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"No âmago das palavras Direita e Esquerda, há algo de substancioso e de autenticamente expressivo. Como até de insubstituível ao menos enquanto o uso comum não consagrar outros vocábulos que os substituam.
Começo fazendo notar que no significado dessas duas palavras correlatas nem tudo é imprecisão. Nele há uma zona clara. Definida esta, será possível detectar, "de proche en proche", o fio da meada que conduz, através dos significados menos claros, até uma elucidação final do que "direita" e "esquerda" querem dizer.
À direita como à esquerda, no fim do horizonte há um marco definido, a partir do qual segue, "en degradé", a gama dos matizes intermediários. https://www.pliniocorreadeoliveira.info/OUT_79-06-09_A_justica_esta_na_desigualdade_crista.htm
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Nossa Senhora da Medalha Milagrosa prevê as desordens revolucionárias https://youtu.be/IeC_BTwZehs
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"Os
termos “esquerda” e “direita” só têm sentido objetivo quando usados na
sua acepção originária de revolução e contra-revolução respectivamente."
A mentalidade revolucionária
(...)
Entre
outras confusões que este estudo desfaz está aquela que reina nos
conceitos de “esquerda”e “direita”. Essa confusão nasce do fato de que
essa dupla de vocábulos é usada por sua vez para designar duas ordens de
fenômenos totalmente distintos. De um lado, a esquerda é a revolução em
geral, e a direita a contra-revolução. Não parecia haver dúvida quanto a
isso no tempo em que os termos eram usados para designar as duas alas
dos Estados Gerais. A evolução dos acontecimentos, porém, fez com que o
próprio movimento revolucionário se apropriasse dos dois termos,
passando a usá-los para designar suas subdivisões internas. Os
girondinos, que estavam à esquerda do rei, tornaram-se a “direita” da
revolução, na mesma medida em que, decapitado o rei, os adeptos do
antigo regime foram excluídos da vida pública e já não tinham direito a
uma denominação política própria. Esta retração do “direitismo”
admissível, mediante a atribuição do rótulo de “direita” a uma das alas
da própria esquerda, tornou-se depois um mecanismo rotineiro do processo
revolucionário. Ao mesmo tempo, remanescentes contra-revolucionários
genuínos foram freqüentemente obrigados a aliar-se à
“direita”revolucionária e a confundir-se com ela para poder conservar
alguns meios de ação no quadro criado pela vitória da revolução. Para
complicar mais as coisas, uma vez excluída a contra-revolução do
repertório das idéias politicamente admissíveis, o ressentimento
contra-revolucionário continuou existindo como fenômeno psico-social, e
muitas vezes foi usado pela esquerda revolucionária como pretexto e
apelo retórico para conquistar para a sua causa faixas de população
arraigadamente conservadoras e tradicionalistas, revoltadas contra a
“direita” revolucionária imperante no momento. O apelo do MST à
nostalgia agrária ou a retórica pseudo-tradicionalista adotada aqui e
ali pelo fascismo fazem esquecer a índole estritamente revolucionária
desses movimentos. O próprio Mao Dzedong foi tomado, durante algum
tempo, como um reformador agrário tradicionalista. Também não é preciso
dizer que, nas disputas internas do movimento revolucionário, as facções
em luta com freqüência se acusam mutuamente de “direitistas” (ou
“reacionárias”). À retórica nazista que professava destruir ao mesmo
tempo “a reação” e “o comunismo” correspondeu, no lado comunista, o
duplo e sucessivo discurso que primeiro tratou os nazistas como
revolucionários primitivos e anárquicos e depois como adeptos da
“reação” empenhados em “salvar o capitalismo” contra a revolução
proletária.
Os
termos “esquerda” e “direita” só têm sentido objetivo quando usados na
sua acepção originária de revolução e contra-revolução respectivamente.
Todas as outras combinações e significados são arranjos ocasionais que
não têm alcance descritivo mas apenas uma utilidade oportunística como
símbolos da unidade de um movimento político e signos demonizadores de
seus objetos de ódio.
Nos
EUA, o termo “direita” é usado ao mesmo tempo para designar os
conservadores em sentido estrito, contra-revolucionários até à medula, e
os globalistas republicanos, “direita” da revolução mundial. Mas a
confusão existente no Brasil é muito pior, onde a direita
contra-revolucionária não tem nenhuma existência política e o nome que a
designa é usado, pelo partido governante, para nomear qualquer oposição
que lhe venha desde dentro mesmo dos partidos de esquerda, ao passo que
a oposição de esquerda o emprega para rotular o próprio partido
governante.
Para
mim está claro que só se pode devolver a esses termos algum valor
descritivo objetivo tomando como linha de demarcação o movimento
revolucionário como um todo e opondo-lhe a direita
contra-revolucionária, mesmo onde esta não tenha expressão política e
seja apenas um fenômeno cultural.
A
essência da mentalidade contra-revolucionária ou conservadora é a
aversão a qualquer projeto de transformação abrangente, a recusa
obstinada de intervir na sociedade como um todo, o respeito quase
religioso pelos processos sociais regionais, espontâneos e de longo
prazo, a negação de toda autoridade aos porta-vozes do futuro
hipotético.
Nesse
sentido, o autor destas linhas é estritamente conservador. Entre outros
motivos, porque acredita que só o ponto de vista conservador pode
fornecer uma visão realista do processo histórico, já que se baseia na
experiência do passado e não em conjeturações de futuro. Toda
historiografia revolucionária é fraudulenta na base, porque interpreta e
distorce o passado segundo o molde de um futuro hipotético e aliás
indefinível. Não é uma coincidência que os maiores historiadores de
todas as épocas tenham sido sempre conservadores.
Se,
considerada em si mesma e nos valores que defende, a mentalidade
contra-revolucionária deve ser chamada propriamente “conservadora”, é
evidente que, do ponto de vista das suas relações com o inimigo, ela é
estritamente “reacionária”. Ser reacionário é reagir da maneira mais
intransigente e hostil à ambição diabólica de mandar no mundo.
http://www.olavodecarvalho.org/semana/070813dc.html
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Olavo de Carvalho em "O IMBECIL COLETIVO" escreve:
Behemot e Leviatã, na gravura de William Blake, o primeiro imperando pesadamente sobre o mundo, o maciço poder de sua pança firmemente apoiado sobre as quatro patas, o segundo agitando-se no fundo das águas, derrotado e temível no seu rancor impotente. Não usei a gravura de Blake por boniteza, mas para indicar que atribuo a esses símbolos exatamente o sentido que lhes atribuiu Blake. Detalhe importante, porque essa interpretação não é nenhuma alegoria poética, mas, como assinalou Kathleen Raine em Blake and Tradition, a aplicação rigorosa dos princípios do simbolismo cristão. Na Bíblia, Deus, exibe Behemot a Jó (40:10), dizendo: “Eis Behemot, que criei contigo.” Aproveitando a ambiguidade do original hebraico, Blake traduz o “contigo” por from thee, “de ti”, indicando a unidade de essência entre o homem e o monstro: Behemot é a um tempo um poder macrocósmico e uma força latente na alma humana. Quanto a Leviatã, Deus pergunta “Porventura poderás puxá-lo com o anzol e atar sua língua com uma corda?” (Jó, 40:21), tornando evidente que a força da revolta está na língua, ao passo que o poder de Behemot, como se diz em 40:11, reside no ventre. Maior clareza não poderia haver no contraste de um poder psíquico e de um poder material: Behemot é o peso maciço da necessidade natural, Leviatã é a infranatureza diabólica, invisível sob as águas — o mundo psíquico — que agita com a língua.
O sentido que Blake registra nessas figuras não é uma “interpretação”, na acepção negativa que Susan Sontag dá a essa palavra: é, como deve ser toda boa leitura de texto sacro, a tradução direta de um simbolismo universal. Para Blake, embora Behemot represente o conjunto das forças obedientes a Deus, e Leviatã o espírito de negação e rebelião, ambos são igualmente monstros, forças cósmicas desproporcionalmente superiores ao homem, que movem combate uma à outra no cenário do mundo, mas também dentro da alma humana. No entanto, não é ao homem, nem a Behemot, que cabe subjugar o Leviatã. Só o próprio Deus pode fazê-lo. A iconografia cristã mostra Jesus como o pescador que puxa o Leviatã para fora das águas, prendendo sua língua com um anzol. Quando, porém, o homem se furta ao combate interior, renegando a ajuda do Cristo, então se desencadeia a luta destrutiva entre a natureza e as forças rebeldes antinatu-rais, ou infranaturais. A luta transfere-se da esfera espiritual e interior para o cenário exterior da História. É assim que a gravura de Blake, inspirada na narrativa bíblica, nos sugere com a força sintética de seu simbolismo uma interpretação metafísica quanto à origem das guerras, revoluções e catástrofes: elas refletem a demissão do homem ante o chamamento da vida interior. Furtando-se ao combate espiritual que o amedronta, mas que poderia vencer com a ajuda de Jesus Cristo, o homem se entrega a perigos de ordem material no cenário sangrento da História. Ao fazê-lo, move-se da esfera da Providência e da Graça para o âmbito da fatalidade e do destino, onde o apelo à ajuda divina já não pode surtir efeito, pois aí já não se enfrentam a verdade e o erro, o certo e o errado, mas apenas as forças cegas da necessidade implacável e da rebelião impotente. No plano da História mais recente, isto é, no ciclo que começa mais ou menos na época do Iluminismo, essas duas forças assumem claramente o sentido do rígido conservadorismo e da hübris revolucionária. Ou, mais simples ainda, direita e esquerda.
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"Já estou com o saco cheio desses pretensos eruditos em teorias da conspiração segundo os quais direita e esquerda não existem, só existe o poder soberano das sociedades secretas, que “criam” essas duas corrrentes para controlar a massa ignara. Isso é de uma inépcia histórica formidável. Direita e esquerda não são “criadas” pelas sociedades secretas, mas existem dentro delas e ali disputam o poder sobre essas sociedades, não raro de forma violenta e mortífera. Santo Agosrtinho ensinava que nada agrada mais aos demônios do que exagerar o poder que eles têm." https://olavodecarvalhofb.wordpress.com/category/notas/page/31/
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O. CARVALHO – Esquerda é toda corrente que legitima suas pretensões ambiciosas em nome de um futuro hipotético. Direita é quem legitima promessas modestas com base na experiência passada. https://olavodecarvalho.org/usp-e-templo-de-vigarice/
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Os comunistas sempre se orgulharam de ser confessadamente ideológicos num mundo onde tudo, segundo eles, era ideologia. Agora descobriram que podem obter vitórias posando de superiores a ideologias e usando o termo "ideólogo" como xingamento para depreciar seus inimigos. https://www.facebook.com/olavo.decarvalho/posts/10159575887987192
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Nada, no mundo humano, se compara à capacidade comunista de mentir. O próprio diabo, ao vê-la, sente inveja. https://www.facebook.com/olavo.decarvalho/posts/10159575884782192
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O comunismo é o ÚNICO movimento político de alcance mundial, contra cujo poder avassalador pouco ou nada seus concorrentes locais puderam e podem fazer. E é o único que há décadas obtém vitória em cima de vitória por meio do velho truque diabólico de fingir que não existe. https://www.facebook.com/olavo.decarvalho/posts/10159575882212192
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GUSTAVO GAYER - Ódio do bem https://conspiratio3.blogspot.com/2021/09/gustavo-gayer-odio-do-bem-esquerda-pede.html
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Gente, é muito simples: a direita se baseia em conhecimento, e a esquerda, em poder. A verdade favorece a direita e a mentira favorece a esquerda. A direita não sobrevive sem uma quantidade mínima de sinceridade, honestidade e verdades presentes na sociedade e, ao contrário, a esquerda não sobrevive nessa atmosfera tóxica de liberdade onde ela anseia desesperadamente pela censura.
Direita é a normalidade obrigada a se tornar um movimento político para reagir à guerra, declarada e clandestina, da esquerda contra ela. A normalidade, que é expressão da natureza humana, quando atacada se torna a direita. Por isso ela sempre é maioria, mesmo em baixo das botas de um tirano.
Como diz prof. Olavo, a civilização tem sido o fruto de um lento processo que a prepotência esquerdista pretende derrubar. Tudo em nome de um sonho delirante que sempre acaba em pesadelo.
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