TEXTO DO PT EM 2007 SOBRE SUA PRETENSÃO Á HEGEMONIA POLÍTICA
Socialismo e Estratégia
A partir de sua definição sobre o socialismo, nosso Partido deve elaborar uma estratégia adequada ao atual período histórico.
A estratégia que adotamos na primeira década de vida do Partido foi sistematizada por dois encontros nacionais: o 5º Encontro (1987) e o 6º Encontro (1989). As resoluções destes encontros afirmavam que nosso objetivo estratégico é o socialismo. A luta pelo socialismo exigia, então, construir e conquistar o poder político; construir o poder exige acumular forças, através do Partido, dos movimentos sociais, de espaços institucionais, de alianças e através da formação de uma cultura socialista de massas.
O programa democrático-popular detalharia assim os objetivos da luta pela igualdade social, pela democratização política e pela soberania nacional, articulando as tarefas anti-latifundiárias, anti-monopolistas e anti-imperialistas com a luta pelo socialismo.
A eleição do presidente da República visava dar início, através do governo federal, à implementação de reformas estruturais de caráter democrático-popular. A execução destas reformas e a previsível reação das classes dominantes alterariam o patamar da luta de classes, criando uma situação em que ficaria claro, para amplos setores das classes trabalhadoras, a necessidade de passar da construção à conquista do poder. Para fazer avançar a estratégia democrático-popular e consolidar as conquistas programáticas que estiveram na origem do atual governo é fundamental constituirmos um eixo de esquerda.
Esta necessidade é acentuada pelas mudanças positivas, ocorridas desde 2002, na correlação de forças do Brasil e da América Latina. Evidente que não cabe retomar, sem mediações, a estratégia democrático-popular, tal como definida no 5º e no 6º Encontros. Evidente, também, que ao reafirmarmos o PT como partido socialista e reconstituirmos a classe trabalhadora como sujeito histórico da transformação, não estaremos criando automaticamente as condições políticas necessárias para implementar na sociedade brasileira um projeto socialista. Atravessamos um novo período histórico, tanto em nível nacional quanto internacional, que exige do PT e de todas as forças socialistas e democráticas uma elaboração estratégica mais audaz e rigorosa.
Trata-se
de dar continuidade a elaboração estratégica dos anos 80, adequando a
estratégia do PT a este novo período histórico. Mas mantendo a
compreensão de que, com a posse do governo – portanto, de parte
importante do poder do Estado – a disputa pela hegemonia passa a se dar
em outro patamar, estando colocada para o PT e para as forças
democrático-populares a possibilidade de iniciar um acelerado e radical
processo de reformas econômicas, políticas e sociais, criando assim as
condições para a CONQUISTA DA HEGEMONIA política e de transformações
socialistas. Palavras do 6º encontro nacional do PT (1989), que
continuam atuais, quase 20 anos depois.
UMA SIMPLES LISTA
A contribuição que trago
nestas linhas é uma lista de pautas, de condutas e de políticas pelas
quais esse rio de águas turvas chamado Partido dos Trabalhadores ganha
corpo com seus afluentes pela margem esquerda e pela margem direita.
Elas me levam ao que chamo de a pergunta certa: qual o partido
brasileiro que se identifica com as seguintes políticas, condutas e
pautas?
Marco regulatório da
imprensa; marco civil da internet; PLC 122 (da “homofobia”) e seus
disparates; imposição do “politicamente correto” e da novilíngua;
confabulações do Foro de São Paulo; apoio e refúgio a terroristas (Cesar
Battisti é apenas um dos casos); captura e devolução a Fidel dos
boxeadores cubanos; apoio aos governos comunistas de Cuba, Venezuela e
Bolívia; incondicional afeição a qualquer patife adversário do Ocidente;
homenagens e nomes de ruas para líderes comunistas; memorial para Luiz
Carlos Prestes; apoio explícito a companheiros condenados pela justiça
por graves crimes; verdadeira fobia por presídios e órgãos de segurança,
resultando em gravíssima instabilidade social; absoluta e incondicional
dedicação aos direitos humanos dos bandidos; empenho em inibir a ação
armada das instituições policiais; dedicação à causa do desarmamento dos
cidadãos; recusa à redução da maioridade penal; criação do MST e apoio
às suas truculentas invasões de propriedades rurais; apoio a invasões no
meio urbano e a políticas que restringem o direito de propriedade;
cobertura às estripulias imobiliárias dos quilombolas; avanços do Código
Florestal contra o direito de propriedade; expansão das reservas
indígenas sobre áreas de lavoura; mudança, para pior, do Estatuto do
Índio; supressão de símbolos religiosos em locais públicos; lei da
palmada; apoio à legalização do aborto; políticas de gênero; kit gay nas
escolas; apoio à parada gay, à marcha das vadias e à marcha pela
maconha; leis de cotas raciais; uso de livros didáticos para doutrinação
ideológica; fim da lei de anistia e manipulação da História;
aparelhamento da administração pública e dos órgãos de Estado pelos
partidos do governo; e mais recentemente, defesa dos rolezinhos e suas
perturbações em locais de comércio.
Examine bem a lista acima
e depois me diga se não é urgente espantar, pela força do voto, esse
mau agouro político que lança sortilégios sobre nossa sociedade e sobre a
democracia brasileira.
Percival Puggina
CONHEÇA O FORO DE SÃO PAULO O MAIOR INIMIGO DO BRASIL
http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2014/03/24/conheca-o-foro-de-sao-paulo-o-maior-inimigo-do-brasil/
http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2014/03/24/conheca-o-foro-de-sao-paulo-o-maior-inimigo-do-brasil/
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NÃO AO MARCO CIVIL DA INTERNET
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