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A aula começa em 22:20
https://youtu.be/pIqBOY7DXow?t=1339
“O que há de errado com o mundo” não é apenas uma pergunta que todos, em
algum momento da vida, já nos fizemos, lendo jornais e assistindo a
noticiários… É também o título de uma das obras de G. K. Chesterton, que
Padre Paulo Ricardo usa nesta aula para apresentar o seu pensamento.
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O TOTALITARISMO (COMUNISMO, NAZISMO) PRECISA ELIMINAR TODOS OS LAÇOS SOCIAIS E FAMILIARES - HANNAH ARENDT
Desde os tempos antigos, a imposição da igualdade de condições aos
governados constituiu um dos principais alvos dos despotismos e das
tiranias, mas essa equalização não basta para o governo totalitário,
porque deixa ainda intactos certos laços não políticos entre os
subjugados, tais como LAÇOS DE FAMÍLIA e de interesses culturais comuns.
O totalitarismo deve chegar ao ponto em que tem de acabar com a
existência autônoma de qualquer atividade que seja, mesmo que se trate
de xadrez. Os amantes do “xadrez por amor ao xadrez”, adequadamente
comparados por seu exterminador aos amantes da “arte por amor à arte”,
demonstram que ainda não foram absolutamente atomizados todos os
elementos da sociedade, cuja UNIFORMIDADE INTEIRAMENTE HOMOGÊNEA É
CONDIÇÃO FUNDAMENTAL PARA O TOTALITARISMO.
A atomização da massa na sociedade soviética foi conseguida pelo uso
de repetidos expurgos que invariavelmente precediam o verdadeiro
extermínio de um grupo. A fim de destruir todas as conexões sociais e
familiares, os expurgos eram conduzidos de modo a ameaçarem com o mesmo
destino o acusado e todas as suas relações, desde meros conhecidos até
os parentes e amigos íntimos. A “culpa por associação” é uma invenção
engenhosa e simples; logo que um homem é acusado, os seus antigos amigos
se transformam nos mais amargos inimigos: para salvar a própria pele,
prestam informações e acorrem com denúncias que “corroboram” provas
inexistentes. Em seguida, tentam provar que a sua amizade com o acusado
nada mais era que um meio de espioná-lo e delatá-lo como sabotador,
trotskista, espião estrangeiro ou fascista. Em última análise, foi através do
desenvolvimento desse artifício, até os seus máximos e mais fantásticos
extremos, que os governantes bolchevistas conseguiram criar uma
sociedade atomizada e individualizada como nunca se viu antes, e a qual
nenhum evento ou catástrofe poderiam por si só ter suscitado.
Os movimentos totalitários são organizações maciças de indivíduos
atomizados e isolados. Distinguem-se dos outros partidos e movimentos
pela exigência de lealdade total, irrestrita, incondicional e
inalterável de cada membro individual. Não se pode esperar essa lealdade a
não ser de seres humanos completamente isolados que, desprovidos de
outros laços sociais — de família, amizade, camaradagem — só adquirem o
sentido de terem lugar neste mundo quando participam de um movimento,
pertencem ao partido.
https://conspiratio3.blogspot.com/2020/08/o-totalitarismo-precisa-eliminar-todos.html
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A direita não precisa de ideologia, porque sua ideologia é
preservar a natureza humana, o bom senso, a lógica e as capacidades
humanas normais de percepção, julgamento e ação. Tudo o que apoia estas
qualidades e comportamento é combatido pela esquerda.
"Chegará o
dia em que teremos de provar que a grama é verde." e este dia é hoje.
Mas o que Chesterton não diz é que nesse dia não conseguiríamos provar o
que os olhos veem porque acreditaríamos mais na palavra (da autoridade,
da "maioria"/minorias empoderadas) do que nos próprios olhos.
"Em
breve estaremos em um mundo no qual um homem pode ser vaiado por dizer
que dois e dois fazem quatro, no qual gritos de partidos furiosos serão
levantados contra qualquer um que diga que as vacas têm chifres, nas
quais as pessoas irão perseguir a heresia de chamar um triângulo, uma
figura de três lados, e enforcar um homem por enlouquecer a multidão com
a notícia de que a grama é verde." (G. K. Chesterton - tradução
Google)
"Trinta anos de estudos sobre a mentalidade
revolucionária convenceram-me de que ela não é a adesão a este ou àquele
corpo de convicções e propostas concretas, mas a aquisição de certos
cacoetes lógico-formais incapacitantes que acabam por tornar impossível,
para o indivíduo deles afetado, a percepção de certos setores básicos
da experiência humana. A mentalidade revolucionária não é um conjunto de
crenças, é um sistema de incapacidades adquiridas, que começam com um
escotoma intelectual e culminam numa insensibilidade moral criminosa. É
uma doença mental no sentido mais estrito e clínico do termo,
correspondente àquilo que o psiquiatra Paul Sérieux descrevia como
delírio de interpretação. Numa discussão com o homem normal, o
revolucionário está protegido pela sua própria incapacidade de
compreendê-lo." Olavo de Carvalho
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