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Olavo de Carvalho - "É inevitável, também, que, pelo menos em certos momentos do processo, esquerdistas e direitistas se equivoquem profundamente no julgamento de si próprios ou de seus adversários. Da parte dos direitistas, tanto hoje como ao longo de todo o século XX, a grande ilusão é a da equivalência. Como estão acostumados à idéia de que direita e esquerda existem como dados mais ou menos estáveis da ordem democrática, acreditam que essa ordem pode ser preservada intacta e que para isso é possível “educar” os esquerdistas para que se afeiçoem às regras do jogo e não tentem mais destruir a ordem vigente. Pelo lado esquerdista, porém, essa acomodação é impossível. No mundo dos direitistas pode haver direitistas e esquerdistas, mas, no mundo dos esquerdistas, só esquerdistas têm o direito de existir: o advento do reino esquerdista consiste, essencialmente, na eliminação de todos os direitistas, na erradicação completa da autoridade do antigo. Foi por essas razões que os EUA retiraram pacificamente suas tropas dos países europeus ocupados depois da II Guerra Mundial, acreditando que os russos iam fazer o mesmo, quando os russos, ao contrário, tinham de ficar lá de qualquer modo, porque, na perspectiva da revolução, o fim de uma guerra era apenas o começo de outra e de outra e de outra, até à extinção final do capitalismo." https://conspiratio3.blogspot.com/2021/02/guilherme-fiuza-o-muro-de-berlim-voltou.html
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Se vc não
pode criticar o governo significa que ele não pode melhorar, apenas
piorar. E ele VAI piorar porque já conquistou o "direito" de censurar, reprimir e perseguir. A censura é o
manto que oculta e permite TUDO a quem está no poder de censurar.
Comunistas
são totalitários por natureza, tem um sistema aberrante que depende da
uniformidade de pensamento em que qualquer dúvida provoca rachaduras. Isso
vem em defesa da mentira hegemônica. Só a sociedade que tem o critério
da verdade suporta a diversidade.
"De
acordo com a fórmula de Stalin, a crítica era o mesmo que oposição; a
oposição inevitavelmente implicava conspiração; a conspiração
significava traição. Algebricamente, portanto, a mais leve oposição ao
regime ou a falha em reportar tal oposição era equivalente ao
terrorismo". (Vladimir Tismaneanu, "O Diabo na História")
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CLASSE DOS ESCOLHIDOS X EXCLUÍDOS - DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS FAZEM UMA DITADURA
Eles
cuidam, regam, alimentam algumas plantas e outras não para que, depois
de um tempo, as favorecidas dominem o jardim. É um método praticado pela
esquerda e pode ser estendido até o extermínio, como foi
feito na URSS. Fazer parte da patota nefasta é questão de
sobrevivência no comunismo.
"O cerne da matéria era que na União Soviética (assim como em outros
regimes comunistas) a população estava organizada com base em critérios
de exclusão e privações dos direitos civis de acordo com os imperativos
ideológicos e tarefas do desenvolvimento estabelecidos pelo partido.
(...) O princípio do eleito, que era o cerne do da teoria leninista do
sujeito histórico realizando a utopia, refletiu-se nos direitos de
cidadania."
"A própria noção de vigilância revolucionária
lançou uma linha tênue entre a exclusão e a eliminação física. No ponto
de radicalização da utopia revolucionária em ação, a obsessão de Lênin e
Stálin (e outros ditadores comunistas) com a limpeza e purificação do
"jardim humano", o foco do comunismo na excisão, metamorfoseou-se em
extermínio."
E, como mostraram Gerlach e Werth no caso
da União Soviética, "quanto mais definida e precisa se tornava a ordem
bolchevique sonhada, tanto maior o número dos que eram excluídos dela à
força". Da mesma maneira, criaram "um mundo de inimigos", e por fim não
havia nenhuma outra solução para a ameaça que esses inimigos imaginados
apresentavam do que a aniquilação física total deles"."
"Jeffrey Herf, por exemplo, argumentou que "a despeito de algumas
exceções, Courtois tem razão: na academia ocidental, os eruditos que
escolhem focalizar os crimes do comunismo eram e continuam a ser uma
minoria, e enfrentam o perigo de bloqueio da carreira se forem rotulados
de direitistas"."
Vladimir Tismaneanu, O Diabo na História
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