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Gosto
muito dos vídeos da Débora Barbosa, mas o equivalentismo forçado entre
CIA e KGB é uma concessão absurda ao espírito da mídia.
A KGB não é
um "serviço de espionagem". É, internamente, uma polícia política
totalitária e um órgão de controle social, enquanto a CIA não tem
autorização nem para atuar dentro do territ;ório americano; e, no
Exterior, a KGB é um órgão de guerra cultural em massa desde a década de
20, ao passo que a PRIMEIRA iniciativa da CIA na área não veio antes de
1956, o famoso "Congresso pela Liberdade da Cultura" em Berlim.
Para
piorar, não há termos de comparação possível entre a penetração
decisiva da KGB no GOVERNO americano (v. Diana West, "American Betrayal)
e a da CIA em meios estudantis e intelectuais de Moscou desprovidos de
todo poder político e reduzidos à marginalidade.
"O
Brasil é um exemplo claríssimo da desproporção entre CIA e KGB.
Enquanto há meio século a mídia inteira grita contra a intervenção da
CIA no golpe de 1964 sem poder apontar UM NOME SEQUER de agente
americano lotado no Brasil na época, mais de TRÊS MIL agentes soviéticos
infiltrados em altos escalões do governo brasileiro já foram
identificados, e até hoje ninguém reclama de "intervenção da KGB"."
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