Jogo esquerdista: Ausência deliberada de senso de proporções
O esquerdista padrão vive quebrando todas as regras relacionadas ao
contrato social, todos eles fundamentais para uma sociedade civil.
Muitos não se furtam em quebrar as leis. A maioria deles não dá a mínima
para a lógica. Outros não ligam para coisas como ética e moral. Não
raro, esquerdistas justificam crimes em prol de sua causa. Quando
descobertos, vestem uma expressão angelical, sempre justificando seus
atos.
Por isso, esse jogo é tão importante para o esquerdista. Para
justificar seus atos, sejam eles crimes jurídicos, morais ou
intelectuais, basta usar a falácia tu quoque, dizendo que o “outro fez
também” (ou então “fez pior”). Mas o detalhe é que nessa instância da
falácia, o esquerdista não compara eventos similares em termos de
gravidade.
Imagine, por exemplo, que vários esquerdistas de perfil gayzista
resolvam linchar até a morte alguém que chamou um grupo de homossexuais
de “boiolas”. Neste jogo, o esquerdista poderá dizer: “Na verdade nós
não matamos ele, mas fizemos poesia concreta, e nosso ato não é
criminoso perto do crime hediondo de ofensa cometido por ele”. Claro que
alguém em sã consciência achará estranho justificar a morte de um
oponente apenas por que este praticou uma ofensa contra seu grupo, mas
com um tanto de teatro o esquerdista convencerá muitos da patuléia de
que apenas deu um “troco justo”.
Um outro exemplo inclui a recente agressão de gayzistas contra Marco Feliciano em um vôo.
Praticamente todo esquerdista ao se manifestar diz: “E foi pouco! Pois o
que ele faz contra os gays é muito pior”. Só que Marco Feliciano apenas
exprimiu argumentos criticando o comportamento gay, enquanto os
gayzistas do vôo não só o agrediram fisicamente como praticaram coação de forma absurdamente fascista. É claro que responder um argumento, mesmo que incômodo, com coação e agressão jamais seria justificado moralmente.
Quando dizemos ao esquerdista que os regimes apoiados por eles
mataram 100 milhões de pessoas no século XX, muitos deles rebatem
dizendo que outros “fizeram muito pior”. No caso, eles podem citar, por
exemplo, os “crimes cometidos em guerras por países capitalistas”. Em
outra variação, ainda mais bizarra, eles dizem que “nada se compara aos
bilhões mortos por Deus na Bíblia”. Mas nos dois casos o esquerdista
está apenas te enganando com um jogo sujo, pois não podemos comparar os
crimes de um governo contra seu próprio povo (no caso dos governos
marxistas) com as ações de guerra de um governo contra outro, e, da
mesma forma, independente de alguém acreditar em Deus ou não, não se
pode justificar mortes causadas por uma pessoa com mortes causadas por
um Deus.
Em todos os exemplos acima, podemos identificar um padrão. O
esquerdista, ciente de que o oponente não cometeu atos tão abjetos
quanto os dele (ou dos grupos que ele defende), tenta arrumar um “vocês
também fizeram”, mas sempre citando eventos menos graves do que os
cometidos por ele ou por pessoas do lado dele. Sabendo disso, uma
encenação teatral cuidará para que muitos aceitem a comparação
abominável enquanto ele tenta justificar atos indefensáveis.
Note que não estou entrando no mérito da tentativa de justificar um
ato imoral por uma suposta imoralidade praticada pelo outro lado. Eu não
concordo com este posicionamento, mas nem é disso que estou falando.
Estou tratando de uma situação onde, caso aceitemos que imoralidades
suas podem ser justificadas por imoralidades de seus oponentes, ainda
assim teríamos um erro ao pinçar pequenos delitos ou falhas cometidas
pela outra parte para justificar verdadeiras aberrações.
Em resumo, é nisto que se constitui este jogo: manifestar uma
tremenda falta de senso de proporções para tentar justificar um ato seu
dificilmente justificável, citando “falhas” da outra parte que são
fichinha perto dos atos cometidos por você, mas, para enganar a platéia
com a comparação ridícula, ainda caprichar em uma encenação teatral.
Preste atenção quando o esquerdista for obrigado a explicar
atrocidades cometidas por ele, por um grupo que ele defende ou mesmo por
diversos adeptos de sua ideologia, e perceba quando ele tentar se
justificar. Espero que você se divirta na próxima vez que vir um
esquerdista em ação com este método. Mas não se esqueça, é claro, de
denunciar as fraudes, pois todas as instâncias deste jogo são homéricos
embustes.
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