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Já experimentei o poder chocante da música, do ritmo. Na década de 90 participei de uma sessão de introdução ao xamanismo. Foi uma experiência breve. Numa certa hora, ao som do tambor, todos deveriam fechar os olhos e imaginar um lugar na natureza com uma entrada para o mundo no interior da Terra e de nós. Fiz isso e imaginei um caminho que levava para uma caverna onde achei uma passagem para o interior.
A partir daí, não mais imaginei, apenas ASSISTI ao que se passava, como um filme, um sonho acordado. O cenário era pré-histórico, árvores imensas, um leão se aproximou inesperadamente e deitou aos meus pés, uma águia cruzou o céu acima das árvores... Foi muito estranho porque tudo me surpreendia.
Cessando o tambor, a experiência acabou. Depois a professora explicou: era o ritmo, um ritmo específico, o que a propiciava, porque o cérebro tendia a acompanhá-lo! O cérebro mudava como um diapasão num fenômeno de ressonância?
Estamos mesmo muito vulneráveis se abandonamos a proteção do Altíssimo.
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