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O Estado passou pela "ocupação de espaços" gramsciana e Olavo de
Carvalho previu que isto teria de ser contrabalançado por uma militância
forte e organizada, caso contrário, todas as iniciativas do governo
naufragariam. Foi o que aconteceu e continua acontecendo. Todos os
parceiros "ideológicos" do presidente estão sendo afastados e
perseguidos. Não creio que isto seja a primeira escolha do presidente,
mas creio que ele cedeu ao mal, talvez sem avaliar bem as consequências
finais.
A direita não precisa de ideologia, porque sua ideologia é
preservar a natureza humana, o bom senso, a lógica e as capacidades
humanas normais de percepção, julgamento e ação. Tudo o que apoia estas
qualidades e comportamento é combatido pela esquerda.
"Chegará o
dia em que teremos de provar que a grama é verde." e este dia é hoje.
Mas o que Chesterton não diz é que nesse dia não conseguiríamos provar o
que os olhos veem porque acreditaríamos mais na palavra (da autoridade,
da "maioria"/minorias empoderadas) do que nos próprios olhos.
"Em
breve estaremos em um mundo no qual um homem pode ser vaiado por dizer
que dois e dois fazem quatro, no qual gritos de partidos furiosos serão
levantados contra qualquer um que diga que as vacas têm chifres, nas
quais as pessoas irão perseguir a heresia de chamar um triângulo, uma
figura de três lados, e enforcar um homem por enlouquecer a multidão com
a notícia de que a grama é verde." (G. K. Chesterton - tradução
Google)
"Trinta anos de estudos sobre a mentalidade
revolucionária convenceram-me de que ela não é a adesão a este ou àquele
corpo de convicções e propostas concretas, mas a aquisição de certos
cacoetes lógico-formais incapacitantes que acabam por tornar impossível,
para o indivíduo deles afetado, a percepção de certos setores básicos
da experiência humana. A mentalidade revolucionária não é um conjunto de
crenças, é um sistema de incapacidades adquiridas, que começam com um
escotoma intelectual e culminam numa insensibilidade moral criminosa. É
uma doença mental no sentido mais estrito e clínico do termo,
correspondente àquilo que o psiquiatra Paul Sérieux descrevia como
delírio de interpretação. Numa discussão com o homem normal, o
revolucionário está protegido pela sua própria incapacidade de
compreendê-lo." Olavo de Carvalho
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