O engano da Perestroika Actualizado!
por Cornélia R. Ferreira
O que se
segue é uma transcrição editada de um excerto de uma palestra muito poderosa e
elucidativa, dada pela D. Cornélia Ferreira em 23 de Agosto de 2007 na
Conferência “Fátima: O único caminho para a paz mundial” em Botucatu, Brasil.
No seu livro
de 1958, Masters
of Deceit [“Mestres do engano”], o chefe do FBI, J. Edgar Hoover, reconheceu que o
Comunismo é uma religião: “ O Comunismo é mais do que uma
doutrina e conómica, política, social ou filosófica. É uma maneira de viver; uma
religião falsa e materialista. Elimina no
homem a sua crença em Deus, a sua ... liberdade. ... Sob o Comunismo, todos
seriam ... escravos . ... A América é agora o alvo principal do comunismo
internacional.”
O Comunismo
anda junto com a Maçonaria
O Comunismo
é a religião de Satanás, porque o comunismo é invenção da Maçonaria, e o Deus
dos Maçons é o demônio. O Manifesto
Comunista foi
encomendado pelos Illuminati para exprimir idéias maçônicas. O objetivo da Maçonaria é uma
república socialista mundial, adoradora de Lúcifer e totalmente controlada pela
Maçonaria: por outras palavras, o reino de Satanás na terra. J. Edgar Hoover
era maçom de grau 33, e por isso, quando disse que o Comunismo internacional estava
a atacar a América, não revelou quem estava por detrás do Comunismo, visto que muitos americanos
importantes estavam implicados.
A Guerra
Fria foi uma charada que ocultou o facto de que os erros da Rússia estavam a
espalhar-se com a ajuda do Ocidente. Banqueiros americanos e europeus, ligados
aos Illuminati, financiaram secretamente a Revolução Bolchevista e construíram
a Rússia comunista e a União Soviética. E os Estados Unidos e os seus aliados
colaboraram abertamente com os comunistas, como, por exemplo, durante a 2ª
Guerra Mundial e por meio das Nações Unidas.
Porque é que
Fátima é o único caminho para salvar todo o mundo
Foi por isto
que Nossa Senhora disse que o único caminho para salvar o mundo da escravatura
era a conversão da Rússia; e esta só aconteceria através de uma Consagração
colegial ao Seu Imaculado Coração. Como é óbvio, por “conversão” Nossa Senhora queria
referir-se a uma conversão ao Catolicismo. Em Junho de 1929, Ela disse à Irmã
Lúcia que tinha chegado o momento para se fazer a
Consagração.
Mais uma vez, a escolha do ano de 1929 era significativa, porque foi
precisamente nesse ano que Stalin deu início a “uma ofensiva socialista em
todas as frentes.” Mas a conversão da Rússia é a última coisa que os Maçons querem, porque destruiria o seu principal
instrumento de controlo mundial. Por isso, não é difícil descobrir quem é
responsável pelo mito de que a Consagração está feita e
que as mudanças na URSS e na Europa Oriental nas duas últimas décadas provam
que a Rússia se “converteu.” Se a Igreja pode ser iludida de modo a pensar que
se fez a Consagração correcta, então esta não se fará, e os Illuminati poderão
continuar a servir-se da Rússia.
2 Golitsyn
revela a estratégia da Rússia para o domínio mundial Mas Nossa Senhora não pode
ser bloqueada.
Em 1961, um
alto funcionário russo e espião do KGB ,
chamado Anatoliy Golitsyn, desertou para os Estados Unidos, para avisar o
Ocidente para que não se deixasse
enganar pelas mudanças no Bloco Comunista. Durante mais de 30 anos, forneceu à
CIA com grande precisão análises e previsões de acontecimentos comunistas.
Escreveu também dois livros para alertar o público. O primeiro, publicado em
1984, chamava-se New Lies for Old (NLFO) [“Mentiras novas no lugar da s velhas”].
O segundo, The
Perestroika Deception (The PD) [“O engano da Perestroika”],
foi publicado em 1995.
Em NLFO, Golitsyn descreveu a estratégia de Lenin para
alcançar um governo comunista à escala mundial com a ajuda do Ocidente. Também
previu as mudanças no Bloco Comunista, incluindo as reformas económicas e
políticas, a criação do Solidariedade, a demolição do Muro de Berlim, a
reunificação da Alemanha, e o “colapso” planejado da União Soviética. É interessante notar que, numa
entrevista de 1990 à revista Time, Gorbachev, instigador da perestroika, predisse exactamente as mesmas
mudanças, corroborando assim as alegações de Golitsyn em como estavam planeadas
há muito tempo (embora ainda não tivessem acontecido), e não se deviam a
levantamentos espontâneos ou aos esforços do Presidente Reagan, do Papa ou do
obscuro electricista polaco Lech Walesa.
O segundo
livro de Golitsyn, The
Perestroika Deception, trata
sobretudo da fase final da estratégia a longo prazo do engano deliberado,
planeada décadas antes. Golitsyn disse que queria ajudar as pessoas que
acreditam na morte do Comunismo a “recuperar da sua cegueira.” O autor
descreveu em grande pormenor a confusão e os erros criados no mundo e na Igreja
pela perestroika. As suas análises denunciam os
mesmos acontecimentos que Nossa Senhora de Fátima avisou que sucederiam se não
se fizesse a Consagração colegial. Nossa Senhora disse que nações seriam
aniquiladas. Golitsyn diz que a incapacidade
do Ocidente de reconhecer que a
perestroika é um estratagema “traiçoeiro” que “ameaça a própria
continuação da civilização ocidental,” porque a perestroika foi idealizada para alcançar a destruição política
e física das democracias ocidentais.
The PD contém documentação abundante que
prova que as mudanças por detrás da Cortina de Ferro foram arquitectadas
meticulosamente para seguir a estratégia de Lenin para se alcançar — com a cooperação do Ocidente — uma “Nova Ordem Mundial Social,” uma sociedade global socialista e ateia, supostamente
dirigida pelos Russos e pelos Chineses, por volta do ano 2000. Bem, houve
muitas actividades estranhas no ano 2000 que pareciam indicar que a Nova Ordem
Mundial nasceu simbolicamente em 2000.
Actualmente, parece
haver uma luta para decidir quem irá dominá-la: a América ou o monstro
comunista que ela ajudou a criar? Estará a criatura a voltar-se contra o seu criador,
ou será antes um psicodrama, uma peça de teatro, representada para gerar um
medo internacional, para o qual a solução seja um aumento do totalitarismo?
Somos alvos
directos da Psicopolítica
Como parte
da sua estratégia geopolítica, o Comunismo aperfeiçoou a arte do controlo das mentes
chamada psicopolítica. Uma das suas técnicas é
implantar um estímulo nas mentes de uma população cansada, de modo a produzir a
resposta desejada, e em seguida activar esse estímulo quando seja necessário. O
espectro do aniquilamento nuclear foi assim usado intermitentemente para
manipular o mundo, de modo a que clame por uma cooperação e prevenção
internacionais através de leis e policiamento
globais, que é o caminho para o governo mundial.
Segundo a doutrina
psicopolítica: “Se um povo pode ser conquistado na ausência de uma guerra, ter-se-á
obtido o objectivo da guerra sem a destruição da guerra. ... A
expansão do Comunismo ... é pela conquista da mente. Pela psicopolítica, apurámos
esta conquista ao grau mais elevado. ... Se a psicopolítica tiver sucesso na
sua missão entre as nações capitalistas ..., nunca haverá uma guerra atômica,
porque a Rússia terá subjugado todos os seus inimigos.”
A psicopolítica tem por
fim “mudar as
fidelidades” ou “destruir as mentes” rapidamente. Procura também “produzir um
máximo de caos” para que “uma população cansada acabe por procurar obter a paz
através do Estado comunista que se lhes é oferecido, porque, por fim, só o
Comunismo pode resolver os problemas das massas” (que ele mesmo criou*) e
“trazer ao mundo”, por meio do seu “Estado mundial”, “a maior paz que o Homem
alguma vez conheceu”.
Talvez o maior sucesso da psicopolítica tenha sido convencer o mundo de que o Comunismo afundou-se para o fim da década de 1980. Porém, Golitsyn tinha previsto em 1984 a maior parte desses acontecimentos dramáticos em New Lies For Old, com uma precisão de 94%. Estava a tentar convencer o Ocidente que tudo isso fazia parte do plano para se alcançar um governo mundial.
A Perestroika estava planejada desde 1958
No seu livro
de 1995, The PD, demonstrou que a perestroika não era uma invenção de Gorbachev de 1985, mas antes a fase final de um plano formulado durante os anos de 1958-1960.
Perestroika quer dizer "restruturação,”
não apenas do sistema soviético mas também de todo o mundo livre. É a estratégia
soviética para uma “Segunda Revolução de Outubro”. Isto será uma revolução mundial TEMPORÁRIA e não-violenta, que utiliza uma falsa democratização controlada e
desinformação. O plano é utilizar estas duas técnicas para alcançar a síntese do
Comunismo e do socialismo com um capitalismo restruturado, a caminho de uma Ordem Mundial Comunista.
Vinte e dois anos depois do começo da perestroika, vemos que o Comunismo, ou o seu primo socialista,
fez grandes avanços em todos os países. Recordemo-nos de que Hoover disse que o
Comunismo é uma maneira materialista de encarar a vida, que despoja o homem da
sua fé em Deus e da sua liberdade. Nas últimas duas
décadas, temos avançado rapidamente para este
ponto.
Satanás, pai
da Perestroika
A chave da
compreensão da psicopolítica e da perestroika é lembrarmo-nos
de que a sua inspiração vem de Satanás, o pai das mentiras. O princípio
operacional do Comunismo foi dado por Lenin: “A mentira é sagrada, e o engano
será a nossa arma principal.” Golitsyn demonstra que, para iludir as
populações ocidentais de modo que aceitem o conceito de convergência com o
Comunismo, o estalinismo
foi restruturado, ficando a ser uma “forma mais atraente” da "democracia Comunista,” em que o KGB desempenharia “um papel essencial
na implementação da estratégia”. Trinta anos de ensaios e experiências da
democracia controlada, realizados em países como a
Checoslováquia, a Polónia e a Roménia. Isto preparou o terreno para a fase final — a reestruturação da perestroika e a falsa “democratização” controlada da própria URSS.
A Perestroika implica, em primeiro lugar, a restruturação da mente, de uma atitude anti-comunista para uma
pró-comunista. Logo que isto se consiga, os governos, leis e sistemas
financeiros poderão ser reestruturados facilmente para se chegar ao controlo pelos
comunistas. A Perestroika
é, portanto,
mais um jogo psicopolítico de controlo das mentes. A sua finalidade particular
é fazer com que o Comunismo pareça tão benigno que dê idéia que se converteu ou
morreu. Utiliza os princípios do comunista
italiano Antonio Gramsci (1891-1937).
Gramsci concebeu um modelo novo, mais desenvolvido
do Marxismo-Leninismo para iludir o ocidente. Gorbachev, que se considera
marxista-leninista, foi escolhido
para a
lançar.
Teatro
global
A Perestroika é a guerra psicológica (guerra cultural*). Uma das suas armas é a que
Golitsyn chama “cooperação-chantagem.” É descrita desta maneira: Uma “exibição
teatral de ‘democratismo’ [que é] feita para convencer o Ocidente de que teve
lugar uma ‘Quebra com o Passado’ decisiva.” Isto encoraja o Ocidente a
colaborar com os alegados “antigos” comunistas. Ao mesmo tempo, há uma ameaça
de chantagem de “um ‘regresso à Guerra fria’ — ou pior ainda — se o Ocidente
não colaborar.” É claro que este teatro serve para convencer o público de que houve realmente uma quebra com o passado; os
governos ocidentais
desempenham os papéis que lhes foram dados para esta peça.
Golitsyn
mostra como cada “crise,” desde a Praça de Tiananmen na China à falsa tentativa
de estado na Rússia em Agosto de 1991, às guerras na Chechénia, seguem a
fórmula de cooperação-chantagem. O esquema é sempre o mesmo: As “novas forças
da democracia” estão aparentemente em combate mortal contra os "conservadores
da linha dura”, e diz-se ao Ocidente que só a sua colaboração pode ajudar as
“frágeis democracias” a sobreviver. O preço a pagar pela paz é, portanto, a
restruturação do pensamento e das políticas
ocidentais para que obedeçam aos Comunistas.
Falsa
democratização
A forma como
a falsa democratização controlada se concretiza varia de país para país, dependendo
das circunstâncias que podem ser exploradas no referido país. Este era o plano
de Lenine, como se demonstra pela citação que se segue. Note-se que, nesta
citação, Lenin, pai do Comunismo moderno, faz equivaler a democracia ao socialismo e comunismo, isto é, a democracia é o socialismo/Comunismo.
Lembremo-nos desta equivalência quando ouvirmos as potências ocidentais ou as
Nações Unidas dizer que vão fazer guerra a uma nação para instalar nela a democracia. Isto é mais do que uma ideia arrogante. O que
eles querem dizer é que vão instalar o Comunismo. “Segundo Lenin: ‘Todas as
nações virão ao socialismo. ... Mas nem todas virão da mesma maneira. Cada
uma delas trará as suas características próprias a uma ou outra forma de
democracia, a uma ou outra variedade da ditadura do proletariado [isto é, o
Comunismo], a um ou outro desenvolvimento da transformação socialista’.”
Assim, na
Polónia, diz Golitsyn, “as bases [que podiam ser exploradas] relacionam-se com
a força da Igreja Católica e dos sindicatos. ... Na Alemanha Oriental, as bases
[estão] na divisão da Alemanha em dois estados. ...” Na China “os
estudantes têm uma velha tradição revolucionária como iniciadores de movimentos
políticos e de ... mudanças.” O próprio Partido Comunista Chinês começou como
um movimento de estudantes. Portanto, o Partido usou estudantes para fingir que
até a China estava a introduzir
a “democracia”.
* observação
do blog
Mais em:
FILMANDO A GRANDE FRAUDE
FILMANDO A GRANDE FRAUDE *
|
Jeffrey Nyquist * *
O desmoronamento da URSS: Gorbachev combinou tudo com a KGB |
O cineasta Robert
Buchar está tentando montar um documentário sobre o fim da Guerra
Fria e o colapso do comunismo na Europa. O título provisório é “The Grand Deception — Uncertain History.”
[A Grande Fraude — História Incerta]. Baseado em entrevistas com
ex-agentes de inteligência do bloco comunista, funcionários graduados
da CIA e estudiosos, o filme mostra que o colapso do comunismo não foi espontâneo. A diretiva para a mudança veio de Moscou.
O “Poder do Povo” nada teve a ver com esse colapso. De acordo com Buchar, “ao longo dos últimos três anos não pude descobrir qualquer órgão da mídia interessado nesse tópico”.
“Autoridades”, “especialistas” e âncoras de TV nos diziam, repetidas
vezes, que as revoluções no Leste Europeu foram causadas pelo
descontentamento popular. De acordo com os partidários do
conservadorismo americano, a União Soviética caiu porque Ronald Reagan
a derrubou. Não foi bem assim, diz Buchar: “A versão dos eventos apresentada ao público é bastante diferente daquilo que realmente aconteceu”.
Sobre este tema, Buchar entrevistou vários insiders e analistas. O ex-chefe do departamento de contra-inteligência da CIA responsável pelo bloco soviético, Tennent H. “Pete” Bagley [1], contou a Buchar que havia uma obscura mão por trás do colapso do comunismo no Leste Europeu. “Havia uma verdade diferente a esse respeito”, diz Bagley. “[...] e essa é uma verdade que foi tão bem ocultada que eu não sei se um dia sequer virá à tona...”.
De
acordo com Ludvik Zivcak, um oficial da polícia secreta comunista cuja
tarefa foi a de organizar a demonstração que serviu de gatilho à
“Revolução de Veludo”[2] na Tchecoslováquia, “Muitas
pessoas pensam ou acreditam que, em 1989, houve um levante em massa
da nação. Considerando o que eu fiz, ou onde trabalhei, não houve
levante algum. Hoje é difícil encontrar quem escreveu o
script, mas este não foi escrito nos EUA. Os EUA simplesmente pegaram
o bonde quase no final. Assim, o enredo foi escrito, muito mais
provavelmente, no Leste Europeu”.
De acordo com o pesquisador dissidente e ex-preso político soviético Vladimir Bukovsky, “a KGB foi parte integrante de toda a perestroika de Gorbachev.” Bukovsky relatou a Buchar que o Ocidente “nunca entendeu o sistema soviético como tal”, falhando ao não compreender “porque era inerentemente agressivo” e perigoso. O Ocidente assinou tratados inúteis com a Rússia, “Como se um pedaço de papel pudesse algum dia deter o monstro.” O
Ocidente não entendeu Stalin, nem Khrushchev ou Brezhnev e jamais
compreenderia o lado sinistro da ofensiva de paz de Gorbachev. “Deste modo, acreditariam em qualquer nonsense”, enfatiza Bukovsky. “[Acreditariam] até no incrível nonsense de que havia uma disputa entre reformistas e a linha-dura no Politburo e na liderança do PCUS”.[3]
No fim da Guerra
Fria, durante a Cúpula de Malta, mantida entre o presidente Bush
(pai) e Gorbachev, a seguinte troca de idéias ficou registrada para a
posteridade: o então Secretário de Estado James Baker levantou a
questão de defender os valores ocidentais e os russos ficaram
perturbados e agitados. O presidente George H. W. Bush interveio com
um comentário decisivo: “Vamos evitar palavras descuidadas e
outras discussões sobre ‘valores’. Do fundo de nossos corações,
saudamos as mudanças vindouras”. Isso era tudo que os russos queriam ouvir. Valores
americanos e ajuda na queda do comunismo não eram bem-vindos porque a
KGB estava montando a sua própria versão de democracia e a sua
própria versão de capitalismo[4]. Bukovsky interpreta esse diálogo da seguinte maneira: “Gorbachev
simplesmente disse a Bush que mudaria completamente os regimes na
Europa Oriental... e que pedia seriamente aos EUA e aos seus aliados
ocidentais que não se envolvessem. Para não criar mais problemas,
porque era uma transição muito frágil, um período muito delicado, etc. “Nós as faremos [as mudanças], não se preocupe, só não se meta. Não estrague tudo”. E Bush não se meteu.
O colapso do comunismo não foi obra de Reagan ou João Paulo II. Foi administrado pela KGB, afirma Nyquist |
Portanto,
as mudanças foram iniciadas a partir de Moscou e aos EUA foi dito que
ficassem de fora. Era um assunto da KGB administrar o colapso do
comunismo, e agora vemos – mais claramente do que vimos em
1991 – para onde esse colapso nos levou. A atitude européia mudou para
uma posição de confrontação à política externa americana. Para nossa
consternação, um alto oficial da KGB é o presidente da Federação
Russa. Ex-agentes e funcionários das polícias secretas comunistas são
os líderes de muitos dos países “ex-membros” do Pacto de Varsóvia.
A opressão da dissensão é levada a cabo ao estilo dos assassinatos
entre gangues (tal como nas mortes de Anna Politkovskaya e Paul
Klebnikov). O encarceramento de dissidentes é conduzido sob pretextos
legais.
O jornalista e político tcheco Jan Stetina disse a Buchar que: “Depois
de alguns anos ficou claro que o termo ‘queda do comunismo’ não
reflete a realidade. O entusiasmo não durou muito e eu diria que hoje
estamos num estado de desilusão”. O dissidente e ex-prisioneiro político tcheco Petr Cibulka explicou: “Eu
fui solto da prisão em 17 de novembro de 1989 e durante as duas
primeiras semanas eu acreditei que estavam acontecendo mudanças. Mas
bastaram apenas mais algumas semanas para que eu percebesse que as
mudanças eram apenas cosméticas, mudanças de cenário; que o poder
continuaria nas mãos dos comunistas e que eles não precisavam se
preocupar quanto a perder o que quer que fosse”. Cibulka declarou ainda: “Isto não é uma revolução, mas outra trapaça comunista”.
O ex-prisioneiro político tcheco Vladimir Hucin relatou a Buchar: “Eu assinei a Carta 77[5]
depois de solto da prisão em 1986. Quando mais tarde eu tive acesso a
documentos dos arquivos da STB (polícia secreta comunista), descobri
quantas pessoas da Carta 77 estiveram envolvidas com a STB, quantos
agentes a STB tinha nesse grupo. Isso foi um grande desapontamento
para mim”. Conforme o historiador tcheco Pavel Zacek confirmou a Buchar: “A
STB funcionou com muita eficácia. Eles se infiltraram em todos os
grupos regionais de oposição. Eles manobraram de modo a colocar seus
agentes nas principais posições de liderança do Fórum Cívico, além de
recrutarem novos agentes entre os quadros dos partidos
social-democratas populares da Tchecoslováquia. Não foram encontrados
documentos sobre como essa operação foi conduzida...”.
O trailer do filme O Colapso do Comunismo, do cineasta Robert Buchar |
Robert
Buchar é um cineasta da Tchecoslováquia e que de lá fugiu em 1980,
indo para os EUA em 1981. Trabalhou como operador de câmera para a
rede de TV CBS e, desde 1990, ensina cinematografia no Columbia
College, em Chicago.
Em 1999 produziu o documentário Velvet Hangover [Ressaca de Veludo], que foi transformado em livro em 2003, sob o título Czech New Wave Filmmakers in Interviews [Novos Cineastas Tchecos em Entrevistas].
“Foi o trabalho que fiz para esse livro que me levou à idéia de rodar um filme”, explicou Buchar. “E foi o ex-dissidente e prisioneiro político tcheco Petr Cibulka quem me convenceu a fazê-lo quando me disse: ‘Se você não fizer o filme, ninguém mais o fará’. Assim,
comecei a trabalhar neste documentário ‘The Grand Deception –
Uncertain History’ em 2004 e finalizei a fotografia principal em junho
de 2007. Estou editando entrevistas, mas está tudo parado, pois
preciso levantar dinheiro para comprar imagens de arquivo de
noticiários da época para terminar o filme. Talvez eu tenha de
publicar o livro antes de acabar o filme”.
Na qualidade de ex-cidadão da Tchecoslováquia comunista, o que Buchar aprendeu dessas entrevistas? “De antemão, você tem uma idéia desse evento”, diz Buchar,
“e essa idéia muda quando você ouve todos os detalhes descritos por
testemunhas oculares. E então, é claro, ao ligar os pontos de
diferentes lugares, você é levado a um quadro terrificante e a uma
conclusão que me preocupa. As pessoas normalmente me
olham de um jeito estranho quando digo que decidi fugir do meu país,
porque, lá pelo final dos anos 70, eu cheguei à conclusão de que o
processo de mudança do sistema já estava em curso e quando acontecesse
de verdade seria orquestrado desde dentro, com um resultado
predeterminado e inaceitável para mim. Eu só não imaginava que
aconteceria tão cedo. Eu imaginava mais uns dez anos para que
acontecesse”.
Bill Gertz, do The Washington Times, especialista em defesa nacional, denunciou a presença de uma mentalidade contrária ao anticomunismo dentro da CIA
|
Os leitores podem estar curiosos quanto ao que Buchar pensa a respeito da reação ocidental ao colapso do comunismo.
“Bem…”, diz ele, “uma coisa que eu aprendi e da qual eu não estava nada ciente antes – é o
nível de incompetência da CIA no que diz respeito ao seu grau de
compreensão do sistema comunista, do modo de operação nos países do
Bloco Oriental; uma incompetência que ignorava a importância da
ideologia e o nível da infiltração soviética na própria agência.
É algo parecido ao que Bill Gertz chama de mentalidade ‘antianticomunista’ [contrária ao anticomunismo] na CIA. Isso foi realmente chocante para mim”.
_________
* Publicado nos Estados Unidos por Financialsense.com
Publicado no Brasil e traduzido por Mídia Sem Máscara.
* * Jeffrey
Nyquist é formado em sociologia política na Universidade da
Califórnia e é expert em geopolítica. Escreve artigos semanais para o Financial Sense, é autor de The Origins of The Fourth World War e mantém um website.
_________
NOTAS:
[2]
NT: A expressão "Revolução de Veludo" foi cunhada por jornalistas
após os acontecimentos, aceita pela mídia mundial e em seguida, usada
pela própria Tchecoslováquia.
[3] NT:
Liderança do Partido Comunista da União Soviética, órgão colegiado e
composto por muitos membros, dentre os quais eram escolhidos os
membros do Politburo. O Politburo sempre contou, necessariamente, com
membros da KGB e esteve sempre acima do comando das forças armadas
soviéticas.
[4]
Ou seja, captação de pesados investimentos estrangeiros,
especialmente europeus, em petróleo e gás, e a máfia russa, desde
sempre controlada pela KGB.
[5] Charta 77 (em Tcheco e Eslovaco)
foi, nominalmente, uma iniciativa cívica informal na Tchecoslováquia,
de 1977 a 1992, cujo nome deriva do documento Carta 77, de janeiro
de 1977. Os seus membros fundadores e arquitetos foram Václav Havel, Jan Patočka, Zdeněk Mlynář, Jiří Hájek, e Pavel Kohout.
Depois da “Revolução de Veludo” de 1989, muitos de seus membros
desempenharam papéis importantes na política tcheca e eslovaca.
_________
NOTAS DE SACRALIDADE:
— Os destaques em negrito no artigo foram introduzidos pelo Editor deste site.
— Robert Buchar foi cineasta na Tchecoslováquia e agora é professor e diretor de cinematografia no Columbia College de Chicago.
— Este artigo foi aqui editado em razão de sua relação com a temática do caos, à qual remetemos o leitor:
*
A Era dos Assassinos — A nova KGB e o fenômeno Vladimir Putin
http://www.midiasemmascara.org/artigos/internacional/russia/14598-a-era-dos-assassinos--a-nova-kgb-e-o-fenomeno-vladimir-putin.html
http://www.midiasemmascara.org/artigos/internacional/russia/14598-a-era-dos-assassinos--a-nova-kgb-e-o-fenomeno-vladimir-putin.html
NOVAS MENTIRAS EM LUGAR DAS VELHAS - ANATOLIY GOLITSYN
O LIVRO JÁ ESTÁ NA INTERNET
DESINFORMAÇÃO -KGB E A ESTRTÉGIA DA MENTIRA EM ESCALA PLANETÁRIA - NOVAS MENTIRAS EM LUGAR DAS VELHAS - ANATOLIY GOLITSYN
"O mundo Ocidental como um todo, e os Estados Unidos em particular, se equivocaram seriamente sobre a natureza das mudanças no mundo comunista. Não estamos testemunhando a morte do comunismo, mas uma nova ofensiva estratégica de desinformação."Anatoliy Goliytsyn
http://conspiratio3.blogspot.com.br/2014/09/novas-mentiras-em-lugar-das-velhas.htmlCONSPIRATIO
ALGUNS DADOS ELEMENTARES SOBRE O MOVIMENTO COMUNISTA - OLAVO DE CARVALHO
http://conspiratio3.blogspot.com.br/2017/01/alguns-dados-elementares-sobre-o.html
"É preciso estar disposto a todos os sacrifícios e, inclusive, empregar
todos os estratagemas, ardis e processos ilegais, silenciar e ocultar a
verdade." LêninO LIVRO JÁ ESTÁ NA INTERNET
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"O mundo Ocidental como um todo, e os Estados Unidos em particular, se equivocaram seriamente sobre a natureza das mudanças no mundo comunista. Não estamos testemunhando a morte do comunismo, mas uma nova ofensiva estratégica de desinformação."Anatoliy Goliytsyn
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