Publicado por
SIMON BAR KOCHBA
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Heinrich
Himmler, comandante da Schutzstaffel, ou SS - a grande organização
paramilitar pertencente ao partido nazista alemão – pronunciou, durante a
II Guerra Mundial, numerosos discursos diante dos oficiais superiores e
dos chefes de serviço da SS. O tom foi sempre o da exortação moral. Em
um desses discursos, em 9 de junho de 1942, ele disse: “Há milênios é o
dever da raça loura dominar a Terra e sempre lhe propiciar felicidade e
civilização (...) No interior da sociedade, restaurar-se-á, assim, a
ordem natural que quer que dominem os melhores, os mais duros, os mais
puros, os mais cavalheirescos, cujos exemplos vivos são fornecidos pela
elite da SS”. Quando Himmler pronunciou esse discurso, os incuráveis, os
deficientes, os alienados da ‘raça’ alemã já haviam sido eutanasiados
clandestinamente nos hospitais e nos asilos.
Antes da comparação
entre as experiências nazista e comunista, seis palavras devem ser
recordadas: Auschwitz, Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibor e Treblinka.
Foram os seis centros nazistas de extermínio industrial dos judeus. A
seqüência era a de sempre: transporte, seleção na descida do trem,
tatuagem de um número, câmara de gás ou fossa comum imediata para as
mulheres, crianças e os inaptos para o trabalho. Não se pode pronunciar
essas seis palavras sem que voltem à memória os documentos, as
testemunhas, os estudos, as meditações, os poemas, os cantos, as preces
que buscaram comunicar o incomunicável.
A destruição dos judeus
europeus, segundo Raul Hillberg (*) deu-se em cinco etapas: a
expropriação; a concentração; as operações móveis de assassinato; a
deportação; os centros de extermínio. Segundo esse mesmo plano, a
destruição comunista utilizou os quatro primeiros meios, mas acrescentou
duas outras que o nazismo não teve necessidade: a execução judiciária e
a fome.
A Expropriação –
foi a primeira medida do poder comunista. Considera que o mal social
tem suas raízes na propriedade privada. Como é preciso arrancar do povo a
idéia de propriedade e submetê-lo completamente ao novo poder, a
expropriação de casas, contas bancárias, terra, gado, é uma conseqüência
lógica. Aos poucos, as pessoas foram ficando apenas com suas roupas e
móveis. O direito, estando ligado à propriedade privada, desaparece
subitamente, restando apenas as decisões ‘jurídicas’ do partido. Já na
Alemanha nazista, a expropriação e a proscrição só afetaram inicialmente
os judeus. Para os ‘arianos’, o direito e a propriedade subsistiram,
embora destinados a desaparecer também na lógica do sistema.
A Concentração
– A filtragem e o registro não eram feitos no regime comunista da mesma
forma que no regime nazista. O nazismo encarava os judeus como pessoas
físicas, focos individuais de infecção. Era preciso, então,
encontrá-los, como se faz numa operação de desratização ou de combate a
insetos, e o regime destinou a essa tarefa dinheiro, pessoal e
meticulosidade. O comunismo, por seu lado, se encarregava de uma tarefa
mais ampla, porque mais vaga e com contornos pouco definidos. Ele devia
destruir ‘o inimigo do socialismo’, ‘o inimigo do povo’. Era necessário,
em primeiro lugar, deixar sem causar dano o inimigo previamente
designado, o inimigo institucional: o rico, o nobre, o burguês, o
capitalista, o camponês rico. Depois, era a vez dos que podiam abrigar
sentimentos hostis, ‘fora da linha’, e até mesmo os indiferentes. Eles
eram localizados no proletariado, no campesinato médio e pobre, na
intelligentzia progressista e também no partido, no Exército e na
Polícia. Esses inimigos escondidos não têm características visíveis, nem
marcas físicas como a circuncisão, e não pertencem a uma comunidade bem
delimitada. É preciso reconhecê-los, fazê-los confessar seus
pensamentos escondidos, seus desígnios de sabotadores e eliminá-los. É
um trabalho contínuo. É essa a razão de os órgãos de repressão dos
regimes comunistas serem mais numerosos que os órgãos encarregados
simplesmente de levar os judeus aos campos de extermínio. Alguns
milhares de policiais bastavam para a Gestapo, contra cerca de 500 mil
da KGB. Só a Stasi, na RDA, passou a empregar bem mais gente que a
Gestapo em toda a Alemanha. Segundo Raul Hillberg (1), bastaram dois
anos (1941-1942) para que a ‘solução final’ fosse executada para cerca
de três quintos do seu total. Para os órgãos soviéticos, a tarefa nunca
foi concluída. De novembro de 1917 até o último dia – 25 de dezembro de
1991 - eles tiveram que fazer triagem, recensear, manter dossiês,
filtrar e refiltrar toda a população.
As
operações móveis de assassinato
– Cerca de um quarto dos judeus assassinados, talvez até mais, o foram
por unidades especiais: os Einsatzgruppen e os Kommandos, que avançavam
atrás das tropas regulares e faziam as execuções. Unidades da Wehrmacht
também fizeram, ocasionalmente, a mesma coisa. Essas ‘operações móveis
de assassinato’ foram praticadas abundantemente pelos regimes
comunistas. As chacinas a céu aberto acompanharam as reconquistas pelo
Exército Vermelho, da Ucrânia, do Cáucaso, da Sibéria e da Ásia Central.
Além disso, elas foram maciças e sistemáticas durante a guerra
camponesa, iniciada em 1910 e que durou até 1921. Contra os camponeses
expropriados, submetidos à fome, e contra os cossacos – quase
exterminados como povo -, o Exército Vermelho utilizou diversos métodos,
desde tanques a gases asfixiantes. Os fuzilamentos a céu aberto
recomeçaram durante a coletivização e, no transcurso do grande expurgo,
caminhões a gás foram utilizados. Na China, as execuções coletivas e
públicas se multiplicaram várias vezes nos dois primeiros anos após a
tomada do poder, na época do Grande Salto para Frente e depois na
Revolução Cultural. Elas aconteceram também na Coréia, no Vietnã e na
Etiópia. Foi no Camboja, porém, que se tornaram mais maciças. Na falta
de um equipamento moderno, as execuções eram realizadas com faca,
martelo, machado ou porrete.
A deportação
– A deportação para os campos de trabalho foi inventada e sistematizada
pelo regime soviético. O nazismo apenas a copiou; a palavra Lager é
comum ao russo e ao alemão. Os primeiros campos foram abertos na Rússia
em junho de 1918, cerca de seis meses após a tomada do poder pelos
bolcheviques. A deportação soviética foi um fenômeno mais amplo e mais
complexo do que a deportação nazista. Na Alemanha havia diferenças
informais entre os campos com mortalidade relativamente pequena (Dachau)
e aqueles com mortalidade tão alta (Dora) que se aproximava do
extermínio. Na URSS a gama é mais extensa e as categorias nitidamente
separadas. Três podem ser distinguidas: a primeira, a deportação de
povos inteiros – tártaros, chechenos, alemães do Volga – ou categorias
‘sociais’ inteiras: os 10 milhões de kulaks. A segunda categoria foi a
deportação para campos de trabalho. O Gulag tornou-se uma vasta
construção administrativa que encontrou a sua forma clássica nos anos
30. Ela foi capaz de gerar uma notável parcela – estima-se em 11% - da
força de trabalho do país. Os detalhes concretos são os mesmos, tanto no
nazismo como no comunismo, tanto em Kolyma como em Auschwitz: o roubo
generalizado, o cada um por si, o esgotamento físico, a lenta ou muito
rápida degradação moral, o mesmo acampamento, as mesmas trapaças para
fugir do trabalho, o mesmo sono, os mesmos sonhos. Para se designar o
detento que chegou ao fim de suas resistências, já não se defende mais e
vai morrer, no campo nazista se dizia muçulmano, e no campo soviético,
dokhodiaga. Algumas variantes: em Kolyma os mortos não eram incinerados
num forno crematório mas, no inverno, eram empilhados, em grupos, com
uma etiqueta presa no dedão do pé, esperando que o degelo permitisse
cavar as fossas. Nos Gulags, a mortalidade chegava a 30% ou 40% ao ano, o
que, levando em conta a duração das penas e a longevidade do regime
soviético, chega às raias do extermínio, embora esse extermínio não
fosse imediato, no estilo de Treblinka. A terceira categoria: em torno
do Gulag estendia-se uma zona de trabalho forçado e de residência
vigiada. A mão-de-obra era empregada nos grandes canteiros de obras,
barragens, canais e arsenais militares secretos. Os contornos eram
indefinidos, como tudo o mais nos regimes comunistas. É por isso que o
dissidente soviético Vladimir Bukovski, à pergunta ‘Quantos prisioneiros
há na URSS?’, respondeu em tom de gracejo: ‘270 milhões’.
A execução judiciária e a fome foram dois procedimentos de execução que o nazismo não teve necessidade de utilizar.
A execução judiciária
– O nazismo não a praticou contra os judeus, pois, em sua opinião, eles
não pertenciam à espécie humana e não mereciam, portanto, nenhuma
‘justiça’. Já, no comunismo, a execução (fuzilamento, tiro na nuca,
enforcamento) deveria, em princípio, proceder de um exame jurídico, a
fim de que o ‘povo’ pudesse reconhecer e condenar o inimigo declarado ou
oculto. As execuções sumárias dos primeiros tempos foram
progressivamente assumindo uma forma cada vez mais judiciária à medida
que o aparelho – a prokuratura – se aperfeiçoava. Na época do chamado
‘Grande Terror’, que teve início em 1934, a confissão era buscada e
obtida por diversos meios, sendo a tortura o mais simples. Nessa época,
as pessoas esperavam ser presas porque viam desaparecer silenciosamente
seus vizinhos e, à noite, tinham sob a cama a trouxa de roupa de preso. A
maioria dos países comunistas, democracias populares da Europa e
sobretudo da Ásia, atravessou períodos desse tipo. Há razões para
imaginar que Hitler se inspirou na idéia do ‘Grande Terror’. A ‘Noite
dos Longos Punhais’ – 1934 -, uma depuração relâmpago do partido nazista
fez, talvez, 800 vítimas. Stalin multiplicou essa cifra por mais de
mil.
A fome
– A fome, diferentemente da penúria que foi constante, é um espectro
reiterado que acompanha a história dos regimes comunistas. Ela está
presente na Rússia, na China, na Etiópia, na Coréia. A fome é, na maior
parte do tempo, uma conseqüência da política comunista, pois é da
essência dessa política estender seu controle à totalidade de seus
súditos. Não é tolerável deixar os camponeses se organizarem
espontaneamente à margem do Poder. Ao expropriá-los, fazendo-os entrar
nos quadros artificiais do Kolkoz, provoca-se inevitavelmente uma crise
de subsistência. Não se pode, no entanto, dizer que o Poder desejava a
fome como tal, mas foi o preço que ele aceitou pagar para atingir seus
objetivos políticos e ideológicos. No Cazaquistão, a população foi
reduzida à metade. Entretanto, houve casos em que a fome foi desejada e
organizada com um fim preciso de extermínio. Foi o que aconteceu na
Ucrânia durante os anos 1932-1933. O objetivo foi o de terminar não com
uma resistência qualquer do campesinato, porque a coletivização já a
quebrara, mas com a existência nacional do povo ucraniano. Falou-se a
esse respeito e, com razão, de genocídio. Consentida como meio ou
desejada como fim, a fome foi o procedimento mais mortífero da
destruição comunista das pessoas. Ela responde por mais da metade dos
mortos imputáveis ao sistema na URSS, e por três quartos, talvez, na
China.
Finalmente, o nome e o anonimato
– Dos judeus exterminados pelo nazismo, conhece-se o número com uma
precisão rigorosa pela pesquisa e pela piedade judaicas. Existem números
que indicam o efetivo de cada trem, a data de sua partida. Os nomes
foram preciosamente guardados e conservados. Dos mortos pelo comunismo,
conhece-se apenas uma estimativa em uma aproximação em cerca de várias
dezenas de milhões. A mostra admitida pelo Livro Negro do Comunismo vai
de 85 milhões a mais de 100 milhões. Essa diferença terrível que faz com
que uns, exterminados como animais, sejam honrados como pessoas, e os
outros, assassinados talvez de forma mais humana – se é que isso é
possível – sejam esquecidos como animais, não tem a ver somente com a
piedade ou impiedade da memória. Ela tem a ver também com o fato de as
pesquisas serem impossíveis ou proibidas na quase totalidade do
território antes ou ainda hoje sob o domínio comunista, e ainda com a
vontade geral de amnésia do comunismo e da hipermnésia (estado de
excitação anormal da memória; e não hiperamnésia, conforme a tradução de
Emir Sader) do nazismo. Tem a ver, finalmente, com a natureza de um e
de outro. O nazismo procedeu por categorias determinadas,
administrativamente delimitáveis, sucessivas (os deficientes físicos na
véspera da guerra, os judeus, os ciganos...); o comunismo por dizimações
vagas, simultâneas, aleatórias, podendo incidir sobre o conjunto da
população submetida.
O modo de execução não é um critério de
avaliação. É preciso resistir à tentação de julgar uma morte mais atroz
em si mesma do que outra; nenhuma pode ser vista de perto. Ninguém pode
saber o que sentia uma criança ao inalar o gás zyklon B ou ao morrer de
fome numa cabana ucraniana. Uma vez que se matavam pessoas à margem de
qualquer justiça, é preciso afirmar que todas elas morreram
horrivelmente, tanto umas quanto outras, porque eram inocentes. E quando
há Justiça é que se pode imaginar que algumas execuções são mais
honrosas – a espada, por exemplo, mais que a corda. Mas uma vez que os
extermínios do século foram alheios à idéia da honra, classificar os
suplícios é impossível e indecoroso.
O texto acima é um
resumo do capítulo A Destruição Física, do livro de Alain Besançon, “A
Infelicidade do Século – sobre o Comunismo, o Nazismo e a Unicidade da
Shoah”, editado em 1998 na França e em 2000 no Brasil, fazendo uma
comparação impressionante entre os assassinatos praticados por nazistas e
comunistas.
(*) Raul Hillberg, A Destruição dos Judeus Europeus, 1985.
CARLOS I. S. AZAMBUJA
16 de Setembro 2007
*
A destruição do político pelo Nazismo e Comunismo
Antes de tomar o Poder e, para tomá-lo, os partidos comunistas e os nazistas utilizam todos os meios da política. Eles se instalam no jogo político, apesar de eles mesmos, segundo seus próprios critérios e sua disciplina interna, se colocarem fora do jogo. Por exemplo, quando o Partido Bolchevique reivindicou a terra para os camponeses e a paz imediata, não era para se contentar com o êxito dessas duas reivindicações. Tratava-se de colocar os camponeses e os soldados do seu lado a fim de lançar o processo revolucionário. Feita a revolução, a terra foi expropriada e a guerra foi ativamente preparada sem que o partido tivesse visto nisso qualquer contradição.
A FALSIFICAÇÃO DO BEM
Soloviev e Orwell (1985)
Ninguém sabe se o século XX é pior que os outros, mas o mal assumiu formas e dimensões surpreendentes. Dois homens refletiram sobre o mal moderno e o consideraram cuidadosamente, mantendo uma alma inocente e um coração puro. O
primeiro, Vladimir Soloviev, um filósofo russo pouco conhecido na
França, considerou que a fonte desse mal foi encontrada em uma
apropriação indevida da religião e sua altura na perversão (ou
falsificação) da idéia de bem.
O
segundo, um ilustre escritor inglês, não queria, sem risco de
desespero, perfurar a natureza desse amor do mal pelo mal, do qual teme o
iminente triunfo. Ambos temem um infortúnio histórico próximo e ambos recorrem ao gênero literário apocalíptico.
Eles celebram a bondade do mundo cotidiano e comum. Isso justifica seu encontro neste ensaio, apesar das diferenças de identidade, experiências e conclusões. (Página 644)
A LÓGICA LENINISTA DA EXCLUSÃO "NÓS"X "ELES"
IDEOLOGIA
DA EXCLUSÃO - O "direito" de perseguir e matar decorre do direito de
condenar e demonizar adversários (inimigos) e, antes disso, de redefinir
o que é bem e mal, certo e errado, verdade e mentira, com o aval da
população manipulada e acovardada.
Do livro Vladimir Tismaneanu, O Diabo na História:
"Toda a tragédia do comunismo está dentro desta afirmação alucinante: a visão de uma elite superior cujos fins utópicos santificam os métodos mais bárbaros, a negação do direito à vida àqueles que são definidos como "parasitas e predadores degenerados", a desumanização deliberada das vítimas e o que Alain Besançon identificou corretamente como a perversidade ideológica no coração do pensamento totalitário: a falsificação da idéia do bem (la falsification du bien)."
"De acordo com a fórmula de Stalin, a crítica era o mesmo que oposição; a oposição inevitavelmente implicava conspiração; a conspiração significava traição. Algebricamente, portanto, a mais leve oposição ao regime ou a falha em reportar tal oposição era equivalente ao terrorismo". (Vladimir Tismaneanu, "O Diabo na História")
"A própria noção de vigilância revolucionária lançou uma linha tênue entre a exclusão e a eliminação física. No ponto de radicalização da utopia revolucionária em ação, a obsessão de Lênin e Stálin (e outros ditadores comunistas) com a limpeza e purificação do "jardim humano", o foco do comunismo na excisão, metamorfoseou-se em extermínio."
"O cerne da matéria era que na União Soviética (assim como em outros regimes comunistas) a população estava organizada com base em critérios de exclusão e privações dos direitos civis de acordo com os imperativos ideológicos e tarefas do desenvolvimento estabelecidos pelo partido. (...) O princípio do eleito, que era o cerne do da teoria leninista do sujeito histórico realizando a utopia, refletiu-se nos direitos de cidadania."
"E, como mostraram Gerlach e Werth no caso da União Soviética, "quanto mais definida e precisa se tornava a ordem bolchevique sonhada, tanto maior o número dos que eram excluídos dela à força". Da mesma maneira, criaram "um mundo de inimigos", e por fim não havia nenhuma outra solução para a ameaça que esses inimigos imaginados apresentavam do que a aniquilação física total deles"."
"Concordo com o cientista político Pierre Hassner que, a despeito das diferenças entre stalinismo e nazismo, afirma que sua característica comum fundamental e definidora foi seu frenesi genocida.(...) Por outro lado, assim o stalinismo como o nazismo procuravam "inimigos objetivos" e operavam com noções de culpa coletiva, ou mesmo genética."
(Vladimir Tismaneanu, O Diabo na História)
IDEOLOGIA DA EXCLUSÃO - O direito de perseguir e matar decorre do direito de condenar e demonizar adversários (inimigos) e, antes disso, de redefinir o que é bem e mal, certo e errado, verdade e mentira, com o aval da população manipulada e acovardada.
*
O BOICOTE DAS EMPRESAS A CONSUMIDORES
Há uma mega-operação contra conservadores para excluí-los de todos os lugares
onde possam influir sobre a sociedade, crescer, ou até mesmo sobreviver.
E hoje, que os monopólios dominam setores essenciais, por
descuido nosso, é fácil para eles boicotar consumidores de grupos que pretendem prejudicar, utilizando a pseudo-justiça politicamente correta.
O paramoralismo politicamente correto foi criado para isso. Um
novo código de conduta e de valores fora de proporção, sem fundamento, sem referências, que dá origem a
uma mentalidade confusa e dormente, que facilmente se dobra a um novo "código
penal" sob medida para perseguir conservadores.
Tudo isso só é possível porque a informação não circula livremente e a
maioria das pessoas está desinformada. Elas jamais perdoariam essa
gente totalitária conhecendo o que fazem ou, pior, o que farão quando
estiverem no governo.
ALÉM DA CENSURA: EXCLUSÃO E EXTERMÍNIO DE CONSERVADORES - CORTANDO SUPRIMENTOS
Donald Trump assinou um decreto-lei incentivando a Federal Trade Commission
a passar um pente fino no Facebook, YouTube, Twitter e outras redes
sociais para constatar se elas abrigam vieses anticonservadores.
Um decreto desse tipo levanta questões quanto ao alijamento,
exclusão daqueles que abraçam políticas erradas sob a alegação de que
patrocinam o ódio, lançando assim novos e assertivos patamares. Mas é
equivocado dirigir o foco somente em empresas que operam nos segmentos
da informação e comunicação, como é agora o caso. Sim, o sistema educacional, a mídia tradicional, as redes sociais, as organizações sem fins lucrativos e os veículos de propaganda
são problemáticos. É claro, a informação é de suma importância, mas o
alijamento vem avançando lenta, silenciosa e nefastamente mais além,
atingindo avassaladoramente a vida cotidiana.
Organizações de esquerda (Southern Poverty Law Center nos Estados
Unidos, Hope Not Hate no Reino Unido) impulsionam essa tendência
pressionando empresas a se recusarem a fazer negócios com os “odientos.”
(Não importa se a SPLC tem
problemas de extrema gravidade.) E enquanto
universidades e gigantes das
redes sociais
fazem a maior onda mostrando estender as mãos aos conservadores, na
verdade, isso não passa de mera conversa fiada. Na realidade, o
alijamento visa avassaladoramente a direita, como os conservadores
sociais, defensores da limitação na imigração, céticos quanto à
antropogênica mudança climática, críticos ao Islamismo e simpatizantes
de
Israel.
A seguir alguns exemplos de exclusão na vida cotidiana:
https://midiasemmascara.net/a-exclusao-das-plataformas-digitais-e-o-proximo-passo-da-esquerda/
http://www.danielpipes.org/
*
PagSeguro rebate Sleeping Giants e mantém conta de Olavo de Carvalho
A empresa de pagamentos alega que não há motivos legais para suspensão dos serviços ao professor
https://brasilsemmedo.com/pagseguro-rebate-sleeping-giants-e-mantem-conta-de-olavo-de-carvalho/
*
Olavo de Carvalho · Tudo
o que é podre no jornalismo, nas redes sociais, na política, no
judiciário e nas Forças Armadas se juntou para destruir os apoiadores do
Bolsonaro. A coisa é grande, bilionária e organizada. É o real e único
"gabinete do ódio".
Olavo de Carvalho - “Fazendo inveja à velha KGB, os
mega-empresários tornaram-se os mais devotados e severos fiscais da
ortodoxia comunista na mídia, na internet e até nas conversações
particulares. Escapou da “linha justa”, eles lhe negam os serviços das
suas empresas e fazem de você um renegado, uma não-pessoa.”
https://midiasemmascara.net/olavo-de-carvalho-na-mira-do-deplatforming/
A FALSIFICAÇÃO DO MAL
TÉCNICA COMUNISTA
DA FABRICAÇÃO DO CRIME E DA CULPA - A campanha de expurgo de certas
administrações recrudesceu a partir de 1930, quando Stálin, desejoso de
acabar definitivamente com os "direitistas" decidiu demonstrar as
ligações destes com os "especialistas-sabotadores". Devidamente
instruída por Stalin, a GPU (Polícia Secreta) havia preparado dossiês
destinados a demonstrar a existência de organizações anti-soviéticas
ligadas entre si. Os investigadores conseguiram extrair "confissões" de
um certo número de pessoas presas, tanto sobre seus contatos com
"direitistas", quanto sobre sua participação em complôs imaginários para
eliminar Stalin e derrubar o regime soviético. As técnicas e os
mecanismos de fabricação de casos sobre pretensos "grupos terroristas"
estavam perfeitamente afinados desde 1930. (Referência: O Livro Negro de
Comunismo)
E QUANTO MAIS NOS CENSURAREM, MAIS PODERÃO NOS ACUSAR.
https://conspiratio3.blogspot.com/2020/04/click-time-censura-do-apoia-se-e-o-peso.html
Flávio Morgenstern
"Mesmo a linguagem
nazista sobrevive hoje não no pensamento do retorno à tradição
judaico-cristã da direita, mas na própria esquerda. As analogias, a
retórica inflamada, a urgência artificial, o gosto pelo modernismo e por
um progresso prometendo um futuro glorioso descrito por Victor
Klemperer (um autor de esquerda) em LTI: A linguagem do Terceiro Reich,
encontra pasto e circunstância hoje em Hugo Chávez ou Noam Chomsky,
para não falar de pós-modernos como Slavoj Žižek (que afirma que o
defeito de Hitler foi ser “pouco violento” contra o capitalismo) ou
Judith Butler."
https://sensoincomum.org/2017/08/15/nazismo-direita-esquerda-odeia-israel/
"O
nazismo se embrenhou na carne e no sangue das massas por meio de
palavras, expressões ou frases, impostas pela repetição, milhares de
vezes, e aceitas mecanicamente. [...] Palavras podem ser como minúsculas
doses de arsênico: são engolidas de maneira despercebida e aparentam
ser inofensivas; passado um tempo, o efeito do veneno se faz notar." O
nazismo se consolidou quando dominou a linguagem, eis a tese do livro. O
filólogo mostra como as palavras aparecem e desaparecem, mudam de
sentido e de ênfase, se encadeiam de diversas formas, emitem mensagens
diferentes ao longo do tempo. Vê, estarrecido, que até mesmo as vítimas
usam a linguagem do Terceiro Reich. Percebe que o poder se exerce, em
larga medida, por meio de mecanismos inconscientes: quem controla as
maneiras como nos expressamos também controla as maneiras como pensamos.
Depois da guerra, Victor usou os diários para escrever este livro com
um objetivo educacional, pois a linguagem nazista ainda predominava na
Alemanha que tentava se afastar desse passado. Mas não é de um passado
alemão que estamos falando, é de nós mesmos. César Benjamin "O homem que
marchava à frente apertava os dedos da mão esquerda bem espalmada no
quadril e inclinava o corpo para o mesmo lado, em busca de equilíbrio,
apoiando-se nessa mão, enquanto o braço direito golpeava o ar com o
bastão e a perna lançava a ponta da bota para o alto, como se tentasse
alcançar o bastão. Pairava oblíquo no vazio, como um monumento sem
pedestal, misteriosamente mantido ereto por uma convulsão que o esticava
dos pés à cabeça. Não era um mero exercício, mas uma dança arcaica e
uma marcha militar. O homem era, ao mesmo tempo, faquir e granadeiro. Na
época, essa crispação e desarticulação convulsiva podia ser vista em
esculturas expressionistas, mas na vida nua e crua, como ela é, no
realismo da cidade, seu impacto me atingiu com a força de uma novidade
absoluta. [...] Foi a primeira vez que me defrontei com o fanatismo em
formato especificamente nacional-socialista. Essa figura muda provocou
meu primeiro embate com a linguagem do Terceiro Reich." Victor
Klemperer
*
NAZISMO É SOCIALISMO
Como a direita conservadora, que recentemente, graças sobretudo à internet, teve acesso ao pensamento conservador, censurado velada e abertamente nas faculdades de Humanas do Brasil, e percebeu que conservadorismo não tem nada a ver com o que a esquerda diz que o conservadorismo é (natürlich), a incipiente direita brasileira lembrou ao mundo que o nacional-socialismo é uma forma de socialismo (…!), e não de conservadorismo ou capitalismo.
O
nazismo, que sempre se apresentou como uma terceira via, pega elementos
do socialismo (sobretudo as antigas teses germânicas sobre socialismo),
do trabalhismo e do sindicalismo político.
O
sindicalismo, aliado ao islamismo, já havia realizado o primeiro
genocídio da história a superar 1 milhão de mortos: o grupo Jovens
Turcos (Jön Türkler), que se opunha à monarquia do Abdülhamid II
no Império Otomano (atual Turquia), buscando uma homogeneização cultural
com laços com a Revolução Russa, promoveu o genocídio de cristãos armênios em 1915, durante a Primeira Guerra. A Armênia foi, provavelmente, o primeiro lugar do mundo a se converter ao cristianismo.
Mais em: Resposta ao textículo do militante do PSOL no blog do Guga Chacra sobre “nazismo ser de direita” https://sensoincomum.org/2017/08/17/resposta-guga-chacra-nazismo-direita/
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