Congresso reage e dá prazo para Dilma revogar decreto bolivariano
Presidentes da Câmara e do Senado cobraram que o Palácio do Planalto desista da medida; PMDB já anunciou que trabalhará para derrubar o texto
Marcela Mattos, de Brasília
PRESSÃO – Partidos dão prazo para Dilma revogar decreto
(Reuters)
A mobilização que começou nas bancadas de oposição se espalhou
pelos partidos governistas, e o Congresso Nacional decidiu reagir ao Decreto 8.243/2014,
assinado pela presidente Dilma Rousseff. A medida institui, numa
canetada, a participação de “integrantes da sociedade civil” em todos os
órgãos da administração pública, num ataque à democracia
representativa.
Pressionados por líderes de partidos, os presidentes da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), pediram pessoalmente à presidente, que hoje
compareceu ao Congresso para a Convenção Nacional do PMDB, que desista do decreto. Conforme antecipou a coluna Radar on-line, Alves já havia procurado o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) para pedir a revogação do texto.
Alves foi particularmente bombardeado por ter se recusado a colocar
em votação um decreto legislativo da oposição para anular os efeitos do
decreto de Dilma. Nesta terça, porém, mudou o discurso e vocalizou o
sentimento hoje majoritário no Congresso: “Se até amanhã o governo não
atender, nós vamos votar a favor da derrubada do decreto”. Segundo
aliados, dois fatores pesaram para a mudança de atitude do deputado: a
pressão do próprio PMDB contra o decreto e a irritação pessoal com a
desistência de última hora de Dilma em participar da inauguração do
aeroporto potiguar de São Gonçalo do Amarante. Alves é candidato ao
governo do Estado e espera ter Dilma em seu palanque. “Ainda não pautei o
projeto para, ao meu estilo, tentar a retirada do decreto”,
justificou-se.
Em plenário, Renan também pediu que o Palácio do Planalto recue: "Sempre
defendi a ampliação da participação popular, mas não é aconselhável que
se recorra a um decreto para tal. Quem representa o povo é o Congresso
Nacional e, por este motivo, o ideal – eu falei isso para a presidente e
queria repetir aqui – é que a proposta seja enviada através de um
projeto de lei ou mesmo através de uma medida provisória, para que sejam
aqui aprimorados, para que possam receber as insubstituíveis
colaborações e aprimoramentos dos deputados e dos senadores".
O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), disse que o
partido vai apoiar a derrubada do texto caso Dilma não recue da
decisão. Cinco partidos já anunciaram obstrução às votações na Câmara:
DEM, PSDB, PPS, PSD e Solidariedade.
Nesta terça-feira, a sessão da Câmara voltou a ser tomada por
críticas ao decreto de Dilma. O texto foi classificado de “autoritário” e
“ditatorial” por deputados da oposição. “Se a presidente revogar a
matéria, será um recuo salutar. É um ato de humildade”, argumentou o
líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE)
SE VC NÃO QUER VIVER NUMA CUBA ASSINE E REPASSE:
PETIÇÃO CONTRA O GOLPE POR DECRETO :http://citizengo.org/pt-pt/signit/8238/view
PETIÇÃO CONTRA O GOLPE POR DECRETO :http://citizengo.org/pt-pt/signit/8238/view
DECRETO 8.243 - GOLPE DO PThttp://conspiratio3.blogspot.com.br/2014/05/pt-mostra-suas-garras-rodrigo_29.html
Projeto que susta decreto presidencial pode ser votado nesta quarta(11) http://youtu.be/oISnJzToTlI
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