.
“O estudo levará você ao Cristo” Hugo de São Vitor https://youtu.be/ixjDzi4wF-Q?t=1843
Empresário - "Você está achando que só quem lhe dá dinheiro é Satanás." https://youtu.be/ixjDzi4wF-Q?t=2226
*
Trecho da aula 34, postado pelo Artur Silva já nem sei há quantos anos:
"Convém relembrar: a falsa dualidade de vida prática e estudo que dá origem à religião burguesa e o grande objectivo do COF. Acontece que, dessa dualidade burguesa de vida prática e estudo, surge a
religião burguesa, que é a coisa mais abominável e demoníaca que alguém
já inventou. Os burgueses vão todos para o inferno! Quando Jesus Cristo
disse: “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que
um rico entrar no reino de Deus”, era disso que ele estava falando. A
religião burguesa é o seguinte: “Aqui tem o plano de salvação da minha
alma, e aqui tem o plano do conhecimento; o que interessa é ser uma boa
pessoa, é não pecar, é rezar, confessar, comungar, daí eu vou para o
céu. Conhecimento? Ah, isso é coisa para intelectuais” ou “é uma coisa
mundana”. Ora, vocês ouviram aqui o começo – que eu li para vocês – do
Didascálicon, de Hugo de São Vitor, onde ele diz: “O estudo levará você
ao Cristo”. Quando ele diz – na tradução – a sapiência, o termo está bem
aplicado. A sapiência não é o simples conhecimento, matéria de
conhecimento, mas é a segunda pessoa da Trindade, é o Logos divino. Hugo
de São Vitor diz que o estudo levará você a isso. Clemente de
Alexandria dizia: “A filosofia é o pedagogo que leva você ao Cristo”.
Volte ao começo da nossa aula e você entenderá por que o conhecimento
faz isso. Porque é o conhecimento que cria os vários prismas pelos quais
você pode olhar a sua alma e ter um conhecimento, ainda que vago, da
forma total que ela está adquirindo, e é isso que você vai mostrar a
Deus na confissão. Sabendo, é claro, que Deus conhece a sua forma total
muito melhor do que você a conhece, e que, cada vez que você tentar
mostrar a forma total para Ele, Ele a completará, até o ponto que você
agüenta saber no momento. https://olavodecarvalhofb.wordpress.com/2019/11/04/cof-34/
*
De Sócrates a Júlio Lemos (A filosofia e seu inverso II)
(...)
Mas o filodoxo não se define só por sua oposição à pessoa do filósofo, e sim, ainda que sem percebê-lo, ao próprio fundamento último da filosofia platônica (e, por extensão, de toda a filosofia cristã): “Platão, explica Voegelin, fala do filodoxo como o homem que não pode suportar a idéia de que ‘o belo, ou o justo, ou o que quer que seja, sejam um e o mesmo.’”[9] Voegelin lembra a sentença de Xenófanes: “O Um é o Deus”. Podemos também evocar os “transcendentais” de Duns Scot, Unum, Verum, Bonum, que se convertem uns nos outros. Tanto em Platão quanto em Aristóteles ou em toda a filosofia escolástica, o Supremo Bem não é um “valor”, muito menos uma “criação cultural”, mas a realidade suprema, o ens realissimum, fundamento primeiro e objeto último de todo conhecimento.
A repulsa que isso causa à sensibilidade moderna é notória. Desde Kant, a separação abissal e intransponível entre “realidade” e “valor” consagrou-se como um dogma incontestável da mitologia universitária, sem que ninguém perceba que ela se auto-anula no momento em que, professando expressar um dado incontornável da realidade, se consagra como um valor cultural.
Max Weber, hipnotizado pela visão do abismo intransponível, mas ansiando por encontrar um fundamento moral que justificasse sua busca da verdade científica, chegou a cair numa crise de paralisia nervosa, ficando cinco anos inutilizado num sofá, por não conseguir escapar do engano trágico que fazia de uma situação histórica passageira um princípio fundante de todo conhecimento científico. A “independência entre as esferas de valores”, como ele a chamava, é o dogma central da filodoxia.https://olavodecarvalho.org/de-socrates-a-julio-lemos-a-filosofia-e-seu-inverso-ii/
Nenhum comentário:
Postar um comentário