Procuradoria abre nova investigação sobre a morte de Herzog | Jornal JP
https://www.youtube.com/watch?v=tJmPzW7q2fo
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A VERDADEIRA MORTE DE WLADIMIR HERZOG
http://mariosanchezs.blogspot.com.br/2013/08/onze-de-agosto.html
Um
absurdo gritante na narrativa esquerdista da era militar é que, de um
lado, a tortura fosse descrita como um processo complicadíssimo, que
requeria a assistência de técnicos e cientistas estrangeiros (entre os
quais cita-se, evidentemente sem provas, o capitão americano Charles
Chandler, que sob esse pretexto viria a ser assassinado pelos
comunistas); e que, de outro lado, os tais técnicos não fossem capazes
nem mesmo de simular um suicídio verossímil no caso do Vladimir Herzog,
deixando o morto, ao contrário, numa posição em que só faltava mesmo
ele voltar à vida para informar que fora assassinado. Na época, a
contradição patente entre os propalados requintes da arte da tortura e a
grosseria pueril do suicídio simulado me escapou totalmente, e, tendo
sido um dos primeiros a promover o abaixo-assinado que exigia a
investigação do episódio, tive toda a razão em apostar na hipótese do
homicídio, mas, levado pela gritaria geral que eu mesmo ajudara a
fomentar, dei por pressuposto, sem exame, que se homicídio houvera seus
autores só poderiam ter sido os militares. Estes, por seu lado,
insistindo na tese do suicídio, caíram no ridículo e acabaram levando a
culpa do ocorrido. Hoje em dia, porém, vejo que entre as duas hipóteses
há uma terceira que foi rapidamente varrida para baixo do tapete e
jamais investigada. Na época, o consul da Inglaterra em São Paulo
informou ao então governador paulista, Paulo Egydio Martins, que Herzog
era um agente do serviço secreto inglês infiltrado entre os comunistas
brasileiros. O cônsul dizia ainda ter sido um dos últimos a encontrar-se
com Herzog antes da morte deste. Martins, sabe-se lá por que, em vez de
mandar tirar isso a limpo preferiu guardar a informação em segredo, só a
revelando muito depois no seu livro de memórias, onde ela não teve a
menor repercussão e foi enterrada ainda mais fundo pelo decurso do
tempo, consagrando na memória jornalística e popular a versão do
homicídio praticado pelos militares contra um intelectual comunista
inocente de qualquer participação em atos terroristas. Para mim, hoje, É
CLARO que a declaração do cônsul inglês fornece a única explicação
possível para a hipótese absurda de que os habilíssimos torturadores
científicos não fossem capazes de simular um suicídio mais acreditável.
Herzog não foi, obviamente, assassinado por militares treinados, mas por
militantes comunistas, presos como ele, alertados pela intimidade
suspeita entre o prisioneiro e o cônsul. A coisa toda não foi um “crime
da ditadura”, mas um dos tantos “justiçamentos” praticados pelos
comunistas contra aqueles a quem consideravam traidores e espiões.
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