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Se a verdade interessasse aos marxistas, todas as refutações e críticas válidas fariam parte de um grande debate racional que resultaria em benefícios à sociedade. Mas o comunismo não é sobre verdade, não é sobre fatos, sobre racionalidade, razoabilidade, benefícios sociais, marxismo trata de poder político-ideológico substituindo tudo isso.
Marx já começou como um político marketeiro, mentindo ("Um espectro ronda a Europa o espectro do comunismo.") para ver se colava. Colou, virou realidade, mas os meios sórdidos levaram aos fins nefastos. Os meios torpes já mostram o que é o marxismo. Só isso já deveria servir de alerta.
Marx já começou como um político marketeiro, mentindo ("Um espectro ronda a Europa o espectro do comunismo.") para ver se colava. Colou, virou realidade, mas os meios sórdidos levaram aos fins nefastos. Os meios torpes já mostram o que é o marxismo. Só isso já deveria servir de alerta.
O comunismo inaugura o método da mentira "criativa" e invalida a verdade como critério, mas a utiliza como disfarce para uma vontade implacável de poder e controle.
Mas, diferende da publicidade usual que conta com o nosso ceticismo, o truque de Marx vende, embutido em suas promessas, seu próprio método fraudulento para apagar a noção de verdade. E sem o critério da verdade, que orienta a inteligência e fundamenta a civilização ocidental, ficamos completamente desarmados.
O livro de Peter Kreeft, "Sócrates Encontra Marx" traz, no capítulo 3, esse flagra no "Manifesto":
"Sócrates - Tu disseste: "Um espectro ronda a Europa - o espectro do comunismo. Todas as potências da velha Europa unem-se numa Santa Aliança para conjurá-lo (...) O comunismo já é reconhecido como força por todas as potências da Europa."
Marx - Pois então?
Sócrates - (...)" Com efeito, quando escreveste essas palavras, havia exatamente dois comunistas na Europa: tu e Engels."
Talvez um exagero de Kreeft, já que o movimento revolucionário existia antes de Marx ? Mas as mentiras continuam:
"Sócrates: E também teu próximo argumento, o que explica o título "Manifesto", é simplesmente uma mentira descarada: "É tempo de os comunistas exporem, à face do mundo inteiro, seu modo de ver e suas tendências, opondo um manifesto do próprio partido à lenda do expectro do comunismo. Com este fim, reuniram-se em Londres, comunistas de várias nacionalidades e redigiram o manifesto seguinte."
Não havia, quando escreveste isso, partido comunista algum em canto nenhum da terra (...) tampouco "reuniram-se" em Londres algumas pessoas para produzir este Manifesto - ele é fruto de teu próprio trabalho solitário."
O livro de A. James Gregor, "Marxismo, Fascismo e Totalitarismo" registra um momento interessante em que a lealdade prevalece sobre a verdade, em que os comunistas expressam sua opção pelo dever da fidelidade ao movimento acima da verificação dos fatos, acima de tudo:
"Sem
Engels para guiá-los, intelectuais revolucionários não podiam sequer
fingir-se capazes de identificar, com perfeição, o que era uma
"verdadeira" interpretação de uma doutrina intrinsecamente
inconsistente. Com a morte de Engels (1985), toda e qualquer modificação
na doutrina herdada por eles corria o risco de ser vista como
"revisionismo", como forma uma forma de abandono ou corrupção do
marxismo.
Dois ou três anos depois da morte de Engels, um dos mais
ilustres de seus intelectuais, Eduard Bernstein, apresentou uma série
de importantes emendas. Ele argumentou que, como era uma iniciativa
científica, o marxismo tinha a obrigação de testar constantemente a
precisão e a confiabilidade de asserções relacionadas a fatos.
(...)Publicadas
em 1998, seu pensamento foi considerado heterodoxo e, na Conferência de
Hanover, em 1899, foi rejeitado como ameaçadores para a integridade
ideológica e política do movimento."
E
esta suposta ameaça à fragilidade do sistema suscita a reação oposta de
contra-ameaça? Talvez por isso a comunicação comunista está eivada de
pressão e ameaças veladas aos possíveis infiéis. A ameaça acompanha a
ideologia e a pressão é parte do "conhecimento" comunista.
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JUSTIÇA SOVIÉTICA - "Tal como a ideologia, o código legal funciona como uma desculpa. Envolve o exercício básico do poder na nobre vestimenta da letra da lei; cria a agradável ilusão de que a justiça é feita, a sociedade é protegida e o exercício do poder é objetivamente regulado. Tudo isto é feito para ocultar a verdadeira essência da prática jurídica "pós-totalitária": a manipulação total da sociedade. Se um observador externo que nada soubesse sobre a vida na Checoslováquia estudasse apenas as suas leis, seria totalmente incapaz de compreender aquilo de que nos queixamos. A manipulação política oculta dos tribunais e dos procuradores públicos, as limitações impostas à capacidade dos advogados para defenderem os seus clientes, o carácter fechado, de facto, dos julgamentos, as acções arbitrárias das forças de segurança, a sua posição de autoridade sobre o poder judicial, a aplicação absurdamente ampla de várias secções deliberadamente vagas desse código e, claro, o total desrespeito do Estado pelas secções positivas desse código (os direitos dos cidadãos): tudo isto permaneceria oculto ao nosso observador externo. " Excerto do texto de 1978, "O Poder dos Sem-Poder", de Václav Havel, que tenta explicar ao mundo o que é o totalitarismo soviético. https://conspiratio3.blogspot.com/2023/11/tudo-e-politica.html
TOTALITARISMO E IDEOLOGIA - VACLAV HAVEL "No sistema "pós-totalitário", portanto, viver dentro da verdade tem mais do que uma mera dimensão existencial (devolvendo a humanidade à sua natureza inerente), ou uma dimensão noética (revelando a realidade como ela é), ou uma dimensão moral (dando um exemplo para outros). Tem também uma dimensão política inequívoca. Se o principal pilar do sistema é viver uma mentira, então não é surpreendente que a ameaça fundamental ao mesmo seja viver a verdade. É por isso que deve ser reprimido mais severamente do que qualquer outra coisa." https://conspiratio3.blogspot.com/2023/11/tudo-e-politica.html
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"O medo de enxergar o tamanho do mal já é sinal de submissão ao demônio." Olavo de Carvalho
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"Quando se deixa de acreditar em Deus, passa-se a acreditar em qualquer coisa." G. K. Chesterton
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