Começa em https://youtu.be/fWedCbtLxp8?t=1011
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Por Renata Barreto.
Linha do tempo das notícias de ontem sobre o «bombardeio» num Hospital em Gaza:
1. Autoridade palestina controlada por grupo terrorista anuncia que um hospital foi bombardeado por Israel na faixa de Gaza, matando de 200 a 300 pessoas;
2. Jornais em todo o mundo tomam o relato de terroristas como verdadeiro e não esperam para checar se era verdade, aumentando ainda o número para 500 mortos;
3. Comoção internacional em torno do bombardeio, com a imprensa atribuindo o ataque à Israel;
4. Antissemitas e antissionistas (comumente a mesma coisa) usam a notícia não verificada para equiparar Israel à grupos terroristas;
5. Israel se pronuncia e diz que não efetuou bombardeio naquela região;
6. Mahmoud Abbas, autoridade palestina do partido Fatah, cancela reunião com Biden, em protesto;
7. Chanceler da Jordânia também cancela reunião com Biden, que por sua vez anuncia que ficará somente em Israel;
8. Protestos contra Israel por conta do suposto bombardeiro no Irã e na Jordânia escalam para pedido de uma jihad (guerra santa) contra o Estado judeu;
9. Começam a sair os primeiros indícios de que o bombardeio teria sido disparado pela jihad islâmica, outro grupo terrorista em Gaza;
10. Israel divulga vídeos da região mostrando que não houve disparo deles na região;
11. Vídeo de transmissão ao vivo da Al Jazeera mostra que o disparo foi feito de dentro da Faixa de Gaza;
12. Jihad Islâmica nega e diz que acusações de Israel são infundadas, acusando também os EUA e a “mídia sionista”. Eles clamam para que os países islâmicos se unam em Guerra contra Israel, os EUA e todos “contrários à luta palestina”;
13. Vídeos do hospital demonstram que os edifícios não foram destruídos, mas houve danificação de vidros e janelas. O maior estrago foi feito no estacionamento, com carros queimados. A tese de que foi um foguete com defeito é reforçada e o número de vítimas divulgado pelos terroristas também é posto em xeque;
14. É sabido, há tempos, que entre 20-25% dos foguetes lançados de Gaza caem em Gaza mesmo. Além de guardarem armas, mísseis e munição em áreas residenciais, incluindo escolas e hospitais, eles também lançam foguetes desses locais, aumentando a chance de acidentes;
15. Enquanto isso, no Conselho de Segurança da ONU, a resolução do Brasil sobre a Guerra tem veto dos EUA, já que não consta o “direito de autodefesa de Israel”;
16. Em nota, o PT, partido do Presidente do Brasil, acusa Israel de cometer genocídio, a embaixada israelense chama a nota de “lamentável” e o PT diz que Israel “não tem moral pra de falar direitos humanos”, citando o bombardeio fake;
17. Nenhum canal de mídia ou jornalista pede desculpas pela informação divulgada usando um grupo terrorista como fonte;
18. Mais vídeos e fotos do local terminam de enterrar a tese furada de que Israel bombardeou o hospital.
Esse episódio, portanto, demonstra que o jornalismo há muito se perdeu, passando a ser mais militância do que notícia. Demonstra também a importância das redes sociais, por onde saem atualizações sobre o conflito de fontes variadas.
Embora exista, sim, muita desinformação, fica clara a importância da liberdade de expressão para que não haja manipulação da informação por agentes governamentais, órgãos supranacionais, políticos e, como está muito claro, também a mídia tradicional.
As pessoas devem ter liberdade pra escolher e responsabilidade pelo próprio senso crítico.
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"Quando se deixa de acreditar em Deus, passa-se a acreditar em qualquer coisa." G. K. Chesterton
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