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quarta-feira, 19 de abril de 2017

CENSURA PRÉVIA A UM LIVRO DA EDITORA RECORD - BRUNO GARSCHAGEN



 Podcast 263 – Liberdade e censura na literatura (Carlos Andreazza)

Concorrentes silenciam sobre censura prévia à Editora Record
http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/concorrentes-silenciam-sobre-censura-previa-a-editora-record/

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A censura leva, na realidade, a uma supervalorização da opinião e à exclusão dos fatos como critério de verificação da verdade e desta como possibilidade:

Como a censura à liberdade de expressão nas universidades tem ameaçado nosso futuro?
"Há uma pressa cada vez maior em se fazer julgamentos e chegar a conclusões, sem a devida reflexão ou busca por informações. Vivemos em “tempos de certezas”, alega o autor, algo que nos remete a uma guerra religiosa, com muitas cruzadas e fiéis, e poucos heréticos e céticos de cada lado. Blindados contra opiniões diversas, esses grupos se tornam mais polarizados e seguros de que estão do lado certo. O fanatismo é a consequência. A censura nas universidades estaria por trás dessa tendência. Não é preciso censurar todos os alunos, nem mesmo a maioria. Bastam alguns casos para que o clima seja eficaz para calar os dissidentes. É o que os advogados chamam de “the chilling effetc”, quando alguém abre mão de um direito como a liberdade de expressão por medo de alguma sanção legal, um efeito em cadeia que funciona por observação. Se as pessoas acreditam que há o risco de punição por simplesmente dar sua opinião, a maioria não se dará ao trabalho de abrir a boca, para não correr tal risco. Com o tempo, as regras que criaram esse silêncio ficam entranhadas na cultura."
http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/resenhas/como-censura-liberdade-de-expressao-nas-universidades-tem-ameacado-nosso-futuro/

POLITICAMENTE CORRETO, MARXISMO CULTURAL, ESCOLA DE FRAKFURT E CENSURA
http://conspiratio3.blogspot.com.br/2017/04/politicamente-correto-marxismo-cultural.html



Arte de se Ofender e a Liberdade de Expressão
Roger-Scruton

Não é possível impor leis contra a ofensa. Não há legislação, ou invenção de novos crimes e punições que consigam expressar a ironia, o perdão e a boa vontade às mentes treinadas na arte de ofender­-se. Isso é tão verdadeiro em relação a feministas radicais quanto a sectários e radicais islâmicos. Por mais que tenhamos o dever moral de rir destas piadas, eles fizeram disso algo perigoso. Mas não devemos jamais perder de vista o fato de que são eles os transgressores, e não nós. Aqueles que vêem deboche em tudo — e reagem com ódio implacável sempre que pensam estar se deparando com ele—, são os verdadeiros ofensores.


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Opiniões racistas não vão desaparecer apenas porque proibimos sua expressão. Na verdade, proibir pode causar uma especial fascinação. O que houve de mais destrutivo na propaganda nazista não foi a expressão daquelas horríveis opiniões, mas a supressão daquelas que as refutavam. Foi a falta da liberdade de expressão que fez com que as ideias nazistas fugissem do controle, livres dos argumentos que as exporiam ao ridículo. Em contraste, os negros nos Estados Unidos ganharam o status de cidadãos iguais, em parte, devido à liberdade de discussão, levando os americanos comuns a compreenderem que os estereótipos racistas são irracionais e injustos. Foi porque eles expressaram sua opinião que os racistas foram vencidos.

Esta questão é de vital importância para nós, na Grã Bretanha. O policiamento da esfera pública com o intuito de suprimir opiniões “racistas” causou uma espécie de psicose pública, uma sensação de andar na ponta dos pés em um campo minado, desviando-­se de bombas de ódio que podem explodir na sua cara. E essa bomba foi plantada e preparada por pessoas muitas das quais vêem na acusação de racismo uma forma útil de minar a crença em nosso país e sua forma de viver. Consequentemente a polícia, funcionários públicos, vereadores e professores têm hesitado em pensar da forma como eles sabem ser a verdade, ou agir contra aquilo que eles sabem ser errado. Vemos isso nos casos de abuso sexual ocorridos em Rotherham e outros lugares, onde a relutância em destacar uma comunidade imigrante como criminosa fez com que devidas atitutes não fossem tomadas. Meu último romance “Os Desaparecidos” é uma tentativa de explorar em profundidade a desordem moral que adentrou nossa sociedade por meio deste tipo de autocensura que impede um professor, um policial ou assistente social de agir, precisamente quando isto é mais necessário. 

A autocensura é ainda pior do que a censura de estado. Por que inibe a discussão completamente. Devido às migrações em massa, nossa sociedade tem passado por mudanças radicais e potencialmente traumáticas sem o benefício da discussão pública, como se não tivéssemos escolha a respeito de nosso futuro. A profundidade da confusão e do ressentimento estão começando a se tornar perceptíveis — não somente aqui mas por toda a Europa —, algo que a liberdade de discussão teria evitado. Aqueles que tentam iniciar esta discussão estão sujeitos à caça às bruxas e sofrido pressões que poucos conseguem suportar. O resultado disso tem sido a perda de argumentos racionais em lugares onde nada é mais necessário do que argumentos racionais.

Uma última palavra sobre a arte de se ofender. Em nenhum outro lugar esta arte tem sido mais cultivada do que nos campi universitários dos Estados Unidos, onde uma nova cultura do medo foi instalada para capturar a psiquê do adolescente. Quando uma discussão toca questões dogmáticas como raça, sexo, orientação sexual ou política, muitas vezes o professor é obrigado a alertar os alunos antes de entrar nestes temas, para não se enveredar em áreas que possam trazer à memória do aluno algum evento traumático em sua vida. A visita de palestrantes com visões “heréticas” sobre feminismo ou homossexualidade são também precedidas por alertas no campi. Alguns campi inclusive oferecem espaços seguros onde os estudantes podem buscar consolo no caso de terem sido expostos à contaminação por pontos de vista ortodoxos.
 
Por mais engraçado que isso seja, tenha cuidado para não rir, principalmente se você não for um professor concursado. Aqueles que desejam manter os alunos em um estado de vulnerabilidade paparicada, protegidos das ideias contrárias e inexperientes na argumentação, atualmente patrulham os campi e o resultado é que estes lugares, que deveriam ser o último bastião da razão em um mundo confuso, tornaram-se lugares onde as mentes confusas encontram consolo. Este exemplo ilustra claramente como os ataques à liberdade de expressão podem chegar longe a ponto de obstruir o caminho para o conhecimento. E, ao final disso tudo, devemos valorizar a liberdade que John Stuar Mill corretamente defendeu —como o fundamento de uma sociedade livre —, sem a qual nunca saberemos aquilo que pensamos.

[*] Roger Scruton.
 A Point of View: Why people shouldn’t feel the need to censor themselves.
 
Tradução: Filipe Azevedo Revisão:
Hugo Silver
http://tradutoresdedireita.org/roger-scruton-sobre-a-arte-de-se-ofender-e-a-liberdade-de-expressao/
http://tradutoresdedireita.org/tag/politicamente-correto/
http://tradutoresdedireita.org/tag/roger-scruton/
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POLITICAMENTE CORRETO - MISES BRASIL
http://www.mises.org.br/Search.aspx?text=politicamente%20correto
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FACEBOOK FECHA MILHARES DE PÁGINAS DA REDE FRANCESA PARA CALAR A DIREITA ANTES DAS ELEIÇÕES
http://conspiratio3.blogspot.com.br/2017/04/censura-facebook-fecha-milhares-de.html

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"O efeito da ideologia marxista é precisamente colocar o Estado comunista no caminho da dominação. Ninguém acredita que ele deveria dominar, muito menos aqueles que se desculpam por seus "erros" e "desvios". Nem qualquer cidadão de um Estado comunista deseja aumentar seu poder de forma tão alarmante. Mas ninguém sabe como pará-lo, já que NENHUMA RAZÃO PARA PARÁ-LO PODE SER PROFERIDA sem penalidade instantânea." (Roger Scruton)

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