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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

OLAVO DE CARVALHO - A ORAÇÃO - O que a oração revela sobre você | Sua relação com Deus

 

Neste instante você tem a experiência direta da fonte criadora da sua criatividade. Em termos religioso, você poderia dizer: "Bom, então aí eu sei que eu tô falando com Deus". Exatamente isso. Você não vai ouvi-lo, ele não vai te dar revelação nenhuma, mas é impossível que você, neste instante, não tenha a experiência da tremenda responsabilidade de saber que você está se comunicando diretamente com o primeiro ato criador, que é a fonte única da sua própria criatividade. ... Por exemplo, no instante que você está correndo, como é que você percebe o esforço? É porque você pensa nele, né? É porque dói as suas pernas? Não, a dor é o efeito do esforço e não o próprio esforço, não é isto? Então você só percebe o esforço porque você o está desempenhando, né? Então isso é realmente você perceber-se a si mesmo como força agente e não como simples recipiente de pensamentos, de sensações e de experiências.  Claro que uma boa maneira de você fazer isto é você manter a sua mente ocupada com alguma coisa que possa continuar sendo feita da maneira mais automática e impensada possível para, de certo modo, defender você do fluxo de pensamentos que atraem. E, evidentemente, a prece, a oração serve muito bem para isto.  Então vamos supor que você está rezando um Pai Nosso. (...) Então você conhece as palavras do Pai Nosso e você não precisa pensá-las para você recitá-lo. Você pode continuar recitando aquilo indefinidamente, sem precisar pensar. Então, esta repetição cria em torno do seu centro de atenção uma camada protetora contra o fluxo dos pensamentos. Dizer qualquer pensamento que lhe ocorra, você pensa na dívida que você tem que pagar, né? Você pensa na sua hemorroida, você pensa em mulher pelada, você pensa em qualquer coisa, tá certo? As palavras da oração trazem você de volta: "Não, isso aí não interessa, não é disso que trata agora". E você, então, no centro deste círculo que você cria com oração, como fosse um disco que tá girando, no centro está a sua percepção, a percepção que você tem de si mesmo como agente criador que decidiu livremente fazer aquela prece naquele momento. De tudo que você pode fazer, você escolheu isto, "eu vou para o centro de mim mesmo e lá vou ficar repetindo a prece." Estão entendendo como é que funciona isto? Bom, neste momento alguns podem dizer: "mas ele está dizendo pra gente não prestar atenção na prece, para  prestar atenção numa coisa que está no centro da prece." É precisamente o que estou dizendo.  Porque se eu vou, por exemplo, rezar o Pai Nosso, pensando no significado teológico simbólico de cada palavra, o primeiro Pai Nosso que eu vou rezar vai levar uns 2 anos e meio. E evidentemente, isto vai criar, vamos dizer um movimento de pensamento que eu não consigo mais controlar porque vou pela associação de ideias. Então eu estou dizendo para vocês isso: é para você rezar sem prestar atenção na reza, né? Porque tem uma coisa que está no centro dela. O que está no centro? A sua intenção criadora que livremente decidiu orar. Entendeu como é que funciona isto? Então, eu posso dizer, bom, essa essa não é uma maneira religiosa da gente orar. Nenhum padre jamais me ensinou isso. Digo, bom, eu não sei, meu filho, eu não tenho aqui nenhum compromisso de catequisar vocês, tá certo? Eu tenho o compromisso de lhe ensinar algumas técnicas, técnicas e doutrinas filosóficas. E esta que eu estou ensinando, eu sei que ela funciona. E daí tem o seguinte, quando você atinge esse centro de você mesmo e tudo o que se passa na sua mente e no seu corpo já não interessa mais, e você está firmemente ancorado, por assim dizer, está firmemente centrado neste foco da sua própria atividade criadora. Então você está no centro de si mesmo, né? e é impossível que neste instante você não esteja conectado com o centro criador de todas as coisas. Então, neste instante você tem a experiência direta, né, da Fonte Criadora da sua criatividade. Em termos religiosos, você poderia dizer: "Bom, então aí eu sei que eu tô falando com Deus". É exatamente isso. Você não vai ouvi-lO, Ele não vai te dar revelação nenhuma, tá certo? Mas é impossível que você, neste instante, você não tenha a experiência da tremenda responsabilidade de saber que está se comunicando diretamente com o Primeiro Ato Criador, que é a fonte única da sua própria criatividade, né? E é por isso que mais adiante verá aqui que essa experiência é acompanhada, às vezes de uma intensa emoção, talvez a mais forte de todas as emoções, perto da qual todas demais emoções se tornam até banais. E você não pode persistir nesse estado. Isso dura apenas alguns momentos. Se você fosse um santo, se você fosse o Padre Pio, São Francisco de Assis, você ficaria lá uma bela meia hora. Nós ficamos assim 1 minuto, 2 minutos, depois você volta para a dispersão normal, tá certo? Por quê? Porque o seu ato criador é limitado. A sua capacidade de criar-se a si mesmo é limitada pelo quê? Pela sua condição física, histórica, cultural, social, etc, etc. Que cerca você de obstáculos.Obstáculos que, como diz Louis Lavelle, são também os instrumentos da sua autorrealização no mundo. E daí esta experiência, da concentração na sua força criadora, se transmutará automaticamente numa segunda questão que é a de quem você vai ser no mundo. E isso é o que chama o problema da vocação, que é justamente do que está falando o o Jean-Louis Baron nesse texto.  Olavo de Carvalho

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Clique e garanta seu acesso antes que acabe: https://bit.ly/acesso-total-org-ckt-yt

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Jean-Louis Vieillard-Baron - especialista na filosofia do Louis Lavelle

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Reflexão Sobre Ser Imortal https://youtu.be/yYkvdbes404

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 "O medo de enxergar o tamanho do mal já é sinal de submissão ao demônio." Olavo de Carvalho

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"Salvarei o Brasil se ouvir em todas as casas ao menos uma jaculatória da minha Coroa das Lágrimas"  "Por vossa mansidão divina, ó Jesus manietado, salvai o mundo do erro que o ameaça."

GRANDES PROMESSAS https://youtu.be/TuAsi3ZTrZI 

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REZE PELO BRASIL. REZE PELA VERDADE. Ela está em perigo de extinção, substituída por ideologias e pretextos. 

  

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