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SR. CARLOS VELASCO, UM CASO DE MEMÓRIA SELETIVA


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Nesta semana, deparei-me com um artigo publicado num site eurasiano russo que procurava expor Olavo de Carvalho como agente provocador de uma guerra civil no Brasil. Seu autor, Carlos Velasco, é alguém que conheci pessoalmente e que recentemente começou a perseguir e detratar o filósofo brasileiro. Ao ler o artigo, vi que utilizou de correspondência minha que lhe enviei quando acreditava ser uma pessoa de confiança, no intento de mais uma de suas falhadas tentativas de expor o já mencionado professor.

O artigo em questão é confuso, tem muitas mentiras a serem desfeitas, e o Sr. Carlos Velasco já foi tão ridicularizado e desmoralizado, que vou expor do que tenho conhecimento de causa, pois ele usa de retórica para confundir o leitor e distorcer um e-mail que lhe enviei. Além disso, Carlos Velasco mente.

O Sr. Carlos Velasco refere:
“ I have a letter from a student, very close to Olavo, which blames me of treason (Olavo is more important to her than the truth or Brazil), were she says it had been more painfull to cut ties to me than to people of her own family! I’d been with her 3 times! Isn’t this a sect, or at least the upper part of a sect with an inner cicle?”
http://www.geopolitika.ru/en/article/exposing-brazilian-agent-provocateur#.UxaFLPnV9CK

Em português: "… tenho a carta de uma aluna, muito próxima ao Olavo, que me culpa de traição (Olavo é mais importante para ela do que a verdade ou o Brasil), na qual ela diz ter sido mais doloroso cortar laços comigo que com pessoas da sua própria família! Eu estive com ela 3 vezes! Não é isto uma seita ou, pelo menos, uma parte de um seita com um núcleo central?”.

Esta estudante que lhe enviou um e-mail sou eu. Em momento algum eu lhe disse que Olavo de Carvalho era mais importante do que a verdade ou que o Brasil para mim. Ele diz que vimo-nos três vezes, mas se esqueceu convenientemente de mencionar que uma delas não só foi a convite dele, como na casa dele.
Meu marido e eu (grávida, misericórdia!) pernoitamos na casa da família dele. Sentamo-nos à mesa, comemos e bebemos juntos. Conheci sua mãe, seu pai, seu irmão, sua prima e adoráveis filhas. Sua mãe me elogiou diante do meu marido e demais convivas à mesa.
Convenientemente, esqueceu de mencionar o fato de que conversava frequentemente por horas a fio com o meu marido pelo Skype e que eu ouvia essas conversas. Também muito convenientemente, o Sr. Carlos Velasco esqueceu de mencionar que me sugeriu vender as telas de um amigo dele no Brasil, ou tentar articular a venda dessas obras, sugestão essa que depois ele explicou tratar-se de uma forma de me ajudar com um sustento (tínhamos mesmo um laço muito superficial).
É conveniente esquecer de mencionar que nos havia convidado no final do ano (de 2013!) para passar outro final de semana na casa de sua família e conhecer o padre Paul Kramer. Sem falar que esqueceu convenientemente que escrevia um blog em conjunto com o meu marido: foram co-fundadores do blog Prometheo Liberto. É embaraçoso ser eu a ter de mencionar tudo isso, porque assim tenho de admitir o quanto fui enganada. E o pior é que não fui a única.

Nessa correspondência que o Sr. Velasco menciona, além de comunicar o meu afastamento da pessoa dele, a única coisa que lhe pedi foi que não revelasse o conteúdo da minha mensagem. O Sr. Carlos Velasco, muito digno, não cita o meu nome, mas foi revelar partes deste conteúdo num site russo! É um cavalheiro de confiança.

É também muito conveniente para o Sr. Carlos Velasco esquecer de mencionar que tive sérios problemas com a minha família e que ele sabia disso.
Ele soube do caso em que familiares meus me excluíram de seu círculo porque eu citei o Prof. Olavo no meu próprio perfil logo que comecei a usar o Facebook, de uma prima que foi candidata à prefeitura de Bauru pelo PSOL (partido político brasileiro, financiador do vandalismo das manifestações, vide black-bloc) e adora Fidel Castro.
E do caso em que outra prima ironizou amigos meus nos perfis deles (sem nunca antes terem trocado palavra ou terem sido apresentados por mim), e que familiares meus xingaram amigos apenas por estes terem escrito contra a manifestação das vadias quando da visita do Papa ao Brasil. Familiares meus que idolatram Che Guevara.

O Sr. Carlos Velasco era uma pessoa com quem eu acreditava partilhar valores. Valores estes nos quais quero basear a minha conduta, e que quero que as pessoas ao meu redor também o façam. E, sim, na altura me custou muitíssimo romper aquele laço, mas não por ter saído do grupo e sim porque eu acreditava ser um laço de amizade real. Mas, ele provou que não vale nada mesmo, ele está coberto de razão nisso: meus familiares esquerdistas são muito mais dignos do que ele.

O digno Sr. Velasco também diz que prefiro o professor Olavo de Carvalho à verdade. O Sr. Velasco mente, apenas prefiro, enquanto conduta, não vasculhar os podres dos outros. Diferente dele, que aliás mostrou-se péssimo ao vasculhar esses podres. As provas que ele diz ter contra Olavo são perguntas às quais não obteve resposta (valha-me Deus!), a Wikipedia, um print de uma lista com nomes de supostos maçons, totalmente duvidosa e um processo no qual o homem foi inocentado. Enfim, umas ninharias tantas que só com muito ódio e imaginação conseguem formar um enredo. Não, da fofoca e da coscuvilhice, eu quero distância. Pelos vistos, há quem não consiga discernir a verdade da perversão pura.

O cavalheiro Velasco se comprometeu – sem que eu pedisse - em não me atacar ou humilhar publicamente em nome da amizade que nutria pelo meu marido, ou que fosse pelo meu filho. Mas ele não tem palavra nenhuma. E eis que as minhas palavras, deturpadas, foram parar num site russo para tentar provar que o professor Olavo de Carvalho comanda uma seita, quando o que o esquecido Sr. Velasco prova é que além de não ter memória, tampouco tem caráter.
 
08 de março de 2014
Juliana Chainho

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