https://youtu.be/OcyS2iA5tu8
*
Se o GOVERNO PAGA A IMPRENSA, ELA NÃO CUMPRE SEU PAPEL, TORNA-SE SUBSERVIENTE, GOVERNAMENTAL COMO O PRAVDA. A menos que seja anunciada e comercializada como obra de ficção, a imprensa não deveria se aliar àqueles a quem tem de vigiar, criticar, acusar. Mas o que Lula fez para "beneficiar a democracia"e "ajudar o jornalismo"? Comprou o controle das informações com dinheiro do BNDES, CARF, propaganda, etc. (artigo abaixo). Pior ainda, todos sabem que o Pravda é a voz oficial da Rússia comunista, mas a imprensa brasileira consegue manipular a opinião pública parasitando sua boa reputação de imprensa livre, enganando o público! Quem tem de pagar a imprensa é o consumidor de notícias VERDADEIRAS. Ponto. É só assim que ela tentará satisfazer esta exigência legítima e democrática. A democracia precisa da verdade! É o socialismo que precisa do controle da informação.
Eu espero que o aumento de verdades circulantes desfaça as armadilhas montadas contra a sociedade, como esta de que dinheiro público pode fazer algum bem ao jornalismo. Isso é um PERIGO disfarçado, como são as ameaças esquerdistas sempre camufladas de benefício.
*
A estratégia dos comunistas com relação à mídia no Brasil consiste de duas operações sucessivas; parasitá-la e depois matá-la. Enquanto se sentiam fracos, trataram de infiltrar-se em todas as redações, dominá-las por dentro pouco a pouco, promover-se e premiar-se uns aos outros e usar os jornais e canais de TV, de maneira discreta e informal, como instrumentos para a conquista da hegemonia cultural.
Tão logo tiveram nas suas mãos o controle do Estado, passaram à segunda etapa: jogar fora o corpo parasitado e exausto, eliminar as empresas de que se serviram e transferir ao Partido (diretamente ou por meio de ONGs) o controle direto dos meios de comunicação.
O processo desenrola-se diante de nós com uma clareza deslumbrante, e ainda há gente na “direita” que se entusiasma com as passeatas anti-Globo.
Os comunistas DOMINAM a grande mídia por dentro e a ACHINCALHAM por fora. A fórmula é infalível.
Olavo de Carvalho
https://medium.com/
***
OLAVO DE CARVALHO - A mídia foi o primeiro terreno onde o comunopetismo firmou sua hegemonia e de onde partiu, com base firme, para a conquista do restante. É inútil reclamar, é inútil apelar à consciência profissional da classe jornalística, que já não tem nenhuma e enxerga a manipulação do noticiário como um dever e um mérito. A mídia foi e é o CENTRO IRRADIANTE da hegemonia comunopetista e não apenas um suporte externo, como em geral as pessoas imaginam. Ela é o primeiro obstáculo que teria de ser derrubado ANTES de um ataque ao poder federal.
https://olavodecarvalhofb.wordpress.com/2015/11/07/novo-artigo-hangout-e-sucursal-indiana/
MÍDIA DE RABO PRESO - LULA COMPROU A IMPRENSA - O INÍCIO
Ipojuca Pontes publicou em 2004 este flagra do Lula comprando a mídia com empréstimos do BNDES, a pretexto de fortalecer a imprensa democrática.
Ocorre no Congresso Nacional um jogo de pressão e contrapressão da maior importância. Trata-se da abertura da farta linha de crédito específica para o setor de comunicação (leia-se jornais da grande imprensa do eixo Rio-São Paulo e algumas emissoras de TV), na ordem de R$10 bilhões, com recursos provenientes do BNDES. Segundo o noticiário, o grosso dos recursos do financiamento seria destinado à restauração de dívidas das empresas e/ou aos investimentos em tecnologia e produção.
O presidente do BNDES, Carlos Lessa, economista brasileiro ligado à "Musa do Cruzado", a portuguesa Maria da Conceição Tavares, figura no mínimo abusada, deixa transparecer abertamente que é a favor da transação, mas diante da crise de credibilidade que acomete muito justamente o governo Lula, procura demonstrar isenção: "Nós já levamos a nossa posição e creio que isto será objeto de uma discussão bastante ampla na sociedade. Será um debate em que o Congresso Nacional, os partidos políticos, os colunistas e os formadores de opinião darão suas impressões sobre o tema."
Mas ele próprio, Lessa, na ânsia de encaminhar o negócio, compareceu a um encontro com deputados do Nordeste na Câmara dos Deputados, em Brasília, para vender o colossal peixe: "Tanto para a democracia, quanto para a civilização, uma sociedade nacional tem que ter uma indústria de comunicação forte. Se a indústria de comunicação estiver abalada, como aparentemente está, cabe fortalecê-la. Mas o setor tem que ser fortalecido de uma maneira equilibrada, equânime e é preciso garantir que não tenhamos qualquer interferência na construção da controvérsia e dos conteúdos."
É aí que a porca torce o rabo e o trololó de Lessa esboroa numa nuvem de poeira tóxica. Em primeiro lugar, porque é pouco provável que a sociedade tenha condições de entrar no debate, ainda que parte substancial do que forma o capital do BNDES venha do Fundo do Amparo ao Trabalhador (FAT). Em segundo lugar, porque os principais atores da negociação estão discordes entre si: enquanto a TV Globo e Bandeirantes querem o grosso do crédito para liquidar dívidas contraídas em negócios passados, a Record, a Rede TV e a SBT discordam que se enterre o dinheiro público no pagamento de dívidas que não criam empregos e a ampliação do mercado de trabalho.
De fato, na cessão da linha de crédito, parcela considerável dos recursos seria cedida às Organizações Globo (sempre útil ao governo) para saudar débitos com bancos internacionais, segundo o Jornal do Brasil, na ordem de US$ dois bilhões. Os opositores dos interesses das Organizações Globo protestam que a emissora chegou a tal situação pelo fomento de uma política de "dumping" — por exemplo, com a aquisição de programas que simplesmente não usava nem permitia usar, atingindo, pelo boicote, a livre competição. 0 BNDES, cujo ativo se aproxima da casa dos R$115 bilhões, é o maior banco de fomento da América Latina. Sem o "s" no final da sigla, foi criado em 1952, no governo Vargas, como órgão voltado para fornecer a contrapartida, em cruzeiros, dos financiamentos externos obtidos para os projetos da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos (CMBEU, uma espécie de plano Marshall caboclo), destinados a obras de infraestrutura nos setores de serviços de energia e transportes. Os seus recursos são os mais cobiçados do mundo, pois são empréstimos de juros baixos e de muito longo prazo.
Grande parte da pressão inflacionária que torna a vida do brasileiro uma permanente infelicidade vem do excesso dos déficits previdenciários (acima de R$ 26 bilhões), das insolventes e crescentes renúncias fiscais (mais de R$ 15 bilhões anuais), sem falar nos R$ 220 bilhões devidos e nunca recebidos nas diversas agências financeiras oficiais, dentre elas o BNDES. 0 brasileirinho da "quentinha" e da fila do ônibus talvez não tenha consciência, mas é ele quem paga o "furo" do alarmante buraco negro financeiro.
A partir de retrospecto histórico, assinale-se que o governo, ao tentar cooptar a grande mídia com empréstimos faraônicos, labora em arma de dois gumes. Mino Carta, ex-editor da Veja, diz que o "leninista" Golbery financiou no período revolucionário o Grupo Abril com empréstimo especial de US$ 50 milhões, para resultados editoriais e políticos considerados, posteriormente, insatisfatórios. E a trágica queda de Vargas, em 1954, começou quando Chateaubriand (Diários Associados) e Roberto Marinho (0 Globo) abriram câmeras e microfones para Carlos Lacerda (Tribuna da Imprensa) denunciar o milionário contrato de financiamento de compra de papel, por vinte anos, feito a preço de banana Gelo Banco do Brasil à Última Hora de Samuel Wainer, culminando tudo – no "mar de lama" do Catete – com um tiro no peito.
Príncipe moderno e antigo
Ipojuca Pontes
Estrategistas do PT fecham o cerco e preparam o terreno para estabelecer as bases práticas da “transição para o socialismo” no espaço nacional. Eles querem que o segundo mandato de Lula, se possível seis meses antes das eleições presidenciais, já encontre a máquina regulada para o exercício do poder institucionalizado dentro dos moldes de uma república popular. Assim, nos últimos meses, por meio de palestras e debates de propostas “transformadoras” efetivadas em reuniões fechadas, ideólogos do petismo situados no governo laboram com afinco para a urgente criação de conselhos, associações e organismos empenhados no “controle do imaginário da nação”. Esperam, com eles, objetivar a sustentação de sólida plataforma para o encaminhamento das reformas “moral” (cultural) e “intelectual” (ideológica) da sociedade, a partir das quais seria desfechada a transição (“superação”) do Estado burguês para o Estado-classe.
Propostas de projetos como as que resultariam na criação da Ancinav (Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual) e do CFJ (Conselho Federal de Jornalismo), que estão sendo encaminhadas ao Congresso Nacional depois de devidamente analisados pela Casa Civil, evidenciam o desejo do governo Lula de ensejar a orientação, a disciplina e a fiscalização dos instrumentos de controle psicossocial, já que detém em grande parte o domínio dos instrumentos políticos e econômicos que conduzem o país. No fundo, são propostas que possibilitam a consolidação do partido-Estado, definido pelo teórico comunista Antonio Gramsci como o “Príncipe Moderno” - tornando-se este, por sua vez, responsável pela afirmação de uma nova ordem social totalizadora.
Com efeito, o próprio Gramsci assim explica o partido-Estado em suas “Notas sobre Maquiavel, a política e o Estado moderno” (“Note sul Machiavelli, sula política e sullo stato moderno” – Istituto Gramsci, 1961): “O moderno Príncipe (partido hegemônico), desenvolve-se, subverte todo o sistema de relações intelectuais e morais, uma vez que o seu desenvolvimento significa, de fato, que todo ato é concebido como útil ou prejudicial, como virtuoso ou criminoso, somente na medida em que tem como ponto de referência o próprio Moderno Príncipe e serve ou para aumentar o poder ou para opor-se a ele. O príncipe toma o lugar, nas consciências, da divindade ou do imperativo categórico, torna-se a base de um laicismo moderno e de uma completa laicização de toda a vida e de todas as relações de costume”.
No encadeamento da lógica do Príncipe Moderno (como realça, por linhas paralelas, o secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, no paper “Subdesenvolvimento e Cultura”), em que se toma a parte pelo todo, o partido-Estado, operacionalizado por conselhos e organismos participativos, apresenta-se como o detentor do poder, da lei e da verdade (conhecimento) para conduzir a sociedade, denegando o adverso (o Outro) como representante demoníaco da democracia burguesa ou do inimigo externo (imperialismo) – o velho bode expiatório capaz de inspirar a unidade e o ódio das massas.
De fato, no arrazoado do partido hegemônico, em que se explora sem peias o mito de uma possível identidade sem divisões, voltada para a “construção da grandeza nacional”, o povo distingue-se identificado com o proletariado (a classe trabalhadora), o proletariado com o partido de classe, o partido de classe com a executiva (direção) do partido, e a executiva do partido, por sua vez, com o líder carismático – pois no topo da pirâmide projetada pelo Príncipe Moderno prevalecerá sempre a figura e a vontade do líder, seja ele Stalin, Mussolini, Hitler, Fidel ou mesmo Lula.
Pelo menos na teoria, o Príncipe moderno imaginado por Gramsci viria para se contrapor ao Príncipe de Machiavel, ideário do Estado monárquico que preservava os privilégios das classes superiores sobre a burguesia emergente, o proletariado e as massas do campo. No entanto, moderno ou antigo, na ordem prática das coisas tanto os apaniguados do Príncipe de Maquiavel quanto os de Gramsci, jamais deixaram de abocanhar o produto do suor das massas trabalhadoras, como bem evidenciam a boa vida levada pelas Nomenklaturas da extinta URSS e de Cuba, o parasitismo remunerado dos “senõritos” no México do partido único (o PRI – Partido Revolucionário Institucional”) e, no plano local, a existência da privilegiada “casta de serviço” alimentada pela ditadura “revolucionária” do General Geisel e ampliada de forma perversa pela criação e fortalecimento de centenas de estatais, entre elas a Embrafilme, a exaurir o esforço da cadeia produtiva nacional.
É no mínimo urgente que a sociedade e o Congresso Nacional se ponham em alerta quando às pretensões do governo de criar, pela estratégia de aprovação pelo voto, as bases de um Estado totalitário. E é bom não acreditar na oposição das corporações e das elites que vivem das benesses do Estado. Elas, a despeito de tudo, terminam por conviver com os arreganhos do totalitarismo desde que não se toque em seus privilégios. Basta olhar o mundo do Príncipe – antigo ou moderno.
(*) Ipojuca Pontes é cineasta, destacado documentarista do cinema brasileiro, jornalista, escritor, cronista, ex-Secretário Nacional da Cultura e autor do livro Politicamente Corretíssimos.
IMPRENSA DE RABO PRESO EM 1993 FAZIA CAMPANHA PELA "ÉTICA"
UNANIMIDADE SUSPEITA
Escrito em dezembro de 1993, por Olavo de Carvalho publicado na revista Imprensa maio de 1994
PELO FUROR investigativo com que os jornais e a TV abrem as latrinas, destapam os ralos, vasculham os esgotos da República, parece que o Brasil, dentre todos os países, tem a imprensa mais ousada, mais independente, mais empenhada em descobrir e revelar a verdade. Porém o mais admirável, nela, é a unanimidade da sua adesão a esse objetivo. Não há neste país um só jornal, estação de rádio ou canal de TV que se exima da obrigação de informar, que procure mesmo discretamente abafar denúncias, proteger reputações, acobertar suspeitos. Todos, mas todos os órgãos de comunicação, sem exceções visíveis, estão alinhados no ataque frontal à corrupção, que verberam em uníssono, com a afinação de um coro multitudinário regido por uma só vontade, por um só espírito, por um só critério de valores. No exército da moralidade pública, não há defecções.
(...)
Mas, a quem fez seu aprendizado no jornalismo ouvindo dizer que imprensa é diversidade, que democracia é pluralismo de opiniões, essa unanimidade não pode deixar de parecer um tanto suspeita. Anormal historicamente, ela é. Nunca, em qualquer lugar ou época, se viu um caso como este, de uma nação em peso abdicar de suas divergências internas para formar frente única sob uma bandeira tão vaga e abstrata quanto a “ética”. Nem países em guerra, movidos pela necessidade de unir-se em defesa de bens mais palpáveis contra perigos mais imediatos e letais, lograram homogeneizar a tal ponto o discurso dos seus jornalistas.
O que está acontecendo no Brasil é um fenômeno ímpar na história da imprensa mundial. Um fenômeno tanto mais estranho quanto é recente a introdução da palavra “ética” no vocabulário popular brasileiro e rapidamente improvisada, com êxito fulminante, sua promoção ao status de ideal unificador de todo um povo. Jamais uma palavra-de-ordem emanada de um estreito círculo de intelectuais ativistas logrou alastrar-se com tal velocidade pela extensão de um continente, sem que ninguém se lembrasse de objetar que a rapidez com que se propagam as palavras está às vezes na razão inversa da profundidade de penetração das idéias.
Mas, além disso, é um fenômeno suspeito. As razões de suspeita são tão patentes, que nem mesmo o coro unanimista bastaria para encobri-las, se, neste caso, o acordo geral de falar sobre certas coisas não subentendesse, como uma conditio sine qua non, o compromisso de calar sobre outras.
Essas razões podem resumir-se numa só pergunta: Se o esquema de corrupção nas altas esferas é tão poderoso a ponto de fazer presidentes, moldar a seu gosto o Orçamento da República, manipular o Congresso, desviar dos cofres públicos o equivalente à dívida externa do país, subornar altos funcionários da polícia, exercer quase, como disse o senador Bisol, as funções de um governo paralelo, então como será possível que ele não tenha meios de subornar e calar a imprensa? Como será possível que, dentre todos os poderes que decidem a vida nacional, somente a imprensa tenha escapado das malhas da influência corruptora e agora se encontre livre para denunciá-la?
Francamente, não é razoável supor que experts em suborno, com experiência de várias décadas no mercado de consciências, tenham simplesmente se esquecido de digitar, na programação das propinas ou do favorecimento ilícito, as empresas de comunicações. Não é sequer verossímil imaginar que os canais de TV, concessões dependentes do governo, que as empresas jornalísticas, sempre endividadas com os bancos oficiais ao longo de toda a sua história, teriam a desenvoltura que ostentam para bater na cara de gente tão poderosa, sem temor de um revide, caso essa gente fosse realmente poderosa como se tenta fazer crer.
Que a máfia onipotente não tenha, em toda a imprensa nacional, um só defensor, eis aí o que, simplesmente, põe em dúvida a sua proclamada onipotência.
(...)
Será necessário lembrar que, tanto quanto as famigeradas empreiteiras, as empresas de comunicações também são prestadoras de serviços ao governo, também tomam empréstimos vultosos em bancos oficiais, também fazem lobby junto ao Executivo e ao Congresso, um lobby que, ademais, é reforçado pelo domínio direto que elas exercem sobre a opinião pública? Como “passar o país a limpo” se a mão que move a borracha cuida de apagar, em primeiríssimo lugar, os trechos comprometedores da sua própria participação no enredo?
É verdade que os jornalistas, sobretudo os mais novos, sobretudo os da esquerda, ansiosos de destruir certos setores da oligarquia, julgam que é boa política aliar-se a um outro setor dela ( talvez o mais poderoso de todos ), seguindo o conselho de Lênin: se você tem cinco inimigos, alie-se a quatro contra o quinto, depois a três contra o quarto, até destruir todos eles. Mas não haverá nessa brincadeira de maquiavéis mirins a ingenuidade de deixar-se usar, na esperança de amanhã poder virar o jogo? Porque, afinal, os cinco inimigos também podem ter lido Lênin, e alguns deles são bastante espertos, além de mais ricos do que qualquer jornalista.
Do livro O IMBECIL COLETIVO, de Olavo de Carvalho
UNANIMIDADE SUSPEITA
Escrito em dezembro de 1993, por Olavo de Carvalho publicado na revista Imprensa maio de 1994
PELO FUROR investigativo com que os jornais e a TV abrem as latrinas, destapam os ralos, vasculham os esgotos da República, parece que o Brasil, dentre todos os países, tem a imprensa mais ousada, mais independente, mais empenhada em descobrir e revelar a verdade. Porém o mais admirável, nela, é a unanimidade da sua adesão a esse objetivo. Não há neste país um só jornal, estação de rádio ou canal de TV que se exima da obrigação de informar, que procure mesmo discretamente abafar denúncias, proteger reputações, acobertar suspeitos. Todos, mas todos os órgãos de comunicação, sem exceções visíveis, estão alinhados no ataque frontal à corrupção, que verberam em uníssono, com a afinação de um coro multitudinário regido por uma só vontade, por um só espírito, por um só critério de valores. No exército da moralidade pública, não há defecções.
(...)
Mas, a quem fez seu aprendizado no jornalismo ouvindo dizer que imprensa é diversidade, que democracia é pluralismo de opiniões, essa unanimidade não pode deixar de parecer um tanto suspeita. Anormal historicamente, ela é. Nunca, em qualquer lugar ou época, se viu um caso como este, de uma nação em peso abdicar de suas divergências internas para formar frente única sob uma bandeira tão vaga e abstrata quanto a “ética”. Nem países em guerra, movidos pela necessidade de unir-se em defesa de bens mais palpáveis contra perigos mais imediatos e letais, lograram homogeneizar a tal ponto o discurso dos seus jornalistas.
O que está acontecendo no Brasil é um fenômeno ímpar na história da imprensa mundial. Um fenômeno tanto mais estranho quanto é recente a introdução da palavra “ética” no vocabulário popular brasileiro e rapidamente improvisada, com êxito fulminante, sua promoção ao status de ideal unificador de todo um povo. Jamais uma palavra-de-ordem emanada de um estreito círculo de intelectuais ativistas logrou alastrar-se com tal velocidade pela extensão de um continente, sem que ninguém se lembrasse de objetar que a rapidez com que se propagam as palavras está às vezes na razão inversa da profundidade de penetração das idéias.
Mas, além disso, é um fenômeno suspeito. As razões de suspeita são tão patentes, que nem mesmo o coro unanimista bastaria para encobri-las, se, neste caso, o acordo geral de falar sobre certas coisas não subentendesse, como uma conditio sine qua non, o compromisso de calar sobre outras.
Essas razões podem resumir-se numa só pergunta: Se o esquema de corrupção nas altas esferas é tão poderoso a ponto de fazer presidentes, moldar a seu gosto o Orçamento da República, manipular o Congresso, desviar dos cofres públicos o equivalente à dívida externa do país, subornar altos funcionários da polícia, exercer quase, como disse o senador Bisol, as funções de um governo paralelo, então como será possível que ele não tenha meios de subornar e calar a imprensa? Como será possível que, dentre todos os poderes que decidem a vida nacional, somente a imprensa tenha escapado das malhas da influência corruptora e agora se encontre livre para denunciá-la?
Francamente, não é razoável supor que experts em suborno, com experiência de várias décadas no mercado de consciências, tenham simplesmente se esquecido de digitar, na programação das propinas ou do favorecimento ilícito, as empresas de comunicações. Não é sequer verossímil imaginar que os canais de TV, concessões dependentes do governo, que as empresas jornalísticas, sempre endividadas com os bancos oficiais ao longo de toda a sua história, teriam a desenvoltura que ostentam para bater na cara de gente tão poderosa, sem temor de um revide, caso essa gente fosse realmente poderosa como se tenta fazer crer.
Que a máfia onipotente não tenha, em toda a imprensa nacional, um só defensor, eis aí o que, simplesmente, põe em dúvida a sua proclamada onipotência.
(...)
Será necessário lembrar que, tanto quanto as famigeradas empreiteiras, as empresas de comunicações também são prestadoras de serviços ao governo, também tomam empréstimos vultosos em bancos oficiais, também fazem lobby junto ao Executivo e ao Congresso, um lobby que, ademais, é reforçado pelo domínio direto que elas exercem sobre a opinião pública? Como “passar o país a limpo” se a mão que move a borracha cuida de apagar, em primeiríssimo lugar, os trechos comprometedores da sua própria participação no enredo?
É verdade que os jornalistas, sobretudo os mais novos, sobretudo os da esquerda, ansiosos de destruir certos setores da oligarquia, julgam que é boa política aliar-se a um outro setor dela ( talvez o mais poderoso de todos ), seguindo o conselho de Lênin: se você tem cinco inimigos, alie-se a quatro contra o quinto, depois a três contra o quarto, até destruir todos eles. Mas não haverá nessa brincadeira de maquiavéis mirins a ingenuidade de deixar-se usar, na esperança de amanhã poder virar o jogo? Porque, afinal, os cinco inimigos também podem ter lido Lênin, e alguns deles são bastante espertos, além de mais ricos do que qualquer jornalista.
Do livro O IMBECIL COLETIVO, de Olavo de Carvalho
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MÍDIA DE RABO PRESO COM O CARF SE CALA SOBRE A OPERAÇÃO ZELOTES - POLÍBIO BRAGA
https://youtu.be/ibTpydyLB1Y
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BNDES O MUNDO PEDE A PRISÃO DE LULA (PT) POR CORRUPÇÃO NO BNDES
https://www.facebook.com/804998429558040/videos/973186362739245/?fref=nf
A Fraude do Jornalismo Brasileiro
https://youtu.be/PycfOYAsKj4
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"REVISTA VEJA ADERE AO DESARMAMENTISMO" http://www.ocaodeguardanoticias.com.br/2015/11/revista-veja-adere-ao-desarmamentismo.html
A Revista Veja mudou. Acho que por isso afastaram a Joice Hasselmann dos debates. O PT puxou o rabo preso da revista e agora ela está enfiando desinformação no meio da conversa, como se fosse nada.
*
Revista Veja adere ao desarmamentismo e passa, inevitavelmente, a mentir para os leitores http://www.midiasemmascara.org/mediawatch/outros/16166-revista-veja-adere-ao-desarmamentismo-e-passa-inevitavelmente-a-mentir-para-os-leitores.html
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QUEREM CRIMINALIZAR QUEM DENUNCIAR E FALAR MAL DOS MAUS POLÍTICOS ? PL 215/15
http://conspiratio3.blogspot.com.br/2015/09/querem-criminalizar-quem-denunciar-e.html
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OLAVO DE CARVALHO : Pela milésima vez: MAIS IMPORTANTE E MAIS URGENTE do que tirar a Dilma da Presidência é remover os comunistas da mídia e das cátedras universitárias. A Presidência da República é só a condensação simbólica oficial de um poder que se construiu desde baixo por “ocupação de espaços”. Destruir o símbolo não é destruir o poder que o criou.
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COMO O PT COMPRA A REDE GLOBO!
https://youtu.be/aS4xKd-4_ek
A BRIGA QUE NINGUÉM QUER COMPRAR
Olavo de Carvalho
(...) Quatro fatores contribuíram para libertar a mídia nacional desses escrúpulos de realismo.
O primeiro foi a solidariedade maior entre as empresas, forjada durante o regime militar para a defesa comum contra as imposições do governo. As denúncias mútuas de fraude e de mau jornalismo desapareceram quase que por completo, colocando cada empresa jornalística na posição confortável de poder mentir a salvo de represálias dos concorrentes. Na mesma medida, a disputa de mercado praticamente cessou, distribuindo-se os leitores mais ou menos equitativamente entre as maiores publicações.
O segundo foi a diversificação das atividades lucrativas das empresas jornalísticas, que passaram a depender cada vez menos da aprovação dos leitores. A prova máxima dessa transformação é que essas empresas se tornaram formidavelmente mais ricas e poderosas sem que a tiragem de seus jornais aumentasse no mais mínimo que fosse. Com a escolaridade crescente, o número de leitores potenciais subiu de ano para ano, mas os maiores jornais brasileiros não vendem, hoje em dia, mais exemplares do que nos anos 50. É um fenômeno único no jornalismo mundial.
Em terceiro lugar, a obrigatoriedade do diploma universitário promoveu a uniformização cultural e ideológica da classe jornalística, de modo que já não há diferenças substantivas entre os climas de opinião nas várias redações de jornais e revistas. Na homogeneidade geral, as exceções individuais tornam-se irrelevantes.
Por último, as influências intelectuais que vieram a dominar as faculdades de jornalismo, deprimindo a confiança nos velhos critérios de objetividade e enfatizando antes a função dos jornalistas como “agentes de transformação social”, acabaram transmutando maciçamente as redações em grupos militantes imbuídos de uma agenda político-cultural e dispostos a implementá-la por todos os meios. Por isso é que, de milhares de profissionais de mídia que ocultaram a existência do Foro de São Paulo por dezesseis anos, só um, um único, mostrou algum arrependimento. Os outros, inclusive os autonomeados fiscais da moralidade jornalística alheia, preferiram, retroativamente, ocultar a ocultação – e não perderam um minuto de sono por isso.
Some-se a tudo isso um quinto fator, de dimensões internacionais: o tremendo desenvolvimento, nas últimas décadas, das técnicas de engenharia social e da sua aplicação pelos meios de comunicação.
Quem pode impedir que empresas mutuamente solidárias, libertas até mesmo do temor ao público, tendo a seu serviço uma massa bem adestrada de “transformadores do mundo” e um conjunto de instrumentos de ação tão discretos quanto eficientes, mandem às favas todo senso objetivo das proporções e se empenhem em criar uma “segunda realidade”, uma nova ordem dos fatores, totalmente inventada, legitimando de antemão qualquer nova mentira que lhes ocorra distribuir amanhã ou depois?
Nessas condições, toda presunção de “objetividade jornalística”, personificada ou não nessa moderna versão do bobo-da-côrte que é o ombudsman, tornou-se hoje apenas um adorno publicitário sem qualquer eficácia real na prática das redações.
O total desprezo pelos critérios quantitativos de aferição da importância das notícias tornou-se, portanto, a norma usual e corriqueira em todas as maiores publicações. Não havendo padrão de medida exterior pelo qual o jornalismo possa ser julgado, os jornais passaram a viver de um noticiário autofágico e uniforme, publicando todos as mesmas coisas, com igual destaque, e confirmando-se uns aos outros no auto-engano comum.
(...) Uma coisa é a realidade da vida social, outra a sua imagem na mídia e nos debates públicos. A segunda pode estar muito deslocada da primeira, fazendo com que a atenção pública se aliene da realidade ao ponto de a população tornar-se incapaz de compreender o que está acontecendo. O deslocamento completo assinala um estado de psicose social.
http://wpress.olavodecarvalho.org/a-briga-que-ninguem-quer-comprar/
Facebook tira do ar páginas irônicas e contrárias ao governo no Brasil http://folhacentrosul.com.br/outras-noticias/9284/facebook-tira-do-ar-paginas-ironicas-e-contrarias-ao-governo-no-brasil
A TRAIÇÃO DA IMPRENSA NA TRAMA SÓRDIDA EM QUE SE DEBATE O BRASIL - OLAVO DE CARVALHO
https://youtu.be/oNqn7YqPPlY
NOVO JUIZ DA ZELOTES JÁ ABSOLVEU ERENICE GUERRA POR FALTA DE PROVAS
http://cristalvox.com.br/2015/11/04/novo-juiz-da-zelotes-ja-absolveu-erenice-guerra-por-falta-de-provas/
COMUNOCINISMO - A ESQUERDA CONTINUA A VIGARISTA DE SEMPRE - REINALDO AZEVEDO http://conspiratio3.blogspot.com.br/2015/12/comunocinismo-esquerda-continua.html
Congresso americano investiga manipulação de dados para "provar" o aquecimento global - Agência federal americana teria omitido informações e escolhido estações de medição para chegar à conclusão de que temperaturas seguem em alta http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/congresso-americano-investiga-manipulacao-de-dados-para-provar-o-aquecimento-global
QUEBRAR O BRASIL: O OBJETIVO DO GOVERNO PETISTA http://cristalvox.com.br/2015/11/04/quebrar-o-brasil-o-objetivo-do-governo-petista/
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2014 O economista André Perfeito já prevê o apelo à maquiagem da contabilidade do país diante do encolhimento da economia e do crescimento do gasto público. Perfeito lamentou o bem sucedido esforço do governo Dilma para minar a confiança dos investidores ao prometer uma coisa e entregar outra. O especialista desconfia que o governo Dilma está enfraquecendo a economia brasileira de propósito, elevando a taxa básica de juro. Por isso, o economista recrimina a promessa de superavit primário que a presidente da República sabe que não vai cumprir com tanta gastança. http://jovempan.uol.com.br/noticias/economia/governo-dilma-enfraquece-economia-brasileira-de-proposito-desconfia-economista.html
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No tempo de Collor, a conversa vagamente suspeita entreouvida por um motorista indiscreto desencadeou a mais vasta investigação que já se fez contra um presidente. Hoje em dia, seis testemunhas mortas no caso Celso Daniel não abalam em nada a reputação de governantes ungidos pelo dom da inatacabilidade intrínseca.
http://www.olavodecarvalho.org/semana/040904globo.htm
*
Flávio Gordon - "Se, durante a ditadura, tínhamos uma censura autoritária e visível (frequentemente burlada, como muitos artistas e jornalistas da época já cansaram de confessar, até com certa graça), hoje temos uma censura totalitária, invisível, grave, onipresente. Ela não comporta gracejos nem brechas. Se, antes, ela vinha exclusivamente do governo, hoje ela é mais de tipo soviético-chinês, e o censor pode estar ao lado."
http://obrasileouniverso.blogspot.com/2013/11/censura.html
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Camadas dos textos produzidos pelos socialistas
https://olavodecarvalhofb.wordpress.com/2015/11/23/camadas-dos-textos-produzidos-pelos-socialistas/
TEXTO DE ROMEU TUMA JR.:
Uma das formas de contrainteligência é a arte de plantar informações falsas e produzir fatos inverídicos, misturados com pontinhas de verdade. A técnica consiste em colocar uma verdade muito verdadeira polvilhada com muitas mentiras: a força da verdade conduz o receptador da informação a acreditar nas mentiras. E a PF de Lula, por obra dele, tem sido insuperável nesse quesito. Você cria defesa quando não existe ataque, inventa ataques falsos e indefensáveis: é o que o PT de Lula faz todos os dias. Lula é mestre nisso, cria e inventa informações contra um próprio aliado. E, atemorizado, o cara vai correndo buscar o colo dele, pedindo “arrego” e proteção. Com isso, esse “aliado” já entra na lista dos contemplados pelo governo, em caso de solicitar algo mais, além de se circunscrever, por inércia da coreografia de poder, numa outra lista, que é a dos devedores eternos ao seu “salvador” Lula.
Quem está no governo, novinho na estrutura do poder, não fica sabendo disso: afinal, essa inapreciável técnica de Lula é restrita a um pequeno grupo, a um núcleo duro, ao comando central, que será exposto mais à frente em todos os seus detalhes. Nesse contexto, Lula e o PT são mestres em usar a imprensa e o dito jornalismo investigativo como peças de contrainteligência e de condenação avant la lettre: a imprensa acaba sendo levada a fazer o papel de um tribunal de condenação que precede toda a segurança jurídica. Em um processo como o do Mensalão, muitos falaram em segurança jurídica: “Se o Supremo muda o entendimento, está mexendo com segurança jurídica”. Falácia. Ora, segurança jurídica tem um amplo conceito. Garantir o cumprimento da lei é a própria essência do conceito de segurança jurídica. Você terá oportunidade de constatar o que de fato é insegurança jurídica em capítulos mais à frente. O poder da informação é você construir outra informação, a correta e ágil difusão e também a contrainformação. Só que ninguém usou como o governo Lula usa, como a sua polícia usa, a contrainformação e a contrainteligência. Não é informação e inteligência, é a contrainformação e a contrainteligência. Esse que é o mais perigoso substrato do poder. É a destruição da inteligência oposta, adversária, inimiga. Usado contra a sociedade civil ou simples membros dela, é uma covardia.
Era muito comum no passado o jornalista fazer uso da polícia para esquentar uma matéria. Você chegava à autoridade, dava a dica de um crime, a autoridade investigava, prendia e devolvia a exclusividade da publicação ao jornalista que havia dado a dica. Isso é comum e, antes de mais nada, legítimo, porque se tratava de uma notícia-crime. Hoje em dia acontece justamente o contrário: a polícia usa um jornalista para esquentar informações falsas que, por serem noticiadas sem checagem, proporcionam a instauração de um inquérito. Depois também a autoridade usa de outro estratagema: planta informações falsas com um jornalista, informações que não estão no inquérito – que, na verdade, muitas vezes nem existe. Não é um processo, apesar de viral, rápido: é lento, opressivo, mas plural. O jornalista publica o que recebe, e tal notícia acaba sendo anexada a um inquérito como verdadeira. Ou vira a peça inicial do inquérito. Tem mais: quando a reportagem de um jornalista é agregada ao inquérito com informações que você mesmo plantou, emprega-se outro truque: ao anexar o texto da reportagem nesse inquérito, você o “vitamina” com altas doses de mentiras. Ninguém vai checar se a reportagem que gerou o inquérito continha ou não essas informações. O truque é muito simples. Coloque pitadas de mentiras ainda mais mentirosas na reprodução, no corpo do inquérito, do que aquilo que foi publicado pelo jornal.
Não sei como esse tipo de truque ainda não se tornou brutalmente óbvio aos por ele perseguidos. Lula e seu aparato fizeram de certo jornalismo investigativo uma lavanderia de altas octanagens de informação. Sob o PT, jornalista fez-se também lavador de informação. Você entrega, o camarada publica. Veja os tribunais em que se transformaram os sites de busca, como o Google, por exemplo. Eles te condenam já na pesquisa sobre o teu nome: afinal de contas, na lei da selva, ninguém faz manchete dando defesa ou deixando espaço para o outro lado, não é? Essa é a herança maldita do “Barba”! Vi isso no governo, ad nauseam. Nunca me calei, sempre mandei apurar. Até que chegou a minha vez. Gilberto Carvalho, braço direito de Lula, e ainda de Dilma, tentou negociar o meu silêncio sobre os trambiques e sinecuras que testemunhei, sobre tudo o que sei, como ninguém, a respeito da morte de Celso Daniel, em troca de uma cerveja, você verá. Não aceitei. Veio o refluxo. Fui levianamente acusado e covardemente frito. A história que se segue é a história da tentativa de assassinato da minha reputação. Que, a bem da verdade, como uma estratégia das organizações criminosas, se consumou em boa parte e medida. Além de tirar a vida do meu querido e amado pai, tais estrategos do lulismo atingiram em cheio as outras duas coisas que mais prezo, e que valem muito mais que minha vida: a minha família e a minha honra.
OLAVO DE CARVALHO - "Em primeiro lugar, existe uma estratégia de domínio continental, comunista, sendo aplicada neste momento. Segundo, isto não está sendo objeto de discussão pública, está sendo mantido debaixo do tapete. Terceiro, qualquer empreendimento político deste tamanho que permaneça desconhecido do público não é bom, porque a democracia se baseia na liberdade de informação. Dizer que é liberdade de opinião é bobagem porque a liberdade de opinião se baseia na liberdade de informação. Se a informação não circula você vai ter opinião sobre o quê? E se tudo isto é feito de maneira tão discreta, quase secreta, é porque coisa boa não é. Não está havendo a famosa transparência, quer dizer, os apóstolos da transparência são de uma opacidade de chumbo."
https://youtu.be/ZtA4t1XuVmI
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Como a mídia de massa se tornou uma máquina de propaganda
"Em primeiro lugar, nós confiamos neles porque sabemos que a verdade não é um produto da invenção humana e, sendo assim, há a possibilidade do homem acessar uma parte da realidade e relatá-la a outros homens que não têm o mesmo acesso àquela porção do real. Dessa confiança depende nossa orientação no mundo. No entanto, se soubéssemos o que se tem ensinado nas faculdades de jornalismo a respeito da melhor prática jornalística ou do valor da verdade na profissão, colocaríamos muitas aspas nesta confiança e é possível que déssemos um uso bem menos digno ao papel dos jornais. "
"O motivo é que, ao longo das últimas décadas, a função informativa dos jornais foi progressivamente substituída pela função TRANSFORMADORA de sociedade. A comunicação tem por definição uma FUNÇÃO informativa e um EFEITO transformador. Afinal, a difusão de fatos gera novos fatos. Mas agora o efeito assume gradativamente o status de função essencial da comunicação."
"A transformação pode ser encarada como uma disciplina obrigatória a todos os cursos, que se traveste muitas vezes de belas e humanitárias intenções." "Grupos inspirados no antigo Clube de Roma, como Bilderberg, Sociedade Fabiana, Fundações Ford, McArthur, Open Society, entre tantas outras, encontraram um meio de financiar e orientar os estudos científicos de relevância internacional durante o último século. Quase tudo o que é dito e repetido nos meios de comunicação veio da mente de meia dúzia de metacapitalistas seduzidos pela utopia da sociedade socialista global, a chamada nova ordem mundial, que será erguida a partir de uma sociedade fundada em assembleias onde serão promulgados consensos que sirvam a interesses e conveniências, terminando por sepultar a possibilidade de julgamentos fora do que é acordado pela elite de governantes globais."
"A mudança de função é tão profunda quanto imperceptível, já que, disposta hegemonicamente tanto em teses acadêmicas como em notícias e opiniões, vai tolhendo o consumidor em sua cognição até fazê-lo incapaz de diferenciar a informação da pura manipulação."
”Já desde o início do século XX, manuais e guias de transformação social são distribuídos por empresas, fundações, ONGs e movimentos com o fim de adestrar ativistas para a ação massiva de mudança gradativa dos valores da sociedade mediante o debate, a guerra cultural, estratégias semânticas ou técnicas psicológicas, como veremos neste livro. (...) Diferenciar a mentira da verdade, embora seja uma das mais antigas tarefas humanas - para não dizer essencialmente humana - implica hoje no nível de nossa liberdade diante do mundo. A presente pesquisa é uma tímida tentativa de colocar na mesa algumas iniciativas intelectuais e políticas que tiveram a ambição ou o potencial de serem usadas para domesticar a opinião pública. O principal acontecimento em redor do qual gira este trabalho é o da mudança funcional do jornalismo e da mídia em geral. O resultado cultural e histórico dessa mudança foi a transferência dos critérios culturais para o campo da mídia, que passou a determinar as prioridades práticas do público, incluindo a do meio científico e acadêmico."
(Cristian Derosa, A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL - Como a mídia de massa se tornou uma máquina de propaganda)
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Esta manipulação midiática não seria possível se não parasitasse a credibilidade de sua "antiga" função informativa. Ela só é possível ENGANANDO o público, que compra ou assiste a um jornal para ser informado e não transformado. Ele quer a realidade ou a opinião sincera. Se é para ler ficção, até Tio Patinhas é melhor. Por outro lado, os futuros jornalistas estão aprendendo também a lição da má fé e do cinismo, sonegando a verdade de si mesmos e pretendendo "melhorar" o mundo à força e à traição. Encher o mundo com mentiras e, sobretudo, extinguir o contraponto da verdade que pode questioná-las e refutá-las, está tornando as pessoas mais tolas, desarmadas, expostas ao mal.
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