sábado, 28 de agosto de 2021

JEFFREY NYQUIST - DESINFORMAÇÃO 101: EMBUSTES E FALSAS NARRATIVAS - "ACUSE-OS DO QUE VOCÊ FAZ "

Por Jeffrey Nyquist

“Dizem que Lênin ficou entusiasmado com um ‘belo plano’, ou seja, a proposta dos comunistas de cruzar a fronteira para outro país a fim de enforcar kulaks, padres e proprietários de terras naquele país e depois jogar a culpa nas unidades de guerrilha anti-comunistas em operação na Rússia Soviética naquela época.”
Natalie Grant

Às vezes é importante revisitar o passado. A clareza sobre o passado nos dá clareza sobre o presente. Os russos e seus amigos comunistas têm um grande bolsa repleta de truques. E nessa bolsa você encontrará uma palavra em russo: Provokatsiya [провока́ция], provocação. Definição: “Um evento político encenado por um serviço de inteligência a serviço de seu governo a fim de cumprir algum objetivo político.” Na citação de Natalie Grant acima, vemos um exemplo bastante sanguinário de Provokatsiya. Os serviços especiais comunistas organizam um acontecimento horrível que é posteriormente atribuído aos anticomunistas. Também existe outra palavra russa: Dezinformatsiya (ou desinformação). Refere-se a informações enganosas plantadas pelos serviços especiais russos. Olhemos para trás na história e vejamos se algum exemplo pode ser encontrado. 

Aqui estão alguns que podem ter algum impacto entre os leitores, dependendo de seu nível de conhecimento:

1 – Assassine JFK e culpe os direitistas (consulte as obras “JFK Assassination Diary” de Edward Jay Epstein ou “Programmed to Kill” de Ion Pacepa: “Lee Harvey Oswald, a KGB soviética e o assassinato de Kennedy”).

2 – Derrube as torres gêmeas, queime o Pentágono e, em seguida, jogue a culpa no Complexo Industrial-Militar e em Wall Street com as teorias da conspiração “Truther”. (Minhas fontes na República Tcheca afirmam que Mohammed Atta, o líder dos sequestradores do 11 de setembro, foi treinado em um campo de treinamento terrorista na Tchecoslováquia comunista em 1987. Por favor, observe: antes de morrer envenenado com polônio radioativo enviado de Moscou, o desertor da FSB (atual nome da KGB) Alexander Litvinenko, apontou Ayman al-Zawahiri como um “agente de longa data da KGB”. Zawahiri foi o primeiro-tenente e sucessor número 1 de Osama bin Laden. Litvinenko também disse que vários líderes da Al-Qaeda foram treinados na Rússia, mas ele só citou Zawahiri publicamente. Ver notas abaixo.) 

3 – Passe um verão saqueando e incendiando, promovendo tumultos e ameaçando, e depois acuse Donald Trump de insurreicionista violento. (Atualmente, a estratégia comunista é alegar que a direita é perigosa e insurrecionista enquanto camufla sua própria insurreição sob a bandeira “justa” do Black Lives Matter.)

4 – Culpe Trump por roubar a eleição em 2016 e censure qualquer um que diga que os democratas roubaram de Trump a eleição de 2020. (Ao criar a primeira narrativa, você pensaria que eles não poderiam realizar a segunda, mas as provocações comunistas quase sempre culpam a vítima; e isso pode ser feito até mesmo com anos de antecedência.) 

O livro de Natalie Grant intitulado ‘Disinformation: Soviet Political Warfare, 1917-1991’ oferece-nos percepções adicionais. Há um antigo princípio operacional russo: “simular o que não é, dissimular o que existe”. Grant explica, “até hoje as autoridades militares soviéticas recomendam enganar o inimigo, ocultando objetos existentes e criando objetos simulados a fim de desviar a atenção do inimigo.”

Por “objeto”, os russos não se referem apenas a “objetos” físicos. Narrativas diversionistas também podem entrar nessa categoria. Para explicar melhor: Suponha que a verdade seja representada como Narrativa A. A fim de desviar a atenção da Narrativa A, os serviços especiais terão a tarefa de divulgar várias narrativas falsas diversionistas; isto é, as narrativas que vão de B a F. Se você construir essas narrativas com afirmações sensacionalistas, as pessoas serão atraídas por elas. É claro, pois a mente do público é muito suscetível a afirmações sensacionalistas. Num tempo suficientemente curto, todos esquecerão a Narrativa A. Na verdade, as pessoas ficarão tão obcecadas por uma narrativa falsa sensacionalista que criarão espontaneamente argumentos caseiros em apoio à narrativa. Desta forma, uma falsa narrativa ganhará vida própria. 

Um aparte: muitas teorias da conspiração devem ser vistas como suspeitas sob esses termos. Em cada caso, devemos fazer a pergunta-chave: QUEM SE BENEFICIA COM ESSA TEORIA DA CONSPIRAÇÃO? Em muitos casos, os russos ou seus amigos comunistas serão os beneficiários. Se for esse o caso, a teoria em questão precisa ser examinada em termos de sua origem. Isso vem de agentes de influência identificáveis? Os desertores mostraram as informações a serem inventadas pelos serviços especiais russos? No caso das falsas narrativas de assassinato de Kennedy, o arquivista da KGB Vasili Mitrokhin revelou que falsas narrativas de assassinato de JFK foram plantadas em jornais ocidentais pela KGB. Na verdade, a maioria das teorias de assassinato de JFK que eximem os comunistas da culpa se baseiam nessas versões plantadas; no entanto, a maioria dos americanos acredita em narrativas diversionistas da KGB relativas ao assassinato de JFK. É quase impossível fazer as pessoas abandonarem tais narrativas pela simples razão de que, uma vez que alguém adota uma narrativa falsa, ela se torna seu cavalo de pau; e as pessoas gostam de seus cavalinhos de pau.

Imagine o quão assustadora é a nossa situação. A União Soviética e seu aliado cubano podem assassinar um presidente americano. Ainda mais assustador é que eles podem culpar os anticomunistas da CIA, da Big Oil ou do Complexo Industrial-Militar pelo assassinato. Uma vez que esse tipo de recurso tenha sido usado com sucesso, ele pode ser usado novamente. (Fica aí dica.)

Em nossa presente crise, várias operações de desinformação podem estar em andamento; e uma deles pode envolver uma narrativa falsa de fraude eleitoral. De acordo com Natalie Grant, os soviéticos foram os pioneiros na arte de “expor falsificações e documentos forjados para ocultar fatos reais” na década de 1920 (p. 23). Basicamente, pode-se esperar que um agente de influência russo produza informações que supostamente comprovem fraude eleitoral. Se as informações do agente mais tarde forem consideradas falsas, isso tenderá a tirar a credibilidade da narrativa da fraude eleitoral e de todos aqueles que a defenderam. Segundo Natalie Grant, tal tipo de falsificação “possivelmente” encontrou sua deixa “na máxima de Lenin de que ‘Toda verdade… se for levada além dos limites em que pode realmente ser aplicada, pode ser reduzida a um absurdo.” Eis aqui um método russo usado para “espalhar (a) desconfiança a fatos verdadeiros”.

O processo normalmente envolveria um agente russo que põe um embuste para circular. Esse agente pode ser um cidadão americano pago por baixo da mesa por oficiais da inteligência russa. O agente fabricaria informações falsas para provar algo como fraude eleitoral. Ao expor a farsa posteriormente, a confiança em todas as evidências de fraude eleitoral seria prejudicada. Grant explica o seguinte: “Os alvos de tais farsas, ao saber que os documentos em que eles confiavam eram falsos, presumem que o fato real em torno do qual o relatório falso foi construído também era falso.”

Mais em: https://midiasemmascara.net/desinformacao-101-embustes-e-falsas-narrativas/ 


DESINFORMAÇÃO
"Por exemplo, a onda de pânico da mídia européia ante a “ameaça neonazista” na Alemanha cessou quando, com a reunificação do país, os documentos da Stasi vieram à tona, mostrando que os principais movimentos neonazistas na Alemanha Ocidental e até alguns nas nações vizinhas eram fantoches criados e subsidiados pelo governo comunista da Alemanha Oriental para despistar operações de terrorismo e assassinatos políticos (o atentado ao Papa João Paulo II foi um caso típico: leiam The Time of the Assassins de Claire Sterling e Le KGB au Coeur du Vatican, de Pierre e Danièle de Villemarest). 

E no Brasil? Foi em 1973 que o ex-chefe da inteligência soviética no Rio de Janeiro, Ladislav Bittman, confessou ter sido, em 1964, o inventor e disseminador da lenda de que o golpe militar fôra tramado e subsidiado pelo governo americano. Como, decorridos vinte e oito anos da revelação, ninguém na mídia tupiniquim desse o menor sinal de desejar corrigir o engano geral, escrevi um artigo em Época para lembrar aos colegas que antes tarde do que nunca (v. http://www.olavodecarvalho.org/semana/sugestao.htm). Mais onze anos se passaram desde então, e até hoje a conversa de que “o golpe começou em Washington” ainda reaparece nos nossos “grandes jornais”, a intervalos regulares, no tom de verdade consagrada. Credibilidade, neste país, é isso." https://olavodecarvalho.org/credibilidade-zero/

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ANDRÉ PORCIUNCULA - No mesmo dia que o @filgmartin é acusado de fazer símbolo nazista o ministro @ernestofaraujo é acusado de fazer uma saudação fascista. Se gesticulações comuns podem ser transformadas em simbologia de ideologias abomináveis, então eles poderão criminalizar todos cidadãos do país. https://www.facebook.com/andre.porciuncula.1/posts/4258147517563873

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OLAVO DE CARVALHO - "Quem ainda não percebeu que os maiores genocidas do mundo adoram usar a palavra "genocida" em sentido figurado e fora de contexto para aplicá-la a seus adversários e dar, por esse miserável truquinho verbal, a impressão de que estes são tão monstruosos quanto eles?" -  https://twitter.com/opropriolavo/status/1374570396314394624

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Despido dos adornos humanitários que o embelezaram ex post facto, e que comparados à truculência grossa e crua de seus antecessores soviéticos  lhe dão mesmo uma aparência angélica, o gramscismo não é nada mais, nada menos, que a mais completa, abrangente e meticulosa sistematização do engodo como método essencial da ação política — e o é em escala ainda mais vasta e em sentido ainda mais radical do que o Príncipe de Maquiavel, que lhe serviu de inspiração remota e esboço primitivo.

Como descrever, senão nesses termos, uma estratégia sutil planejada para que todas as pessoas vão se tornando socialistas pouco a pouco, sem percebê-lo, e da noite para o dia acordem em plena ditadura socialista sem ter a menor idéia de como, quando e por que mãos se operou tão tremendo milagre?

Essa é, sem nenhuma imprecisão ou exagero, a definição e a fórmula da estratégia de Gramsci para a conquista do poder absoluto pelo movimento comunista.

Mas toda camufagem que se preze é dupla: encobre primeiro o objeto que quer ocultar e depois se camufla a si mesma, para passar despercebida. Tão logo as obras de Antonio Gramsci começaram a ser publicadas em 1947, a intelligentzia esquerdista se apressou a classificá-las – e a elite conservadora a aceitá-las sonsamente – como expressões de um “marxismo ocidental” original, não-dogmático, marginal e independente do tronco oficial do movimento comunista.

O que aconteceu foi que, após ter sido oficialmente impugnada até à morte de Stalin em 1955, a estratégia gramsciana foi adotada integral e entusiasticamente pela KGB e, desde o início dos anos 60, aplicada em todo o Ocidente com a pletora de recursos financeiros e instrumentos de ação acessíveis àquela que era, e é ainda sob outro nome, a maior e mais poderosa organização de qualquer tipo que já existiu no mundo. Na verdade, o próprio Stálin só rejeitou a parte do gramscismo que preconizava a independência dos partidos comunistas nacionais, mas não deixou de se utilizar de técnicas da “revolução cultural” desde a década de 30, especialmente nos EUA.

Esses dois fatos poderiam ter sido antevistos em tempo, com um pouco de inteligência. No entanto, mesmo depois de bem comprovados pelos documentos dos Arquivos de Moscou, ainda há quem teime em ignorá-los. https://olavodecarvalho.org/a-camuflagem-da-camuflagem/

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Em 1993 Olavo de Carvalho já denunciava a deformação da realidade e da opinião pública feita por nossa imprensa de araque: UNANIMIDADE SUSPEITA https://conspiratio3.blogspot.com/2015/12/imprensa-de-rabo-preso-em-1993-fazia.html

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"Mentira foi o princípio que pôs em marcha o regime totalitário." "A força incomparável de Soljenitsyn está ligada à sua pessoa, ao que define sua mensagem: a recusa incondicional da mentira. Pode acontecer que não se possa dizer a verdade, ele repete, mas sempre se pode recusar a mentira. O regime soviético parece-lhe perverso como tal porque institucionaliza a mentira: o despotismo chama, a si mesmo, liberdade, a imprensa subjugada a um partido finge ser livre e, no momento da Grande Purgação, Stalin declarou que a Constituição era a mais democrático do mundo. A voz de Solzhenitsyn alcança longe e alto, porque não se cansa de nos chamar de volta à perversidade intrínseca do totalitarismo." https://conspiratio3.blogspot.com/2019/06/comunismo-ideologia-mentira-e.html


"O mundo Ocidental como um todo, e os Estados Unidos em particular, se equivocaram seriamente sobre a natureza das mudanças no mundo comunista. Não estamos testemunhando a morte do comunismo, mas uma nova ofensiva estratégica de desinformação." Anatoliy Golitsyn https://conspiratio3.blogspot.com/2018/01/finalmente-republicaram-o-livro.html

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Eu não sei muito sobre a Ucrânia, mais sei, há muito tempo, que a KGB é a mestra da desinformação. Desinformação não é só uma mentira posta para circular nas esferas-alvo, é uma operação complexa, cara, às vezes longamente preparada, envolvendo várias etapas. 

"Por exemplo, a onda de pânico da mídia européia ante a “ameaça neonazista” na Alemanha cessou quando, com a reunificação do país, os documentos da Stasi vieram à tona, mostrando que os principais movimentos neonazistas na Alemanha Ocidental e até alguns nas nações vizinhas eram fantoches criados e subsidiados pelo governo comunista da Alemanha Oriental para despistar operações de terrorismo e assassinatos políticos (o atentado ao Papa João Paulo II foi um caso típico: leiam The Time of the Assassins de Claire Sterling e Le KGB au Coeur du Vatican, de Pierre e Danièle de Villemarest). "

LIVROS

KGB e a Desinformação Soviética - Ladislav Bittman https://livraria.seminariodefilosofia.org/a-kgb-e-a-desinformacao-sovietica

DESINFORMAÇÃO - A PRINCIPAL ARMA COMUNISTA - ION MIHAI PACEPA
https://conspiratio3.blogspot.com/2016/01/desinformacao-livro-de-ion-mihai-pacepaq.html 

ESTRATÉGIA DA TESOURA - ANATOLIY GOLITSIN (livro MEIAS VERDADES, VELHAS MENTIRAS) https://conspiratio3.blogspot.com/2022/03/um-exemplo-da-estrategia-da-tesoura.html  

SUBVERSÃO: teoria, aplicação, e confissão de um método, de Yuri Aleksandrovich Bezmenov

O livro de Natalie Grant intitulado ‘Disinformation: Soviet Political Warfare, 1917-1991’ oferece-nos percepções adicionais. Há um antigo princípio operacional russo: “simular o que não é, dissimular o que existe”.  https://conspiratio3.blogspot.com/2021/08/jeffrey-nyquist-desinformacao-101.html

MAIS EM: https://conspiratio3.blogspot.com/search/label/DESINFORMA%C3%87%C3%83O

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