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DISCURSO EM INGLÊS - https://youtu.be/zmx1JnBC_vk?t=5805
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https://noticias.r7.com/brasil/leia-a-integra-do-discurso-de-bolsonaro-na-cupula-do-clima-22042021
"Com grande satisfação agradeço o convite para participar desta Cúpula de Líderes.
Historicamente, o Brasil foi voz ativa na construção da agenda
ambiental global. Renovo, hoje, essa credencial, respaldada tanto por
nossas conquistas até aqui quanto pelos compromissos que estamos prontos
a assumir perante as gerações futuras.
Como detentor da maior biodiversidade do planeta e potência
agroambiental, o Brasil está na linha de frente do enfrentamento ao
aquecimento global.
Ao discutirmos mudança do clima, não podemos esquecer a causa maior do
problema: a queima de combustíveis fósseis ao longo dos últimos dois
séculos.
O Brasil participou com menos de 1% das emissões históricas de gases de
efeito estufa, mesmo sendo uma das maiores economias do mundo. No
presente, respondemos por menos de 3% das emissões globais anuais.
REPITO: participamos com menos de 1% das emissões históricas de gases de efeito estufa.
Contamos com uma das matrizes energéticas mais limpas, com renovados
investimentos em energia solar, eólica, hidráulica e biomassa.
Somos pioneiros na difusão de biocombustíveis renováveis, como o
etanol, fundamentais para a despoluição de nossos centros urbanos.
No campo, promovemos uma revolução verde a partir da ciência e
inovação. Produzimos mais utilizando menos recursos, o que faz da nossa
agricultura uma das mais sustentáveis do planeta.
Temos orgulho de conservar 84% de nosso bioma amazônico e 12% da água doce da Terra.
Como resultado, somente nos últimos 15 anos evitamos a emissão de mais de 7,8 bilhões de toneladas de carbono na atmosfera.
À luz de nossas responsabilidades comuns, porém diferenciadas,
continuamos a colaborar com os esforços mundiais contra a mudança do
clima.
Somos um dos poucos países em desenvolvimento a adotar, e reafirmar,
uma NDC transversal e abrangente, com metas absolutas de redução de
emissões inclusive para 2025, de 37%, e de 43% até 2030.
Coincidimos, Senhor Presidente, com o seu chamado ao estabelecimento de compromissos ambiciosos.
Nesse sentido, determinei que nossa neutralidade climática seja
alcançada até 2050, antecipando em 10 anos a sinalização anterior.
Entre as medidas necessárias para tanto, destaco aqui o compromisso de
eliminar o desmatamento ilegal até 2030, com a plena e pronta aplicação
do nosso Código Florestal. Com isso reduziremos em quase 50% nossas
emissões até essa data.
Há que se reconhecer que será uma tarefa complexa.
Medidas de comando e controle são parte da resposta. Apesar das
limitações orçamentárias do Governo, determinei o fortalecimento dos
órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados a ações de
fiscalização.
Mas é preciso fazer mais. Devemos enfrentar o desafio de melhorar a
vida dos mais de 23 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia, região
mais rica do país em recursos naturais, mas que apresenta os piores
índices de desenvolvimento humano.
A solução desse “paradoxo amazônico” é condição essencial para o desenvolvimento sustentável na região.
Devemos aprimorar a governança da terra, bem como tornar realidade a
bioeconomia, valorizando efetivamente a floresta e a biodiversidade.
Esse deve ser um esforço, que contemple os interesses de todos os
brasileiros, inclusive indígenas e comunidades tradicionais.
Diante da magnitude dos obstáculos, inclusive financeiros, é
fundamental podermos contar com a contribuição de países, empresas,
entidades e pessoas dispostos a atuar de maneira imediata, real e
construtiva na solução desses problemas.
Neste ano, a comunidade internacional terá oportunidade singular de
demonstrar seu comprometimento com a construção de nosso futuro comum.
A COP26 terá como uma de suas principais missões a plena adoção dos
mecanismos previstos nos Artigos 5º e 6º do Acordo de Paris.
Os mercados de carbono são cruciais como fonte de recursos e
investimentos para impulsionar a ação climática, tanto na área florestal
quanto em outros relevantes setores da economia, como indústria,
geração de energia e manejo de resíduos.
Da mesma forma, é preciso haver justa remuneração pelos serviços
ambientais prestados por nossos biomas ao planeta, como forma de
reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação.
Estamos, reitero, abertos à cooperação internacional.
Senhoras e senhoers: como todos reafirmamos em 1992, no Rio de Janeiro,
na conferência presidida pelo Brasil, o direito ao desenvolvimento deve
ser exercido de tal forma que responda equitativamente e de forma
sustentável às necessidades ambientais e de desenvolvimento das gerações
presentes e futuras.
Com esse espírito de responsabilidade coletiva e destino comum, convido-os novamente a apoiar-nos nessa missão.
Contem com o Brasil.
Muito obrigado."
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