ESCOLHA VIVER - O PODER DA MENTE E DO CÉREBRO NA AUTOCURA
Recomendo este livro a todos que estão buscando a cura, tanto pacientes como curadores. É um relato e estudo da cura por meio da influência da mente sobre o cérebro e deste sobre o corpo. Patricia Norris é psicóloga, tem orientação de Carl Simonton e trabalha em colaboração com médicos em casos onde a medicina convencional não tem sucesso. Biofeedback, visualização, imagística são ferramentas para o reconhecimento de que a mente, através do cérebro, tem voz de comando sobre o funcionamento do corpo, principalmente sobre o sistema imunológico. O cérebro é a cabine de controle das reações corpóreas. O livro traz a participação do menino Garret, que descreve sua história de cura de um tumor inoperável em sua cabeça.
Eis um trecho:
GARRET DÁ A VOLTA POR CIMA: A DOENÇA REGRIDE
Da primavera ao verão de 1979, Garrett começou a melhorar. Os progressos incluíam uma maior resistência e uso do braço e da perna esquerdos, conseguir levantar-se quando caía e, de modo geral, uma aparência mais saudável. Continuava a exercitar as visualizações todos os dias, e penso que realmente apreciava essas experiências e nunca as considerava tediosas.
Garrett ia ao Centro de Biofeedback e Psicofisiologia uma vez por semana tanto para continuar a exercitar auto-regulação e controle voluntário como para visualização, imagística e terapia de jogo. Fez muitos desenhos; a maioria deles relacionava-se às batalhas entre as várias partes do sistema imunológico e o tumor.
Garrett aprendeu a nadar e íamos nadar juntos na piscina da Menninger tão freqüentemente quanto possível. Seus pais compraram-lhe pés-de-pato e uma máscara com tubo. Ele saiu-se bem com o equipamento, nadando competentemente, com confiança e alegria, a qualquer lugar que desejasse ir.
Quando as aulas recomeçaram no outono, Garrett retornou com confiança renovada e era novamente capaz de apresentar um melhor desempenho escolar. Sua professora da quinta série dava-lhe apoio e encorajava sua independência, ajudando-o a maximizar suas forças.
Vitória: o fim do planeta bolinho de carne!
No final de outubro, Garrett disse-me que tinha uma ótima notícia. "Não consigo mais encontrar meu tumor no exercício de imagística", disse, "Acho que desapareceu." Nunca tivera dificuldade em visualizar o tumor antes, mas agora, repentinamente, o tumor não estava lá. Ele e eu fizemos uma viagem exploratória pelo cérebro dele, examinando-o completamente. Em todos os lugares que olhava via apenas tecido cerebral normal.
A primeira vez que Garrett descobriu a ausência do tumor foi durante sua visualização à noite, antes de dormir. Ficou surpreso por não encontrá-Io. Chamou o pai e disse-lhe que o tumor não estava lá, que devia ter desaparecido. O pai sentou-se ao seu lado e sugeriu que tentasse uma vez mais. Garrett ficou muito quieto e procurou cuidadosamente. Disse então ao pai que não conseguia encontrar ó tumor e tudo o que via era um "estranho ponto branco" onde o tumor havia estado.
Naquela época, tive reações ambivalentes ao receber a notícia. Por outro lado, tendo passado por tantas coisas com Garrett, confiava em sua percepção. Fizemos uma festa de comemoração em seu cérebro e convidamos todos os glóbulos brancos. Lançamos arco-íris por todos os cantos do cérebro e dançamos com os glóbulos brancos, dizendo: "Conseguimos! Conseguimos!”.
Mas o meu lado cauteloso de terapeuta tinha mais reservas e ceticismo, pois não havia então nenhuma prova objetiva. Não podia estar certa de que a mudança em sua imagística significasse realmente o desaparecimento do tumor. Afinal de contas, ele era apenas uma criança; talvez estivesse influenciado por um desejo, talvez estivesse cansado de exercitar visualizações constantemente. Como soube mais tarde, nada poderia ser mais verdadeiro: a imagística tinha se tornado uma parte essencial do modo como Garrett interagia com o corpo e com a vida.
Um sistema de defesa contra novos invasores
Adaptamos a imagística então para enfatizar a vigilância que ele vinha praticando por todo aquele tempo. Garrett visualizava os glóbulos brancos como poderosos, bem-sucedidos, numerosos e constantemente patrulhando cada uma das partes de seu cérebro e corpo, procurando por quaisquer invasores indesejáveis, tais como germes da gripe, vírus ou bactérias. Os glóbulos brancos também procuravam e destruíam quaisquer células indesejáveis que o corpo produzisse ou que não precisasse mais. Ele entendeu que o trabalho principal dos glóbulos brancos era patrulhar e limpar o corpo, e voluntariamente exercitou essas visualizações, tornando-as parte de sua prática regular.
Durante o inverno, Garrett continuou a melhorar sintomática e funcionalmente. Foi capaz de substituir o aparelho para a perna por botas altas, e posteriormente as botas por tênis, uma fonte de imenso prazer. Continuou a fazer as visualizações diárias dos glóbulos brancos, que desempenhavam um intenso trabalho de vigilância em todo o corpo, especialmente no cérebro. Nunca mais viu o tumor em sua prática de Imagística. Acreditava que o tumor tinha desaparecido. Entretanto, tornou-se evidente que também desejava uma confirmação objetiva. Considerando que nenhum tratamento médico adicional tinha sido indicado, decidimos que não havia razão para submetê-Io ao desconforto e à ansiedade de uma nova tomografia.
Em fevereiro de 1980, Garrett perdeu o equilíbrio e caiu de uma maneira um tanto misteriosa. Uma tomografia para examiná-lo foi cogitada, mas não realizada. Alguns dias mais tarde, caiu da escada em casa. Os pais acharam que tinha apresentado uma breve perda de consciência, embora dissesse ter escutado tudo o que se passava, mas simplesmente não podia se mover por alguns momentos. Os pais chamaram o médico, e mais uma vez a decisão foi de não realizar a tomografia imediatamente, mas sim observá-lo até o dia seguinte para ver se apresentaria alguns sintomas, tais como perda de consciência ou vômito. Garrett foi à escola como sempre e, depois do almoço, vomitou. Então finalmente foi submetido à tomografia.
O pediatra de Garrett solicitou a tomografia, mas não estava presente quando foi realizada. O médico que a realizou disse a Sue: "Preciso chamar o dr. Parman e o dr. Reymond e depois gostaria de conversar com a senhora". Sue respondeu: “Antes preciso de 15 minutos para trazer meu marido". O médico disse que não seria necessário, mas Sue disse: "Sim, é necessário!" Ela e Richard tinham um acordo para receber qualquer notícia juntos. Sue foi então buscar Richard. Estava muito preocupada e não queria escutar más notícias sozinha.
Quando estavam todos juntos, o médico perguntou se Garrett tinha sido submetido a cirurgia. Disse que não havia concussão, e que o tumor havia desaparecido! Tudo que puderam encontrar foi um filamento calcificado do tamanho de uma ervilha - "o estranho ponto branco!" Sue disse: "Certo", então compreendeu. Pulou da cadeira, assustando o médico e gritou: "Sumiu! Sumiu!"
O médico disse que se desconhecesse a situação, pensaria que o tumor tinha sido removido cirurgicamente. Sue e Richard disseram-lhe que estavam agradecidos pela notícia, e o médico disse que ele era quem estava agradecido pela oportunidade de comunicar-lhes a novidade. Disse que ganhara o dia; não era freqüentemente o portador de notícia tão maravilhosa. Naquela noite recebi um telefonema de Garrett com as boas novas. Todos estavam surpresos, exceto Garrett e eu, mas acho que ambos estávamos aliviados por termos a confirmação concreta do que já sabíamos. Quando a mãe de Garrett trouxe-o para a próxima sessão, exclamou efusivamente que a radiação não tinha operado esse milagre. Garrett tinha conseguido unicamente com sua visualização. Garrett interferiu, dizendo que pensava que a radiação tinha ajudado, porque amaciara o tumor e facilitara para que pudesse destruí-lo com os glóbulos brancos. Eu tinha certeza de que ele estava certo.
Fonte: “ESCOLHA VIVER”, dos autores Patrícia A. Norris e Garrett Porter , Editora Mandarim
http://www.estantevirtual.com.br/busca?q=PATRICIA+NORRIS
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O MAL DA DESESPERANÇA https://youtu.be/Bw-X5acOxJM?t=106
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