A China no Walmart
http://olavodecarvalho.org/a-china-no-walmart/
E não é só no Walmart: em todos os
supermercados populares dos EUA, é difícil encontrar algum móvel ou
eletrodoméstico barato, com marca americana, que não seja fabricado na
China.
Nenhum cidadão americano ignora o que isso
significa: 2.900.000 vagas perdidas nas fábricas e a atrofia das velhas
cidades industriais como Detroit, Cleveland, Allentown, Bethlehem e
Pittsburgh. Alguns estudiosos de estratégia militar, como Jeffrey
Nyquist – um dos homens mais inteligentes da América — vão um pouco
além: sabem que os fregueses da rede mais barateira de supermercados da
América estão financiando o crescimento da máquina de guerra chinesa,
cujo objetivo explícito, já reiterado mil vezes em publicações militares
da República Popular da China, é a destruição dos EUA (explicarei mais
sobre isto nas próximas semanas). Essa máquina aumenta dia a dia seu
estoque de bombas atômicas, num ritmo jamais conhecido pelos EUA e pela
URSS durante a Guerra Fria, e investe maciçamente na produção de armas
biológicas cujo estoque atual já seria suficiente para infectar toda a
população americana em questão de horas. E, quando os estrategistas
advertem que o gasto americano com produtos chineses fomenta o
crescimento de um inimigo potencial, eles não se referem apenas ao ganho
implícito que as forças armadas de qualquer país têm quando a economia
nacional cresce. O Exército é o principal capitalista da China: ele
lucra diretamente com a venda de cada TV, tocador de CD ou telefone
celular que as fábricas chinesas vendem no exterior. E ganha em dobro,
pois ao lucro se soma a verba que o governo chinês recolhe em impostos e
repassa às forças armadas. Em dobro, não: em triplo, porque, quanto
mais os produtos chineses fazem sucesso nos EUA, mais investimentos
americanos vão para as empresas chinesas, isto é, para o Exército
chinês.
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