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1992 foi o ano que marcou um vertiginoso
ponto de inflexão. Foi quando uma série de movimentos estranhos,
inovadores e aparentemente sem conexão começaram a brotar em distintos
lugares do mundo em geral, e da América Latina em particular. Com o
amparo de 458 ONGs criadas repentinamente para propagar um relato
pré-colombiano fictício, em 12 de Outubro ocorreu na Bolívia a primeira
marcha "indigenista", aproveitando a data exata dos "500 anos de
submissão", na qual já se destacava a liderança do jovem Evo Morales. Um
pouco mais ao sul, na Argentina democrática de 1992, apareceu em cena a
primeira "Marcha do Orgulho Gay", e na cidade do Rio de Janeiro,
levaram-se adiante as sessões de "ecologismo popular" que apareceu com
1500 organizações de todo o mundo para debater e redefinir estratégias,
incluindo a reivindicação da chamada "deusa ecológica". Nesse mesmo ano,
na Venezuela, Hugo Chávez liderou duas tentativas de golpe de Estado,
nas quais pretendia matar o presidente Carlos Pérez, e de fato mataram
20 pessoas. Desse feito extraiu a celebridade para assumir, 7 anos
depois, a liderança do país.
Agustin Lage
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