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sábado, 16 de novembro de 2024

REVISTA OESTE - Flávio Morgenstern: 'Suposto atentado é oportunidade para esquerda fortalecer poder autoritário' - Técnica do Pretexto

 

 Para haver inquérito é preciso haver a busca pelos  fatos e pela verdade. Se já estão nos impondo uma afirmação taxativa de culpa, não há inquérito: https://youtu.be/UaTB8ahnrQY?t=174

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Transcrição 

Vamos lá. Tem muita coisa aí a ser comentada. A primeira e mais importante de todas é o seguinte: você reparou como Gilmar Mendes está calmo? Eu sinto Gilmar Mendes quase feliz ali dentro, com uma calma assim: 'Nossa! Porque então, né, existem fake News por aí, então sabe o que que a gente vai ter que fazer? Aumentar o nosso próprio poder. Sabe o que acontece? As pessoas nos odeiam, então, sabe o que a gente precisa fazer? Aumentar nosso próprio poder. para aumentar a censura. Se houvesse de fato um golpe de estado, uma tentativa de abolir o estado democrático de direito, algo que colocasse a vida de qualquer um destes ministros do Supremo Tribunal Federal em risco, se houvesse um risco grave, não apenas a eles, mas à própria democracia brasileira, ele estaria calmo assim? Sabe, eu conheço muito bem a voz do do do ministro Gilmar Mendes, é uma voz forte. É a primeira vez que eu vejo a voz dele assim, quase meio sonolenta, assim 'Então acabamos de tomar um golpe, né? Nossa que perigo! Puxa vida, não sei nem como é que eu tive coragem de vir para cá.' Sabe o que isso me lembra? Quando ocorreu o 8 de janeiro e nós, aqui na revista Oeste, ficamos o tempo todo cobrando as imagens do Ministério da Justiça. Eu falei: eu tenho uma teoria para saber o que que há nessas imagens e por que elas foram sumariamente perdidas, depois de Flávio Dino passar tanto tempo: "Eu vou soltar as imagens. Olha só tô esperando a autorização para soltar as imagens. Ó, agora, as imagens vão vir. Sabe o que é? Eu perdi as imagens." Sabe o que que tava acontecendo? Eles deviam estar rindo ali. Eu aposto com vocês, se alguém algum dia achar essas imagens, que devem ter sido todas destruídas, né, eles estavam rindo, falando: Ai, finalmente, agora vamos mais uma vez aumentar o nosso próprio poder. Agora a censura vai vir. Agora, o poder total contra a população brasileira. Isso ocorre por conta de algumas questões. A primeira delas é que tal como ocorreu, sabe, num país lá, uma certa Alemanha (nazi), quando pegou fogo no Reichstag, aí você vai lá e fala assim (false flag): 'Olha, então, né, parece que foi um holandês judeu ali, que ele botou fogo no Parlamento, então, sabe, o que que a gente vai ter que fazer, olha, contra a nossa vontade? Vamos ter que, agora, abolir toda a oposição. Vamos ter que colocar todo o poder de censura em nossas próprias mãos, vamos ter que controlar tudo o que é dito em todos os jornais deste país. Se tivesse rede social, ele estaria exatamente com esse mesmo discurso, ali na época. Segundo ponto: Olha esse tipo de termo: "Não é um fato isolado." Como se pode afirmar uma coisa como essa? Para se afirmar uma coisa como essa, é preciso haver um inquérito. Esse inquérito vai, de fato, investigar. Só que, eu também tenho falado isso com constância aqui na Revista Oeste, o inquérito das fake News é um inquérito? Não. O inquérito dos atos antidemocráticos é um inquérito? Não senhor. O inquérito "sei lá mais o quê" é um inquérito? Não. Olha a palavra: Inquérito. Inquirir é perguntar, formular questões, levantar hipóteses, tentar fazer um fio condutor. Quando acontece um caso como esse, a gente viu, né, caso do Ministro Alexandre de Moraes e o ministro Gilmar Mendes: não deu nem 12 horas e já estão lá dizendo "Olha não é um fato isolado, tem ligação com o 8 de janeiro, isso aí foi por causa do discurso de ódio, tem ligação com o famigerado gabinete do ódio"... Como você sabe disso? Se você está afirmando uma coisa como essa e vai dizer ainda: "Vamos instaurar o inquérito para investigar isso." não é inquérito, você não tá colocando nenhuma questão a ser respondida futuramente com as investigações. Lembrando: inquisição medieval. Sabe aquela tão temida pelos historiadores, não sei mais o quê, o que que a inquisição inventa? É o mesmo tema. Inquisição inventa inquérito. Qual que foi o primeiro ato da Inquisição quando foi colocada? Ó: a mesma pessoa não pode julgar e investigar ao mesmo tempo. A inquisição espanhola tinha isso, você não pode investigar e julgar ao mesmo tempo. Mas ele é vítima também. Nesse caso, e ele no caso ele é vítima e também é delegado, né, porque ele inclusive define quem vai ser delegado: "Tudo isso aqui tem que ser passado para a delegada Denice da PF." Sabe, sempre aquela coisa, então, assim, ele acumula várias funções e depois falando "ah porque a gente não quer ter uma coisa tão horrenda quanto a inquisição." Inquisição era maravilhosa perto do que vocês fazem e vocês não fazem inquérito nenhum, todas essas questões levantadas aqui que são questões, não são afirmações, deveriam ter um inquérito com uma pessoa investigando, outra pessoa delegando, outra pessoa julgando. Não é o que é feito no Brasil. Então quando vocês dizem: "Ah, isso aqui é foi um risco, e com aquela voz de sono, "um risco ao estado democrático de direito", obviamente essa repetição, sabe, essa cacofonia de ficar sempre repetindo "estado democrático de direito" realmente dá sono, dá sono em qualquer um, inclusive neles próprios. O que vocês estão fazendo? Vocês estão esquecendo que o estado de democrático de direito do Brasil já morreu. Já morreu. No momento em que foi instaurado o inquérito em que uma pessoa acumula quatro funções, morreu o estado democrático de direito. Vocês só estão falando dos cacos aí. 

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E ao contrário, quando Bolsonaro sofreu um atentado contra sua vida, quase imediatamente eles declararam: "Foi um lobo solitário. Nada a ver com conspirações."

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