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domingo, 7 de janeiro de 2018

O QUE É EXTREMA DIREITA PARA O MILITANTE ESQUERDISTA

EXTREMA DIREITA E EXTREMA BURRICE
Olavo de Carvalho

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Mais vergonhosa ainda é a catalogação puramente emotiva e quantitativa dos direitistas em “moderados” e “extremados”, não segundo o conteúdo objetivo de suas respectivas propostas políticas, mas segundo a oposição mais discreta ou mais ostensiva que, ao sabor das circunstâncias passageiras, façam ao avanço do comunismo. A rigor — e se fosse para raciocinar coerentemente a partir da própria autodefinição do esquerdismo —, o leque das nuances da direita começaria na liberaldemocracia e terminaria nos autoritarismos de inspiração religiosa, como o franquismo, a ditadura católica de Dolfuss na Áustria ou a TFP do dr. Plínio Correia de Oliveira, todos mais ou menos herdeiros de Juan Donoso Cortés. No Brasil, porém, estas últimas correntes foram tão bem criminalizadas e excluídas do debate público pela censura gramsciana, que os liberal-democratas puderam, com a maior facilidade, ser removidos nominalmente para a “extrema direita”. Trocando de lugar no espectrograma ideológico por uma pura decisão do oportunismo esquerdista, eles são assim preparados para entrar por sua vez na lista dos criminalizados e excluídos, sem que a opinião pública dê pela anormalidade da coisa. A fraude adquire ainda maior potencial destrutivo quando reforçada pelo pressuposto — abolutamente mentiroso, conforme já demonstrei em artigos anteriores — que cataloga na direita o nazismo alemão, uma ideologia revolucionária, socialista, estatizante, materialista e anticristã como o marxismo, e que só se distingue dele por associar sistematicamente o ódio ao burguês com o ódio ao judeu. Assim, o liberal democrata tipicamente laico, céptico e voltaireano não só vai para a extrema direita junto o católico teocrata Donoso Cortés, mas também junto com Adolf Hitler, o sujeito que tinha como objetivos prioritários do seu programa político a abolição da liberaldemocracia e a promessa de “esmagar a Igreja Católica como se pisa num sapo”. Sim, a “bête noire” direitista contra a qual se volta o rancor esquerdista é uma síntese de Voltaire, Donoso Cortés e Adolf Hitler — um bicho certamente mais difícil de encontrar no universo real do que o Abominável Homem das Neves.

Orientado por professores capazes de operar no corpo da realidade essas cirurgias, mais radicais que mudanças de sexo porque trocam a própria identidade histórica dos fatos e pessoas, o estudante brasileiro só pode mesmo tornar-se um burro de presépio, um conformista idiota que, ao ecoar mecanicamente os urros da massa, ainda acredita piamente estar exercendo sua liberdade de “pensamento crítico”.

Não tenham a menor dúvida: quem quer que, falando de Roberto Campos, de José Osvaldo de Meira Penna, de José Guilherme Merquior ou de qualquer outro defensor do liberalismo, se refira a eles como a homens de “extema direita”, é um vigarista, um charlatão — sua presença numa cátedra acadêmica é sintoma de uma doença do espírito e uma vergonha para a cultura nacional

http://www.olavodecarvalho.org/extrema-direita-e-extrema-burrice/

 Resulta curioso observar cómo la polarización de un siglo que daba bandazos de un lado a otro se hace patente en que tanto el Ensayo sobre el catolicismo, el liberalismo y el socialismo de Donoso y el Manifiesto comunista de Marx —dos obras que se sitúan en las antípodas— vieron la luz el mismo año, en 1848.
http://blogs.libertaddigital.com/almanaque-de-la-historia-de-espana/1853-fallece-juan-donoso-cortes-9196/












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