segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

OESTE SEM FILTRO - 04/12/2023 - ANA HENKEL, SÍLVIO NAVARRO, ADALBERTO PIOTTO,

 

 

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"Será necessário recordar o que dizia ALEXANDER SOLJENITSIN: bastaria que os russos deixassem de mentir e o comunismo afundaria."
 
 


Se a verdade interessasse aos marxistas, todas as refutações e críticas válidas fariam parte de um grande debate racional que resultaria em benefícios à sociedade. Mas o comunismo não é sobre verdade, não é sobre fatos, sobre racionalidade, razoabilidade, benefícios sociais, marxismo trata de poder político-ideológico substituindo tudo isso. 

Marx já começou como um político marketeiro, mentindo ("Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo.") para ver se colava. Colou, virou realidade, mas os meios sórdidos levaram aos fins nefastos. Os meios torpes já mostram o que é o marxismo. Só isso já deveria servir de alerta.

Marx já começou como um político marketeiro, mentindo ("Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo.") para ver se colava. Colou, virou realidade, mas os meios sórdidos levaram aos fins nefastos. Os meios torpes já mostram o que é o marxismo. Só isso já deveria servir de alerta.

O comunismo inaugura o método da mentira "criativa" e invalida a verdade como critério, mas a utiliza como disfarce para uma vontade implacável de poder e controle. 

Mas, diferende da publicidade usual que conta com o nosso ceticismo, o truque de Marx vende, embutido em suas promessas, seu próprio método fraudulento para apagar a noção de verdade. E sem o critério da verdade, que orienta a inteligência e fundamenta a civilização ocidental, ficamos completamente desarmados.

O livro de Peter Kreeft, "Sócrates Encontra Marx" traz, no capítulo 3, esse flagra no "Manifesto": 

"Sócrates - Tu disseste: "Um espectro ronda a Europa - o espectro do comunismo. Todas as potências da velha Europa unem-se numa Santa Aliança para conjurá-lo (...) O comunismo já é reconhecido como força por todas as potências da Europa."

Marx - Pois então?

Sócrates - (...)" Com efeito, quando escreveste essas palavras, havia exatamente dois comunistas na Europa: tu e Engels."

Talvez um exagero de Kreeft, já que o movimento revolucionário existia antes de Marx ? Mas as mentiras continuam:

"Sócrates: E também teu próximo argumento, o que explica o título "Manifesto", é simplesmente uma mentira descarada:  "É tempo de os comunistas exporem, à face do mundo inteiro, seu modo de ver e suas tendências, opondo um manifesto do próprio partido à lenda do expectro do comunismo. Com este fim, reuniram-se em Londres, comunistas de várias nacionalidades e redigiram o manifesto seguinte."

Não havia, quando escreveste isso, partido comunista algum em canto nenhum da terra (...) tampouco "reuniram-se" em Londres algumas pessoas para produzir este Manifesto - ele é fruto de teu próprio trabalho solitário."  

É modus operandi: "Ele (Dugin) emprega todos os instrumentos usuais da propaganda política: a simplificação maniqueísta, a rotulação infamante, as insinuações pérfidas, a indignação fingida do culpado que se faz de santo e, last not least, a construção do grande mito soreliano – ou profecia auto-realizável –, que, simulando descrever a realidade, ergue no ar um símbolo aglutinador na esperança de que, pela adesão da platéia em massa, o falso venha a se tornar verdadeiro. " Olavo de Carvalho

O livro de A. James Gregor, "Marxismo, Fascismo e Totalitarismo" registra um momento interessante em que a lealdade prevalece sobre a verdade, em que os comunistas expressam sua opção pelo dever da fidelidade ao movimento acima da verificação dos fatos, acima de tudo:     

 "Sem Engels para guiá-los, intelectuais revolucionários não podiam sequer fingir-se capazes de identificar, com perfeição, o que era uma "verdadeira" interpretação de uma doutrina intrinsecamente inconsistente. Com a morte de Engels (1985), toda e qualquer modificação na doutrina herdada por eles corria o risco de ser vista como "revisionismo", como forma uma forma de abandono ou corrupção do marxismo.
Dois ou três anos depois da morte de Engels, um dos mais ilustres de seus intelectuais, Eduard Bernstein, apresentou  uma série de importantes emendas. Ele argumentou que, como era uma iniciativa científica, o marxismo tinha a obrigação de testar constantemente a precisão e a confiabilidade de asserções relacionadas a fatos.  
(...)Publicadas em 1998, seu pensamento foi considerado heterodoxo e, na Conferência de Hanover, em 1899, foi rejeitado como ameaçadores para a integridade ideológica e política do movimento."

E esta suposta ameaça à fragilidade do sistema suscita a reação oposta de contra-ameaça? Talvez por isso a comunicação comunista está eivada de pressão e ameaças veladas aos possíveis infiéis. A ameaça acompanha a ideologia e a pressão é parte do "conhecimento" comunista. 

 Nossa sociedade está numa crise, crise de abstinência da verdade, está sofrendo os efeitos da privação de seu senso natural da verdade. Nosso problema não é tanto ouvir mentiras e viver dentro da farsa, mas se dobrar a elas e dizê-las, mentir para si mesmo.  Reconhcer esta doença é a primeira dose do remédio para curá-la. 

"A experiência me ensinou que, quando a maioria bem-pensante aposta que dois mais dois são cinco, é mais prudente nadar contra a maré e ser apontado nas ruas como louco. A opinião respeitável pode ser muito respeitável, mas a matemática é mais." Olavo de Carvalho

"O sistema pós-totalitário toca as pessoas a cada passo, mas fá-lo com as suas luvas ideológicas calçadas. É por isso que a vida no sistema está tão permeada de hipocrisia e mentiras: o governo pela burocracia é chamado de governo popular; a classe trabalhadora é escravizada em nome da classe trabalhadora; a degradação completa do indivíduo é apresentada como a sua libertação final; privar as pessoas de informação chama-se torná-la disponível; o uso do poder para manipular é chamado de controle público do poder, e o abuso arbitrário de poder é chamado de observação do código legal; a repressão da cultura é chamada de desenvolvimento; a expansão da influência imperial é apresentada como apoio aos oprimidos; a falta de liberdade de expressão torna-se a forma mais elevada de liberdade; eleições ridículas tornam-se a forma mais elevada de democracia; banir o pensamento independente torna-se a mais científica das visões de mundo; a ocupação militar torna-se assistência fraterna. Porque o regime está cativo das suas próprias mentiras, deve falsificar tudo. Isso falsifica o passado. Falsifica o presente e falsifica o futuro. Falsifica estatísticas. Finge não possuir um aparato policial onipotente e sem princípios. Finge respeitar os direitos humanos. Finge não perseguir ninguém. Ele finge não temer nada. Ele finge não fingir nada. 

Os indivíduos não precisam acreditar em todas estas mistificações, mas devem comportar-se como se acreditassem, ou devem pelo menos tolerá-las em silêncio, ou dar-se bem com aqueles que trabalham com eles. Por esta razão, porém, eles devem viver dentro de uma mentira. Eles não precisam aceitar a mentira. Basta que tenham aceitado a sua vida com ela e nela. Pois por este mesmo facto, os indivíduos confirmam o sistema, cumprem o sistema, fazem o sistema, são o sistema." https://conspiratio3.blogspot.com/2023/11/tudo-e-politica.html

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É claro que os primeiros ressentidos (revolucionários) morrerão, muitos deles vítimas da máquina que construíram para destruir os outros. Talvez algum deles morra de causas naturais, embora uma das lições da história recente seja a descoberta de que são poucos. Por fim, a máquina passará a funcionar em piloto automático, e seu software se solidificará em seu hardware. Este é o estágio final do totalitarismo, um estágio que não foi alcançado pelos jacobinos nem pelos nazistas, mas apenas pelos comunistas. Em tal circunstância, que Václav Havel ousou chamar de "pós-totalitária", a máquina controla a si mesma e é abastecida por sua própria destilação do ressentimento original. As pessoas aprendem a "viver dentro da mentira", como disse Havel, e praticam suas traições cotidianas com uma condescendência rotineira, pagando sua dívida com a máquina e esperando que alguém, em algum lugar, saiba como desligá-la. (Texto com base em "ARGUMENTOS PARA O CONSERVADORISMO" de Roger Scruton)  

  


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JUSTIÇA SOVIÉTICA - "Tal como a ideologia, o código legal funciona como uma desculpa. Envolve o exercício básico do poder na nobre vestimenta da letra da lei; cria a agradável ilusão de que a justiça é feita, a sociedade é protegida e o exercício do poder é objetivamente regulado. Tudo isto é feito para ocultar a verdadeira essência da prática jurídica "pós-totalitária": a manipulação total da sociedade.   Se um observador externo que nada soubesse sobre a vida na Checoslováquia estudasse apenas as suas leis, seria totalmente incapaz de compreender aquilo de que nos queixamos. A manipulação política oculta dos tribunais e dos procuradores públicos, as limitações impostas à capacidade dos advogados para defenderem os seus clientes, o carácter fechado, de facto, dos julgamentos, as acções arbitrárias das forças de segurança, a sua posição de autoridade sobre o poder judicial, a aplicação absurdamente ampla de várias secções deliberadamente vagas desse código e, claro, o total desrespeito do Estado pelas secções positivas desse código (os direitos dos cidadãos): tudo isto permaneceria oculto ao nosso observador externo. "  Excerto do texto de 1978, "O Poder dos Sem-Poder", de Václav Havel, que tenta explicar ao mundo o que é o totalitarismo soviético. https://conspiratio3.blogspot.com/2023/11/tudo-e-politica.html

 

 

TOTALITARISMO E IDEOLOGIA - VACLAV HAVEL "No sistema "pós-totalitário", portanto, viver dentro da verdade tem mais do que uma mera dimensão existencial (devolvendo a humanidade à sua natureza inerente), ou uma dimensão noética (revelando a realidade como ela é), ou uma dimensão moral (dando um exemplo para outros). Tem também uma dimensão política inequívoca. Se o principal pilar do sistema é viver uma mentira, então não é surpreendente que a ameaça fundamental ao mesmo seja viver a verdade. É por isso que deve ser reprimido mais severamente do que qualquer outra coisa." https://conspiratio3.blogspot.com/2023/11/tudo-e-politica.html

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"O medo de enxergar o tamanho do mal já é sinal de submissão ao demônio." Olavo de Carvalho

 

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"Quando se deixa de acreditar em Deus, passa-se a acreditar em qualquer coisa." G. K. Chesterton

RELATIVIZAR A VERDADE, ABSOLUTIZA A OPINIÃO. E aqueles que relativizam a verdade querem sua voz absolutizada.

REZE PELO BRASIL. REZE PELA VERDADE.

Ela está em perigo de extinção permanente, substituída por ideologias e pretextos. 

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