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DESCUBRA o que é "voluntarismo revolucionário" ... Mucchielli sintetiza e expõe, disseca e analisa a subversão, os seus objetivos e as técnicas dos seus agentes. É um tema que tem de ser abordado para se poder perceber o processo ...(e) as características gerais da subversão.
Se constatamos hoje uma subversão revolucionária (e não há aqui qualquer pleonasmo), assim é porque a subversão como conjunto de técnicas se encontra ao serviço de uma guerra revolucionária, de uma vontade revolucionária.
Assim orientada por esta intenção, a ação subversiva é uma ação preparatória do momento decisivo da tomada do poder por uma minoria ínfima. A ser bem sucedida, a tomada de poder far-se-á sem oposição por um pequeno grupo que estará preparado para isso.
Trata-se, aqui, do próprio papel da subversão dentro do voluntarismo revolucionário. [Leia em português de Portugal]
http://ultramar.github.io/a-subversao.html
A subversão
É o título de um livro francês cujo terceiro capítulo transcrevemos. Escrito por Roger Mucchielli - psico-sociólogo, psicopedagogo, caracterólogo, professor agregado de filosofia e neuropsiquiatria, nascido em Orléans ville, Argélia, em 1919, não lhe faltam decerto pergaminhos para discorrer sobre a questão.
Mucchielli sintetiza e expõe, disseca e analisa a subversão, os seus objectivos e as técnicas dos seus agentes. É um tema que tem de ser abordado para se poder perceber o processo que, derradeiramente, levou ao fim do Portugal ultramarino e ao início da grande tragédia das gentes que lá ficaram.
Optou-se, para benefício do leitor não-francófono, por traduzir o texto para a nossa língua, pelo que apelamos à compreensão do benévolo leitor pelo provável atabalhoado do produto desta empresa que é, para estes lados, uma estreia absoluta (e de cuja trabalheira há, agora, saliente conhecimento de causa)!
Ficam, então, as características gerais da subversão.
- Características gerais da subversão
- I - A ACÇÃO SOBRE A OPINIÃO PÚBLICA
- Desmoralizar a nação visada e desintegrar os grupos que a compõem
- Desacreditar a autoridade, os seus defensores, e os seus notáveis da nação ou do grupo a destruir
- Neutralizar as massas para travar qualquer intervenção geral espontânea a favor da ordem estabelecida
- Sentimento de isolamento e de impotência dos partidos políticos capazes de se oporem ao golpe de Estado
- Privatização e individualização dos cidadãos
- II - SITUAÇÃO DOS AGENTES SUBVERSIVOS
- Exploração dos direitos universais da pessoa humana e dos ideais da consciência moral comum
- O maniqueísmo moral e as suas vantagens
- Contágio da subversão e reacções em cadeia
- III - O PAPEL INDISPENSÁVEL DOS MASS MEDIA
- I - A ACÇÃO SOBRE A OPINIÃO PÚBLICA
Trata-se, aqui, do próprio papel da subversão dentro do voluntarismo revolucionário. Distingamos bem duas fases, das quais a primeira (fase subversiva) é bastante longa, e a segunda (fase da tomada do poder) muito curta. A primeira será vã se não vier a segunda dar-lhe um sentido, concluindo-a. A segunda impossível, sem a primeira preparando-a. Ao longo da fase subversiva, as acções violentas dos pequenos grupos (espontâneas ou suscitadas e animadas pelos agentes subversivos) fazem parte da subversão na medida em que fornecem incidentes aproveitáveis. Na fase de tomada do poder, que se fará sem oposição e sem confrontos violentos com as forças governamentais ou partidos de oposição porque a subversão terá, precisamente, cumprido o seu papel, esses pequenos grupos deixam de ter razão de existência e devem, por fim, ser reduzidos ao silêncio ou integrados; pois o grupo minoritário que tome o poder não é necessariamente formado por aqueles que levem a cabo, efectivamente, as acções precedentes. Será antes, como é lógico, o grupo daqueles que organizaram e levaram a cabo a totalidade do processo.
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