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Em 2020, o mundo parou diante das telas de TV e das telas de celulares com grande comoção. Em raras ocasiões históricas o jornalismo obteve tanta atenção. A cobertura jornalística da pandemia, porém, foi muito mais do que meramente informativa. Da noite para o dia, jornais se converteram em oráculos de comportamento, conduzindo o julgamento moral coletivo e individual do mundo inteiro para uma imensa rede de cooperação.
Isso levou a prática jornalística a apostar no pânico e no medo social, favorecendo e aplicando toda sorte de punições e perseguições a quem questionasse minimamente os princípios ditados por entidades supranacionais como a Organização Mundial da Saúde.
Toda a parcialidade e insuficiência informativa amplamente conhecida pelo jornalismo, assim como os compromissos éticos com a verdade e com a prudência sobre possíveis efeitos sociais da comunicação, foram esquecidos em nome de um efeito admitido como intencional: o medo.
Ressalvas sobre conflitos de interesses envolvendo a OMS, fundações e grupos financeiros com a indústria farmacêutica, foram rapidamente rechaçados e rotulados como perigosas teorias conspiratórias, levando médicos respeitados ao banco dos réus. A influência política do clima de polarização aprofundou e radicalizou grande parte da imprensa brasileira e a cobertura noticiosa foi a principal fonte de toda uma classe política que utilizou o clima de medo para favorecer uma agenda de perseguição a seus adversários.
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Olavo de Carvalho - "Quando estreei na prática do jornalismo aprendi que a essência da técnica profissional era a capacidade de apreender a importância relativa dos fatos e de discernir entre os verdadeiros e os falsos. Na época, isso não parecia ser objeto de dúvida entre meus colegas. Transcorridos quarenta anos, noto que essa capacidade distintiva elementar foi atrofiada, sufocada e por fim proibida no jornalismo nacional. Não por coincidência, isso aconteceu precisamente nos anos em que os jornalistas passaram a falar obsessivamente de “ética”. É claro que a única ética imperante no jornalismo nacional consiste em mentir a favor do lado certo. A chave do enigma reside portanto em saber o que é que entendem por “lado certo”."
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Sim, o problema da esquerda é que a verdade endireita o mundo!
OPINIÃO NÃO É NOTÍCIA
Se
a verdade interessasse aos marxistas, todas as refutações e críticas
válidas fariam parte de um grande debate racional que resultaria em
benefícios à sociedade. Mas o comunismo não é sobre verdade, não é sobre
fatos, sobre racionalidade, razoabilidade, benefícios sociais, marxismo
trata de poder político-ideológico substituindo tudo isso. Comunismo é um sistema que não inclui a verdade entre seus pilares. A verdade o ameaça.
Marx já começou como um político marketeiro, mentindo ("Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo.") para ver se colava. Colou, virou realidade, mas os meios sórdidos levaram aos fins nefastos. Os meios torpes já mostram o que é o marxismo. Só isso já deveria servir de alerta.
O comunismo inaugura o método da mentira "criativa" e invalida a verdade como critério, mas a utiliza como disfarce para uma vontade implacável de poder e controle.
Mas, diferende da publicidade usual que conta com o nosso ceticismo, o truque de Marx vende, embutido em suas promessas, seu próprio método fraudulento para apagar a noção de verdade. E sem o critério da verdade, que orienta a inteligência e fundamenta a civilização ocidental, ficamos completamente desarmados.
O livro de Peter Kreeft, "Sócrates Encontra Marx" traz, no capítulo 3, esse flagra no "Manifesto":
"Sócrates - Tu disseste: "Um espectro ronda a Europa - o espectro do comunismo. Todas as potências da velha Europa unem-se numa Santa Aliança para conjurá-lo (...) O comunismo já é reconhecido como força por todas as potências da Europa."
Marx - Pois então?
Sócrates - (...)" Com efeito, quando escreveste essas palavras, havia exatamente dois comunistas na Europa: tu e Engels."
Talvez um exagero de Kreeft, já que o movimento revolucionário existia antes de Marx ? Mas as mentiras continuam:
"Sócrates: E também teu próximo argumento, o que explica o título "Manifesto", é simplesmente uma mentira descarada: "É tempo de os comunistas exporem, à face do mundo inteiro, seu modo de ver e suas tendências, opondo um manifesto do próprio partido à lenda do expectro do comunismo. Com este fim, reuniram-se em Londres, comunistas de várias nacionalidades e redigiram o manifesto seguinte."
Não havia, quando escreveste isso, partido comunista algum em canto nenhum da terra (...) tampouco "reuniram-se" em Londres algumas pessoas para produzir este Manifesto - ele é fruto de teu próprio trabalho solitário."
O livro de A. James Gregor, "Marxismo, Fascismo e Totalitarismo" registra um momento interessante em que a lealdade prevalece sobre a verdade, em que os comunistas expressam sua opção pelo dever da fidelidade ao movimento acima da verificação dos fatos, acima de tudo: "Sem
Engels para guiá-los, intelectuais revolucionários não podiam sequer
fingir-se capazes de identificar, com perfeição, o que era uma
"verdadeira" interpretação de uma doutrina intrinsecamente
inconsistente. Com a morte de Engels (1985), toda e qualquer modificação
na doutrina herdada por eles corria o risco de ser vista como
"revisionismo", como forma uma forma de abandono ou corrupção do
marxismo.
Dois ou três anos depois da morte de Engels, um dos mais
ilustres de seus intelectuais, Eduard Bernstein, apresentou uma série
de importantes emendas. Ele argumentou que, como era uma iniciativa
científica, o marxismo tinha a obrigação de testar constantemente a
precisão e a confiabilidade de asserções relacionadas a fatos.
(...)
Publicadas
em 1998, seu pensamento foi considerado heterodoxo e, na Conferência de
Hanover, em 1899, foi rejeitado como ameaçadores para a integridade
ideológica e política do movimento."
E
esta suposta ameaça à fragilidade do sistema suscita a reação oposta de
contra-ameaça? Talvez por isso a comunicação comunista está eivada de
pressão e ameaças veladas aos possíveis infiéis. A ameaça acompanha a
ideologia e a pressão é parte do "conhecimento" comunista.
Nossa sociedade está numa crise, crise de abstinência da verdade, está sofrendo os efeitos da privação de seu senso natural da verdade. O problema não é tanto ouvir mentiras e viver dentro da farsa, mas se dobrar a elas e dizê-las, mentir para si mesmo. Reconhcer esta doença é a primeira dose do remédio para curá-la.
"A experiência me ensinou que, quando a maioria bem-pensante aposta que dois mais dois são cinco, é mais prudente nadar contra a maré e ser apontado nas ruas como louco. A opinião respeitável pode ser muito respeitável, mas a matemática é mais." Olavo de Carvalho
"O sistema pós-totalitário toca as pessoas a cada passo, mas fá-lo com as suas luvas ideológicas calçadas. É por isso que a vida no sistema está tão permeada de hipocrisia e mentiras: o governo pela burocracia é chamado de governo popular; a classe trabalhadora é escravizada em nome da classe trabalhadora; a degradação completa do indivíduo é apresentada como a sua libertação final; privar as pessoas de informação chama-se torná-la disponível; o uso do poder para manipular é chamado de controle público do poder, e o abuso arbitrário de poder é chamado de observação do código legal; a repressão da cultura é chamada de desenvolvimento; a expansão da influência imperial é apresentada como apoio aos oprimidos; a falta de liberdade de expressão torna-se a forma mais elevada de liberdade; eleições ridículas tornam-se a forma mais elevada de democracia; banir o pensamento independente torna-se a mais científica das visões de mundo; a ocupação militar torna-se assistência fraterna. Porque o regime está cativo das suas próprias mentiras, deve falsificar tudo. Isso falsifica o passado. Falsifica o presente e falsifica o futuro. Falsifica estatísticas. Finge não possuir um aparato policial onipotente e sem princípios. Finge respeitar os direitos humanos. Finge não perseguir ninguém. Ele finge não temer nada. Ele finge não fingir nada.
Os indivíduos não precisam acreditar em todas estas
mistificações, mas devem comportar-se como se acreditassem, ou devem
pelo menos tolerá-las em silêncio, ou dar-se bem com aqueles que
trabalham com eles. Por esta razão, porém, eles devem viver dentro de
uma mentira. Eles não precisam aceitar a mentira. Basta que tenham
aceitado a sua vida com ela e nela. Pois por este mesmo facto, os
indivíduos confirmam o sistema, cumprem o sistema, fazem o sistema, são o
sistema." https://conspiratio3.blogspot.com/2023/11/tudo-e-politica.html
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JUSTIÇA SOVIÉTICA - "Tal como a ideologia, o código legal funciona como uma desculpa. Envolve o exercício básico do poder na nobre vestimenta da letra da lei; cria a agradável ilusão de que a justiça é feita, a sociedade é protegida e o exercício do poder é objetivamente regulado. Tudo isto é feito para ocultar a verdadeira essência da prática jurídica "pós-totalitária": a manipulação total da sociedade. Se um observador externo que nada soubesse sobre a vida na Checoslováquia estudasse apenas as suas leis, seria totalmente incapaz de compreender aquilo de que nos queixamos. A manipulação política oculta dos tribunais e dos procuradores públicos, as limitações impostas à capacidade dos advogados para defenderem os seus clientes, o carácter fechado, de facto, dos julgamentos, as acções arbitrárias das forças de segurança, a sua posição de autoridade sobre o poder judicial, a aplicação absurdamente ampla de várias secções deliberadamente vagas desse código e, claro, o total desrespeito do Estado pelas secções positivas desse código (os direitos dos cidadãos): tudo isto permaneceria oculto ao nosso observador externo. " Excerto do texto de 1978, "O Poder dos Sem-Poder", de Václav Havel, que tenta explicar ao mundo o que é o totalitarismo soviético. https://conspiratio3.blogspot.com/2023/11/tudo-e-politica.html
TOTALITARISMO E IDEOLOGIA - VACLAV HAVEL "No sistema "pós-totalitário", portanto, viver dentro da verdade tem mais do que uma mera dimensão existencial (devolvendo a humanidade à sua natureza inerente), ou uma dimensão noética (revelando a realidade como ela é), ou uma dimensão moral (dando um exemplo para outros). Tem também uma dimensão política inequívoca. Se o principal pilar do sistema é viver uma mentira, então não é surpreendente que a ameaça fundamental ao mesmo seja viver a verdade. É por isso que deve ser reprimido mais severamente do que qualquer outra coisa." https://conspiratio3.blogspot.com/2023/11/tudo-e-politica.html
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"O medo de enxergar o tamanho do mal já é sinal de submissão ao demônio." Olavo de Carvalho
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"Quando se deixa de acreditar em Deus, passa-se a acreditar em qualquer coisa." G. K. Chesterton
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