GOVERNO VAI VIGIAR E PUNIR QUEM TRANSGREDIR AS REGRAS POLITICAMENTE CORRETAS CRIADAS PARA ESTA FINALIDADE - a gente não pode esquecer que é assim que a agenda esquerdista avança: a "luta por direitos" menores é para derrubar direitos maiores que NÃO estão sendo focados nitidamente.
O governo criará o "Monitor dos Direitos Humanos". Qual será a vantagem da nova internet "humanizada"?http://sensoincomum.org/2015/11/09/o-ministerio-da-felicidade-virtual/
Falando em Big Brother, o governo quer que você seja feliz. O governo faz de tudo para que você seja feliz.
O governo, não querendo saber de lucro, é mais bonzinho: pega todo o
seu dinheiro e cria órgãos de funcionários públicos que cuidarão da sua
felicidade por você.
Ser feliz, até pouco tempo atrás, era “distribuir renda”. Mesmo sem entender economia, parece que a população percebeu que foi exatamente isto que causou a crise de 2015 (só a Dilma parece crer em uma “crise internacional”, na qual nem Lula acredita). Hoje, ser feliz virou outra coisa.
Se felicidade é um conceito
escorregadio, que tal “direitos humanos”? Ser feliz em 2015 é proteger
os direitos humanos. Sobretudo (ou, na verdade, única e exclusivamente) o
tripé gênero-raça-sexualidade. Só se alguém falar internacionalmente
também se inclui o “multiculturalismo” para ignorar justamente este
tripé e defender o islamismo.
O
governo (ou o que deve ser entendido quando se usa este eufemismo: ou
seja, o PT) vai criar o “Monitor dos Direitos Humanos” para as redes
sociais. O que são “direitos humanos”? Pôr estuprador na cadeia não é
“direito humano”? Passar a mão na cabeça de bandido é “direito humano”?
Como se vê, é um conceito vaporoso em definição (pode significar algo e o
seu oposto), exatamente o tipo de conceito tão bem usado pela esquerda
para favorecer sua agenda, como se fosse algo “universal”.
Ok, mas como se fere os tais “Direitos
Humanos” na… internet? Com post de formação de quadrilha? Com gente se
juntando para agredir outras pessoas? Com a defesa de regimes genocidas,
como o socialismo, o fascismo ou as teocracias islâmicas? (nem falemos
em “jihadistas”…) Com a busca por posts que visam cometer crimes de verdade, reais e concretos atentados contra a integridade de seres, ehrr, humanos?
Não parece ser o caso. O “Monitor dos
Direitos Humanos” é apenas monitorando “comentários ofensivos contra
negros, mulheres, indígenas e à comunidade LGBT”. Judeus estão no meio?
Não, judeu que se lasque. Alguma outra vítima não eleita pelo tripé?
Aguardem, logo estarão falando em “islamofobia” (a defesa de jihadistas veio antes).
O Brasil atingiu 64 mil homicídios ao
ano. Isto parece um atentado aos tais “direitos humanos”. Mas os
Direitos Humanos (letra maiúscula, pois é uma ideologia com CNPJ) são um
grupo específico de doutrinas, que apenas utiliza um nome que parece o que todo mundo defenderia (direitos de seres humanos, afinal) para defender algo muito específico.
Os
Direitos Humanos, a ideologia, não estão preocupados com assassinato,
estupro, uso de crianças pelo crime, com seqüestro, com tortura. Estão
preocupados com comentários ofensivos. Receber ofensa é algo
muito ruim, ainda mais por características físicas. Mas é parte da vida.
Não costuma deixar marcas, e os mais sábios sabem que a) quanto mais
sábios forem, mais se tornarão alvos de ofensas; b) saber lidar com elas
é a própria sabedoria, e às vezes um bom mote para iniciar uma carreira
de satirista ou escritor de literatura underground.
Comentários ofensivos são realmente
obras de mongoloidismo adolescente. Usualmente, da “uniformidade da vida
em rebanho, o espírito estúpido racista” de que nos fala Erik von Kuehnelt-Leddihn. Mas, além de definir o que é felicidade e o que são direitos humanos, como definir o que é “ofensa”?
Tomemos os gays como exemplo. Religiões
que buscam uma ordem familiar costumam rejeitar relações
homossexuais. Um cristão/judeu/muçulmano (ok, excluamos os muçulmanos)
dizendo que uma relação homossexual é pecado é “ofensa”? A mesma
“ofensa” de planejar atacar fisicamente um gay na rua com lâmpadas
fluorescentes apenas por ser gay? Não são duas coisas completamente
distintas sob o mesmo e perigosíssimo rótulo? Aquela crença
pós-estruturalista de se focar em significantes vazios de significados?
O governo (ou seja: o PT), então, vai
compilar o que estamos dizendo na internet. O Big Brother quer que nós
sejamos felizes, sem brigas, sem ofensas. Não ofender é o primeiro passo
para o fascismo. Ou, quando é ainda mais bem feito, para o socialismo.
Impeça o que é ofensivo – ou seja, o que alguém não quer ouvir – e você
impedirá todo o pensamento que se oponha ao seu projeto de poder total.
Não foi senão George Orwell quem disse: “Jornalismo
é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é
publicidade.” Se o Monitor de Direitos Humanos entrar para nos
monitorar, tudo o que poderemos falar será publicidade para o governo.
Ou para seu Partido. Ou para a ideologia que ultrapassa suas fronteiras.
Como dar tamanho poder para algum
burocrata, usando o Estado como órgão do seu Partido (exatamente onde
começa o totalitarismo), usando conceitos escorregadios, e incapazes
de levantar sobrolhos de jornalistas que deveriam ser mais treinados em
suspicácia, como “direitos humanos” ou “ofensa”?
Por ora, será apenas um “catálogo” (por
que o governo precisa catalogar o que se escreve pela internet? quanto
do dinheiro do pagador de impostos está financiando estes funcionários
públicos? quem definiu que tais pessoas têm o direito de “catalogar”
estatalmente o que se diz por aí?). Mas qual o único passo óbvio
seguinte?
Quem está por detrás do projeto do Labic
(Laboratório de Imagem e Cibercultura), trabalhando a pedido da antiga
Secretaria de Direitos Humanos (SDH), da Presidência da República, é
Fábio Malini.
Fábio
Malini é um coordenador desinteressado, apenas alguém com grandes
preocupações sobre violência por aí? Não, Fábio Malini é um dos autores
do livro @ internet e #rua, com Henrique Antoun. É o livro que mais trabalha os conceitos de infowar e netwar antes
do meu. Trata-se, portanto, de um estudioso de uma tática de
mobilização política e criação de espalhafatos através da internet. Seu
objetivo é reunir multidões marchando após ouvirem boataria e palavras
de ordem (como, por exemplo, aumento de 20 centavos no preço das
passagens de ônibus) e então causar pequenas revoltas que modifiquem
leis.
A escritora do prefácio de seu livro,
Ivana Bentes, não é senão a atual Secretária de Cidadania e Diversidade
Cultural do Ministério da Cultura (whatever does it mean), o
cérebro por detrás do Fora do Eixo. Enquanto ativistas como Pablo Capilé
são apenas a infantaria que cuida de arrumar brigas pela causa na
internet, Ivana Bentes e associados (além de Malini e Antoun, podemos
citar Alê Youssef, Cláudio Prado, Pedro Alexandre Sanches e Bruno
Torturra) são as mentes que arquitetam intelectualmente o novo modelo de
revolução 2.0. Bentes, aliás, é especialista em Antonio Negri, o homem
da revolução pela multidão, do “comunismo dentro do capitalismo”.
Exatamente o mundo em que vivemos.
Despiciendo notar que foram estes mesmos protagonistas, entre alguns nomes secundários, que escreveram, em 2011, o e-book Movimentos em Marcha, em que, através de um brainstorming,
mapearam que as (então) futuras manifestações que colocassem as pessoas
em marcha, após o fracasso da Marcha da Maconha e o sucesso da Marcha
da Liberdade (a marcha pelo direito de protestar pela maconha), deveriam se concentrar em um tema: transportes. Ligue os pontos entre os dois fatos e entenderá exatamente quem orquestrou aquele junho de 2013. Antes e depois de 2013 o movimento de massa persiste, como explico em meu livro.
A divisão de poderes imposta pelo
Iluminismo implica uma suposta vigília de um poder pelo outro. Partidos
como o PT provaram cabalmente a facilidade que é tomar os 3 poderes ao mesmo tempo e suprimir os checks and balances, quaisquer freios e contrapesos ao poder legisferante, aplicador e julgador a um só tempo. É Antonio Gramsci aplicado.
Se
havia uma espécie de “auditoria externa” com o poder da imprensa e do
povo fazendo pressão, que tal também tomá-lo e formar uma maçaroca nas
ruas, legislando, executando, julgando e também divulgando a narrativa? É a especialidade de Malini, de Bentes, de Antoun. É Antonio Negri aplicado.
Se nem sempre conseguem tomar as ruas como fizeram em 2013 (e até o título de seu livro, @ internet e #rua,
mostra o que queriam), não significa que seu modelo de política através
da revolta instantânea, da mobilização de massas, do poder do escarcéu
repentino, da criação de fanáticos momentâneos está anestesiado.
Basta ver como os subprodutos de suas
movimentações continuam na ativa, concentrando todo o poder em uma meia
dúzia de mãos que se auto-declare ser “o povo”. Ver como os
foradoeixeanos entopem cargos em ONGs (ou O”N”Gs) como a Amor em SP. Por
exemplo, a campanha de Dilma Bolada (atualmente de mal da presidente
oficial, depois do corte de sua polpuda mesada), que usa o mesmo poder
de multidão (no caso, virtual – exatamente o que Malini irá fazer com
seu “monitoramento”) para derrubar páginas de adversários. Com sua
concentração de poder através da denúncia em massa, como nos alerta a
página Aventuras na Justiça Social,
o projeto de Jefferson Monteiro apagou do Facebook páginas com milhares
de seguidores, mas adversárias do PT, como “Orgulho de ser Hétero”,
“Luana Bastos”, “Bolsonaro Zueiro” e “Humans of PT”.
A velha acusação de “Direitos Humanos”
ou outra coisa escorregadia que seja para atingir o pensamento único
permitido. É nosso Ministério da Felicidade e Verdade. São nossos
totalitários da pós-puberdade. Para onde Fábio Malini afirma que
“denunciará” os perfis contrários ao seu modelo de felicidade tutto nello Stato? “Disque 100 e Humaniza Redes”. Estes bastiões do poder não-oficial de punir cada vez mais oficialmente.
Para que outra coisa poderia servir o
“monitoramento” de Malini através de conceitos de membranas porosas como
“ofensa” ou “Direitos Humanos”, senão para prejudicar inimigos do seu
pensamento? Isto é ainda o que fazem apenas pela netwar na
rede. Imagine o que fazem com as celebridades que cooptam para seu
discurso e método – como os “ataques racistas” repentinos de
personalidades que nunca os sofreram e, não mais do que do dia para a
noite, causam um fuzuê transcontinental que justifica um “Humaniza
Redes” ou um “Monitor dos Direitos Humanos” da vida.
Este é só o arranjo do que é a nova
forma de “democratização da mídia”, de luta supostamente “contra o
racismo, o machismo e a homofobia” e o futuro painel de poder que se
desenha antes de “Conselhos Populares” ou outra nomenclatura da moda
dividirem o poder com Legislativo, Executivo e Judiciário da velha
guarda. A revolução não será televisionada – será tweetada, mas ai de quem for contra.
Fábio Malini praticou um ato falho, um lapsūs linguæ, ao declarar que também irá fichar “ativistas” (não se sabe o que isto seja, mas talvez sejamos nosotros, comuns mortais).
Claro, ninguém perguntou o que fazer
caso Fábio Malini nos ofenda com seu projeto de polícia política do
pensamento. Ou de qualquer crime (ou “ofensa”) que não se encaixe nesta
agenda. “Achei ofensivo, apaga.” A quem iremos recorrer? Who watches the Watchmen?
…
Para mais informações sobre esta forma de fazer política que ainda pode definir o nosso futuro, confira meu livro, Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs, as manifestações que tomaram as ruas do Brasil,
em que esta forma de fazer política do Fora do Eixo, que todos
acreditam que foi momentânea apenas em junho de 2013, é explicada em
mais detalhes, com suas conseqüências para o futuro.
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*
O livro "A NOVA CLASSE", de Milovan Djilas, tem uma passagem interessante no capítulo "Tirania do Espírito", sobre a necessidade de manter uma IGUALDADE na visão de mundo e o controle insano da atividade do pensamento nas sociedades comunistas:
"Por outro lado, a discriminação ideológica nos sistemas comunistas tem a finalidade de proibir outras idéias e de impor as suas. São duas surpreendentes formas de tirania inacreditável, total. O pensamento é a mais criadora das forças: descobre o que é novo. O homem não pode viver nem produzir se não pensar e meditar. Mesmo que possam negá-lo, os comunistas são forçados a aceitar, na prática, esta verdade. Por isso, procuram tornar impossível o predomínio de outro pensamento que não seja o deles. O homem pode renunciar a muitas coisas, mas tem necessidade de pensar e comunicar seus pensamentos. É um sofrimento profundo ser compelido a silenciar quando se tem necessidade de expressão. OBRIGAR O HOMEM A NÃO PENSAR, A EXPRESSAR PENSAMENTOS QUE NÃO SÃO OS SEUS, É A PIOR FORMA DE TIRANIA. A limitação da liberdade de pensamento não constitui apenas um ataque a direitos sociais e políticos específicos, mas também ao próprio ser humano como tal."
"A proposição de que o marxismo é um método universal, proposição que os comunistas têm obrigação de defender, leva na prática a uma tirania em todos os campos de atividade intelectual”. Milovan Djilas, in – “A Nova Classe”
O livro "A NOVA CLASSE", de Milovan Djilas, tem uma passagem interessante no capítulo "Tirania do Espírito", sobre a necessidade de manter uma IGUALDADE na visão de mundo e o controle insano da atividade do pensamento nas sociedades comunistas:
"Por outro lado, a discriminação ideológica nos sistemas comunistas tem a finalidade de proibir outras idéias e de impor as suas. São duas surpreendentes formas de tirania inacreditável, total. O pensamento é a mais criadora das forças: descobre o que é novo. O homem não pode viver nem produzir se não pensar e meditar. Mesmo que possam negá-lo, os comunistas são forçados a aceitar, na prática, esta verdade. Por isso, procuram tornar impossível o predomínio de outro pensamento que não seja o deles. O homem pode renunciar a muitas coisas, mas tem necessidade de pensar e comunicar seus pensamentos. É um sofrimento profundo ser compelido a silenciar quando se tem necessidade de expressão. OBRIGAR O HOMEM A NÃO PENSAR, A EXPRESSAR PENSAMENTOS QUE NÃO SÃO OS SEUS, É A PIOR FORMA DE TIRANIA. A limitação da liberdade de pensamento não constitui apenas um ataque a direitos sociais e políticos específicos, mas também ao próprio ser humano como tal."
"A proposição de que o marxismo é um método universal, proposição que os comunistas têm obrigação de defender, leva na prática a uma tirania em todos os campos de atividade intelectual”. Milovan Djilas, in – “A Nova Classe”
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Quem atirou a verdade no lixo? A esquerda:
Iurii
Piatakov: "Um bolchevique verdadeiro submergiu
a tal ponto sua personalidade na coletividade, "o Partido", que pode
fazer o esforço para desligar-se das próprias opiniões e convicções...
Ele deve estar pronto para acreditar que preto é branco e que branco é
preto, se o Partido assim o exigir." https://conspiratio3.blogspot.com/2023/05/o-crime-de-ter-vida-privada-orlando.html
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