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COLETIVISMO ABSOLUTO NAZISTA E COMUNISTA https://youtu.be/1uMf6J1OY-A?t=1610
Spengler prossegue: "Na Prússia existia um verdadeiro Estado, na mais ambiciosa acepção da palavra. Rigorosamente falando, lá não podia haver indivíduos. Todos os que viviam dentro do sistema, que funcionava com uma precisão de mecanismo de relógio, eram, de certo modo, uma peça desse sistema. A direção dos negócios públicos não podia, portanto, achar-se nas mãos de particulares, como pressupõe o parlamentarismo. Era um Amt (seção, departamento), e o político responsável por ela era um servidor público, um servidor todo. http://www.cavaleirodotemplo.com.br/2008/11/as-razes-socialistas-do-nazismo.html
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"Johann Plenge, e seu livro que detalha o conflito entre as “Ideias de 1789” e as “Ideias de 1914”. No livro de Plenge, 1789 e 1914: Os Anos Simbólicos na História da Mentalidade Política, o ideal de 1789 era a liberdade, e as ideias modernas de 1914 apoiam o ideal da organização. Plenge afirma, corretamente segundo Hayek, que a organização é a verdadeira essência do socialismo. Hayek afirma que todos os socialistas até Marx compartilhavam esta ideia, e que Marx tentou em vão abrir um espaço para a liberdade na sua moderna ideia alemã de uma grande organização.
Começando com a mesma linguagem liberal de Marx, Plengue paulatinamente abandonou o uso de termos liberais e burgueses, abraçando desavergonhadamente os domínios totalitários que atraíram a tantos líderes marxistas:
Já é passada a hora de reconhecer o fato de que o socialismo é uma política de poder, porque é organização." https://direitasja.wordpress.com/tag/paul-lensch/
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A HISTÓRIA DO NAZISMO E A PROPAGANDA SOVIÉTICA - CAMPANHA FEZ TODO ANTICOMUNISMO EQUIVALER A NAZISMO https://conspiratio3.blogspot.com/2020/01/a-historia-do-nazismo-e-propaganda.html
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Como a direita conservadora, que recentemente, graças sobretudo à internet, teve acesso ao pensamento conservador, censurado velada e abertamente nas faculdades de Humanas do Brasil, e percebeu que conservadorismo não tem nada a ver com o que a esquerda diz que o conservadorismo é (natürlich), a incipiente direita brasileira lembrou ao mundo que o nacional-socialismo é uma forma de socialismo (…!), e não de conservadorismo ou capitalismo.
O nazismo, que sempre se apresentou como uma terceira via, pega elementos do socialismo (sobretudo as antigas teses germânicas sobre socialismo), do trabalhismo e do sindicalismo político.
O sindicalismo, aliado ao islamismo, já havia realizado o primeiro genocídio da história a superar 1 milhão de mortos: o grupo Jovens Turcos (Jön Türkler), que se opunha à monarquia do Abdülhamid II no Império Otomano (atual Turquia), buscando uma homogeneização cultural com laços com a Revolução Russa, promoveu o genocídio de cristãos armênios em 1915, durante a Primeira Guerra. A Armênia foi, provavelmente, o primeiro lugar do mundo a se converter ao cristianismo.
Mais em: Resposta ao textículo do militante do PSOL no blog do Guga Chacra sobre “nazismo ser de direita” https://sensoincomum.org/2017/08/17/resposta-guga-chacra-nazismo-direita/
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"O fascismo (e sua versão radical, o nazismo) eram categoricamente
anti-comunistas. Nos anos de 1930, o stalinismo fez do anti-fascismo um
pilar de sua propaganda, seduzindo intelectuais e galvanizando
movimentos de resistência em todo mundo. Na verdade, na ausência da
retórica anti-fascista, é difícil imaginar o stalinismo tornando-se um
imã tão extraordinário para indivíduos, quanto mais, inteligentes e
razoáveis. Essas pessoas estavam convencidas de que, ao apoiar os
Frontes Populares, especialmente durante a Guerra Civil Espanhola,
estavam se opondo à barbárie nazista. A máquina de propaganda da
Internacional Comunista defendia os direitos humanos contra as
atrocidades abomináveis perpetradas pelos nazistas, ocultando o fato de,
até 1939, a maior parte dos crimes na Europa terem sido cometidos por
stalinistas na URSS."
(Vladimir Tismaneanu, O Diabo na História)
A fórmula "comunismo = anti-fascismo" foi ampliada pela
retórica comunista para atingir seus acusadores: "anti-comunistas =
fascistas". O anti-fascismo tem servido como escudo para ocultar os
crimes comunistas contra a humanidade desde a década de 1940.
"As dificuldades relatadas para um reconhecimento dos crimes em
massa comunistas são devidas às longas décadas de controle pelo Estado,
das informações nesses países, ao atraso na abertura dos arquivos e à
reação nervosa de círculos de esquerdistas na Europa Ocidental ao que
acreditaram ser uma instrumentalização política do passado."
"Jeffrey Herf, por exemplo, argumentou que "a despeito de algumas exceções, Courtois tem razão: na academia ocidental, os eruditos que escolhem focalizar os crimes do comunismo eram e continuam a ser uma minoria, e enfrentam o perigo de bloqueio da carreira se forem rotulados de direitistas". (Vladimir Tismaneanu)
"DITAR A REALIDADE AO INVÉS DE PERCEBÊ-LA","OS FINS JUSTIFICAM TODOS MEIOS", "O PODER SEM OPOSIÇÃO": O CAMINHO INEXORÁVEL PARA A GRANDE MÁQUINA TOTALITÁRIA
O ZERO E O INFINITO
de Arthur Koestler
DETERMINISMO E AUTORITARISMO:
O Nº1 (Stalin) não era um fenômeno acidental, e sim a corporificação de um determinada característica humana, a saber, uma crença absoluta na infalibilidade das próprias convicções, da qual ele tirava forças para sua total falta de escrúpulos.
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"O Partido nunca está equivocado. Você e eu podemos nos equivocar. O Partido, não. O Partido, camarada, é maior que você e eu e milhares de outros como você e eu. O Partido é a corporificação do ideal revolucionário na História. A História não conhece escrúpulos nem hesitações. Inerte e infalível, ela flui rumo à sua meta. A cada curva de seu curso deixa a lama que carrega e os cadáveres dos afogados. A História conhece o caminho. Não comete erros. Aquele que não tem fé absoluta na História não pertence às fileiras do Partido."
"E quem não fosse capaz de acompanhar seu curso tortuoso era relegado à margem, pois essa era sua lei. Os motivos individuais não interessavam. A consciência do homem não interessava, tampouco o que lhe passasse pela cabeça e o coração. O Partido só reconhecia um crime: desviar-se do curso traçado, e só um castigo: a morte. A morte não constituía mistério para o movimento; nela nada havia de enaltecedor; era a solução lógica para divergências políticas."
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O líder do Partido teve perspicácia e tenacidade. Percebeu que tudo dependia de sobreviver àquela fase de reação mundial e defender o bastião. Percebeu que pode levar dez, vinte, talvez cinquenta anos , até o mundo estar maduro para uma nova onda revolucionária. Até lá ficamos isolados. Até lá temos uma missão: não sucumbir.
O baluarte precisa ser protegido, a qualquer preço e com qualquer sacrifício. O líder reconheceu esse princípio com uma clareza sem par, e o aplicou de maneira coerente. A política da Internacional precisava se subordinar à nossa política nacional. Quem não entendesse tal necessidade tinha de ser destruído. Grupos inteiros dos nossos melhores quadros na Europa tiveram de ser fisicamente eliminados. Não vacilamos em esmagar nossas próprias organizações no exterior quando os interesses do Bastião assim o exigiam. Não vacilamos em cooperar com a polícia de países reacionários que vinham em momento errado. Não vacilamos em trair nossos amigos e em fazer alianças com nossos inimigos, para preservar o Bastião. Essa era a nossa tarefa que a História nos dera, a nós, representantes da primeira revolução vitoriosa. Os míopes, os estetas, os moralistas não entenderam. Mas o líder entendeu que tudo dependia de uma coisa: ser o melhor defensor da revolução.
A linha do Partido foi claramente definida. E a tática determinada pelo princípio de que os fins justificam os meios, todos os meios, sem exceção.
Sua tarefa é tornar a oposição desprezível; fazer com que as massas compreendam que oposição é crime e que os líderes da oposição são criminosos.
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SACRIFÍCIO AO COLETIVO PODE SER A TROCA DA PERCEPÇÃO PELA IMAGINAÇÃO E O ADVENTO DA DITADURA DAS PALAVRAS SOBRE OS FATOS.
— Eu me confesso culpado por não haver entendido a compulsão fatal subjacente à política do Governo, e por ter, consequentemente, defendido pontos de vista oposicionistas. Eu me confesso culpado por haver seguido impulsos sentimentais e, ao fazê-lo, ter caído em contradição com a necessidade histórica. Emprestei meus ouvidos aos lamentos dos sacrificado, e assim me tornei surdo aos argumentos que comprovavam a necessidade de sacrificá-los. Eu me confesso culpado por haver classificado a questão da culpa ou inocência num plano mais elevado que a da utilidade e da nocividade. Finalmente, confesso-me culpado por haver posto a idéia de indivíduo acima da idéia de humanidade...
Sei que meu desvio, se levado a feito, teria sido um risco mortal para a revolução. Toda oposição aos pontos críticos de virada da História carrega em si o germe de cisão do Partido, e, portanto, o germe de uma guerra civil. Fraqueza humanitária associada à democracia liberal, quando as massas não estão suficientes amadurecidas, é suicídio para a Revolução.
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CONTROLE DO PENSAMENTO
Temos aprendido bem mais com a história do que os outros. Diferimos deles por nossa consistência lógica. Sabemos que a virtude não importa à história, e que crimes permanecem impunes; mas que cada erro tem consequências e se vinga até a sétima geração. Assim, focamos nossos esforços na prevenção do erro e na destruição de todas as suas sementes. Nunca na história tamanho poder sobre o futuro da humanidade se concentrou em tão poucas mãos como no nosso caso. Cada idéia equivocada que seguimos é um crime cometido contra as futuras gerações. Assim sendo, precisamos punir idéias erradas como outros punem crimes: com a morte.(...) Parecemos os grandes inquisidores por perseguirmos as sementes do mal não apenas nas ações, mas nos pensamentos humanos. Não admitimos esfera privada, nem mesmo no interior do crânio dos homens.
ÉTICA CRISTÃ SE OPÕE À MENTALIDADE COLETIVISTA
Só existem duas concepções de ética humana e estão em polos opostos. Uma é cristã e humana, considera o indivíduo sagrado e afirma que as regras da aritmética não se aplicam às unidades humanas. A outra concepção parte do princípio básico de que um objetivo coletivo justifica todos os meios, e não só permite como exige que o individual seja, em todos os sentidos, subordinado e sacrificado à comunidade — que dele poderá dispor como de um rato de laboratório ou um cordeiro imolado.
(...) Veja os irmãos Graco, na Roma Antiga, e Saint-Just da Comuna de Paris. Até hoje, todas as revoluções foram feitas por diletantes moralizadores. Agiam sempre de boa fé e se deram mal justamente por causa do diletantismo. Nós, pela primeira vez, somos consequentes.
— É verdade — disse Rubashov. — Tão consequentes que no interesse de uma justa distribuição de terras, nós deliberadamente, deixamos morrer de fome uns cinco milhões de lavradores e suas famílias em um ano. Tão consequentes que, para resolver uma divergência de opinião, reconhecemos um único argumento: a morte. Seja por questão de submarinos, de adubo, ou de qual linha partidária seguir na Indochina. Nossos engenheiros trabalham permanentemente conscientes de que um simples erro de cálculo pode mandá-los para a prisão ou para a forca; nossos funcionários administrativos do alto escalão aniquilam e destroem seu subordinados porque sabem que serão responsabilizados pelo menos deslize e eles próprios serão destruídos; nossos poetas decidem sobre questões de estilo fazendo denúncias à Polícia Secreta, os expressionistas considerando o estilo naturalista contrarrevolucionário, e vice-versa. (...) Nossa imprensa e nossas escolas cultivam o chauvinismo, o militarismo, o dogmatismo, o dogmatismo, o conformismo e a ignorância. O poder arbitrário do governo é irrestrito e sem precedentes da História. A liberdade de imprensa, de opinião e de ir e vir foi tão completamente extinta que é como se jamais tivesse existido a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Construímos o mais gigantesco aparato policial, com delatores se transformando em instituição nacional e com o mais refinado sistema científico de torturas físicas e mentais. Prometemos às massas oprimidas do país uma teórica felicidade futura que só nós conseguimos ver.
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— Antigamente, a tentação era de natureza carnal. Agora assume a forma da razão pura. Os valores mudam. Eu gostaria de escrever um drama sobre a Paixão de Cristo em que Deus e o Diabo disputassem a alma do santo Rubashov. Após uma vida de pecado, ele se volta para Deus, um Deus com a dupla papada do liberalismo industrial e da caridade das sopas do Exército da Salvação. Satanás, ao contrário, é magro, ascético e um devoto da lógica. Leitor de Maquiavel, Inácio de Loyola, Marx e Hegel, é frio e impiedoso com a humanidade, devido a uma misericórdia matemática. Está condenado a fazer sempre o que mais o repugna: transformar-se num assassino sanguinário, de modo a abolir a carnificina, sacrificar ovelhas para que mais ovelhas não sejam sacrificadas, bater nas pessoas com chibatas até que aprendam a não se deixar açoitar, livrar-se de todo e qualquer escrúpulo em nome de uma escrupulosidade ainda maior, e desafiar o ódio da humanidade por amor a ela — um amor abstrato e geométrico.
MENTIRA ÚTIL É A VERDADE
— Se alguém dissesse ao pessoal do meu vilarejo — disse G — que eles ainda eram lentos e atrasados apesar da Revolução e das fábricas, isso não causaria o menor efeito. Já se lhes dizem que são verdadeiros heróis do trabalho, mais eficientes que os americanos, e que todo o mal provém única e exclusivamente dos demônios e dos sabotadores, isso pelo menos produz algum efeito. Verdade é tudo aquilo que é útil à humanidade, e mentira, o que lhe é prejudicial.
O INDIVÍDUO É NADA, O EU É PROIBIDO
Você vem repetidamente dizendo "vocês", querendo se referir ao Estado e
ao Partido, em oposição a "Eu", isto é, a Nicolas Rubashov. Para efeitos
externos, são necessários um julgamento e a justificativa legal. Para
nós, o que eu acabo de dizer deve bastar.
*
A definição de indivíduo era: uma multidão de um milhão dividido por um milhão.
O Partido rejeitava o livre-arbítrio do indivíduo, mas ao mesmo tempo cobrava dele disposição para se autossacrificar. Rejeitava sua capacidade de escolher entre duas alternativas e, ao mesmo tempo, exigia que escolhesse constantemente a correta. Rejeitava seu poder de distinguir bem e mal e, ao mesmo tempo, falava em culpa e traição. O indivíduo se punha sob o signo da fatalidade econômica, uma roda num mecanismo de relógio a que se dera corda para toda eternidade e que não podia ser parado ou influenciado, mas o Partido exigia que a roda se rebelasse contra o mecanismo e lhe alterasse o curso. Em algum ponto havia um erro de cálculo, a equação não fechava.
Tinha a impressão de ter levado quarenta anos cometendo barbaridades — barbaridades da razão pura.
(...)
Era alguma falha no sistema; talvez ela se localizasse no preceito que até agora ele havia considerado incontestável, pelo qual sacrificara outras vidas e ele próprio estava sendo sacrificado: no preceito de que os fins justificam os meios. Era essa frase que estava matando a grande fraternidade da Revolução e fazendo com que eles cometessem barbaridades. O que ele escrevera certa vez em seu diário? "Jogamos ao mar todas as convenções, o único princípio que nos guia é o da lógica consequente; estamos navegando sem lastro ético."
(Extraído do livro de Arthur Koestler, O Zero e o Infinito)
* * *
"Com o resto de minha geração acreditei firmemente que os fins
justificam os meios. Nossa finalidade grandiosa era o triunfo universal
do comunismo, e, por amor a essa finalidade, tudo o mais era permitido:
mentir, roubar, destruir centenas de milhares, ou mesmo milhões de
pessoas, todos aqueles que estavam embaraçando nosso trabalho ou podiam
embaraçá-lo, todo o mundo que estava no meio do caminho. E hesitar ou
duvidar disto era ceder a "melindre intelectual" e 'liberalismo
estúpido', os atributos de pessoas que 'não conseguiam ver a floresta
por causa das árvores'." A. Soljenitsin, O Primeiro Círculo.
*
Se Stalin pensa que você é criminoso, então você é. Se Stalin pensa e você pensa diferente, você é criminoso e merece a difamação e a execução.
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"Na Prússia existia um verdadeiro Estado, na mais ambiciosa acepção da palavra. Rigorosamente falando, lá não podia haver indivíduos. Todos os que viviam dentro do sistema, que funcionava com uma precisão de mecanismo de relógio, eram, de certo modo, uma peça desse sistema." Spengler (nazista)
SACRIFÍCIO AO COLETIVO PODE SER A TROCA DA PERCEPÇÃO PELA IMAGINAÇÃO E O ADVENTO DA DITADURA DAS PALAVRAS SOBRE OS FATOS.
"TUDO, na vida intelectual, depende de uma distinção clara entre o que você SABE, o que lhe PARECE RAZOÁVEL, o que você ACHA e o que você apenas IMAGINA. Os quatro discursos de Aristóteles."
*
La Falsification du Bien (1985) - estudo comparativo do pensamento de
George Orwell e do grande filósofo russo do século XIX, Vladimir
Soloviev – Alain Besançon insiste em duas teses principais.
A primeira é que esses “gêmeos heterozigotos”, o nazismo e o comunismo,
se caracterizaram pelo empenho que ambos demonstraram em criar uma
aparência de defesa de belos ideais de patriotismo, progresso, justiça e
liberdade a fim de esconder sua natureza essencialmente perversa, cruel
e opressora. O Bem foi assim “falsificado” como acentua o autor.
Criou-se uma cultura da Desinformação e da Mentira, no sentido do
aforismo de Kafka que “a mentira se tornou a Ordem Universal”. Orwell
satirizou magnificamente o fenômeno com sua noção de “duplo-pensar” ou
“novilíngua”... “A paz é a guerra”, “a mentira é a verdade”, “a tirania é
a liberdade”, “a polícia é o Departamento do Amor”, essim por diante.
Como explica o autor, “os dois totalitarismos se colocam como objetivo
chegar a uma sociedade perfeita, destruindo os elementos negativos que a
ela se opõem. Pretendem ser filantrópicos, cultivando um ideal que
suscitou adesões entusiásticas e atos heróicos. Mas o que os aproxima é
que ambos se dão o direito – e mesmo o dever – de matar, e o fazem com
métodos semelhantes e em escala absolutamente inédita na história”. J.
O. de Meira Penna 2007
http://cavaleirodotemplo.blogspot.com/2007/12/infelicidade-do-sculo.html
IDEOLOGIA
DA EXCLUSÃO - O "direito" de perseguir e matar decorre do direito de
condenar e demonizar adversários (inimigos) e, antes disso, de redefinir
o que é bem e mal, certo e errado, verdade e mentira, com o aval da
população manipulada e acovardada.
"O diabo (...) inventou Estados ideológicos, ou seja, Estados cuja
legitimidade é fundada no fato de seus proprietários serem
proprietários da verdade. Se te opões a tal Estado ou a seu sistema, és
um inimigo da verdade." Leszek Kolakowski
"Pode-se provar, desta forma, que qualquer ato é imoral, por meio de PARAMORALISMOS utilizados como sugestão ativa, e sempre haverá pessoas cujas mentes sucumbirão a tais raciocínios. Infelizmente, inventar critérios morais sempre novos, de acordo com a conveniência de alguém, tornou-se um fenômeno frequente para indivíduos, grupos de opressão, ou sistemas políticos patológicos. Tais sugestões privam parcialmente as pessoas do seu raciocínio moral e deformam o desenvolvimento deste nos mais jovens." Andrew Lobaczewski "Ponerologia - Psicopatas no Poder"
"De acordo com a fórmula de Stalin, a crítica era o mesmo que oposição; a oposição inevitavelmente implicava conspiração; a conspiração significava traição. Algebricamente, portanto, a mais leve oposição ao regime ou a falha em reportar tal oposição era equivalente ao terrorismo". (Vladimir Tismaneanu, "O Diabo na História")
"O sistema pós-totalitário toca as pessoas a todo o passo, mas o
faz usando suas luvas ideológicas. É por isso que a vida no sistema é
tão completamente permeada de hipocrisia e mentiras: o governo por
burocracia é chamado governo popular; a classe trabalhadora é
escravizada em nome da classe trabalhadora; a degradação completa do
indivíduo apresenta-se como sua libertação última; privar as pessoas de
informação chama-se pô-la à disposição delas; o emprego do poder de
manipular chama-se controle público do poder, e o abuso arbitrário do
poder chama-se observar o código legal; a repressão da cultura chama-se
desenvolvimento; a expansão da influência imperial apresenta-se como
apoio para os oprimidos; a falta de expressão livre torna-se a forma
mais alta de liberdade; eleições farsescas tornam-se a forma mais alta
de democracia; banir o pensamento independente torna-se o mais
científico dos pontos de vista; a ocupação militar torna-se assistência
fraterna." Václav Havel
"Na verdade, cada instituição democrática tem seus limites e insuficiências, coisas que sem dúvida compartilha com todas as outras instituições humanas. Mas o remédio que Trotsky e Lênin encontraram, a eliminação da democracia como tal, é pior que a doença que supostamente pretende curar; pois faz cessar a única fonte vivente da qual pode vir a correção de todas as insuficiências inatas de instituições sociais. Esta fonte é a vida política enérgica, sem entraves e ativa das mais amplas massas de pessoas". Rosa de Luxemburgo
"E, como mostraram Gerlach e Werth no caso da União Soviética,
"quanto mais definida e precisa se tornava a ordem bolchevique sonhada,
tanto maior o número dos que eram excluídos dela à força". Da mesma
maneira, criaram "um mundo de inimigos", e por fim não havia nenhuma
outra solução para a ameaça que esses inimigos imaginados apresentavam
do que a aniquilação física total deles"."
Vladimir Tismaneanu, O Diabo na História
"Concordo com o cientista político Pierre Hassner que, a despeito das diferenças entre stalinismo e nazismo, afirma que sua característica comum fundamental e definidora foi seu frenesi genocida.(...) Por outro lado, assim o stalinismo como o nazismo procuravam "inimigos objetivos" e operavam com noções de culpa coletiva, ou mesmo genética." Vladimir Tismaneanu, O Diabo na História
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STALIN ❤️ HITLER 💔 MUSSOLINI
Os teóricos políticos do nazismo sempre afirmaram enfaticamente que o
"Estado ético" de Mussolini e o "Estado Ideológico" de Hitler não podem
ser mencionados no mesmo fôlego."
Disse Goebbels acerca da diferença entre o fascismo e o
nacional-socialismo: “[O fascismo] é […] completamente diferente do
nacional-socialismo. Enquanto este último desce até as raízes, o
fascismo é superficial” “[O Duce] não é um revolucionário como o Führer
ou Stálin. Está tão preso ao povo italiano que lhe faltam as amplas
qualidades de um revolucionário em escala mundial”
" Himmler expressou a mesma opinião num discurso pronunciado em 1943
numa Conferência de Oficiais Comandantes: “O fascismo e o
nacional-socialismo são fundamentalmente diferentes, […] não há
absolutamente nenhuma comparação entre eles como movimentos espirituais e
ideológicos”
Hitlers Tischgespräche , p. 113. Nessa obra encontramos ainda numerosos
exemplos que demonstram que, ao contrário de certas lendas do
pós-guerra, Hitler nunca pretendeu defender “o Ocidente” contra o
bolchevismo, mas sempre esteve disposto a unir-se aos “vermelhos” para
destruir o Ocidente, mesmo durante a luta contra a União Soviética.
Sabemos hoje que Stálin foi repetidamente advertido quanto ao iminente
ataque de Hitler à União Soviética. Mesmo quando o adido militar
soviético em Berlim o informou quanto ao dia do ataque nazista, Stálin
recusou-se a crer que Hitler violaria o tratado.
Extraído do livro AS ORIGENS DO TOTALITARISMO, de H. Arendt
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