Nove anos depois de reportagem de VEJA denunciar lambança nos Correios, que trouxe à luz escândalo do mensalão, empresa continua a ser usada como quintal do petismo
A
CPI do Mensalão, caros leitores, vocês devem se lembrar, foi
oficialmente chamada de “CPI dos Correios”. Foi nessa estatal que
reportagem da revista VEJA identificou, em 2005, e denunciou um esquema
de corrupção que acabaria desaguando no maior escândalo da história
republicana do país — até virem à luz os escândalos da Petrobras ao
menos. Tudo indica que este é ainda maior do que aquele. Eles sempre
podem se superar, como sabemos.
Pois bem:
carteiros descobriram algo do balacobaco e botaram a boca no trombone,
como informou reportagem do Estadão. Os Correios, um feudo do PT,
empresa subordinada ao ministro Paulo Bernardo, das Comunicações,
admitiu ter distribuído, sem a devida chancela, como exige a lei, 4,8
milhões de folders da campanha da candidata petista à Presidência, Dilma
Rousseff. Vocês entenderam direito: o material entrou na empresa, não
recebeu nenhuma forma de carimbo — e, portanto, não estava sujeito a
nenhum controle —, foi repassado aos carteiros e entregue aos paulistas.
Os
Correios têm seus próprios funcionários e também contam com uma rede de
franqueados, que são remunerados pelo trabalho. Isso significa que essa
mão de obra foi empregada para distribuir os panfletos do PT. A própria
candidata Dilma Rousseff, que também é a presidente Dilma Rousseff, veio
a público para tratar do assunto. Segundo disse, não houve
irregularidade nenhuma, está tudo registrado, e o partido tem as provas
de que pagou pelo serviço.
Disse a
presidente, com uma habilidade muito característica quando se trata de
lidar com questões de natureza legal e com a língua portuguesa: “Me deem
as provas. Não adianta me dizer que é ilegal se não me mostrar onde
falta a nota fiscal”. Segundo ela, sua campanha pagou “uma barbaridade
pelo serviço”. Indagada sobre o valor, ela respondeu: “Não tenho a ideia
aqui de quanto pagou, mas nós temos recibo”. Entendi. Ela chegou à
conclusão de que é uma barbaridade sem nem saber quanto custou.
Com a
devida vênia, a presidente age como o homicida que dá sumiço no corpo e,
ainda que todas as evidências e provas apontem para a existência do
crime, desafia: “Me mostrem onde está o corpo”. Pois é, presidente…
Existe.
Ora, como
os Correios não chancelaram o material, ninguém jamais saberá quanto
material foi entregue. A Diretoria Regional Metropolitana, responsável
pela ordem para a distribuição irregular, atribui a medida a um problema
na impressão dos quase 5 milhões de peças: precisamente, 4.812.787. O
responsável por essa diretoria é Wilson Abadio, afilhado político de
Michel Temer, vice-presidente da República.
Como não
há prova nenhuma, leitores, ninguém jamais saberá se foram distribuídos 5
milhões, 10 milhões ou 15 milhões de folders da campanha dilmista. Uma
coisa é certa e inequívoca: quando menos, uma empresa estatal abriu uma
exceção para a campanha da companheira. Mas resta a suspeita óbvia — já
que as regras não foram seguidas — de que, mais uma vez, uma empresa que
pertence ao estado brasileiro foi usada em benefício dos petistas.
Pois é…
Cumpre uma vez mais lembrar o que disse Talleyrand sobre os Bourbons,
aplicando a frase aos petistas: “Eles não aprenderam nada nem esqueceram
nada”.
Talvez sejam vítimas de uma natureza. O diabo é que o país é que paga o pato.
*
Correios ou CUrreios?
http://www.canaldootario.com.br/videos/correios-2/
*
LISTA DA CORRUPÇÃO
http://conspiratio3.blogspot.com.br/2014/06/lista-da-corrupcao-petista.html
Difícil é achar onde ela não está...
*
PAPEL DA IMPRENSA NÃO É O DE INVESTIGAR, DIZ DILMA!
http://oglobo.globo.com/brasil/papel-da-imprensa-nao-de-investigar-sim-de-divulgar-informacoes-diz-dilma-sobre-escandalos-13987097
Nenhum comentário:
Postar um comentário