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Olavo de Carvalho
Se
você dá dinheiro aos pobrezinhos, eles comem tudo e no dia seguinte
estão na merda de novo. Se você dá para os ricos, eles não conseguem
gastar tudo e, investindo a maior parte, fomentam a prosperidade geral.
Sinto muito, mas a vida é assim.
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Tive uma colega na faculdade que era favorável a tirar os mais velhos dos seus empregos para dar lugar aos mais jovens (o futuro), em época de desemprego. Lembrei-me, então, de um filme, The Savage Innocents, que mostrava o que acontecia aos esquimós idosos num lugar em que a sobrevivência era difícil e a comida escassa: eram deixados na neve para servir de comida aos ursos.
Respondi à colega que se você institui o desrespeito e a desvalorização dos mais velhos como norma, você tem as consequências deletérias sobre toda a sociedade, incluindo os mais jovens.
Se o valor do ser humano é relativizado, rebaixado, abre-se a caixa de Pandora e todo tipo de ações nefastas, desumanas, podem ser justificadas. É o caso do aborto, da eutanásia, etc., que dão o start para o morticínio utilitário. A ONU está trabalhando para isso.
Depois, que perpectivas você pode ter, sabendo da armadilha que o espera pela frente? Como o FUTURO se reflete no presente?
A sociedade que reverencia os mais velhos, sabe aprender com o passado e com a sabedoria do tempo. Sabe que o velho não é um inútil. Mas se ela abandona a velhice à solidão, este potencial de conhecimento e ação não desabrocha e o idoso se vê na condição de vítima incapaz. Já é o que nos acontece.
Ainda: Thomas Korontai afirmou em vídeo que esta reforma não é tão eficaz para sanar o rombo dos gastos públicos quanto a diminuição do tamanho do Estado. O Estado agigantado existe para si mesmo e consome o trabalho da sociedade escravizada por ele.
Não sou contra a reforma da previdência, mas tudo deve ser considerado. Pensar só no futuro compromete o futuro.
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