeito do Sofrimento); “La Vie Spirituelle” (A Vida Espiritual); “Lettres à des Incroyants” (Cartas e Incrédulos). Ela o converteu depois da morte!

A vida desta mulher nos mostra quanto pode ser forte a mulher fiel a Deus e ao seu compromisso conjugal. Elisabeth escreveu: “Uma alma que se eleva, eleva o mundo inteiro”. Esta frase foi citada pelo Papa João Paulo II, na sua Exortação Apostólica sobre Reconciliação e Penitência, n. 16:

“Elevando-se em Deus no silêncio, na paciência e ano amor perseverante, ela conseguiu elevar seu marido e, com ele, muitos e muitos irmãos, pois na comunhão dos Santos o cristão se torna espiritualmente fecundo, sem mesmo poder avaliar o alcance de sua vida fiel e tenaz...”

 

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