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O que sobrou da religião - "Se há neste mundo um fato bem comprovado, é a percepção extra-sensorial
durante o estado de morte clínica. Um corpo inerte, sem batimentos
cardíacos ou qualquer atividade cerebral, desperta de repente e
descreve, com riqueza de detalhes, o que se passava durante o seu
transe, não só no quarto onde jazia, mas nos outros aposentos da casa ou
do hospital, que de onde estava ele não poderia ver nem se estivesse
acordado, bem de saúde e com os olhos abertos. Isso já se repetiu tantas
vezes, e foi atestado por tantas autoridades científicas idôneas, que
só um completo ignorante na matéria pode teimar em permanecer incrédulo.
Mas mesmo alguns daqueles que reconhecem a impossibilidade de negar o
fato relutam em tirar a conclusão que ele impõe necessariamente: os
limites da consciência humana estendem-se para além do horizonte da
atividade corporal, inclusive a do cérebro. A relutância em aceitar isso
mostra que o “homem moderno” – o produto da cultura que herdamos do
iluminismo – se identificou com o seu corpo ao ponto de sentir-se
amedrontado e ofendido ante a mera sugestão de que sua pessoa é algo
mais. É evidente que aí não se trata só de uma convicção, de uma idéia,
mas de um transe auto-hipnótico incapacitante, de um bloqueio efetivo da
percepção." Mais em https://olavodecarvalho.org/o-que-sobrou-da-religiao/
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