"Jesus Cristo afirmou que seu sacrifício se destinava a salvar almas humanas do jugo da Lei. Se professamos acreditar nisto, entendemos que cada ser humano pode optar entre a ordem exterior da Lei e a ordem interior da caridade. Se opta pela primeira, cai nas malhas da opinião dominante, isto é do “mundo”. Se escolhe a segunda, não tem outro senhor senão Cristo, e Cristo não está em parte alguma senão no segredo interior de um coração humilde, onde um homem, conhecendo a si mesmo, conhece a seu Senhor – bem longe do que o “mundo” enxerga.
Olavo de Carvalho - VERDADE SEM DONO
Artigo na íntegra:
http://www.diariodecuiaba.com.br/arquivo/081197/artigos2.htm
APEIROKALIA
Olavo de Carvalho
(...)
Os gregos chamavam-no apeirokalia. Quer dizer simplesmente "falta de experiência das coisas mais belas". Sob esse termo, entendia-se que o indivíduo que fosse privado, durante as etapas decisivas de sua formação, de certas experiências interiores que despertassem nele a ânsia do belo, do bem e do verdadeiro, jamais poderia compreender as conversações dos sábios, por mais que se adestrasse nas ciências, nas letras e na retórica. Platão diria que esse homem é o prisioneiro da caverna. Aristóteles, em linguagem mais técnica, dizia que os ritos não têm por finalidade transmitir aos homens um ensinamento definido, mas deixar em suas almas uma profunda impressão. Quem conhece a importância decisiva que Aristóteles atribui às impressões imaginativas, entende a gravidade extrema do que ele quer dizer: essas impressões profundas exercem na alma um impacto iluminante e estruturador. Na ausência delas, a inteligência fica patinando em falso sobre a multidão dos dados sensíveis, sem captar neles o nexo simbólico que, fazendo a ponte entre as abstrações e a realidade, não deixa que nossos raciocínios se dispersem numa combinatória alucinante de silogismos vazios, expressões pedantes da impotência de conhecer.
Mas é claro que as experiências interiores a que Aristóteles se refere não são fornecidas apenas pelos "ritos", no sentido técnico e estrito do termo. O teatro e a poesia também podem abrir as almas a um influxo do alto. À música — a certas músicas — não se pode negar o poder de gerar efeito semelhante. A simples contemplação da natureza, um acaso providencial, ou mesmo, nas almas sensíveis, certos estados de arrebatamento amoroso, quando associados a um forte apelo moral (lembrem-se de Raskolnikov diante de Sônia, em Crime e Castigo), podem colocar a alma numa espécie de êxtase que a liberte da caverna e da apeirokalia.
Porém, com mais probabilidade, as experiências mais intensas que um homem tenha tido ao longo de sua vida serão de índole a desviá-lo do tipo de coisa que Aristóteles tem em vista. Pois o que caracteriza a impressão vivificante que o filósofo menciona é justamente a impossibilidade de separar, no seu conteúdo, a verdade, o bem e a beleza. De Platão a Leibniz, não houve um só filósofo digno do nome que não proclamasse da maneira mais enfática a unidade desses três aspectos do Ser. E aí começa o problema: muitos homens não tiveram jamais alguma experiência na qual o belo, o bem e o verdadeiro não aparecessem separados por abismos intransponíveis. Esses homens são vítimas da apeirokalia — e entre eles contam-se alguns dos mais notórios intelectuais que hoje fazem a cabeça do mundo.
Infelizmente, o número dessas vítimas parece destinado a crescer. Já em 1918, Max Weber assinalava, como um dos traços proeminentes da época que nascia, a perda de unidade dos valores ético-religiosos, estéticos e cognitivos. O bem, o belo e a verdade afastavam-se velozmente, num movimento centrífugo, e em decorrência
As duas fortalezas do sublime, que Weber menciona, não demoraram a ceder: a vida mística, assediada pela maré de pseudo-esoterismo que se apropriou de sua linguagem e de seu prestígio, acabou por se recolher à marginalidade e ao silêncio para não se contaminar da tagarelice profana. A intimidade, vasculhada pela mídia, violada pela intromissão do Estado, tornada objeto de exibicionismo histérico e de bisbilhotices sádicas, desapropriada de sua linguagem pela exploração comercial e ideológica de seus símbolos, simplesmente não existe mais.
Toda a literatura do século XX reflete esse estado de coisas: primeiro a "incomunicabilidade" dos egos, depois a supressão do próprio ego: a "dissolução do personagem". Mas, desde Weber, muita água rolou. Nas proximidades do fim do milênio, o que se entende por mística é um cerebralismo de filólogos; por intimidade, o contato carnal entre desconhecidos, através de uma película de borracha. Os três valores supremos já não são apenas autônomos, mas antagônicos. O belo já não é apenas alheio ao bem: é decididamente mau; o bem é hipócrita, pseudo-sentimental e tolo; a verdade, feia, estúpida e deprimente. A estética celebra os vampiros, a morte da alma, a crueldade, o macho que mete o braço até o cotovelo no ânus de outro macho. A ética reduz-se a um discurso acusatório de cada um contra seus desafetos, aliado à mais cínica auto-indulgência. A verdade nada mais é o consenso estatístico de uma comunidade acadêmica corrompida até à medula.
Nessas condições, é um verdadeiro milagre que um indivíduo possa escapar por instantes da redoma de chumbo da apeirokalia, e outro milagre que, ao retornar ao pesadelo que ele denomina "vida real", esses instantes não lhe pareçam apenas um sonho, que não se deve mencionar em público. Mas nada proíbe um escritor de dirigir-se, em suas obras, aos sobreviventes do naufrágio espiritual do século XX, na esperança de que existam e não sejam demasiado poucos. Acossados pelo assédio conjunto da banalidade e da brutalidade, esses podem conservar ainda uma vaga suspeita de que em seus sonhos e esperanças ocultos há uma verdade mais certa do que em tudo quanto o mundo de hoje nos impõe com o rótulo de "realidade", garantido pelo aval da comunidade acadêmica e da Food and Drug Administration. É a tais pessoas que me dirijo exclusivamente, ciente de que não se encontram com mais freqüência entre as classes letradas do que entre os pobres e os desvalidos.
NOTAS Max Weber, "A ciência como vocação", em Ensaios de Sociologia, org. H. H. Gerth e C. Wright Mills, trad. Waltensir Dutra, rev. por Fernando Henrique Cardoso, 5ª ed., Rio, Guanabara, 1982, p.182.
Texto integral em:
http://www.olavodecarvalho.org/livros/apeirokalia.htm
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"Por isso mesmo, é bom lembrar ao leitor, com insistência, que a capacidade de argumentar, por necessária que seja nas circunstâncias práticas da vida intelectual, é habilidade menor e derivada em relação ao perceber e ao intuir; que mesmo a prova, no sentido da demonstração apodíctica, é apenas serva e discípula da verdade intuída; que mais vale saber sem poder provar do que produzir um milhão de provas daquilo que, no fundo, não se intui de maneira alguma. No mais das vezes, a simples afirmação direta do que se enxerga tem mais força do que muitos argumentos. Contra as tentações do erro e da fantasia, não há outra arma senão dizer a verdade com tal clareza, com tal precisão, que nenhuma finta, nenhum rodeio, nenhum jogo de cena ou artifício de palavras possa prevalecer contra ela.
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EDUCAÇÃO NA NOVA ORDEM MUNDIAL - MAQUIAVEL PEDAGOGO
http://conspiratio3.blogspot.com.br/2013/02/educacao-na-nova-ordem-mundial-e.html
CRISES, CRIMES E MENTIRAS SÃO FERRAMENTA DE TRABALHO (MARXISTA/ILLUMINATI, NOVA ORDEM MUNDIAL) http://conspiratio3.blogspot.com.br/2013/02/crimes-e-mentiras-sao-ferramenta-de.html
***"O imbecil coletivo não é, de fato, a mera soma de um certo número de imbecis individuais. É, ao contrário, uma coletividade de pessoas de inteligência normal ou mesmo superior que se reúnem movidas pelo desejo comum de imbecilizar-se umas às outras. Se é desejo consciente ou inconsciente não vem ao caso: o que importa é que o objetivo geralmente é alcançado. Como? O processo tem três fases. Primeiro, cada membro da coletividade compromete-se a nada perceber que não esteja também sendo percebido simultaneamente por todos os outros. Segundo, todos juram crer que o recorte minimizados assim obtido é o único verdadeiro mundo. Terceiro, todos professam que o mínimo divisor comum mental que opera esse recorte é infinitamente mais inteligente do que qualquer indivíduo humano de dentro ou de fora do grupo, já que, segundo uma autorizada porta-voz dessa entidade coletiva, "a psicanálise, com o conceito de inconsciente, e o marxismo, com o de ideologia, estabeleceram limites intransponíveis para a crença no poderio total da consciência autônoma, enfatizando seus limites" ( sic )13. Assim, se um dos membros da coletividade é mordido por um cachorro, deve imediatamente telefonar para os demais e perguntar-lhes se foi de fato mordido por um cachorro. Se lhe responderem que se trata de mera impressão subjetiva ( o que se dará na maioria dos casos, já que é altamente improvável que os cachorros entrem num acordo de só morder as pessoas na presença de uma parcela significativa da comunidade letrada ), ele deve incontinente renunciar a considerar esse episódio um fato objetivo, podendo porém continuar a falar dele em público, se o quiser, a título de expressão pessoal criativa ou de crença religiosa. Para o imbecil coletivo, tudo o que não possa ser confirmado pelo testemunho unânime da Intelligentzia, simplesmente não existe." (O IMBECIL COLETIVO, de Olavo de Carvalho)
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COMO VENCER UM DEBATE SEM PRECISAR TER RAZÃO - ARTHUR SCHOPENHAUER -
http://livraria.seminariodefilosofia.org/Olavo-de-Carvalho/Como-Vencer-Um-Debate-Sem-Precisar-Ter-Razão/flypage.tpl.html
"é um tratado de patifaria intelectual, não para uso dos patifes e sim de suas possíveis vítimas, isto é, nós, o povo. Obra de um espírito arguto e particularmente sensível aos ardis da malícia humana, é um receituário de precauções contra a argumentação desonesta - aquele tipo de polêmica interesseira onde o que importa não é provar, mas vencer. No Brasil de hoje, a edição deste livro é um empreendimento de saúde pública." Comentado por Olavo de Carvalho
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http://www.youtube.com/watch?v=nQrMrnA1Kwo
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O POLÍTICAMENTE CORRETO COMO ARMA - DESCONSTRUINDO A MENTE - RACISMO E CENSURA MENTAL
http://conspiratio3.blogspot.com.br/2013/04/o-politicamente-correto-como-arma.html
Racismo e Censura Mental
Olavo de Carvalho
No caso, porém, esse ardil se torna ainda mais perverso porque é empregado para disseminar um hábito lesivo à inteligência: para reprimir, sob pretextos políticos de ocasião, o uso de metáforas naturais que remontam às origens da espécie humana e que se tornaram, ao longo dos milênios, fundamentos indispensáveis da nossa percepção do mundo. O simbolismo do claro e do escuro vem do tempo das cavernas, das sensações primevas de terror e deslumbramento. O negro do destino negro não é o marrom da pele dos nossos irmãos, mas a escuridão da noite. É a pura e simples ausência de luz. O sentido natural dessa experiência é vivenciado de maneira perfeitamente idêntica por pessoas de raça negra e branca, como se vê pelo simbolismo das cores na tradição Yoruba: nosso improvisado professor de moralidade das cores pode conferi-lo, por exemplo, no estudo Yoruba Traditional Religion do filólogo nigeriano Dr. Wande Abimbola (Tehran, Imperial Academy of Philosophy, 1977). Só a mentalidade torpe do moderno intelectual ativista pode procurar associar esse nobre simbolismo arcaico a motivações racistas e bani-lo do vocabulário humano como “politicamente incorreto”. Reprimir o uso de expressões que refletem uma experiência primordial e universal é impedir o ser humano de pensar, é introduzir entre a percepção e a fala um bloqueio paralisante, é perverter todo o sentido das comunicações entre sensação e pensamento, é neurotizar e desestruturar a mente infantil. E tudo isso para quê? Para atender às exigências de uma suscetibilidade mórbida e antinatural que os mesmos intelectuais ativistas, por outro lado, buscam cultivar nas pessoas de raça negra, com a finalidade de torná-las perpetuamente imaturas e sempre manipuláveis por slogans demagógicos.
SE NÃO INVESTIRMOS EM CONSCIÊNCIA, O TOTALITARISMO SERÁ INEVITÁVEL?
http://conspiratio3.blogspot.com.br/2013/04/se-nao-investirmos-em-consciencia-o_1916.html
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DESCOBRINDO O SENTIDO DA VIDA
http://conspiratio3.blogspot.com.br/2013/08/descobrindo-o-sentido-da-vida.html
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A PROIBIÇÃO DA REALIDADE
"Nossos momentos são vividos em sucessão, fugindo irreparavelmente. Não obstante, sabemos que o fogo-fátuo que brilhou um instante na superfície das aparências, desaparecendo em seguida, nunca mais será revogado, nunca mais poderá tornar-se “um nada”. O acontecido não desacontece: passado e esquecido, o que uma vez ingressou no real está inscrito para sempre no registro do ser. Cada momento é, nesse sentido, eterno. Se não tivéssemos uma clara antevisão disso, não haveria consciência de tempo histórico. Se não soubéssemos que para além do horizonte que lembramos há milhões de coisas a ser lembradas, tão reais quanto as que lembramos, não haveria memória humana. Muito menos haveria o sistema dos tempos verbais que, em todas as línguas, organizam as vivências de tempos diversos, passados e futuros, reais e possíveis, em torno de um “não-tempo” que é o presente eterno.
Não possuímos a eternidade no nosso ser temporal, mas não poderíamos sequer apreender a temporalidade se nada possuíssemos da eternidade intelectivamente. É uma posse precária, imperfeita. Mas, sem ela, não saberíamos nem mesmo da nossa própria imperfeição e precariedade. Não podemos nem alcançar a eternidade nem pular fora dela. Por isso, dizia Platão, vivemos num território intermediário, num entremundo."
https://olavodecarvalho.org/a-proibicao-da-realidade/
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"Hoje entendo que o esquerdismo não é um ideal, uma crença, uma filosofia: é uma doença moral horrível, a substituição do senso instintivo do bem e do mal por um conjunto de artifícios lógicos que, por etapas, vão levando da mera perversão à inversão completa, à santificação do mal e à condenação do bem." Olavo de Carvalho https://conspiratio3.blogspot.com/2023/05/olavo-de-carvalho-forca-diabolica-que.html
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Táticas dos abusadores - Superasas
*TOTALITARISMO E IDEOLOGIA - VACLAV HAVEL "No sistema "pós-totalitário", portanto, viver dentro da verdade tem mais do que uma mera dimensão existencial (devolvendo a humanidade à sua natureza inerente), ou uma dimensão noética (revelando a realidade como ela é), ou uma dimensão moral (dando um exemplo para outros). Tem também uma dimensão política inequívoca. Se o principal pilar do sistema é viver uma mentira, então não é surpreendente que a ameaça fundamental ao mesmo seja viver a verdade. É por isso que deve ser reprimido mais severamente do que qualquer outra coisa." https://conspiratio3.blogspot.com/2023/11/tudo-e-politica.html
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"Salvarei o Brasil se ouvir em todas as casas ao menos uma jaculatória da minha Coroa das Lágrimas" "Por vossa mansidão divina, ó Jesus manietado, salvai o mundo do erro que o ameaça."
GRANDES*PROMESSAS*https://youtu.be/TuAsi3ZTrZI
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"O medo de enxergar o tamanho do mal já é sinal de submissão ao demônio." Olavo de Carvalho
REZE PELO BRASIL. REZE PELA VERDADE. Ela está em perigo de extinção, substituída por ideologias e pretextos.









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