O MITO E A REALIDADE
Segundo a teoria marxista-leninista, o mais eficiente critério
da verdade é a prática. É na prática que uma ideia ou teoria deve provar a sua
eficiência, a sua veracidade. Eu fui mais feliz que a maioria dos comunistas
por ter tido a oportunidade de viver 16 anos na URSS e ter visto com meus
próprios olhos as realizações soviéticas. E posso dizer com absoluta convicção
que o melhor meio de convencer o comunista sincero de seu erro é mandar viver
por muito tempo na União Soviética.
Os estudantes da Universidade "Patrício Lumumba" de
Moscou, os bolsistas estrangeiros de outras organizações soviéticas, e os
emigrantes políticos que passaram lá um certo período — estes são os maiores
inimigos do regime soviético, pois êles o conhecem melhor do que muitos
teóricos marxistas ou dirigentes comunistas do exterior (isto é, países fora
da. URSS). O regime soviético jamais será minado, "por fora",
pelos seus inimigos de classe, mas o será pelos seus próprios amigos, "de
dentro" do movimento, pois a crítica destes é mais eficaz, embora a solidariedade
dos "de fora" possa encorajar os "de dentro".
Um grave erro dos ideológicos anti-soviéticos consiste no
seguinte: eles exageram tanto as deficiências do regime combatido e ignoram a
tal ponto certos aspectos positivos do regime soviético, que a sua propaganda
deixa de ser eficaz. Pois o leitor raciocina assim: se os reacionários
anti-soviéticos mentem sobre os aspectos positivos da realidade soviética,
então tudo o mais pode ser também mentira. (Aliás nesse mesmo erro de
parcialidade e subjetivismo incorrem igualmente os propagandistas soviéticos
quando combatem o regime "putrefato" do capitalismo).
Em qualquer caso, a crítica é muito mais eficaz quando é
objetiva. Seria muita ingenuidade pensar que um país, com mais de 250
milhões de habitantes, pôde sobreviver durante 50 anos e fazer conquistas
científicas em todos os domínios se não tivesse nada de positivo. O regime
soviético deu excelentes conquistas sociais, sobretudo para o povo russo que
desde sua existência como nação, há cerca de 1.200 anos, vivia em plena
servidão.
Entre as conquistas sociais do regime soviético podemos enumerar
uma série de regalias inteiramente gratuitas: assistência social e
médico-hospitalar, rede imensa de creches, jardins de infância, escolas
primárias, secundárias e superiores; bolsas de estudos aos estudantes das
escolas técnicas e superiores. Direito ao trabalho, ao descanso e à
aposentadoria; direitos iguais à mulher em todos os domínios; habitações
gratuitas e muitas outras regalias, sem falar na revolução cultural que
transformou o povo soviético num dos povos mais cultos do mundo de hoje. Isto
tudo são conquistas inegáveis. A única objeção que temos contra os ideólogos
comunistas é que todas essas conquistas sociais podem ser realizadas em regime
capitalista, sem necessidade de revoluções sangrentas e repressões em massa de
inimigos e até de amigos do regime. Vejam, por exemplo, os países capitalistas
mais desenvolvidos da Europa como a França, Inglaterra, Suécia, Dinamarca,
Noruega, etc. que conseguiram os mesmos resultados por meios pacíficos.
A maior crítica que se pode fazer ao regime soviético é que ele
teórica e praticamente não funciona mais. Por duas razões principais, uma de
ordem econômica e outra política:
Em primeiro lugar, a supressão do incentivo individual, do
estímulo material, que muitos marxistas soviéticos consideram erroneamente como
um princípio capitalista — quando na realidade é um princípio existencial para
todas as sociedades e épocas — fez com que, depois de passar o período de
entusiasmo revolucionário — próprio ao período imediato após a revolução — os
indivíduos perdessem o interesse pelo aumento da produtividade — único elo que
pode impulsionar a sociedade para frente.
Em segundo lugar, a supressão dos direitos democráticos e
humanos mais elementares — uma conquista dura da humanidade, depois de séculos
de lutas, fez com que a sociedade que pretendia construir a organização mais
democrática e mais humana, paradoxalmente, se tornasse, na realidade, a sociedade
menos democrática e menos humana que se conhece atualmente no mundo civilizado
ocidental.
Os ideólogos soviéticos afirmam que construíram uma sociedade
nova, radicalmente diferente de todas que já existiram. Com isso pode-se
concordar inteiramente. De fato, em toda a história da humanidade jamais houve
uma sociedade tão opressiva, onde a violação dos direitos humanos fosse tão
radical e total. Nem mesmo Hitler, com todo o seu furor, não chegou aos pés de
Stálin na repressão das liberdades humanas.
O MITO E A REALIDADE
Segundo a teoria marxista-leninista, o mais eficiente critério
da verdade é a prática. É na prática que uma ideia ou teoria deve provar a sua
eficiência, a sua veracidade. Eu fui mais feliz que a maioria dos comunistas
por ter tido a oportunidade de viver 16 anos na URSS e ter visto com meus
próprios olhos as realizações soviéticas. E posso dizer com absoluta convicção
que o melhor meio de convencer o comunista sincero de seu erro é mandar viver
por muito tempo na União Soviética.
Os estudantes da Universidade "Patrício Lumumba" de
Moscou, os bolsistas estrangeiros de outras organizações soviéticas, e os
emigrantes políticos que passaram lá um certo período — estes são os maiores
inimigos do regime soviético, pois êles o conhecem melhor do que muitos
teóricos marxistas ou dirigentes comunistas do exterior (isto é, países fora
da. URSS). O regime soviético jamais será minado, "por fora",
pelos seus inimigos de classe, mas o será pelos seus próprios amigos, "de
dentro" do movimento, pois a crítica destes é mais eficaz, embora a solidariedade
dos "de fora" possa encorajar os "de dentro".
Um grave erro dos ideológicos anti-soviéticos consiste no
seguinte: eles exageram tanto as deficiências do regime combatido e ignoram a
tal ponto certos aspectos positivos do regime soviético, que a sua propaganda
deixa de ser eficaz. Pois o leitor raciocina assim: se os reacionários
anti-soviéticos mentem sobre os aspectos positivos da realidade soviética,
então tudo o mais pode ser também mentira. (Aliás nesse mesmo erro de
parcialidade e subjetivismo incorrem igualmente os propagandistas soviéticos
quando combatem o regime "putrefato" do capitalismo).
Em qualquer caso, a crítica é muito mais eficaz quando é
objetiva. Seria muita ingenuidade pensar que um país, com mais de 250
milhões de habitantes, pôde sobreviver durante 50 anos e fazer conquistas
científicas em todos os domínios se não tivesse nada de positivo. O regime
soviético deu excelentes conquistas sociais, sobretudo para o povo russo que
desde sua existência como nação, há cerca de 1.200 anos, vivia em plena
servidão.
Entre as conquistas sociais do regime soviético podemos enumerar
uma série de regalias inteiramente gratuitas: assistência social e
médico-hospitalar, rede imensa de creches, jardins de infância, escolas
primárias, secundárias e superiores; bolsas de estudos aos estudantes das
escolas técnicas e superiores. Direito ao trabalho, ao descanso e à
aposentadoria; direitos iguais à mulher em todos os domínios; habitações
gratuitas e muitas outras regalias, sem falar na revolução cultural que
transformou o povo soviético num dos povos mais cultos do mundo de hoje. Isto
tudo são conquistas inegáveis. A única objeção que temos contra os ideólogos
comunistas é que todas essas conquistas sociais podem ser realizadas em regime
capitalista, sem necessidade de revoluções sangrentas e repressões em massa de
inimigos e até de amigos do regime. Vejam, por exemplo, os países capitalistas
mais desenvolvidos da Europa como a França, Inglaterra, Suécia, Dinamarca,
Noruega, etc. que conseguiram os mesmos resultados por meios pacíficos.
A maior crítica que se pode fazer ao regime soviético é que ele
teórica e praticamente não funciona mais. Por duas razões principais, uma de
ordem econômica e outra política:
Em primeiro lugar, a supressão do incentivo individual, do
estímulo material, que muitos marxistas soviéticos consideram erroneamente como
um princípio capitalista — quando na realidade é um princípio existencial para
todas as sociedades e épocas — fez com que, depois de passar o período de
entusiasmo revolucionário — próprio ao período imediato após a revolução — os
indivíduos perdessem o interesse pelo aumento da produtividade — único elo que
pode impulsionar a sociedade para frente.
Em segundo lugar, a supressão dos direitos democráticos e
humanos mais elementares — uma conquista dura da humanidade, depois de séculos
de lutas, fez com que a sociedade que pretendia construir a organização mais
democrática e mais humana, paradoxalmente, se tornasse, na realidade, a sociedade
menos democrática e menos humana que se conhece atualmente no mundo civilizado
ocidental.
Os princípios básicos do Partido Comunista Soviético se
transformaram, na realidade, no seu oposto: na política interna do Partido, o
centralismo democrático se transformou em despotismo autocrático; na política
interna do país, a ditadura do proletariado se transformou em ditadura do biurô
do C. C. do Partido, e a igualdade de direitos, a soberania e a
autodeterminação das repúblicas nacionais se transformou em desigualdade de
direitos e submissão total aos interesses da Rússia; na política externa, o internacionalismo
proletário, em imperialismo russo, isto é, em submissão dos povos ao
"diktat" russo.
Para que a nossa afirmação não pareça destituída de fundamentos,
citaremos alguns casos:
A Constituição Soviética, em seus artigos 125 e 126, reza que a
lei garante a todos os cidadãos da URSS: a liberdade de palavra; a liberdade de
imprensa; a liberdade de reuniões e comícios; a liberdade de desfiles e
manifestações públicas e o direito a agrupar-se em organizações sociais. E nos
artigos seguintes ( 127 e 128) garante: a inviolabilidade pessoal; a
inviolabilidade do domicílio dos cidadãos e o segredo da correspondência. Qualquer
pessoa que viveu por um tempo demorado na URSS sabe muito bem que todas essas
garantias existem apenas no papel. Na realidade, todos os direitos e liberdades
acima enumerados são descaradamente infringidas e violadas, em flagrante
desrespeito não só à Constituição Soviética, como também aos sagrados Direitos
do Homem, aprovados pela ONU com a participação dos representantes da própria
URSS.
Uma prova irrefutável do que afirmamos acima está contida na
carta que, em maio de 1969, um grupo de intelectuais, professores e cientistas
soviéticos (a classe mais bem paga na URSS), desafiando a prisão e a morte,
enviou à Comissão dos Direitos do Homem das Nações Unidas, em que denunciam as
perseguições políticas e a violação dos direitos cívicos básicos na União
Soviética.
Para ilustrar a que absurdo e consequências funestas pode levar
a violação dos direitos democráticos, basta citar o seguinte. Segundo a teoria
marxista - leninista, nas sociedades divididas em classes antagônicas (como a
sociedade capitalista, por exemplo) , a força motriz da evolução é a luta de
classes. Nas sociedades socialistas, onde, por definição, não existem mais
classes antagônicas, a sociedade só pode evoluir aplicando a crítica nas formas
de autocrítica e crítica mútua.
Pois bem, eliminando quase que completamente a crítica — sua
fôrça motriz, portanto — o regime soviético eliminou com isso as possibilidades
de sua própria evolução. Hoje, não é o regime capitalista que está estagnado —
como gostam de afirmar os comunistas, mas é a própria sociedade soviética que
está estagnada e em crise, pois uma sociedade que elimina a luta de idéias,
elimina sua própria força motriz de desenvolvimento.
(...)
Se os russos gostam do regime soviético é um problema dos
próprios russos. Isso é o seu direito. O nosso direito é mostrar-lhes que o que
é bom para os russos, necessàriamente, não é bom para os não-russos. Eis uma
verdade que deve ser assimilada tanto pelos dirigentes soviéticos, como pelos
dirigentes dos partidos comunistas dos países não socialistas. (Esta tese é
válida, do mesmo modo, aos que seguem a linha dos comunistas chinêses, cubanos,
etc).
Diante do exposto, creio que está claro e evidente, como a luz,
que um indivíduo formado nas tradições democráticas e humanísticas do Ocidente
não pode, de modo nenhum, aceitar tal regime de servidão e despotismo
totalitário. É uma questão de evolução na escala histórica das liberdades
humanas.
Existe uma grande defasagem entre o nível de evolução da Rússia
e dos países democráticos do Ocidente. Apesar dos progressos feitos, o fato
real é que a Rússia continua ainda na rabeira da civilização ocidental. Assim
como o homem civilizado se sentiria constrangido e despojado se fosse obrigado
a viver num país mais atrasado, do mesmo modo se sentiria o ocidental no regime
soviético, no socialismo de caserna que os russos criaram.
Se o regime soviético foi um passo adiante para os russos (isso
ainda é problemático) em relação ao czarismo, o mesmo regime seria vários
passos para traz para os povos democráticos do Ocidente.
Eis algumas das razões porque abandonei o comunismo russo.
Porque sou armênio, porque sou brasileiro, porque sou um indivíduo livre, de
mentalidade ocidental e formação humanística, para quem um regime sem respeito
à dignidade humana e aos direitos democráticos não tem razão de ser.
Tendo lido e visto o que vi, eu devia fazer uma escolha: entre
permanecer fiel aos dogmas do partido ou aos princípios do ideal de um mundo
mais justo. Não tive dúvidas. Escolhi a última Só abandonando a traição dos
princípios do ideal eu poderia ficar fiel ao meu ideal, a mim mesmo. Cristo já
dizia que não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. Marx e Lênin
também diziam o mesmo. E eu também acho que não é possível ser fiel ao ideal da
justiça, sendo fiel aos dogmas de um regime e partido que são o oposto da
democracia, humanismo e justiça social.
Os princípios básicos do Partido Comunista Soviético se
transformaram, na realidade, no seu oposto: na política interna do Partido, o
centralismo democrático se transformou em despotismo autocrático; na política
interna do país, a ditadura do proletariado se transformou em ditadura do biurô
do C. C. do Partido, e a igualdade de direitos, a soberania e a
autodeterminação das repúblicas nacionais se transformou em desigualdade de
direitos e submissão total aos interesses da Rússia; na política externa, o internacionalismo
proletário, em imperialismo russo, isto é, em submissão dos povos ao
"diktat" russo.
Para que a nossa afirmação não pareça destituída de fundamentos,
citaremos alguns casos:
A Constituição Soviética, em seus artigos 125 e 126, reza que a
lei garante a todos os cidadãos da URSS: a liberdade de palavra; a liberdade de
imprensa; a liberdade de reuniões e comícios; a liberdade de desfiles e
manifestações públicas e o direito a agrupar-se em organizações sociais. E nos
artigos seguintes ( 127 e 128) garante: a inviolabilidade pessoal; a
inviolabilidade do domicílio dos cidadãos e o segredo da correspondência. Qualquer
pessoa que viveu por um tempo demorado na URSS sabe muito bem que todas essas
garantias existem apenas no papel. Na realidade, todos os direitos e liberdades
acima enumerados são descaradamente infringidas e violadas, em flagrante
desrespeito não só à Constituição Soviética, como também aos sagrados Direitos
do Homem, aprovados pela ONU com a participação dos representantes da própria
URSS.
Uma prova irrefutável do que afirmamos acima está contida na
carta que, em maio de 1969, um grupo de intelectuais, professores e cientistas
soviéticos (a classe mais bem paga na URSS), desafiando a prisão e a morte,
enviou à Comissão dos Direitos do Homem das Nações Unidas, em que denunciam as
perseguições políticas e a violação dos direitos cívicos básicos na União
Soviética.
Para ilustrar a que absurdo e consequências funestas pode levar
a violação dos direitos democráticos, basta citar o seguinte. Segundo a teoria
marxista - leninista, nas sociedades divididas em classes antagônicas (como a
sociedade capitalista, por exemplo) , a força motriz da evolução é a luta de
classes. Nas sociedades socialistas, onde, por definição, não existem mais
classes antagônicas, a sociedade só pode evoluir aplicando a crítica nas formas
de autocrítica e crítica mútua.
Pois bem, eliminando quase que completamente a crítica — sua
fôrça motriz, portanto — o regime soviético eliminou com isso as possibilidades
de sua própria evolução. Hoje, não é o regime capitalista que está estagnado —
como gostam de afirmar os comunistas, mas é a própria sociedade soviética que
está estagnada e em crise, pois uma sociedade que elimina a luta de idéias,
elimina sua própria força motriz de desenvolvimento.
(...)
Se os russos gostam do regime soviético é um problema dos
próprios russos. Isso é o seu direito. O nosso direito é mostrar-lhes que o que
é bom para os russos, necessàriamente, não é bom para os não-russos. Eis uma
verdade que deve ser assimilada tanto pelos dirigentes soviéticos, como pelos
dirigentes dos partidos comunistas dos países não socialistas. (Esta tese é
válida, do mesmo modo, aos que seguem a linha dos comunistas chinêses, cubanos,
etc).
Diante do exposto, creio que está claro e evidente, como a luz,
que um indivíduo formado nas tradições democráticas e humanísticas do Ocidente
não pode, de modo nenhum, aceitar tal regime de servidão e despotismo
totalitário. É uma questão de evolução na escala histórica das liberdades
humanas.
Existe uma grande defasagem entre o nível de evolução da Rússia
e dos países democráticos do Ocidente. Apesar dos progressos feitos, o fato
real é que a Rússia continua ainda na rabeira da civilização ocidental. Assim
como o homem civilizado se sentiria constrangido e despojado se fosse obrigado
a viver num país mais atrasado, do mesmo modo se sentiria o ocidental no regime
soviético, no socialismo de caserna que os russos criaram.
Se o regime soviético foi um passo adiante para os russos (isso
ainda é problemático) em relação ao czarismo, o mesmo regime seria vários
passos para traz para os povos democráticos do Ocidente.
Eis algumas das razões porque abandonei o comunismo russo.
Porque sou armênio, porque sou brasileiro, porque sou um indivíduo livre, de
mentalidade ocidental e formação humanística, para quem um regime sem respeito
à dignidade humana e aos direitos democráticos não tem razão de ser.
Tendo lido e visto o que vi, eu devia fazer uma escolha: entre
permanecer fiel aos dogmas do partido ou aos princípios do ideal de um mundo
mais justo. Não tive dúvidas. Escolhi a última Só abandonando a traição dos
princípios do ideal eu poderia ficar fiel ao meu ideal, a mim mesmo. Cristo já
dizia que não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. Marx e Lênin
também diziam o mesmo. E eu também acho que não é possível ser fiel ao ideal da
justiça, sendo fiel aos dogmas de um regime e partido que são o oposto da
democracia, humanismo e justiça social.
Comunista, onde estás que não respondes?
Comunista! Marxista, leninista, trotkista, maoista, castrista ou che-guevarista!
Tu que és comunista de verdade, disposto a sacrificar tua vida pela sagrada causa da justiça social para toda a humanindade;
Tu que és idealista de verdade, disposto a sacrificar a vida de tua
esposa e filhos para lutar por uma vida melhor para todos;
Tu que és revolucionário de verdade, disposto a privar-se de todos os bens materiais e conforto pessoal;
Tu que não temes a polícia, o cárcere, as perseguições e as torturas medievais;
Tu que não temes a pecha de imoral, vendido, teleguiado, porque tens
consciência pura e limpa que estás a serviço de uma causa nobre;
Tu que dedicas cada dia, cada hora, cada minuto do teu precioso tempo
para protestar contra as forças do mal e desmascarar os planos
fatídicos dos reacionários, dos imperialistas e dos militaristas;
Tu que tens a coragem de sair na rua para gritar "Abaixo a ditadura!", "Viva a Liberdade!";
Tu que, por mil formas de luta, protestas contra a intervenção do imperialismo norte-americano no Vietnã e no Cambodge;
Tu que defendes os sagrados Direitos do Homem e levas à ONU teus
protestos contra as arbitrariedades policiais, as prisões em massa e as
torturas policiais;
Tu que defendes com todo ardor a plena liberdade de opinião, reunião e de manifestações públicas;
Tu que desencadeas verdadeira tempestade pelo menor cerceamento da liberdade de crítica em tua pátria;
Tu que com tanto vigor criticas o regime "putrefato" do capitalismo e
defendes o "paraíso" comunista da Rússia, da China ou de Cuba;
Tu que estás dispostos a roubar e até matar em nome da justiça social e humanismo;
Enfim, tu comunista honesto, corajoso, amante incondicional da
verdade, que não perde uma oportunidade de lutar contra a injustiça
social onde quer que seja, por que calas quando essa mesma injustiça
social é praticada nos "paraísos" comunistas da Rússia, da China e de
seus "aliados?"
Por que não se ouve tua voz de protesto quando a Rússia invade a Hungria, Tchecoslováquia ou outro país satélite?
Por que protestas contra a ajuda americana a Israel e não dizes nada contra a ajuda russa aos países árabes?
Por que não protestas contra a ajuda russa ou chinesa no Vietnã ou Cambodge?
Por que não protestas contra a ajuda russa ou chinesa no Vietnã ou Cambodge?
Por que não te comove os gritos dilacerantes dos órfãos do Vietnã do
Sul, cujos pais foram mortos pelos soldados do Vietnã do Norte?
Por que gritas desesperadamente quando as bombas "capitalistas"
matam inocentes crianças do Vietnã do Norte e calas significativamente
quando bombas "comunistas" matas as inocentes crianças do Vietnã do Sul?
Acaso as crianças do Norte são diferentes das crianças do Sul do
Vietnã?
Por que calas criminosamente quando no "paraíso" soviético prendem ou
internam nos manicomios os que se atrevem a fazer a menor crítica ao
regime?
Por que não tem repercussão, em tua alma de revolucionário puro e sem
mácula, os protestos veementes das esposas dos presos políticos nos
manicomios soviéticos? Acaso acreditas que eles sejam insanos de verdade
como afirmam os dirigentes dos órgãos de repressão da KGB?
Por que tu, que sempre te consideraste corajoso, sem medo de nenhuma
autoridade, tens agora "paura" para criticar as arbitrariedades
policiais nos países comunistas?
Por que tu, que não tens medo de ser condenado ao desemprego, à
miséria e à morte, tens medo de protestar contra as injustiças feitas
nos países onde teu Partido domina? Onde está tua coragem, teu espírito
de humanismo e de objetividade?
Por que não temes ser taxado, pelos reacionários imperialistas, de
louco, imoral, vendido ao comunismo, mas temes ser taxado, pelos seus
companheiros, de regenerado, traidor e vendido ao imperialismo?
Acaso há alguma diferença entre ser teleguiado pelo imperialismo
capitalista ou pelo imperialismo comunista? Ou seja, ainda duvidas que a
Rússia e a China só pensam em seu benefício próprio, tal qual os demais
países imperialistas? E que o "slogan" de internacionalismo proletário
nada mais é que uma cobertura para o imperialismo russo e chinês?
Tu, comunista honesto e corajoso, quando acordarás de teu sono hipnótico, causado pelo ópio da religião comunista?
Por que não queres ver a realidade nua e crua?
Como poderás provar tua honestidade intelectual e teu idealismo puro
enquanto silenciares sobre as injustiças feitas diariamente pelos
dirigentes de países comunistas e pactuares com seus crimes
lesa-humanidade?
Que autoridade moral terás perante teus filhos, teus amigos e perante
a opinião pública mundial quando criticas as injustiças burguesas e
calas sobre as injustiças comunistas? Se fechas os olhos e os ouvidos ao
mal que se pratica em tua casa?
Por que reclamas com veemência contra as torturas de terroristas
pelos policiais, mas guardas silêncio criminoso quando os terroristas
matam cidadãos inocentes e soldados que estão no cumprimento de seu
dever? Acaso não são também teus irmãos?
Acaso não compreendeste ainda que os princípios revolucionários pelo
qual estás disposto a sacrificar tua vida já foram de há muito traídos
pelos dirigentes comunistas?
Acaso não compreendestes ainda que os verdadeiros traidores são aqueles que continuam fiel ao seu ideal revolucionário, mas aqueles que pactuam com os que traíram a revolução, sacrificando teu ideal de justiça social?
É por isso que digo: Não confundir a fidelidade aos princípios do ideal com as fidelidades ao dogma do Partido. São coisas diferentes e podem até ser contrárias. Quando não há correspondência entre uma e outra, então a fidelidade a uma implica em infidelidade à outra.
Parafraseando nosso genial Castro Alves te pergunto:
Acaso não compreendestes ainda que os verdadeiros traidores são aqueles que continuam fiel ao seu ideal revolucionário, mas aqueles que pactuam com os que traíram a revolução, sacrificando teu ideal de justiça social?
É por isso que digo: Não confundir a fidelidade aos princípios do ideal com as fidelidades ao dogma do Partido. São coisas diferentes e podem até ser contrárias. Quando não há correspondência entre uma e outra, então a fidelidade a uma implica em infidelidade à outra.
Parafraseando nosso genial Castro Alves te pergunto:
Comunista? Onde estás que não respondes?
Em que mundo, em que estrela tu te escondes?
Há muitos anos te mandei meu grito
Que debalde desde então corre o infinito?...
Onde estás, senhor comunista?
Comunista, ó comunista honesto! Quando acordarás e farás ouvir tua voz de revolucionário puro e consequente?
De todas as partes do mundo, até mesmo nos "paraísos" comunistas, levantam-se os protestos dos revolucionários puros e honestos contra a violação cínica dos mais elementares direitos do homem nos países do totalitarismo e imperialismo comunista.
Hoje ouvimos a voz de Roger Garaudy - um dos maiores filósofos da França contemporânea. Depois de qualificado, pelos dirigentes do Partido Comunista Francês, de renegado, traidor e outras "gentilezas", ele foi expulso do P.C.F. É evidente que se isso acontecesse nos países onde o Partido Comunista está no poder, Garaudy seria preso ou internado num hospício. Acaso só este fato não é suficiente para mostrar, claramente, que os comunistas dos países democráticos exigem plena liberdade para depois liquidá-la, completamente, quando implantarem o "paraíso" comunista?
O revolucionário puro e honesto deve ter a coragem de criticar e abandonar seu Partido quando este já abandonou e traiu os princípios revolucionários. Só assim ele mostrará que ainda continua sendo honesto e corajoso revolucionário.
É bem mais difícil lutar contra o mal do que pactuar com ele.
De todas as partes do mundo, até mesmo nos "paraísos" comunistas, levantam-se os protestos dos revolucionários puros e honestos contra a violação cínica dos mais elementares direitos do homem nos países do totalitarismo e imperialismo comunista.
Hoje ouvimos a voz de Roger Garaudy - um dos maiores filósofos da França contemporânea. Depois de qualificado, pelos dirigentes do Partido Comunista Francês, de renegado, traidor e outras "gentilezas", ele foi expulso do P.C.F. É evidente que se isso acontecesse nos países onde o Partido Comunista está no poder, Garaudy seria preso ou internado num hospício. Acaso só este fato não é suficiente para mostrar, claramente, que os comunistas dos países democráticos exigem plena liberdade para depois liquidá-la, completamente, quando implantarem o "paraíso" comunista?
O revolucionário puro e honesto deve ter a coragem de criticar e abandonar seu Partido quando este já abandonou e traiu os princípios revolucionários. Só assim ele mostrará que ainda continua sendo honesto e corajoso revolucionário.
É bem mais difícil lutar contra o mal do que pactuar com ele.
VLOGOTECA - 01 Mito e Realidade sobre a União Soviética
Link para o vídeo True Outspeak mencionado aos 2:30 min:
Link para ler o trecho do livro mencionado aos 16:30 min:
"Agora o prof. Duguin promete salvar o mundo pela destruição
do Ocidente. Sinceramente, prefiro não saber o que vem depois.
A mentalidade revolucionária, com suas promessas auto-adiáveis,
tão prontas a se transformar nas suas contrárias com a
cara mais inocente do mundo, é o maior flagelo que já
se abateu sobre a humanidade. Suas vítimas, de 1789 até
hoje, não estão abaixo de trezentos milhões de
pessoas – mais que todas as epidemias, catástrofes naturais
e guerras entre nações mataram desde o início dos
tempos. A essência do seu discurso, como creio já ter demonstrado,
é a inversão do sentido do tempo: inventar um futuro e
reinterpretar à luz dele, como se fosse premissa certa e arquiprovada,
o presente e o passado. Inverter o processo normal do conhecimento,
passando a entender o conhecido pelo desconhecido, o certo pelo duvidoso,
o categórico pelo hipotético. É a falsificação
estrutural, sistemática, obsediante, hipnótica. O prof.
Duguin propõe o Império Eurasiano e reconstrói
toda a história do mundo como se fosse a longa preparação
para o advento dessa coisa linda. É um revolucionário
como outro qualquer. Apenas, imensamente mais pretensioso." Olavo de Carvalho
Mais em:
"DETURPARAM MARX" - FALÁCIAS E ARMADILHAS ESQUERDISTAS
SOCIALISMO É CONCENTRAÇÃO DE PODER - OLAVO DE CARVALHO
COMUNISMO, SUA NATUREZA DESUMANA, DO PRINCÍPIO AO FIM, E A NOVA ORDEM MUNDIAL
O SOCIALISMO REAL - CRIMES E ARGUMENTAÇÕES DESONESTAS
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DÚVIDAS? PERGUNTE AO EX-COMUNISTA
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