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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

BOLSONARO ENTRA COM PROJETO CONTRA CENSURA POLITICAMENTE CORRETA NA INTERNET INSTITUÍDA PELO PT

 

Bolsonaro protocola PDL contra ‘censura na internet escudada na falácia do crime de ódio’ - Felipe Moura Brasil


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Recebi na quarta-feira (17) a seguinte mensagem do deputado federal Jair Messias Bolsonaro (PP-RJ) em referência ao meu post “Software do governo contra crimes de ódio na internet é arma de propaganda e censura“:
“Prezado Felipe, inspirado nesta sua matéria protocolei hoje o Projeto de Decreto Legislativo 1662/2014, que visa sustar os efeitos da Portaria Interministerial de 2 de novembro de 2014 que instituiu a censura na internet escudada na falácia do CRIME DE ÓDIO.
Veja aqui: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=858775


Vejo sim. Bom saber. A oposição, de fato, tem de impedir esse abuso cínico de um governo que – ele próprio – paga militantes virtuais para atacar seus adversários na internet. Na campanha eleitoral, eram pelo menos 2 mil MAVs atuantes, recebendo 2 mil reais cada um. Pelo menos mil continuam em ação e não há motivo algum para crer que eles entrarão no radar do software.
Investigar crime é função da polícia. A função do governo é não cometê-lo, o que tem sido bem difícil para o de Dilma Rousseff, como mostram o Petrolão, a LDO e companhia.

Falei com Bolsonaro para confirmar sua mensagem. O deputado me disse:
“Eu entendo que os agentes do governo vão começar a fazer uma caça na internet. Botam uma palavra-chave como ‘Maria do Rosário’ e vão atrás de quem interessar a eles pegarem.”

Como até o anúncio do lançamento jé embutia a associação de um crime de ódio a seu nome, Bolsonaro não tem dúvidas de que será um dos alvos favoritos do PT.

“Eu só tenho espaço na mídia por causa da internet. Sem a internet, eu estou ferrado”, disse ele, embora mencionando o espaço que conseguiu hoje na Folha para o seu artigo “O grito dos canalhas“, publicado dois dias após o presidente do PT, Rui Falcão (“logo quem!”), o “esculachar” no artigo “O silêncio que leva à barbárie“.


A comparação entre os dois textos é mais uma prova do quão absurdo é igualar Bolsonaro a um petista. Ignorando solenemente a injúria inicial de Rosário, o mesmo Falcão que espalha MAVs pelas redes e preside um partido envolvido nos maiores escândalos de corrupção da história do país afirma que:
- “A sociedade brasileira não pode se calar diante da disseminação do ódio”;
- o deputado “incitou ao estupro”;
- “trata-se de defender o crime e a barbárie”;
- “disparou covardemente ameaças e ofensas contra a deputada”;
- “atacou a honra da presidenta da República”;
- “achincalhou direitos humanos universais mais uma vez”;
- “pediu o fuzilamento do então presidente Fernando Henrique Cardoso”;
- “discrimina, induz e incita a discriminação étnica, racial e de gênero”;
- “ameaça veladamente a deputada, incorre em crime e atenta diretamente contra a humanidade”;
- “A gravidade do episódio caracteriza uma situação de perseguição, discriminação odiosa”;
- “É preciso responsabilizar Bolsonaro criminalmente”.

Falcão diz tudo isso, obviamente, com a mesma afetação de bom-mocismo e indignação que ensina aos MAVs, ou seja: aquela que aponta “Olha isso! Olha isso! Que absurdo!”, sem analisar o contexto, o conteúdo efetivo das palavras e por que elas merecem cada uma das acusações disparadas contra seu autor.

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